Tuesday, December 18, 2012













Reflexões ...... numa base de treinamento missionário


Diga-me com quem andas e te direi quem tu és. Esse é um ditado popular que pode ser encontrado em muitas versões no livro de Provérbios e mesmo o Salmo primeiro, em seu primeiro versículo confirma: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
Somos influenciados pelo meio onde convivemos; isso é certo e sabido. E somos mais influenciados pelas pessoas com as quais caminhamos. “Andaram dois juntos se não houver acordo entre eles?” (Amós 3:3).
Quando Pedro falava, os líderes religiosos comentaram em Atos 4:13: “Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam estado eles com Jesus”.
Tenho andado com pessoas que estão indo para algum lugar do mundo.
Todas elas têm um alvo: chegar até um povo necessitado de resgate.
Para isso é necessário uma equipe onde cada um seja responsável pela sobrevivência do outro. Esse tipo de responsabilidade mútua se torna uma proteção para a vida de cada um.
O bem estar e sobrevivência de cada guerreiro na frente de batalha, depende do seu companheiro.
Se deixarmos alguém para trás, poderemos ser o próximo a ter o mesmo destino.
Estamos aqui numa estação intermediária, rumo ao pico mais alto da montanha. Lá embaixo o mundo dos seres humanos que vão e vêem no seu frenético dia a dia como formigas de um grande formigueiro empenhadas em tarefas nem sempre compreensíveis para nós.
Aqui, desse ponto de vista, do “lugar” onde estamos, somos como as cigarras que cantam uma canção diferente.
Aliás, se quiséssemos comparar, como cristãos, somos as cigarrinhas de Deus criadas para o seu louvor.
Estamos aqui, num Monte Verde. Natureza luxuriante. É primavera, muito céu azul e flores salpicando o verde predominante da paisagem. Podemos olhar: para trás de nós, deixamos um mundo barulhento, chamativo, atrativo, argumentativo, sedutor, de muitas propostas e opções. Pela frente, desertos. Desertos sem fim de mundo de gente seca de vida. Não por escolha ou opção, mas por falta de fontes que possam jorrar a água da vida para eles. Nós somos essas fontes, diz a palavra no Salmo 84:6 – “ ... o qual passando pelo vale árido, faz dele um manancial...” E Jesus em João 7:38 – “ Quem crer em, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.
Desertos; desertos a perder de vista com quase dois bilhões e meio de grãos de areia: pessoas que precisam ser alcançadas pelo socorro enviado por Deus, Jesus o Salvador, antes que se precipitem no abismo da ausência eterna de Deus.
Já não olhamos para trás quando chegamos aqui. Cessou a tentação de encontrar um outro caminho, uma variante. Só nos resta o que segue em frente, para a frente, rumo ao alvo tão querido e desejado: alcançar aquilo pelo que também fomos alcançados por Deus: nossa vocação de alcançar os inalcançados.
Aqui, estamos todos com os bilhetes comprados para algum destino: um desafio.
É verdade que nem todos os bilhetes estão quitados, mas a reserva já foi feita e esperamos pelo sinal verde para chegar lá.
Temos em comum um destino, um chamado de nunca mais calar, que nos empurra, impulsiona e puxa a cada dia com a certeza crescente de que vamos conseguir.
As pontes que atravessamos, o próprio Senhor tratou de destruir atrás de nós, porque quem põe a mão no arado não pode olhar para trás. (ref.) Não tem caminho de volta. O caminho é só de ida, e ele é Jesus que vai caminhando à nossa frente abrindo espaço para que possamos passar com Sua Palavra de vida.
Daqui, para se chegar ao povo que se quer, só mais uma única e derradeira ponte. Será feita pela cruz que carregamos conosco. Se antes não a deixarmos para trás, vamos descobrir que ela será, a cruz, o único meio de passarmos daqui para acolá. Se maior a cruz, quem sabe mais longe poderemos chegar com a loucura da pregação!
Quem poderia acreditar que ainda hoje existam pessoas capazes de dar sua vida por pessoas que nem sequer conhecem?
Como diz em Hebreus: “ Homens (mulheres) dos quais o mundo não é digno....”.
Como explicar? É o amor! Essa força maior e motivadora, inexplicável, que tem nome de Jesus. Servir e ver a vida vencer a morte e o deserto florir.


Caminhos de Morte





Provérbios 16:2  - Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito.
Provérbios 16:25  - ... Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte.
Esse texto é repetido em Provérbios 14:12  - ... Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte.
Na versão NVI Provérbios 16:2 diz: “Todos os caminhos do homem parecem inocentes para ele, mas os motivos são pesados pelo Senhor”.
E Provérbios 16:25Tem um caminho que parece direito ao homem, mas ao final eles levam para a morte.
Vamos meditar nos ensinamentos da Palavra sobre a cobiça, como esse caminho único, que, no entanto, conduz a muitos caminhos de morte. Essa é a maneira de viver dos homens comuns, contrária à maneira de viver que Deus nos ensina, a nós, seus filhos.
Quando Deus fêz aliança com Abraão ele colocou os termos do acordo em Gênesis 12:2,3 - ... de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção: abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Já falamos nesse texto vezes sem conta, mas podemos voltar, uma vez mais, para entender ainda melhor. Somos filhos de Abraão e por isso precisamos compreender nossa herança. Primeiro Deus pede a ele que deixe tudo para trás, se desapegue de tudo. Ele tinha que confiar somente em Deus para ser sua nova fonte de vida, sustento e bênção.
Na época de Moisés, Deus deu a ele como mandamento para todo o povo em Êxodus 20:17: Não cobiçarás ... Não cobiçarás ..... coisa alguma que pertença a seu próximo.
No livro de Tiago 1:14-16 vemos com clareza o que acontece: ... cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera morte. Não vos enganeis, meus amados irmãos.
Como foi que entrou o pecado da cobiça no homem?
Vamos dar uma olhada de novo na cena do Éden. Satanás foi o primeiro a cobiçar o que não era dele; queria o que pertencia a Deus. Quando encontrou Eva no Jardim, conseguiu fazer com que ela cobiçasse o fruto proibido. Daí ela começou a se sentir atraída e seduzida: Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvores desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu.
Cobiçou, deu à luz o pecado, consumou o pecado e gerou a morte, não só pra ela mesma, mas para seu companheiro.
I João 2:16 - ... porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.
Está aí. Concupiscência é desejo ilícito, impuro, o mesmo que cobiça. O desejo é uma força que opera a partir da nossa vontade. Uma vez contaminada nossa vontade pelo desejo probido, vamos descobrir um caminho que nos pareça direito para obter o que desejamos. É quando nos enganamos a nós mesmos.
Como o impulso inicial foi baseado no pecado da cobiça, perdemos nossa capacidade de ouvir o Espírito de Deus e passamos a ouvir os argumentos da serpente, como Eva no Jardim. Porque não? Afinal, temos tantas boas justificativas. Aquilo que você deseja parece ser muito bom e portanto correto, na sua visão já distorcida. Você acaba de dar à luz a cobiça, daí para consumar o pecado é só questão de tempo e, uma vez consumado, você acabou de semear morte para você e para mais alguém. Jesus disse: se você olhou para uma mulher com intenção impura, já adulterou com ela. Ele sabia como se dá o desenrolar dos acontecimentos.
Ainda em Tiago 1:17-18 – o texto continua dizendo: Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das Luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança. Pois, pelo seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.
Certo? Se você cobiça, ou inveja, o que dá no mesmo, quer o que é do outro. Em outras palavras, você quer aquilo que acha que é melhor, ou a melhor parte, para si. Isso se chama egoísmo. Você quer conquistar a bênção com suas próprias mãos, em prejuízo de seu próximo; quando você foi chamado para abençoar, incluindo todas as nações da terra. Sua bênção vem de Deus, na medida em que você é generoso e abençoador e confia no Pai como sua provisão. Quando ama a Deus e confia nele, passa a ser instrumento de amor e bênção para o seu próximo.
 Mas não precisa ser assim, porque nosso Pai tem muito para nos dar, coisas perfeitas que vêm lá de cima; de um lugar, ao qual não temos acesso direto, mas onde está armazenada toda nossa provisão. Deus não nos quer enganando a nós mesmos, porque fomos gerados como seus filhos, na verdade e não mais na mentira. Não devemos mais mentir, nem a nós mesmos e nem a nossos irmãos, dando lugar à operação do engano. Ele quer que sejamos a primícia, a melhor parte daquilo que ele criou. Cobiçamos o que é do nosso desejo carnal, e não, o que o Senhor quer nos dar.
Gálatas 6:7-9 confirma: Não vos enganeis, de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem ...
1 Coríntios 6:9,10 - ... Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.
Nós temos basicamente dois caminhos. O primeiro é o jeito de viver do mundo. O medo predomina e o dinheiro é o seu deus. A pessoa precisa ganhar e guardar o máximo possível, porque sua segurança está no dinheiro. Se fica doente, precisa dinheiro, se tem fome, precisa dinheiro, se que ser considerado, precisa dinheiro, se quer se realizar, precisa dinheiro ... enfim, o dinheiro é sua segurança para afastar todo o medo da morte em todas as suas manifestações; toda ameaça à sua sobrevivência. Vive enganando a si mesmo, porque, se algum dia precisar realmente do dinheiro para resolver o problema da morte, vai ver que ele não tem esse poder. Como ídolo surdo e mudo, incapaz de responder ao teu clamor, como Baal a seus profetas, assim as suas finanças, não vão poder salvá-lo, mas somente Deus.
O segundo jeito de viver e morrer, é o jeito de Deus. Disse Jesus: vende tudo e dá aos pobres, numa situação específica. O que ele queria ensinar é que nós vivemos para abençoar outras pessoas e, na medida em que abençoarmos vamos continuar sendo abençoados. Esse foi o trato!
Temos muitas formas de abençoar, mas uma das mais difíceis é abençoar financeiramente os outros. No entanto, essa é a maneira mais clara de demostrar que não temos medo, que não dependemos do dinheiro para nossa segurança e que Deus é o nosso recurso. Ele é a nossa fonte para toda sorte de bênção.
Será como era Abraão? Ele era muito rico, porque era muito generoso. Quando foi se separar de Ló mandou que ele escolhesse o que desejasse. Ló escolheu a melhor parte, mas Deus transformou a parte de Abraão na melhor escolha. E, ainda quando ficou evidente que Ló não estava sendo abençoado, e veio sobre ele as consequências de seu próprio egoísmo e ganância, Abraão arriscou a própria vida para salvá-lo.
É interessante ver o texto de Gênesis 13:10Levantou Ló os olhos, e viu toda a campina do Jordão, e que era bem regada ... como o Jardim do Senhor, ... então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão ...
Dá pra ver que Ló foi levado pela concupiscência dos olhos, desejou, tomou para si sem pensar que Abraão merecia o melhor, e não ele. Afinal, lá foi ele conceber a morte para si e sua família. A escolha, o caminho que parecia direito, parecia o melhor, terminou em caminhos de destruição.
Quanto a Abraão, pelo seu gesto generoso ... disse o Senhor a Abraão, depois que Ló se separou dele. Ou seja, foi Ló quem saiu do caminho direito, porque Abraão continuou habitando na terra de Canaã. Leia o capítulo 13.
Bem, o Senhor disse: ... Ergue os olhos e olha ... porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Que diferença! Deus direcionou a visão de Abraão para satisfazer um desejo legítimo e renovou a promessa de abençoá-lo. O desejo de Abraão era o desejo de Deus: povoar a terra.
Uma vez os discípulos perguntaram a Jesus em Lucas 18:28-30e disse Pedro: Eis que nós deixamos as nossas casas e te seguimos.
Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba no presente muitas vezes mais, e no mundo por vir a vida eterna.
Observe que Jesus disse, ou isso, ou aquilo, ou aquilo também... Abraão deixou tudo, e ele era tão generoso que foi capaz de dar seu próprio filho Isaque, quando Deus pediu. Na verdade ele já vinha andando nesse caminho há muito tempo e sabia que dava em caminhos de vida, e não de morte. Portanto, não tinha lógica a morte de seu filho terminar em morte, e não em vida. Tudo que semeava, tudo que dava, sempre voltava pra ele multiplicado. Assim foi capaz de crer que Deus era poderoso pra devolver Isaque pra ele vivo. Isso é que é fé, fé somente em Deus como fonte única de toda bênção, de todo recurso.
Toda cobiça, assim como todo mal que um dia entrou no Universo porque Satanás cobiçou o que pertencia a Deus, foi atraída para o corpo de Jesus na cruz. Ele sorveu todo o cálice do veneno mortal até a última gota. Segundo se sabe, nos tempos antigos havia uma prática: os condenados entravam em fila e um cálice de veneno ia sendo passado entre eles. Quando o conteúdo terminava, os restantes saiam  livres. Depois de Jesus Cristo, todos nós, que estávamos condenados a morte pelos nossos delitos e pecados, saímos vivos e livres.
O Senhor aspirou todo o veneno da serpente e, ao assoprar de volta, liberou o Espírito que é santo sobre a terra.
Lucas 23:46Então clamou em alta voz : Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.
A Palavra confirma em Colossenses 2:15 a vitória de Jesus na cruz consumando a obra, e triunfando totalmente sobre o inimigo. No Antigo Testamento, Deus muitas vezes demonstrou que aceitava um sacrifício, enviando fogo consumidor dos céus. O fogo de Deus consumiu Jesus na cruz, o sacrifício aceitável e de aroma agradável.Esse mesmo fogo, veio depois no Pentencostes e consumiu todo medo dos discípulos enchendo-os com a essência e o poder de Deus.
Não há mais pecado em nós para ser consumido pelo fogo de Deus; o perfeito e último sacrifício foi feito pelo Cristo crucificado. Agora o Seu sangue nos limpa de pecados, a vida do seu sangue anula toda manifestação de morte em nós, a cada dia. Então agora, o fogo encontra em nós, a mesma natureza de Deus e, fogo com fogo só resulta em mais poder.
O cajado de Moisés se transformava em serpente, numa manifestação de poder, e ela engoliu as duas outras serpentes criadas pelos mágicos de Faraó. Na cruz, Jesus tomou a forma de serpente, ele se fêz maldição, e engoliu todo o mal que estava afetando o universo e também a nós. Deus teve que se fazer em natureza humana. Só no sangue do Senhor havia o antídoto contra o veneno da serpente.
Por isso Moisés foi instruído a levantar a serpente de bronze no deserto. Milhares estavam sendo picados pelas serpentes abrasadoras como consequência de rebelião, mas ao olhar para a serpente de bronze, recebiam livramento da morte.
É estranho para nós, pensar em Jesus Cristo sendo representado na cruz em forma de serpente, mas ele tomou o nosso lugar. Como disse João Batista, nós éramos “raça de víboras” tentando inutilmente fugir do juízo vindouro. Precisamos primeiro nos reconhecer em Jesus na cruz, nos identificar com aquela serpente, reconhecer que tantas vezes somos picados pelas serpentes venenosas do pecado. Quando encaramos o poder do mal, precisamos sair da nossa posição de rebeldia e auto-suficiência e olhar para a cruz, ir até ela como nosso único recurso. Ali vamos nos encontrar com a morte do velho homem e nos refugiar no lugar onde o pecado já não tem domínio sobre nós. Precisamos desenvolver a nossa salvação a cada dia, deixando que Jesus leve para morte com ele, tudo o que ainda nos envenena a vida.
Unidos então com ele em sua morte, nos unimos a ele em sua vitória e sua ressurreição.
O Pai entregou seu filho generosamente para nos salvar, sabendo que ao semeá-lo, como seu Isaque, iria obter uma descendência grande e poderosa de filhos que ele adotou.
Efésios 1:5,6 E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, para o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória de sua graça, pela qual nos fêz agradáveis a si no Amado.