Thursday, September 18, 2014

A Falsa Adoração e o Adultério

Missionaria acidentada no Nepal
Nao andava há um ano

Recebe a cura em nome de Jesus Cristo








A Falsa Adoração e o Adultério

O capítulo sete de Provérbios vai falar sobre a adúltera. O adultério físico  começa com um adultério espiritual. “Vem, saciemo-nos de amores até à manhã; alegremo-nos com amores. Porque o marido não está em casa; foi fazer uma longa viagem. Levou na sua mão um saquitel de dinheiro; voltará para casa só no dia marcado” (Pv 7.18-20).
Quando se diz que um produto ou medicamento foi adulterado, o que isso significa? Significa que ele tem a aparência do original, mas seu conteúdo foi modificado e, portanto, seus efeitos não vão ser os esperados. Jesus mesmo disse que se conhecesse a árvore pelos seus frutos. E que ele não se deixava enganar pela aparência, pela embalagem.
A mulher Samaritana é um bom exemplo do que estamos falando. Ela já tinha cinco maridos e estava com um sexto homem, e quando Jesus expõe seu adultério ela alega que estava buscando o verdadeiro “lugar da adoração”. Ela não conhecia o verdadeiro amor de Deus. Sua geração havia aprendido a adorar no monte de Samaria, local onde havia o culto ao bezerro, um culto que fora adulterado há muito tempo atrás.
Sua adoração adulterada não satisfazia a sua fome de Deus e por isso ela estava buscando outras fontes de satisfação e prazer.
Hoje, tudo no mundo é maquiado, é aparência. A própria mídia exalta os padrões de beleza, e famosos são os de boa aparência. Os próprios artistas são vítimas de seu engano. Atrás do conteúdo, mudam de parceiros vez após outra, ao descobrir que por detrás da embalagem, o produto estava adulterado. Que decepção!
A língua é a porta externa por onde deságua o coração do homem, o que tem dentro de si será manifesto no seu falar, vida ou morte está no poder da língua (Pv 18.22); e a boca fala do que está cheio o coração ( Mt 12.34b).
O falar do adúltero é cheio de sedução, lisonja e promessas de falsa segurança. Enquanto a adúltera se oferece aos que passam, a Sabedoria está no oculto, dentro da casa, precisa ser buscada conforme diz em Provérbios 8.34: “Feliz o homem que me dá ouvidos, velando dia a dia à minhas portas, esperando às ombreiras de minha entrada”.
Precisamos observar os frutos, além das enganosas aparências. O espírito religioso é o espírito do engano. Adultera o verdadeiro mover e simula o verdadeiro trabalhar do Espírito de Deus nas vidas. O produto final é perdição e não salvação; são frutos da carne e não o fruto do Espírito de Gálatas 5.22, o amor com todos os seus sabores.
 Satanás fez esse jogo de sedução com Eva. Ela viu a aparência do fruto que era sedutora e comeu, mas o conteúdo era a morte. Se estamos nas veredas da Verdade, andamos com o Espírito da Verdade, andamos na luz da Sabedoria de Deus.
Romanos 1:18 – “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm (impedem) a verdade pela injustiça”.
Esse texto de Romanos segue explicando que a ira de Deus foi acesa pela idolatria do homem que não deu a devida glória a Deus e em conseqüência foram entregues por Ele, ao domínio de seus próprios pecados, especialmente de impureza sexual. Fabricamos deuses à semelhança do homem, que podemos controlar conforme a nossa vontade e nossa necessidade. A tentativa mais comum de substituir a Verdade pela Mentira é trocar o amor verdadeiro de Deus, pelo sexo. Temos o exemplo bíblico da mulher samaritana. Ela já estava no seu sexto parceiro na tentativa de extravasar sua adoração.
Porque o instinto de adorar levou o povo de Israel a fabricar o bezerro de ouro no deserto, num culto que terminou em orgia sexual? Porque a existência das prostitutas cultuais e tantas práticas libertinas na adoração aos ídolos pagãos? No capítulo dezesseis de Ezequiel, o Senhor fala do povo de Israel como se fosse uma mulher. Ezequiel 16.17: “Fizestes estátuas de homens e te prostituístes com elas”. No versículo 24, o Senhor chama os altares de adoração aos ídolos de prostíbulos (locais de prostituição sexual).
A idolatria através do sexo é tão grave, que no Antigo Testamento, os adúlteros eram apedrejados (Lv 20.10; Dt 22.22-24).
No capítulo oito do Evangelho de João, vemos o caso da mulher fragada em adultério, levada a Jesus para ser apedrejada, conforme a Lei de Moisés. Jesus desafiou os presentes: “quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra” (Jo 8.7). Todos foram saindo, um a um, a começar dos mais velhos, ou seja, aqueles que deveriam dar um exemplo de santidade. Nesse caso, entendemos que todo o Israel estava passível de sofrer a punição, o julgamento, o apedrejamento. À excessão  do remanescente fiel, eles tropeçaram na “pedra de tropeço” (Is 8.14,15, 28.16).
No texto de Mateus 21.44 Jesus adverte que “quem cair sobre a pedra, ficará em pedaços e aquele sobre quem ela cair, ficará reduzido a pó”. Como consequência por terem rejeitado o Messias, parte desse juízo veio sobre o povo, no ano 70 dC: o general romano Tito,  moveu o cerco à Jerusalém e eles terminaram dispersos entre as nações, como um pó assoprado pelo vento.
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” (Mt 23.37)
Jesus tentou ajuntá-los e protegê-los para que não fosse destruídos e dispersos. Eles, injustamente, apedrejaram os enviados de Deus, como fizeram com Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, e terminaram eles próprios, debaixo de julgamento.
Esse apedrejamento era feito colocando-se o culpado sobre uma plataforma a uma distância do chão, correspondente à altura de dois homens. A primeira testemunha atirava uma pedra de bom tamanho nas costas da vítima que poderia cair. Se ainda estivesse viva, uma outra pedra, já deixada no local com essa finalidade, era atirada sobre seu coração. Essa segunda pedra podia ser grande ao ponto de ser carregada por dois homens. A pessoa então era lançada abaixo e, se ainda viva, todo o Israel terminava o apedrejamento.
O corpo do homem carnal, sem o Espírito, volta ao pó, do qual foi formado. Quando Deus julgou Adão, sentenciou: “... porque você é pó, e ao pó voltará” (Gn 3.19c). Da mesma forma, todo aquele que recusa a Cristo, como Israel rejeitou, será julgado por ter rejeitado a “rocha da salvação”: reduzido a pó.
Nós, os salvos em Cristo, temos uma esperança, mais que gloriosa, de receber de volta nossos corpos, glorificados! Dessa forma, Jesus será para nós a rocha da salvação; e não a pedra de tropeço como foi para muitos judeus.

A Fina Linha de Separação

Mas onde está a fina linha que separa o ídolo “Sexo” do Deus verdadeiro?
É a diferença entre vida e morte, entre prostituição e santidade. A busca de realização através da prática sexual leva à ilusão frustante e passageira. Enquanto essa mesma busca, quando se volta para Deus, traz realização real, preenchimento das nossas melhores expectativas, é compensadora e constroe um relacionamento para a eternidade.
Essa busca da qual estamos falando, sempre começa movida pelo desejo: de sentir o Senhor, de contemplá-lo, de percebê-lo nos seus atributos conhecendo quem Ele é. Há um mergulho para dentro de si mesmo procurando fazer um contato com Deus, o mais real possível. Queremos sentir seu amor, nos deleitar Nele; tocar e ser tocada pela sua presença. Todo estímulo e distrações externas precisam ser anulados para que aconteça esse momento de intimidade a dois com o Senhor.
Se o estímulo maior que nos leva a adoração é o desejo, o objetivo a ser alcançado é uma entrega, uma rendição gradativa, profunda e completa do nosso ser ao ser amado. Tanto o desejo, quanto a entrega, vão culminar no gozo do Espírito. O próprio Senhor faz esse paralelo entre nosso relacionamento com Ele e o relacionamento humano do noivo com a noiva.
Há um gozo na carne e há um gozo no espírito. A adoração a Deus vai além, centralizando-se não no nosso desejo e sua satisfação, mas centralizando-se no alvo do nosso desejo que é o próprio Deus. Por isso Ele mesmo nos manda amá-lo acima de todas as coisas, com toda força do nosso ser. Quando a carne, com seu egoísmo que só leva à auto-satisfação, ocupa o lugar do Espírito e o subjuga, vai acontecer um desvio no objeto da nossa adoração.
É porque não sabemos adorar em espírito e em verdade que descemos Deus do Seu trono. Ele está alto demais e fica mais fácil adorar algo à nossa altura. A busca da satisfação fácil tem levado a humanidade a uma desenfreada atividade sexual de formas e maneiras as mais diferentes possíveis, na tentativa de satisfazer erroneamente o instinto mais elevado que Deus colocou em nós, da adoração. Ele colocou a eternidade no coração do homem (Ec 3.11b).

A Prostituiçao

A prostituição espiritual se manifesta na prática da prostituição corporal. Logo de início, a Carta de Paulo aos Romanos aborda o tema do homossexualismo, prática comum entre eles.
Hoje o homossexualismo alcançou um índice sem precedentes. Segundo o apóstolo Paulo, essa prática é uma consequência imediata que resulta da atitude dos homens com relação a Deus. Eles não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças. Em vez disso, fizeram outros deuses para si, o que chamamos idolatria – adoração a ídolos.
Além de os entregar ao homossexualismo, por desprezarem o conhecimento de Deus, ele os entregou também a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam (Rm 1.28).
Não reconhecer a Deus, não o adorar, deixa a humanidade aberta à adoração de qualquer outra coisa que pareça ser uma fonte de prazer. Nesse processo, trocam a verdade pela mentira, o Criador pela criatura. Seus pensamentos tornam-se inúteis, fúteis e o coração obscurecido. Isso significa que se tornam insensíveis e sem entendimento para com as verdades espirituais.
A Noiva anseia pelo Noivo, mas a prostituta recebe a qualquer um e a todos. Assim, a pessoa que desprezou a Verdade está aberta a todas as religiões e pensa que todos os caminhos levam a Deus. Isso em parte é verdade porque o Deus que elas conhecem não é o Deus verdadeiro. Para o único Deus Verdadeiro só há um caminho: seu Filho, Jesus Cristo, que entregou sua vida pela nossa salvação.
O afastamento do homem de Deus está chegando ao ponto necessário para autorizar a manifestação do anti-Cristo: “Antes daquele dia virá a apostasia e, então será revelado o homem do pecado, o filho da perdição” (II Ts 2.3).
As religiões do mundo se fortalecem e elas são a voz da prostituta, que oferece sexo como um prazer, para a satisfação somente da carne; atende as nossas necessidades temporais, enquanto enfraquece gradativamente o espírito. Um início que aponta para essa relação entre prostituição cultual e a prostituição física, são as denúncias frequentes de abuso sexual e outras práticas ilícitas nos locais voltados  à práticas idólatras, quer sejam católicos, budistas, hinduístas,islâmicos ou outros. Os que se afastam do Deus Vivo e adoram seus ídolos são entregues à práticas demoníacas e destruidoras.
  
Abrindo Uma Brecha
No Livro de Números, capítulos 23 e 25, vamos ver a narrativa sobre Balaão e Balaque. Balaque, rei dos moabitas, pediu ao profeta que amaldiçoasse  a Israel. Ele simboliza a Satanás. Ele tinha medo do povo de Deus enquanto louvavam, porque assim venciam todas as batalhas. Isso significa que o diabo tem medo também da igreja e tenta passar para nós, seus próprios temores. Na verdade, o diabo nos oprime e nos deixa acuados, porque sabe que, se soltarmos nossa voz, aclamando nosso Rei, ele estará perdido
 Balaão, no entanto, só consegue abençoar o povo porque este dava glórias adorando a  Deus: “... o Senhor seu Deus está com ele (Israel), e no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei” (Nm 23. 21).
A única solução para tranformar a bênção em maldição, foi proposta com grande sucesso. Era preciso desviar essa adoração submissa a Deus, e para isso mulheres gentias foram introduzidas no arraial de Israel. A intimidade e comunhão que eram exclusivas com Jeová, passou a ser dividida com as moabitas (Moabe). Este povo veio a surgir da relação incestuosa da filha de Ló com seu próprio pai (Gn 19.36).
Números 25.1,2: “... começou o povo a prostituir-se com as moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e se inclinou aos deuses delas”.
A praga começou a matar no arraial de Deus e Moisés foi interceder diante do Senhor, juntamente com o povo, para fazer cessar a maldição. Naquele  momento difícil, um israelita leva para o leito uma midianita, cujo povo estava em aliança com Moabe para destruir Israel. O nome dela era Cosbi, que significa enganadora. Era filha de um chefe de clã; filha de um ‘príncipe maligno’. Ela veio com o espírito de engano através da contaminação sexual. De sua relação com o israelita viria filhos da mistura, introduzindo outro povo com seus deuses e costumes em Israel. Mas Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, levantou-se, pegou uma lança e atravessou o casal pelo ventre; então a praga cessou. Ele arrancou o mal pela sua raiz, extirpando filhos espiritualmente amaldiçoados que estavam sendo gerados através daquela relação adúltera, envolvendo os deuses dos moabitas. Assim, ele pos fim à relação entre o povo de Israel e os espíritos malignos que habitavam corporalmente aquelas estrangeiras.

Ídolos do Lar
 “Tendo ido Labão fazer a tosquia das ovelhas, Raquel furtou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai” (Gn 31.19).
Esses ídolos do lar, (em hebraico, teraphim), Raquel havia roubado e escondido em sua sela. Eram pequenas imagens de deusas. Supostamente garantiam fertilidade e garantiam a Jacó o direito de propriedade das terras de Labão quando este morresse. É provável que fossem, em alguma medida, os deuses de Raquel, que deles dependia para propósitos religiosos ou de adivinhação.
Também vemos ídolos do lar sendo providenciados pela mãe de Mica, numa história estranha contada no livro de Juízes:
Mica havia roubado o dinheiro de sua mãe, mas diante da maldição que ela rogou sobre o ladrão, ele decidiu devolver. Ela, esperando neutralizar a maldição, que na ignorância lançou sobre o próprio filho, dedicou o dinheiro ao Senhor e ordenou que fosse feita uma imagem de escultura (madeira revestida de prata) e uma de fundição (de prata pura).
“Porém ele restituiu o dinheiro à sua mãe,  que tomou 200 ciclos de prata e os deu ao ourives, o qual fez deles uma imagem de escultura e uma de fundição; e  imagem esteve em casa de Mica” (Jz 17.4).
Mica fez uma casa de deuses (vs 5) e quando passou por ali um levita, ele fez dele seu pai e sacerdote (vs10). Ele o sustentava com roupa e comida e lhe dava um salário anual.
No capítulo 18, a Palavra narra que os homens da tribo da Dã passaram pela propriedade de Mica e  roubaram seu ídolo do lar, levando também seu sacerdote. Esses ídolos ficavam normalmente em lugares protegidos da propriedade. Eram os espíritos-guia da família, ou um espírito familiar, que, supostamente, deveria protegê-los. Em certa ocasião, quando os babilônios fugiam dos persas, iam carregando seus ídolos sobre os animais, enquanto iam para o cativeiro. Seus deuses iam, junto com eles, para o triste destino, ao invés de livrá-los.
Quem carrega ídolos em sua vida, são como esses burros de carga. A palavra diz que até para as próprias mulas era canseira carregar aqueles deuses (Is 45.20,21b; 46.1,2-9). Os ídolos precisam ser carregados pelos homens e são um peso morto, mas o Deus vivo, este nos carrega nos Seus braços poderosos e nos salva.
As famílias ajuntavam suas posses até poder adquirir a prata e o ouro para mandar fabricar as estatuetas, e erguer um altar que era sinal de alguma prosperidade através do qual poderiam atrair ainda mais fertilidade e riquezas.
Ainda podemos ver no Brasil, as capelas e nichos construídos nas fazendas, consagradas aos “santos” católicos. Muitas vezes, todo o povoado ficava sujeito à influência deste mini espírito territorial, o “santo protetor”, o padroeiro. À medida que o arraial crescia, uma capela era erguida e, por fim, chegando à cidade, ganhavam uma praça e sua igreja matriz.
Hoje podemos entender, pelo Espírito de Deus, que o ídolo do lar é aquilo que está bem no escondido da casa do nosso ser. Bem protegido pelo próprio dono que o guarda como alguma coisa de grande valor, na qual deposita toda confiança para obter bênção, sucesso e felicidade.
Somente a luz de Deus pode penetrar nesses cantos escuros do nosso coração para arrancar esses ídolos aos quais nos apegamos e que estão escondidos em nosso interior.