Wednesday, February 4, 2015

Compaixão, Oração e Ação

Durante a Conferência Profética "Compaixão"


 

Na Igreja Batista Lagoinha em BH
Livro de minha autoria sendo vendido pela Seara

Aproveitando para autografar para os irmão de Vitória-ES





Compaixão, oração e ação

A compaixão é a marca do ministério de Jesus. Ele era movido de íntima compaixão. Ao olhar as multidões que o seguiam viu-as como ovelhas sem pastor (Mt 9.36; Mc 6.34). Isso significava que estavam perdidas, sem rumo, sem ter quem as cuidasse, dando direção, proteção e alimento.
A ressurreição de Lázaro (Mt 11.33-38) mostra um Jesus que chora. A palavra diz que ele “agitou-se no espírito e perturbou-se”. Em seguida diz “outra vez, profundamente comovido”. Esse era o estado de Jesus. Não era um estado de alma, porque ele sabia que ia ressuscitar seu amigo. Algo se movia nas camadas mais profundas de seu ser, em seu espírito. O ‘choro do espírito’ é um recurso da intercessão. Os judeus que eram apenas carnais, julgavam que ele chorava na emoção, porque amava a Lázaro e este havia morrido. Podiam pensar até mesmo que ele chorou compadecido da dor das irmãs de Lázaro, mas estavam errados. Jesus não era movido pelas emoções, pela simples pena ou pesar diante das circunstâncias difíceis. O Senhor se movia pelo Espírito que se agitava em seu espírito, não simplesmente para sentir por sentir, mas movia-se para gerar vida.
Uma vez o Espírito moveu-se sobre a terra, e ela era sem forma e vazia. Como resultado de seu mover todas as coisas vieram à existência. Quando o Espírito se move ele cria, ele traz à existência.
Essa era a agitação do Espírito no íntimo de Jesus, movendo-se através das suas entranhas pelos tendões e nervos do amor, a compaixão que salva e resgata. Por isso ele chamou com autoridade: ‘Lázaro, vem para fora’, sabendo que ele viria da morte, de volta para a vida. Ele não era um Deus indiferente. Jamais será indiferente um Deus que se compadece ao ponto de descer até à sua criação aviltada e ferida de morte pelo horror do pecado. A compaixão é um sentimento de pesar pelos males alheios, bem como vontade de ajudar o próximo. Desejo de libertar a todos os seres do sofrimento.
A indiferença é o oposto ou a ausência dessa compaixão. O Messias teve compaixão da multidão indefesa, doente, faminta, cega e oprimida pelo diabo.
A compaixão flue de Deus para nós. Na parábola do ‘Filho Pródigo’, que prefiro nomear como a parábola do ‘Filho Arrependido’, o Pai é movido totalmente por compaixão, e corre, literalmente, ao encontro de seu filho arrependido.
Outra parábola de Jesus ilustra essa mesma compaixão, mas fluindo em direção ao próximo: a parábola do ‘Bom Samaritano’. Aquele homem ‘moveu-se de íntima compaixão’, diz a Palavra, e saiu de seu caminho, deixou suas prioridades e interesses pessoais para socorrer a vítima morimbunda, deixada quase morta pelos assaltantes.
Em outra ocasião o Senhor se enche de compaixão pela multidão que o seguia e já estava há três dias sem comer. Como resultado ele faz mais um de seus milagres e multiplica o pão e os peixes para alimentá-los (Mt 15.32: Mc 8.2).
Movido de compaixão ele curou a todos os enfermos (Mt 14.14). Na parábola do creedor, o Rei perdoou a dívida do seu servo, uma quantia impagável, porque foi movido por compaixão, numa vívida ilustração do que Deus fêz por nós enviando Jesus Cristo. Jesus teve compaixão dos cegos, tocou nos olhos deles e imediatamente recuperaram a visão (Mt 20.34).
“Um leproso aproximou-se de Jesus e suplicou-lhe de joelhos: ‘Se quiseres, podes purificar-me! Cheio de compaixão, Jesus estendendo a mão, tocou nele e disse: Quero. Seja purificado!”(Mc 1.40,41).
O que moveu Deus em direção ao mundo perdido? Sua Compaixão! Nossa vida egoísta, centrada no eu, nos afasta de nosso chamado como Igreja. Os nossos próprios interesses ocupam todo nosso tempo, dinheiro e consome toda a nossa energia.
Nossas orações mostram o nosso nível de envolvimento, de interesse na causa do Reino de Deus. A Igreja tem a missão de fazer conhecida as Boas Novas do Evangelho. Essa tarefa é nossa obrigação, mas Deus não está interessado em que cumpramos obrigações para com ele. O que fazemos só surte efeito e só tem valor eterno se o fazemos por amor a Deus e compaixão pelo próximo. Esse é o amor de Deus fluindo em e através de nós. Em boas palavras: sem compaixão, sem milagres.

O que moveu Jesus? O amor a seu Pai e a compaixão a nós. O que tem nos movido? Quanto de indiferença tem se instalado no mais íntimo do nosso ser? Onde se instala a indiferença não existe canais para a manifestação do Espírito Santo de Deus porque ele só se move impulsionado pelo amor verdadeiro que nos leva a compadecer e desejar resgatar o outro. E aí, quando você se move nesse poder, a fonte de vida flui do seu interior e ganha força através de sua vida para alcançar e resgatar este mundo que se perdeu de Deus.