Thursday, August 13, 2015

O Reino em Parábolas



Casamento na India
A Parábola do Semeador
Mateus 13
Parte da Semente caiu à beira do caminho. Não foi semeada, o lugar era impróprio, despreparado para receber a semente. As “aves” (demônios) vieram e a comeram. “Lugar errado”.
A segunda parte das sementes caiu em terreno pedregoso. “Um lugar ruim”, sujo, cheio de pedras, com pouca terra, não foi preparado e limpo para a semeadura.
A terceira parte das sementes caiu entre os espinhos. “Um lugar inóspito”, agressivo contra a semente que foi assim, sufocada, não teve como respirar e viver.
A quarta parte caiu em boa terra e deu boa colheita, começando com 30 e subindo para 60 e 100 por cento.
Os discípulos perguntaram a Jesus porque ele só falava em parábolas e ele responde: “A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles, não”. “A quem tem”, ou seja, a quem tem entendimento espiritual, será dado. Isto significa que esse vai compreender e a semente nele, dará fruto e colheita. “E este terá em grande quantidade”,porque entendimento acrescenta conhecimento e sabedoria, que preparam o terreno para ainda maior entendimento, num ciclo crescente.
“De quem não tem”, ou seja, aquele que recebe a semente da Palavra, mas não tem entendimento espiritual, não tem revelação da mesma, até o que tem – a semente que foi lançada nele – lhe será tirada; comida pelas aves; roubada pelo maligno, conforme explicou Jesus.
São quatro tipos de solo porque quatro, na Bíblia, é o número do homem. Assim aqui está representada toda a humanidade.
“Porque vendo eles, não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem. Neles se cumpre a profecia de Isaías: Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão”.
A diferença está entre ouvir apenas com os ouvidos naturais, ou alcançar compreensão espiritual do que está sendo dito.Eles não entendem, falta a percepção espiritual, o entendimento. Isto porque o coração da pessoa se tornou insensível. Não era insensível, mas perdeu a sensibilidade. Ouviram e viram de “má vontade”. A vontade foi contaminada através dos desejos carnais. Não tiveram mais prazer ou apetite para as coisas espirituais. Caso contrário, diz o Senhor, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos e entender com o coração – com o coração se entende; o mesmo que com o espírito se alcança o entendimento - e “eu os curaria”, diz o Senhor. “Mas felizes são os olhos de vocês que vêem e os ouvidos de vocês porque escutam (vs16)”.
Jesus, então, esclarece para eles o sentido da parábola: “Quando alguém ouve a mensagem do Reino mas não a entende, o maligno vem e arranca o que foi semeado em seu coração. Essa é a semente que caiu à beira do caminho.
A semente que caiu em terreno pedregoso, é o caso daquele que recebe a Palavra com alegria, mas fica só em sua alma, na sua emoção, não criando raízes profundas em seu espírito. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da Palavra, logo a abandona.
A que caiu entre os espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas a preocupação desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera.
A boa terra é aquele que ouve a Palavra e a entende.
Mas, mesmo sendo a terra boa, onde a semente, ou seja, neste caso o trigo, vai brotar e frutificar, um outro problema poderá surgir. O Maligno agora usa nova estratégia. Ele também semeia; ele semeia o joio no meio do trigo; semeia confusão, porque o joio se parece com o trigo e se mistura de tal maneira que não tem como separar um do outro sem arriscar arrancar o trigo por engano.
Jesus contou sete parábolas seguidas sobre o Reino dos Céus, comparando a uma platação, um tesouro escondido, uma pescaria, para que eles entendessem.
A parábola do grão de mostarda – Agora a semente plantada é um grão de mostarda. Tem a ver com ‘o quê’ foi semeado. Uma semente muito pequena, mas com um potencial enorme. Jesus compara essa semente à nossa fé: “se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda”, já seria o suficiente. A fé tem o mesmo poder, o mesmo potencial de fazer vir à existência uma grande árvore, a partir de uma minúscula partícula.
Mas exatamente porque a Palavra é tão poderosa e cresce forte, o diabo
muda sua estratégia. Agora o Maligno não rouba a semente, não a faz secar, não a sufoca, não tenta se misturar a ela provocando confusão e engano. O Maligno agora vem “fazer seu ninho entre seus ramos”; tirar o melhor proveito da situação usar a Palavra a seu favor, como vemos que acontece na Maçonaria e em tantas outras seitas.
Por isso o Senhor acrescenta em seguida uma parábola denunciando outra estratégia do Maligno. Ele se apresenta como uma mulher que acrescenta fermento numa grande quantidade de farinha e toda a massa ficou fermentada. “Um pouco de fermento leveda toda a massa”(Gl 5.9). O fermento representa o pecado. O pecado atua, mesmo depois que a semente frutificou, brotou o trigo, foi colhido, ia virar pão para alimentar as pessoas, mas eis que entra o fermento do pecado e a massa toda se contamina e se enche de aparência, mas sem o poder de nutrir.
Sobre a parábola do joio, Jesus explicou: o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que semeia é o diabo. A colheita é o fim dessa era e os encarregados são os anjos.
Assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim acontecerá no final dessa era. O Filho do Homem enviará seus anjos e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz cair  no pecado e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha de fogo ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Jesus vai limpar seu Reino, retirar os maus e só depois, diz: “Então, os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça.”
Ele contou essas parábolas à beira-mar, próximo à sua casa em Cafarnaum. Explicou a parábola do joio para seus discípulos em casa. Daí, contou mais duas parábolas: a do tesouro escondido e da pérola de grande valor. Já não tinha a ver com sementes e colheita de trigo, porque essas são referentes à sua Palavra; à semeadura.
As duas agora, no versículo 44, falam do Reino dos Céus como um tesouro escondido num campo e uma pérola de grande valor que apontam mais propriamente para a pessoa de Jesus Cristo.
Tanto o homem que encontrou o tesouro como o negociante, estavam procurando e encontraram; ambos venderam tudo o que tinham em troca de possuir o tesouro maior.
A última parábola compara o Reino a uma rede de pesca; lançada ao mar (dos povos) que apanha todo tipo de peixe. Os pescadores guardam então os peixes bons nos cestos e atiram fora os ruins.”Assim acontecerá no fim dessa era: Os anjos virão, separarão os perversos dos justos”. De novo, Jesus reforça que os perversos serão removidos primeiro, e deixados os justos.
Quando terminou, Jesus foi de Cafarnaum para a sua cidade Nazaré, onde não realizou muitos milagres, por causa da incredulidade deles. E afirmou: “Um profeta não tem honra em sua própria casa”.
Ou seja, salvos serão os que receberam a semente da Palavra e entenderam, de tal foram que a Palavra deu frutos em suas vidas.
Mas ainda assim, há aqueles que parecem frutíferos, mas a semente deles foi falsa, foi joio e só têm a aparência de trigo. Eles se aninham, se abrigam como aves, à sombra das verdades da Palavra. Querem tirar proveito somente, e acabam funcionando como um fermento maligno que contamina toda a massa. Crescem no campo do Senhor, no meio do trigo. Mas Jesus adverte que o joio será arrancado e queimado; e que os peixes, embora venham na mesma rede, serão também separados. Haverá ceifa, separação e juízo final sobre todos e cada um.
Características do joio – Também chamado cizânia, ele tem um talo rígido que cresce há um metro de altura. É considerado uma erva daninha. Nome científico do latim temulentum, que significa bêbado. Só diferencia do trigo após a formação da espiga. Elas são pretas depois de maduras enquanto no trigo são castanhas.
O joio é frequentemente infectado por um fungo endófito produtor de toxinas e o alcalóide lolina, um inseticida isolado nessa planta. Essas toxinas podem tornar as sementes do joio venenosas e uma pequena quantidade colhida e processada junto com o trigo pode comprometer a qualidade do produto obtido. Os romanos consideravam crime se alguém semeasse o joio no meio do trigo. As raízes do joio se entrelaçam na do trigo e se tentar puxar arranca os dois juntos. Na hora de colher, tem que fazer a separação manual. O trigo verga com seus frutos enquanto o joio permanece de pé.
O diabo tenta atuar em todas as fases do processo, desde a semeadura, até o momento de usar a farinha para fazer o pão, o nosso alimento. Se Jesus é o pão sem fermento, o diabo é o pão com fermento, ou o trigo colhido com o joio. Ele tenta também vir no meio dos bons peixes, se misturando na rede de Deus. O peixe simboliza o cristão. Mas, na hora final da colheita, haverá separação.