Thursday, April 16, 2015

Conquista de Cidades - Juiz de Fora


Batalha Espiritual - Nível Estratégico 

Ministério de Estratégia e Mobilização Missionária

Pra. Márcia Martins, B. Th.  -  2003

Índice

Estratégia em Guerra Espiritual


- Como Fazer a Guerra- A História do Rei Ezequias- O Remanescente Fiel- As Armas de Nosso Combate- As Armas- Santificação- A Vitória de Gideão


A Dimensão Espiritual- Aliança Demoníaca dos Povos- Como Essas Alianças São Reforçadas- Perpetuação de Alianças- Atos Proféticos


Espíritos Territoriais- Conceito Bíblico- Um Beirute na África


Maçonaria – Sua Influência- A Maçonaria Hoje- A Origem da Maçonaria  Anexo I e II e Bibliografia




Apresentação


          Como Senior-Pastor da Comunidade Logos Internacional, tenho a satisfação de apresentar o rico material elaborado pela Pra. Marcia Martins sobre Batalha Espiritual e Conquista de Cidades.
Tenho certeza que todos quanto tiverem a oportunidade de acesso as estas informações vão realmente ter um impacto no seu estilo de vida espiritual, bem como, um novo horizonte sobre a real necessidade de ganhar as almas preciosas para o Reino de Deus.
            Minha oração é que o Espírito Santo possa usar com propriedade esta serva do Senhor, e assim, numa parceria de ministração, conseguir com que mais pessoas sejam informadas e desafiadas a respeito deste assunto. Creio ser, este ensino, de vital importância para a causa da Igreja . Sem dúvida, após estas ministrações, poderemos fazer com que o “efeito kaós”  (ignorância espiritual) seja banido do nosso meio.
             Marcia é 100% de Deus e tenho certeza que seu ministério fará a grande diferença na sua vida, familia, igreja e ministério.
Com amor,
Rev. Eliseu Gomes, S. Pr
Logos International Fellowship,. FMC
USA.

 Estratégia em Guerra Espiritual

Estratégia significa o “Segredo do General”. Jeremias 33:3: “Invoca-me e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes”. Em Daniel 2:28 lemos: “mas há um Deus nos céus, o qual revela mistérios…”
            O alcance e a profundidade da estratégia vão depender do tamanho da visão que você recebeu para o Reino de Deus. Sem estratégia X sem vitória.
Todos os servos de Deus receberam estratégia para agir contra o inimigo. Ex.: Moisés, para tirar o povo do Egito; Josué, para a conquista de Canaã; Elias (I Reis 18), para derrotar os profetas de Baal; Gideão (Juízes7), para derrotar os midianitas;o apóstolo Paulo, para evangelizar os gentios; e o próprio Jesus, que só agia seguindo a perfeita estratégia de Deus.
A estratégia determinou a vitória do povo de Deus. Para obter a “receita da vitória” precisamos somar: vida intensa de oração com Deus, mais leitura e meditação na Palavra, mais jejuns, mais visão (uma preocupação verdadeira com relação às coisas do Reino de Deus). Como resultado desta fórmula vamos receber a estratégia que garante a vitória. O Espírito vai usar como canal uma mente que esteja alinhada com a mente de Cristo.
O que Cristo tinha em mente: Uma clara visão das necessidades do mundo; um sentimento de grande compaixão pelos pecadores; um esforço ativo, entregando-se como solução. Com isto em mente, vamos usar nosso raciocínio à serviço de Deus.

 

Como Fazer a Guerra

Para que o Evangelho seja pregado e haja conversões, o feitiço espiritual que cega o entendimento do incrédulo deve ser retirado . Existem comunidades inteiras enfeitiçadas por causa dos pactos que fizeram, que precisam de uma libertação coletiva. Mas como fazer para confrontar os principados e potestades diante da legalidade que têm, fruto das escolhas  e livre-arbítrio destas pessoas?
O engano deve ser desmascarado, as fortalezas mentais e espirituais devem ser desfeitas. As fortalezas não são uma região geográfica, a fortaleza é uma habitação mental, um ninho na cabeça da pessoa. É na mente que Satanás manipula o interior do homem. Nós devemos derrubar todo “argumento” (raciocínio calculado ao longo do tempo); são imaginações, sofismas que têm aparência de sistemas religiosos. Seitas são baseadas nestas fortalezas malignas.
O Espírito Santo quer nos dar poder para demolir estas cosmovisões de enganos espirituais nas mentes que dominam cidades inteiras. E, para atacar o sofisma, o melhor é a verdade, não adianta amarrar demônios e nem sinais de maravilha. A verdade é a arma poderosa para lidar com o engano a nível de comunidades, mas o desafio é entrar nestas mentes enfeitiçadas. Para estas pessoas, é que o Evangelho está vedado, encoberto. A mente está fechada, o entendimento cegado. É preciso encontrar o “abre-olhos”.
O desafio é: como abrir seus olhos e levá-los das trevas para a luz. O instrumento que temos é a oração. O apóstolo Paulo pediu em sua carta aos Colossenses que orassem por ele para que Deus abrisse a porta para a mensagem que estava proclamando.
Nós temos que orar pedindo a Deus para que este véu que está sobre a mente dos perdidos, seja levantado temporariamente para que possamos pregar a verdade que liberta.
·       Os perdidos são cativos de uma prisão de engano.
·       Deus precisa penetrar esta fortaleza para que possamos entrar.
·       A oração é um meio poderoso para que isso seja feito.
O primeiro passo é amarrar o homem forte que está cegando. Amarrar o valente. (Marcos 3) A  casa do homem forte é a mente da pessoa; os bens são a alma da pessoa.
Guerra espiritual é sinônimo de intercessão intensiva. Não se trata de convencer Deus a forçar as pessoas a se converterem. Deus é ferido todos os dias pela rejeição destas pessoas, mas ainda assim respeita seu livre-arbítrio.
Nós, tampouco, podemos expulsar demônios de uma comunidade se eles são objeto de contínua idolatria ali.
Orar pedindo contrariamente à vontade dessas pessoas, seria violar seu livre-arbítrio. Então precisamos pedir a Deus de maneira correta. Apelamos para que Ele equilibre o campo de batalha, removendo temporariamente as consequências lógicas das escolhas erradas das pessoas. Elas escolheram os demônios e estão enfeitiçadas. Elas merecem ser enganadas, porque assim escolheram, mas... pedimos a  Deus para dar uma segunda chance, mesmo que não mereçam, para processar a verdade a nível de coração. Pedimos que retire a venda de seus olhos temporariamente.
O apóstolo Paulo sabia que se pregasse o Evangelho sem o “abre-olhos”, nada ia colher espiritualmente, mas se ele conseguisse condições neutras para que as pessoas realmente o ouvissem, elas estariam tendo uma chance real de escolha.
Por exemplo, somente porque alguém sai de uma embriagues, não significa que está livre do álcool. Pela intercessão eles saem da embriagues, mas se vão ser libertos de seus vícios, terão que primeiro se arrepender de seus pecados.
Jonas, o profeta, podia pregar a verdade, pedir que se arrependessem, mas ele não poderia se arrepender por eles.
Quando nós fazemos guerra espiritual precisamos lembrar que estamos invocando o poder do Deus Onipotente. Estamos pedindo que uma aliança, entre os demônios e as pessoas seja suspensa temporariamente.

Obediência

Somos embaixadores de Deus e por isso temos que fazer o que Ele nos ordenar. Jeremias, por exemplo, foi chamado por Deus que o comissionou às nações e colocou Suas palavras em sua boca.
Para amarrar o valente sem que Deus tenha colocado as palavras em nossa boca, é presunção. Principalmente quando lidamos com demônios de alta patente, temos que agir obedecendo a instruções específicas de Deus.
A guerra espiritual é um trabalho árduo. Para começar devemos nos assegurar de que estamos caminhando em santidade. O Salmo 66 diz que, se tivermos iniquidade no coração, Deus não vai nos ouvir.
Se não temos retirado as raízes do orgulho de nossa vida, Deus vai nos resistir. Estamos tentando resistir ao diabo, mas Deus mesmo está nos resistindo.
Quando oramos por uma cidade que queremos libertar, teremos que nos ajoelhar e chorar diante de Deus, clamar a Ele que demonstre sua misericórdia. Mesmo que Ele não precise e as pessoas não mereçam, os intercessores se colocam na brecha, clamando a Deus: “sei que não é justo Senhor, sei que essas pessoas têm Te machucado, mas retira a cegueira de seus olhos por um pouco de tempo para terem nova chance de fazer a escolha certa pela verdade.” E pedimos ... batemos à porta ... até o Pai descer e abrir a porta, até que Ele diga: “está bem, levante e vá, o homem forte está amarrado, pode ir e pregar, levantei o véu.”

A História do Rei Ezequias
Um Modelo de Avivamento - II Reis 18:1-20 e II Cr 28 -32

Ezequias era filho do Rei Acaz, um dos mais pervertidos e cruéis reis de Judá. Homem violento, adepto de práticas do ocultismo. Chegou ao ponto de queimar diversos filhos em sacrifício a deuses estranhos. Adorava os demônios em todos os lugares altos do país. Além disto foi um rei que sofreu diversas derrotas e levou seu país a uma situação política e econômica insustentável. Usou os objetos sagrados do Templo de Jerusalém para fazer ídolos e altares e deuses de outras nações. Morreu tão desprezado, que o povo negou-lhe sepultura junto aos reis de Judá. (IICr.28)
Durante 25 anos Ezequias foi testemunha das loucuras cometidas por seu pai Acaz. Quando assumiu o trono, sua capital era uma cidade totalmente contaminada e as fibras morais, espirituais, econômicas e sociais da nação estavam destruídas.
O simples fato de ter sobrevivido aos sacrifícios realizados por seu pai, já era um milagre. O que tinha restado do outrora majestoso templo de Jerusalém, precisava desesperadamente de reparos. Suas portas estavam quebradas e seu interior estava contaminado.
Se já houve um quadro de desolação, desespero e desesperança, ali estava ele: um jovem inexperiente assumindo o governo de uma nação em bancarrota, cuja capital tinha sido transformada em santuário de demônios, e onde o nome do Deus Altíssimo era blasfemado e desprezado.
Mas o que aconteceu?
Em menos de um ano a capital foi reconstruída e purificada, o interior da nação foi restaurado e o reino recuperou a estabilidade política, econômica e espiritual.
A vida e a obra de Ezequias incorpora um dos mais dramáticos exemplos de como em qualquer lugar do mundo, uma cidade e uma nação podem ser conquistadas para Deus.
As ações de Ezequias fornecem a estratégia para a Conquista de Cidades. Vamos ver o que ele fez:
1 – Destruiu os lugares de adoração aos demônios e a própria serpente de bronze que Moisés havia feito e restaurou a Casa do Senhor (II Reis 18:4; II Cr 29:3)
2 – Convocou os sacerdotes e os levitas a se purificarem e se consagrarem ao Senhor.  Depois ordenou que eles purificassem a Casa de Deus. Em apenas 16 dias, com os sacerdotes trabalhando dentro do templo e os levitas pelo lado de fora, o trabalho de purificação foi completado. (II Cr29:4,5,17)
3 – Então, Ezequias reuniu os líderes da cidade e se dirigiram para o templo e ofereceram sacrifícios pelos pecados cometidos. Ele restabeleceu o culto ao Deus Altíssimo, e desafiou o povo a oferecer sacrifícios e a adorar. (IICr 29)
4 – Depois, procurou restabelecer a Unidade dos Reinos de Judá e Israel, convidando todos a celebrar a Páscoa em Jerusalém. (IICr 30)
Quando o povo retornou das celebrações, eles começaram a destruir os altares pagãos. (II CR31:1)
5 -  A purificação de Judá e Israel foi seguida de imediato por uma tremenda prosperidade material. (II CR 31)
·       A recuperação total da nação aconteceu quando o poderoso e temido Rei da Assíria foi misteriosamente derrotado às portas de Jerusalém.(II Cr32)
Que tremenda história! Primeiro uma cidade foi conquistada e entregue nas mãos de Deus; depois a nação toda e, eventualmente, os súditos de um reino dividido puderam se reunir e adorar o Deus único.
·       A nação prosperou à medida que a Casa de Deus prosperou.
·      Os princípios responsáveis por esta transformação em Judá, bem como as estratégias usadas, até hoje são válidas em nossa luta para conquistarmos as cidades para Jesus.

O Remanescente Fiel
            O primeiro passo para se conquistar uma cidade para Cristo é o estabelecimento do perímetro de Deus nesta cidade.
Foi o que Ezequias fez. Em meio a densas trevas espirituais que envolviam Jerusalém, ele começou pela casa do Senhor, estabelecendo um perímetro para a piedade. É isso que precisamos fazer: estabelecer uma cabeça de ponte espiritual. Isso é feito mediante o ajuntamento do “remanescente fiel”.
Este é formado por aqueles crentes que esperam pela manifestação do reino de Deus em sua cidade e estão orando por isso. São pessoas integradas na vida de suas igrejas locais e querem ver o poder de Deus se manifestando  em sua cidade, salvando vidas.
Quando este remanescente fiel se ajunta e começa a orar com autoridade pela cidade e pela manifestação do reino de Deus, o perímetro de Deus fica estabelecido naquele lugar, e isso cria um problema sério para Satanás, pois ele terá que se ocupar agora com um grupo de guerreiros aguerridos, corajosos, intrépidos, que em nada considera a sua vida preciosa para si mesmo, e que usa as armas poderosas que Deus já colocou à sua disposição.
            O simples fato de que o remanescente fiel comece a se reunir, pode alterar dramaticamente o equilíbrio de poder espiritual sobre uma cidade. Mas é da maior importância observar que a convocação do remanescente deve estar centrada em Jesus, na renovação do pacto com Deus, e não em um programa.

As Armas de nosso combate
Se vamos combater, vamos precisar armamento. A igreja guerreia nas regiões celestiais contra seres invisíveis, com armas invisíveis. É uma guerra que temos que desenvolver pela fé, usando nossos olhos e sentidos espirituais.    
Você tem alguma idéia de como lutar esse combate?
O Espírito Santo ora por nós, diz a Palavra, porque não sabemos orar como convém. Será que sabemos guerrear como convém ou teremos que nos entregar também à direção do Espírito de Deus?
Numa intercessão guiada pelo Espírito vamos observar um mover estranho aos nossos sentido naturais: são ruídos, gritos, gemidos de dor, trabalhos de parto, movimentos e expressões curiosas que não podemos entender naturalmente.
Numa batalha espiritual, esse mesmo Espírito estará conduzindo os obedientes em moveres absurdos ao nosso entendimento comum. São movimentos estratégicos comandados pelo Espírito de Deus, inclusive com o uso das armas espirituais.
Oposição Interna -  E como as coisas de Deus são loucura para o homem um mover estratégico de batalha pode causar bastante estranheza a um observador, ou mesmo a alguém do grupo que não consegue se dar inteiramente ao Espírito Santo de Deus e se mover por fé.
Uma atitude de orgulho também pode impedir o fluir do Espírito através da pessoa que não quer se expor ao ridículo aparente da situação.
Os que têm uma razão forte também vão resistir em se dar para alguma coisa para a qual não têm explicação lógica e podem mesmo se tornar críticos com relação aos moveres de batalha. Esses pensam que Deus lhes deve uma boa explicação para agir desta ou daquela maneira, e que o Senhor deve agir com ordem e decência, ou seja, numa ordem e numa decência que eles consideram aceitáveis dentro de seus padrões de medidas e compreensão.
Costuma surgir também os que têm ainda fortalezas de incredulidade em sua vida. Eles temem que tudo não passe de um espírito de engano operando no meio do grupo, provocando exageros desnecessários. Esse espírito de dúvida é terrível para bloquear o mover pela fé exigido durante uma batalha, onde devemos obedecer o nosso general Jesus Cristo, mesmo que ele não queira dar as devidas explicações sobre o que estamos fazendo.
As batalhas são desgastantes física e espiritualmente por causa do confronto com o exército do inimigo. Muitas vezes precisamos ter nossas forças físicas renovadas pela unção do Senhor. Somos renovados também emocional e espiritualmente depois da batalha com o derramar da alegria e gozo do Senhor que é a nossa força.

As Armas

II Co 10:3-5 - “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas, e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo.”

Armas Defensivas


 O Sangue de Jesus
O sangue é uma cobertura para os nossos pecados. Ele traz a purificação que invalida qualquer tentativa de senhorio de Satanás sobre nossas vidas. Ele não pode mais nos acusar. O sangue garante a vitória. Apocalipse 2:11 declara: “Eles o venceram pelo sangue do cordeiro...”

A Palavra de Deus
A Palavra de Deus é a verdade. Satanás ataca com mentira, tentando distorcer a verdade. A Palavra expõe a mentira. Ef. 6:14 a- “Estais, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade”

Ef.6:17 b “ ... e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”.
A aplicação da Palavra nos livra de todo jugo. Nós nos protegemos dos ataques de Satanás, suas mentiras e enganos, defendendo-nos com a verdade da Palavra de Deus.

A Couraça da Justiça
Ef. 6:14“Estais, pois, firmes ... vestindo-vos da couraça da justiça.”
A justiça é a nossa couraça e como tal protege o nosso coração de ser condenado pela nossa consciência (I Jo. 3:19-22).
A justiça nos dá confiança diante de Deus. Estamos justificados, não há condenação, temos uma consciência clara (I Tm.1:3), uma consciência sem ofensa (At. 24:16).
Só podemos pertencer ao exército de Deus com as vestes da justiça. A visão de João mostra o exército de Jesus em trajes de linho branco, que fala da justiça dos santos (Ap.19:7,8,11,14).

O Escudo da Fé
Ef. 6:16 - “Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.”
Numa batalha o inimigo lança dardos, especialmente de incredulidade. Sempre tenta colocar em dúvida nossa confiança em Deus e a certeza da vitória. Temos que manter o escudo levantado reafirmando a palavra de Deus como verdade (a espada), enquanto procuramos anular os sofismas lançados por  Satanás nos entrincheirando na fé e certeza de que o amor de Deus nos defenderá.

O Capacete da Salvação
Nossa mente é um constante campo de batalha, mas temos  “o capacete da salvação”Ef. 6:17
I Ts. 5:8 – “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça de fé e amor, e tomando como capacete, a esperança da salvação.”
O capacete protege a cabeça. A Palavra salvação aqui, no grego é soteria, que significa bem estar físico e mental. Diante de muitos ataques precisamos ver a salvação de Deus, isto é, libertação.
Isaías 26:1,3-4 diz-nos que a salvação de Deus é nossa proteção. “Deus lhe põe a salvação por muros e baluartes”. Protege nossa mente em dias de ataque, porque nossa esperança está na salvação de Deus. Essa esperança guarda nossa mente em perfeita paz. Essa paz é uma grande arma de proteção.

A Preparação do Evangelho da Paz
Ef. 6:15“Calçai os pés com a preparação do Evangelho da paz.”
Os sapatos são o Evangelho. A preparação aqui fala de prontidão, da necessidade de vigiar o tempo todo. Satanás tentará trazer a complacência, contentamento com a situação e amor ao conforto. Ezequiel 16:49 fala dos pecados de Sodoma, que refletem o amor à vida fácil.
Com os pés calçados na preparação do Evangelho da paz, não seremos enlaçados pelos pecados de Sodoma
.

As Armas Ofensivas

O Nome de jesus
O nome de Jesus é o poder de Deus outorgado ao crente com o propósito de edificar e expandir o Reino de Deus. Seu nome é uma torre forte e poderosa. É o refúgio e proteção.
Esse nome transporta tal autoridade e poder, que está acima de todo nome. Pela menção desse Nome os demônios recuam.

A Palavra da Fé
A palavra da fé, é falar com a de Deus. em Deus é nossa arma defensiva contra as dúvidas. A fé de Deus é uma arma ofensiva. (Mc. 11:22)
Ter fé de Deus é possuir o tipo de fé que Deus tem. Ele crê que a palavra que sai de Sua boca não voltará vazia, mas cumprirá aquilo para o que foi enviada. (Is. 55:10-11)
Jesus tinha a fé de Deus quando falou à figueira (Mc.11:20). Jesus diz que, como filhos de Deus, devemos ter o mesmo tipo de fé (Mc. 11:22-24)
A oração é poderosa quando é feita com a palavra da fé. A ordem “eu mando” ou, “eu expulso”, ou “eu proibo”, deve ser dada com a palavra da fé.
Há muitos exemplos da palavra da fé proferida na Bíblia. Elias pede fogo do céu (I Rs. 18:37-38); Josué manda o sol parar (Jo. 1012-13); Elias diz que não choverá (I Rs. 17:1); Jesus usa constantemente a palavra da fé.

A Palavra De Deus
A Palavra de Deus é uma espada de dois gumes. É tanto ofensiva quando defensiva. Com ela atacamos o inimigo em cheio. Para usá-la bem, precisamos tomar tempo estudando-a e memorizando-a  para a hora do ataque. Jesus usou a Palavra para derrotar Satanás na tentação (Mt. 4:1-11). A espada deve ser usada na boca. (Ap. 1:16).

Louvor e Adoração
Deus habita nos louvores (Sl.22:3). O texto de II Cr 20, ilustra bem a derrota que o louvor inflingiu ao adversário.
Pelo louvor e exaltação do Nome do Senhor, tanto derrubamos os muros do inimigo, confundido-os, como também quebramos cadeias sobre nossas próprias vidas e dos que nos cercam. O louvor abre as portas das prisões e liberta os cativos. (At. 16:23,25,26).
A adoração é uma arma de guerra e existem várias expressões da adoração: a música, as palmas, gritos de júbilo, as bandeiras e estandartes, as danças e movimentos.
·       Música
A trindade santa estabeleceu um padrão para as coisas geradas por Deus  que acompanha o número três. Por exemplo, Pai, Filho, Espírito Santo; manhã, tarde e noite e assim por diante. A música segue este padrão e é composta por ritmo, harmonia e melodia que correspondem ao nosso corpo, alma e espírito.
A melodia é a parte mais importante porque é através do espírito que ministramos e nos expressamos no mundo espiritual. Na música hebraica, a parte forte é a melodia. Cantar, melodiar, é o mais importante para que entremos na presença de Deus. No louvor precisa sobressair a melodia. Nossa voz tem um timbre único que atua de modo particular no mundo espiritual, de tal forma, que só você poderá alcançar as regiões celestiais no ponto em que o Espírito deseja. Quando estamos melodiando, nosso espírito está se movendo com o Espírito Santo de Deus.
A harmonia está relacionada è emoção, à alma. Os arranjos musicais fazem parte da harmonia e quanto mais elaborados, mais têm o poder de mover nossas emoções.
O ritmo está ligado ao movimento do corpo. Se começarmos um mover apelando mais ao ritmo, vamos ter grande dificuldade em chegar ao espírito. Se começar pelo corpo, vamos ficar apenas na dimensão física. Nossa motivação, nosso referencial, não pode ser o corpo. A adoração deve começar melodiando-se, ou salmodiando o Senhor, e para isso é necessário estabelecer-se comunhão com Deus.
Os três elementos da música são igualmente importantes, mas têm que estar no lugar correto. Deus quer equilíbrio nestes três fundamentos.
A música não é uma arte. Ela foi produzida por Deus como um elemento divino para ministração no mundo espiritual, com poder sobrenatural. É composta por 7 notas, como os sete frutos do Espírito, os sete dias da semana e os sete espíritos de Deus. Há anos e séculos Deus cria músicas sem nunca esgotar seus recursos. A música santa tem a função específica de gerar nas regiões celestes, frutos do Espírito. As músicas são sementes que podem gerar também os frutos da carne, como o rock, que leva à violência e às drogas, ou as músicas de Zezé de Camargo que geram sexo e traição. O fruto depende de quem inspirou aquela música. O louvor, por exemplo, limpa os céus para que desça a unção de Deus.
Cada instrumento produz um som com timbre diferente. Poderíamos falar em três colunas, a da direita – dar; a da esquerda – receber; e a central – receber para dar. Ou seja, os timbres agudos, graves e medianos.
O timbre agudo corresponde a coluna da direita, e ao espírito, porque dar é a natureza de Deus em nós. A composição de timbres geram uma nave e teremos a parte de trás que é a base,  a sustentação; a parte do meio; e a ponta bem afinada. Esta ponta são os timbres agudos que permitem a penetração mais fácil no ar. Esses sons penetrantes atingem as regiões celestiais numa frequência tremenda, levando as ministrações.
Os timbres graves correspondem  à coluna da esquerda, ligada ao ritmo e ao corpo. Apontam para a natureza humana e afrontam as resistências físicas. O corpo treme todo ao som de um bumbo que mexe também com as estruturas físicas no mundo espiritual. É a base da nave.
Os timbres medianos da coluna central falam de equilíbrio, são sons de sustentação que correspondem à alma.
Os shows do mundo têm o som mais perfeito possível porque Satanás sabe que quando os sons forem produzidos estarão levando suas ministrações às regiões celestiais.
Cada instrumento entra num timbre, numa frequência. Espiritualmente falando, existe um propósito nisto. Alguns instrumentos são melancólicos, outros românticos ou alegres. O pandeiro, por exemplo, é para música de regozijo, muito usada nas celebrações hebraicas. Esses sons geram realidades no mundo espiritual, permeiam e limpam os céus conduzindo as palavras proféticas e as ministrações.
·       Palmas
O Salmo 47:1 diz: “Batei palmas todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo...”
O Salmo 98:8: “Os rios batam palmas e juntos cantem de júbilo os montes...”.
Isaías 55:12: “Saireis com alegria, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.”
Quando o timbre das palmas ecoam nas regiões celestiais, algo de tremendo acontece. Quando produzo movimento do ar, eu gero, num timbre único e pessoal, uma onda sonora que nunca mais deixa de existir. Nossas palavras estão todas vagando pelo espaço indefinidamente. Elas são ondas sonoras que funcionam como sementes, porque pela palavra, todas as coisas são geradas.  Existe então uma cobertura de palavras, boas ou más,  sobre as nossas vidas. Por isso, semeie nos ares palavras boas sobre si próprio; elas vão ecoando até gerar frutos. A palavra tem o poder da criação. Precisamos nos ministrar e ser ministrados através das palavras lançadas ao ar.
As palmas podem ser traduzidas nas seguintes palavras: “Como você é  bom!”. Elas exaltam a Deus, mesmo quando direcionadas à sua criação. O som das palmas, espiritualmente sempre é direcionado ao Senhor, pois anuncia que quem deu o talento ao artista é que é verdadeiramente bom!

  Gritos de Júbilo

          Esdras 3:11-13: “Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao Senhor, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo povo jubilou com altas vozes, louvando ao Senhor ...”
          Glória a Deus, Aleluia! Esses são gritos de júbilo que levam o povo de Deus à vitória. O diabo odeia as expressões de júbilo e Israel, em algumas ocasiões, venceu o inimigo somente com gritos de júbilo.

·       Bandeiras e Estandartes
São símbolos, sob forma de anúncio gráfico, cheio de cores e formas,  que anunciam a entrada de um exército, reino ou missão. Falam também de tomada de posse de determinado território. São muito usados em  manifestação profética numa linguagem de grande força no reino do espírito. Por esse motivo o diabo promove nos centros de macumba, no carnaval e outros festivais em meio aos povos, um festa de sons, luzes e cores, com muitas encenações, coreografias e fantasias.
Gritos de júbilo e bandeiras levantadas, juntos, geram a ação de um exército em guerra.
·       Danças e Movimentos
Salmo 149:3: “Louvem-lhe o nome com flauta; cantem-lhe salmos, com adufe e harpa.”
 No texto flauta pode ser entendida como dança constituída de movimentos rodopiantes, executada por uma só pessoa ou por um grande grupo. Adufes são tamborins.
Quando nos movimentamos, balançamos os braços, geramos um movimento de luz. Isto é uma realidade física e metafísica. Isso significa, a luz, que é Jesus, entrando em ação através de nós. Um som que você gera, nunca deixa de existir, vira uma onda sonora que se propaga nas regiões celestiais. A natureza louva ao Senhor. Uma árvore balançando louva ao Senhor através de sons harmoniosos. Quando o ar se movimenta gera o som, até mesmo através de nossas cordas vocais. A dança, por exemplo, pode resultar em promiscuidade e sensualidade, mas quando se trata de um corpo santo movido pela unção, vai gerar um movimento de luz, ar e som que ecoa nos celestes.
Se a adoração, em suas várias expressões, é arma de guerra,  podemos concluir que, o mover do Espírito de Deus comandando sons e movimentos através de nosso corpo, se traduz em uma verdadeira batalha no mundo espiritual. Que possamos ser esses instrumentos vivos e de fácil manuseio nas mãos de nosso Deus!

Santificação
Quando usamos a expressão batalha espiritual, associamos a algo sofisticado que requer uma habilitação especial de uns poucos corajosos, escolhidos por Deus para este ministério.
Essa idéia é falsa porque, a partir de nossa conversão e transformação em filhos de Deus através de Jesus Cristo, deixamos as fileiras de Satanás e nos alistamos no exército de Deus. Deixamos o serviço a Satanás e passamos à liderança do general de guerra Jesus Cristo.
Assim, está bem claro que devemos tomar posição nesta batalha, ou vamos somente perder um combate após o outro, só apanhar, e nunca bater. Devemos pelo menos oferecer resistência ao inimigo.
Esta batalha espiritual acontece primordialmente dentro de cada um de nós. Se não tivermos vitória no campo pessoal de nossa batalha, não estaremos habilitados a combater em prol da causa maior do Reino de Deus. A vitória pessoal de cada um, é a vitória do Reino, é a vitória do corpo de Jesus que é a igreja. O contrário também é verdadeiro. Mesmo que o cristão não queira, ele faz parte de um exército que luta sob a bandeira do Leão da Tribo de Judá. Mesmo que essa idéia não agrade a muitos, aquele soldado antipático que luta ao nosso lado, tem um importante papel no nosso destino como igreja.
A salvação é individual, mas nossos destino como povo de Deus está enredado nos destinos de toda a igreja de todas as épocas.
A Lição Básica
Somos o tabernáculo de Deus que habita em nós como habitava a tenda do tabernáculo no Antigo Testamento – o corpo (átrio), a alma (o lugar santo) e o espírito (o santíssimo).
A batalha será travada em todas essas fronteiras.
O alvo principal é a nossa:
* MENTE.
Os pensamentos vêem de três fontes diferentes: de nós mesmos, do diabo(Mt.16:23) e de Deus.
Se tão somente conseguirmos vigiar e discernir estas três origens, teremos ganho a guerra em favor de nós próprios e estaremos rompendo as fileiras inimigas em favor dos demais.
Mateus 16:23 diz que nós temos a mente de Cristo, portanto, basta colocá-la para funcionar.
O texto de II Co 10:4,5 nos fala sobre sujeitar nossos pensamentos a Deus. Devemos resistir fortemente a essas fortalezas em nossas vidas:
Sofismas – do grego logizonal (lógica), se referindo a fortalezas e pensamentos humanos.
Altivez – no grego hypsoma, ou seja, poderes cósmicos, falsos deuses, principados, demônios.
Essas fortalezas se estabelecem a nível individual e a nível de nações, impedindo até mesmo a entrada do Evangelho em meio aos povos.
Nós pensamos o tempo todo e seria um esforço absurdo se tivéssemos que vigiar cada pensamento. Como então vamos impedir que Satanás se infiltre sorrateiramente em nossa mente?
Ela precisa estar tão saturada pela palavra de Deus (Filipenses 4:8), que tudo aquilo que vier em contradição, será automaticamente rejeitado pelo nosso crivo crítico.
Nós temos uma censura embutida em nossa mente que filtra tudo que passa pelos nossos olhos e ouvidos. Se está de acordo com nosso padrão de pensamento ou opinião sobre determinado assunto, a informação é aceita e absorvida, caso contrário ela é julgada e descartada sem que percebamos.
Os anunciantes descobriram este processo e resolveram burlar esse sistema de segurança, criando a propaganda subliminar. Várias experiências foram feitas neste sentido, usando telões dos cinemas, onde eram projetadas sugestões como: beba coca-cola. A frase piscava tão rapidamente que os olhos viam, mas mente consciente não registrava, passando a informação diretamente para outro setor da mente onde era aceita sem censura.
Todos, ao saírem do cinema, forma imediatamente comprar uma coca-cola.
Esse tipo de propaganda foi proibida.
Voltando ao nosso assunto: se estivermos grandemente preocupados com alguma coisa, ficamos incapazes de prestar atenção, ou dar espaço a qualquer outro pensamento, porque estamos de “cabeça-cheia”! Se tratarmos de encher nossa cabeça com os conceitos e ensinos da Palavra de Deus, ela automaticamente rechaçará todo pensamento que vier em contrário, e, somente sob força de argumentação, tal pensamento conseguirá passar através de nossos censores seletivos.
A única arma ofensiva que temos neste combate é a espada do Espírito que é a Palavra de Deus, que alcança, ainda no ar e despedaça, as mentiras enviadas pelo inimigo.
* Coração
Na Bíblia, coração tem vários sentidos (Pv 4:23).
Em Efésios 6:11, a Palavra  nos diz que devemos proteger as nossas partes mais vulneráveis que são a cabeça(mente) e o coração.
Nossa mente, cheia da Palavra, está sendo lavada pela água do Espírito e uma mente limpa vai gerar um coração puro e um falar na autoridade de Deus.
* Boca
Pelo poder da Palavra o mundo foi criado. O que falamos pode gerar vida ou morte. Pv.18:21: “ A morte e a vida estão no poder da língua...” Tiago 3:10: De uma mesma boca procede benção e maldição. Meus irmãos, não  convém que isto seja assim.”
Pela nossa palavra edificamos a própria fé e a fé dos outros, ou  podemos ser usados como os 10 espias que, voltando da terra prometida, desestimularam o povo com seu  pessimismo com graves consequências. Foram necessários mais 40 anos de caminhada para entrar na promessa, por causa das palavras de medo e incredulidade. Mt. 15:18: “ Mas o que sai da boca, procede do coração, e isto contamina o homem.”
Pela palavra dita com fé (com o coração), trazemos as realidades espirituais à existência terrena. Mt. 16:19: “ ...o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus...
A fé vem pela pregação da Palavra (Rm10:17). E a salvação nos é garantida, “se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor...” (Rm.10:9)
Recebemos tudo em nossa mente,(o canal de entrada). Os pensamentos, uma vez aceitos, vão se alojar e gerar sentimentos em nossos corações; e serão comunicados sob a forma de palavras, pela nossa boca (o canal de saída).
A Vitória de Gideão
Livro de Juízes 6,7,8
Quando se fala em estratégia, a história de Gideão não pode ser esquecida. Ele é um excelente exemplo para nós de que a vitória nos é garantida, não pela força, mas pela confiança nos métodos de Deus.
Havia sete anos que o povo de Deus estava nas mãos dos midianitas porque fizeram o que era mau perante o Senhor. Israel se escondia em covas, cavernas e fortificações para escapar às investidas do inimigo que destruía a terra e levava seu alimento, o gado, e tudo o que lhes pertencia.
A situação era crítica, v.6  “ ...então os filhos de Israel clamavam ao Senhor.” O Senhor ouviu e lhes enviou um profeta com a seguinte mensagem: v.9,10 “Eu é que vos fiz subir do Egito e vos tirei da casa da servidão; e vos livrei da mão dos egípcios e da mão de todos quantos vos oprimiam; e os expulsei de diante de vós e vos dei a sua terra e disse: Eu sou o Senhor vosso Deus, não temais aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; contudo não destes ouvidos à minha voz”.
Gideão também ouviu aquela profecia sobre o Deus dos grandes livramentos do passado e que agora exortava o povo, porque haviam temido os deuses dos amorreus, ao invés de confiar Nele.
V.11 “Gideão estava malhando o trigo no lagar, para o por a salvo dos midianitas”. Sem poder enfrentar um inimigo tão forte, Gideão tentava, a seu modo, diminuir o prejuízo daquela situação. Ele não estava paralisado mas buscava uma saída, inconformado. Foi quando lhe apareceu o Anjo do Senhor e se desenrola um curioso diálogo.
A saudação do anjo foi: “o Senhor é contigo homem valente”. A primeira afirmativa é de que o Senhor estava com Gideão e a segunda de que ele era um homem valente. Significa que ele não temia os deuses dos seus opressores como a maioria. Havia no coração de Gideão algo diferente.
A resposta de Gideão ao Anjo foi um questionamento: se Deus é conosco, porque estamos nesta situação? Porque nos desamparou? Que é feito do Deus poderoso que nossos pais nos falaram? Ele não entendia porque Deus não estava agindo.
V.14 – “Então se virou o Senhor para ele e disse: vai nessa tua força, e livra a Israel da mão dos midianitas; porventura não te enviei eu? Que surpresa! Deus mandou que ele transformasse sua revolta em ação. Deus disse: Eu estou te enviando. Vamos ver se você realmente quer mudar a situação.
Gideão então argumentou que essa força a qual o Senhor se referia era muito pequena, porque a família dele era a mais pobre e ele o menor da casa de seu pai.
Mas o Anjo não aceitou o argumento e retruca: v.16 “já que estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem.”
Que interessante! O Senhor estava disposto a igualar as forças. Seria homem contra homem, um contra um, Gideão contra os midianitas num equilíbrio de forças, uma vez que Deus veio sobre Gideão e o revestiu com Seu Espírito: v.34 “Então o  Espírito do Senhor revestiu a Gideão...”
Podemos ilustrar esta situação mais ou menos assim: o seu irmão menor está tendo problema na escola com um colega forte, violento e mau que bate nele todos os dias. Você, como irmão mais velho gostaria de pessoalmente enfrentar o atrevido, mas isso seria injusto, porque você  é muito maior que ele. O que fazer?
Bem, se teu irmão pequeno tomar a decisão de enfrentar o menino podemos providenciar para ele uma armadura e luvas especiais que vão lhe garantir a vitória. Ele precisa ir sem medo, na força que ele tem, e o revestimento especial fará o resto equilibrando as chances contra o inimigo.
Essa era a proposta do Anjo a Gideão. Muitas vezes quando pensamos em enfrentar o forte inimigo que domina sobre uma cidade nos lembramos que ele é muito mais forte que nós. Muitos de nós está somente preocupado com as próprias lutas, mas existem aqueles, na igreja do Senhor que choram diante de Deus pela condição da igreja, pelos perdidos em meio aos povos não alcançados pelo evangelho e por causa do grande sofrimento que Satanás tem infligido à humanidade. Quando nos voltamos para esta grande batalha entre o Reino de Deus e o Reino das Trevas, nos sentimos impotentes diante das forças inimigas e da condição tão caída em que se encontram as pessoas, dominadas pelo pecado.
É nesta hora que o Anjo do Senhor – Jesus Cristo – nos  desafia a ir em frente, na força da  nossa indignação, na força do nosso clamor e na força da nossa fé e amor. Ele garante que estará conosco todos os dias até o fim. E ainda mais, se ele encontrar tal disposição em nosso coração, irá nos revestir do poder do Espírito Santo e de seus dons para realizar a obra.
Quanto ao poder superior do inimigo que governa este mundo, o Senhor estará igualando as forças em toda frente de combate em que estivermos lutando em seu nome, mediante sua autoridade delegada a nós.
 Moisés também se sentiu incapaz quando Deus o enviou a Faraó, contra o poderoso império egípcio, mas Deus o estava enviando e deu a ele sua autoridade e poder.
Se Deus nos envia, o poder Dele vai estar nos revestindo e as forças na batalha estarão equilibradas. É como o Senhor disse a Josué: tão somente sê forte e corajoso e tenha o cuidado de obedecer a minha lei. Gideão teve o cuidado de fazer várias provas até estar certo de que Deus o estava enviando e uma vez certo disto, ele tratou de confiar nas orientações do Senhor.
Um pequeno grupo de 300 é usado para derrotar um exército incontável e só depois o restante do povo é convocado para perseguir os fugitivos e tomar os despojos. Isto acontece para que a glória seja de Deus e não dos 300 guerreiros escolhidos para ir à frente. Se eles venceram não foi pela própria força, coragem e esperteza, mas venceram porque o poder de Deus estava com eles. Essa mesma estratégia é usada por Deus em sua igreja, separando alguns para abrir caminho na frente de batalha e glorificar a Deus.
No coração de Gideão não havia idolatria, tanto que sua primeira atitude foi sacrificar ao Anjo do Senhor. Edificou em seguida um altar numa atitude de adoração e consagração. Naquela mesma noite ele destruiu, sem medo da ira de Baal, o seu altar e o poste-ídolo (representa a deidade feminina). A santificação é necessária antes de qualquer batalha.
A humildade é outro traço importante na personalidade deste guerreiro. No capítulo 8 os homens de Efraim discutiram com Gideão porque não os chamou para a peleja. Ele responde que não havia porque se ofenderem, afinal, eram tão superiores à sua tribo e o que fizeram fora tão mais importante - haviam prendido os dois príncipes dos midianitas. A essa altura, Gideão coloca sua brilhante atuação como se tivesse apenas assustado o inimigo para que corresse.

A Dimensão Espiritual
Um dia habitamos o Jardim do Éden. O Jardim é uma dimensão que para muitos representa apenas um conceito espiritual e não um lugar realmente. Mas a dimensão espiritual é um lugar e você pode ir até lá.
Em tribos indígenas, uma das coisas mais importantes no ritual da  iniciação dos jovens é ensiná-los ir até esta dimensão. Eles querem viajar até este lugar, que é governado por leis físicas diferentes: os habitantes desta dimensão podem vir à nossa. São seres espirituais e não são fantasmas, são mais reais e substanciais do que nós somos.
Jesus, por exemplo, depois da ressurreição, apareceu fisicamente através das paredes. Seu ser estava governado por outras leis físicas.
O pesquisador e mapeador George Otis crê que o Jardim do Éden era um portão entre a dimensão espiritual e material. Deus não só criou, mas visitava este Jardim e caminhava em plena comunhão com Adão nele. Ele vinha para este Jardim de outro lugar que é o Monte da Assembléia (descrito por Jó) e desse lugar, Deus governa o Universo. Foi neste Monte que Satanás compareceu diante de Deus para acusar Jó.
Existem várias referências na Palavra sobre a habilidade de passar entre essas duas dimensões – a espiritual e material. Como exemplo, lembramos Jacó e a escada em Betel por onde subiam e desciam os anjos. O apóstolo Paulo, Jesus, Ezequiel e Elias, também experimentaram viajar entre estas duas dimensões.
No Jardim do Éden Deus revelava a Adão sobre si mesmo e sobre o Universo. No princípio Deus manifestava-se ao homem fisicamente e em comunhão íntima.
Após o pecado, se tornou impossível a comunhão com Deus. Prova disto é que, mais tarde, quando Moisés ia ter com Deus, tinha que ser protegido na fenda de uma rocha. O Sumo Sacerdote também precisava tomar muitas precauções para se expor à glória de Deus. A Arca da Aliança inspirava cuidados especiais porque a proximidade da glória de Deus se tornou impossível!
Na memória do homem, a lembrança desta comunhão permaneceu, a recordação daquele tempo de glória. Por isso, hoje, a Nova Era, e outros movimentos espiritualistas, estão tentando reconquistar, tanto a Sabedoria Antiga como a Era do Ouro, recriando as condições do Jardim do Éden.
Quando analisamos a iniciativa de construção da Torre de Babel, vemos o homem tentando reabrir este portal dimensional proibido. Deus observou que enquanto o governo humano fosse um governo centralizado, um só idioma e um só povo, seria fácil para Satanás corrompê-lo e levá-lo a uma rebelião global contra Deus. Então a trindade divina interfere na história humana, descentralizando este governo. Um  princípio básico de guerra espiritual é que onde estão as pessoas, aí estão também os demônios. Em Babel, todo o povo estava reunido e concentrado. Havia uma nuvem de trevas, uma enorme força capaz de abrir o portal. Isso seria terrível porque permitiria ao homem um poder sem limites.
O início da batalha nos leva ao livro de Gênesis 1:28, quando Deus, depois de criar o homem e a mulher, os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a…”. O amor de Deus pelo homem iria se perpetuar no amor entre o casal, gerando outras vidas. Para encher a terra eles deveriam IR, se espalhar e dominar sobre ela.
Desde o começo Deus enviou o homem numa missão de ocupação e domínio deste território chamado terra.
Caim, filho de Adão, se rebelou: não quis andar errante (Gn.4:12-15). Preferiu parar e erguer sua própria cidade, Enoque, onde se entrincheirou na tentativa de se defender, de fugir às consequências de seu pecado. Não aceitou o sinal, a garantia de Deus, de que não seria ferido de morte. Com isso, deixou de lado o método de conquista de Deus, de povoação da terra através do IDE, crescei e multiplicai-vos, pelo método de auto defesa, criando a cidade como lugar seguro para apenas se defender de seus inimigos.
Nos anos de 95/97 foram concluídos três estudos científicos importantes: sobre os gens da humanidade de todas as raças; sobre a origem das línguas; e arqueologia da agricultura - remanescentes de sementes e plantações mostrando a migração dos povos.
As conclusões destes estudos nos levam a saber uma mesma coisa sobre a migração dos povos de Babel para os confins da terra: por onde foram e em que direção.
Se Babel era um terminal, havia três caminhos principais saindo: um para Anatólia (Turquia); outro para a Arábia; e o terceiro para o sul da Sibéria (Altai). Em cada uma dessas regiões, grandes famílias lingüísticas nasceram e cada um destes locais representavam o local de nascimento de conceitos espirituais.
s Arábia – se espalharam por três outros caminhos:
-        para o norte (Uz – casa de Jó); os povos semíticos (incluindo os hebreus), nasceram nesta região.
-       Outros continuaram para o sul até a Etiópia e se espalharam novamente para a planície no sul da Argélia. Hoje podem ser encontradas nesta região, figuras mostrando rituais de cultos antigos, mostrando o uso de plantas alucinógenas. Estes seguiram depois para o leste da África.
-       Um terceiro grupo desceu da Etiópia para a África do Sul, por um precipício. Este vale mostra cavernas com marcas de cultos. É um dos caminhos espirituais mais antigos do mundo.
s Os que foram para Altai (Sul da Sibéria), deram início ao animismo e shamanismo. Culto às deusas e astrologia. Nesta região tem o “monte Baluca” que significa monte de ouro, um substituto para a Torre de Babel. Em todas as culturas a humanidade tenta recriar a  Torre de Babel, com lugares muito altos, pirâmides, etc. Querem voltar para casa e estão buscando este caminho independente e estão encontrando a orientação errada.
Altai: inclui China, Índia, Coréia, Japão; sendo que outros subiram para o norte e passaram para as Américas, povoando-as.
s Turquia (Anatólia): Estes foram para a Europa.
            As experiências dessas pessoas foram muito diversas. Porém, uma coisa elas tiveram em comum: todos encontraram traumas, largos rios, altas montanhas e mares. Tudo isso causava morte de idosos e crianças. Mudanças climáticas afetavam sua vida, com fome, doença, pestilência, além do ataque de outras tribos.
Como resolver seus problemas? Eles tiveram que fazer uma escolha. Deveriam confessar seu pecado, pedir perdão, confessar a Deus como Senhor, a exemplo do povo de Nínive, quando advertido por Jonas. Mas eles preferiram entrar em aliança e fazer pactos com o mundo espiritual; com os demônios. Diziam assim: “se resolverem vocês nossos problemas, nos entregaremos a vocês.”  Esse tipo de aliança foi selada milhões de vezes na história da humanidade dando legalidade aos demônios.
Os festivais religiosos reforçam estes pactos. Há apenas uma exceção: é quando o povo do Deus Verdadeiro se junta para celebrar a maneira única e correta pela qual Jesus abriu esse portão para o Pai, para nos religar com a Sabedoria e a Era do Ouro. O que Jesus fez nos permite voltar para nossa dimensão espiritual.

A Aliança Demoníaca dos Povos
Podemos observar estas alianças demoníacas em muitos lugares.
Índia: Muitas trevas e idolatria. Mais de 300 mil deuses principais são adorados. Quanto maior o trauma sofrido durante a peregrinação, maior a idolatria e maior o número de “libertadores” solicitados. Isso é verdadeiro tanto na vida de uma pessoa como de uma comunidade.
O Haiti é um país com uma história de muita dor no passado e por isso tem muitos deuses.
·       Como o inimigo consegue permanecer na comunidade por longo tempo? Ele fica mesmo depois que as pessoas do pacto já morreram.
Se conseguirmos a informação de como o diabo entrou e como pode permanecer, vamos ter meios de quebrar essas dinastias de trevas e essas alianças.
Um exemplo é o povo Santal, quando vieram do Oriente Médio para a Índia. Chegaram nas montanhas entre o Afeganistão e o Paquistão. A história desse povo relata que muitos morreram por não conseguir passar pelas montanhas. Em vez de voltar-se para Deus, eles invocaram os “espíritos das montanhas”.
Esses pactos são reafirmados através dos festivais, etc. O tempo em que estas festas são realizadas é estratégico para a quebra destes pactos.
Outro exemplo é a Indonésia; as famosas Ilhas de Java e Bali. Existe um teatro de fantoches de sombra. Satanás faz assim com os ídolos dos povos. Eles os anima, vivifica e dá estórias e personalidades a estes deuses com os quais encanta a humanidade. Nosso papel é tirar a cortina e descobrir a realidade, para que as pessoas possam ver o mestre que manipula por detrás da tela, acabando assim com a fraude.

Como Essas Alianças São Reforçadas
É importante saber há quanto tempo as alianças feitas pelos povos e comunidades têm sido reforçadas e as barreiras do engano fortalecidas. O inimigo faz isso em comunidades onde não há arrependimento coletivo. Duas razões pelas quais a Ásia é um dos continentes mais oprimidos:
1- Os demônios congregam onde estão as pessoas e a Ásia é uma das maiores concentrações populacionais da terra;
2-     Os pactos existem desde os tempos antigos e não foram quebrados. Nesta região o inimigo domina há milhares de anos e aprofundou seus mecanismos de infiltração e domínio.


Perpetuação de Alianças

       As fortalezas espirituais nascem quando as culturas dão boas vindas aos Espíritos através de pactos. Ex.32; Mt 26:27-38; I Co 4:44 e 11:2-4.
·       Quando essas fortalezas são perpetuadas, são honradas por sucessivas gerações
Quatro razões de perpetuação das alianças que sustêm dinastias de trevas:
-        Através de romarias e festivais religiosos. São celebrações aos deuses.
-        Tradições culturais, usando rituais de iniciação e culto aos ancestrais.
-        Sincretismo – adaptação do engano dentro de outra cultura.
-        Tirando vantagem de injustiças sociais não resolvidas.

            Exemplo de Romarias e festivais
O Japão tem 60.000 festivais por ano e a situação no Nepal é pior. Não tem nem um dia sem que haja um festival. Os Himalaias são o local de maior concentração demoníaca do mundo.
O Carnaval é um pacto e gera problema social, como os menores abandonados que surgem da gravidez irresponsável.
Na cidade de Juiz de Fora, no Brasil, existe um concurso internacional de Miss Gay que todos os anos reforça a legalidade do príncipe das trevas na cidade. Ele é conhecido como o Baphomet , ou Bode de Mendes, um deus lascivo e andrógino da maçonaria e dos bruxos.
Estes festivais são transações com o mundo espiritual, perpetuando a legalidade do diabo. É preciso contra-atacar em guerra espiritual.

            Exemplo de tradição cultural

São feitas as romarias a Israel; romarias dos muçulmanos que vão visitar os túmulos dos homens sagrados do Islã; romaria a Meca (cidade sagrada muçulmana); romarias a Aparecida do Norte no Brasil, etc.
Os adeptos crêem que há uma concentração espiritual de poder nestes locais especiais e por crer, este poder se torna real.
No Haiti o Vudu gera a ilusão, mas a correspondente realidade é ditada pelas nossas crenças.
Mitos governam a história. As pessoas se dão para imaginações vãs e os demônios correm para dar vida a essas imaginações. As crianças já nascem  envolvidas no engano do islamismo, hinduísmo, animismo,  etc. Depois de seu ritual de iniciação é estabelecido um pacto individual sobre a vida delas. Assim ficam fortemente amarradas e creem no engano como sendo a verdade. Há forte ligação entre a cultura e a nossa própria identidade, por isso é difícil romper com os padrões culturais que escravizam.
Engano Adaptativo - Sincretismo
As alianças tradicionais estão perdendo a força, então o inimigo mistura outras filosofias e elementos para reviver o engano. No Japão, novas religiões estão surgindo com elementos antigos acrescentados de rituais novos.

Injustiças Sociais Não Resolvidas
O arrependimento por identificação pode catalisar, atrair o avivamento, mas estas injustiças quando permanecem perpetuam as amarras. Ou seja, se a igreja se coloca em seu papel sacerdotal e pede perdão pelos pecados do povo será possível um derramar da presença de Deus, mas é preciso que a situação de injustiça seja corrigida.
Onde estas injustiças permanecem nutrindo as feridas, as mágoas podem infectar a cultura totalmente e afetar gerações e cidades inteiras.
Ex.: Quando estas injustiças não são tratadas, são portas abertas para o inimigo.

Atos Proféticos
A prática de atos proféticos como uma estratégia de batalha espiritual pela igreja é algo mais recente e não encontramos nenhum literatura que tratasse especificamente sobre o assunto.
Quando se tem algo a tomar posse, faz-se um ato profético, um sinal do reino físico de que estamos conquistando algo no plano espiritual. Diferente da palavra profética, o ato profético, como a própria palavra diz, inclui uma ação. A dimensão espiritual é alcançada através da palavra e através de uma linguagem de símbolos. Os servos do diabo sabem disto e por isso fazem a conhecida macumba e têm tantas outras práticas que, a princípio podem nos parecer até ridículas e sem sentido.
Ao encontrar os marcos que Satanás coloca nas cidades definindo seus territórios de ação e garantindo sua legalidade, os mapeadores precisam agir. Ao encontrar as bases em que foram firmadas as alianças demoníacas, precisamos destruí-las, desfazer rituais que firmaram os pactos e reverter os instrumentos de legalidade das trevas.
É nesta hora que o Espírito do Senhor nos dirige a determinadas estratégias que rompem as consagrações demoníacas. Cada situação sugere uma estratégia diferente, embora tenhamos exemplos clássicos, como: o derramar do azeite ungido para quebrar o jugo; do vinho, como símbolo do sangue de Jesus que redime do sangue derramado sobre a terra em violência, guerras e morticínios; as marchas ao redor de muralhas que precisam cair, etc.
Em minha cidade nós identificamos portais que deveriam ser fechados no mundo espiritual, ligando Juiz de Fora ao Rio de Janeiro. Um grupo de pastores foi a cada uma destas saídas e oramos, determinando o fechamento. Colocamos bandeiras com as inscrição - Juiz de Fora pertence a Jesus – em locais estratégicos. Fizemos muitas caminhadas de oração pelos bairros quebrando consagrações específicas em cada um deles através de atos proféticos.
Há alguns anos atrás a pastora Neuza Itioka foi com uma equipe ao Paraguai, pedir perdão àquele país, pela destruição que o Brasil causou na época da guerra do Paraguai em que milhares de crianças foram mortas impiedosamente. Vários atos proféticos foram realizados na ocasião.
Na celebração de 500 anos de Brasil foram realizados atos proféticos inclusive em Porto Seguro, marco do descobrimento do Brasil. Quatro mil pessoas representavam os diversos Estados brasileiros e um dos atos proféticos foi realizado com a multidão marchando e proferindo 500 vezes o grito de guerra: “Jesus é o Senhor do Brasil”.
Muitas batalhas  tremendas têm sido enfrentadas  pelos guerreiros do Senhor mundo afora utilizando-se dos atos proféticos, que chamam à realidade as coisas novas que estão no coração de Deus.
Operação Castelo de Gelo, Operação Palácio da Rainha, Operação sobre o Domínio da Rainha, estes são alguns nomes de estratégias incluindo atos proféticos ousados realizados pelo povo de Deus. Existe em Colorado Springs o Centro Mundial de Oração que é uma central estratégica, liderada por Peter Wagner, Chuck Pierce, Cindy Jacobs, Ana Terra e outros. Esta última, uma mexicana ousada que escalou o Monte Everest com uma equipe de guerreiros de oração, para destruir um trono importante da Rainha dos Céus que lhe garantia domínio numa vasta região.
Na Bíblia podemos encontrar muitos exemplos de atos proféticos. Em Jeremias 13, quando Senhor manda que ele compre um cinto de linho e depois deixasse o cinto na fenda de uma rocha para apodrecer, significando que do mesmo modo o Senhor faria apodrecer a soberba de Judá e a muita soberba de Jerusalém.
Em Jeremias 27 o profeta faz brochas e canzis e pendura no pescoço simbolizando a submissão ao governo Babilônico. No capítulo 32 o Senhor ordena a Jeremias que compre um campo em Anatote quando a cidade de Jerusalém estava prestes a cair no poder do inimigo, significando que  ainda se comprariam casas, campos e vinhas naquela terra, quando o Senhor restaurasse a cidade.
Os capítulos 4 e 5 de Ezequiel  envolvem um ato profético simulando com tijolos o cerco a Jerusalém que se aproximava. No tijolo mole ele desenhou uma figura de Jerusalém, construiu fortificações (torres), ligou-as à cidade por trincheiras (ou melhor, rampas de assalto) e dispôs ao seu redor arraiais (soldados) para cercá-la. A força dos que cercavam a cidade e a impossibilidade de escape estavam representadas pela sertã (prato) de ferro que Ezequiel colocou entre si e a maquete (v.3).
Todas estas passagens são profecias transformadas em atos e encenações de situações que estavam para acontecer. A Bíblia está repleta de atos proféticos como uma linguagem de Deus na comunicação com seu povo.
Um Altar - Se quisermos ganhar a cidade para Jesus um ato imprescindível é erguer um altar ao Senhor. O altar em Israel era o local santo onde podiam invocar a presença de Deus, dAquele que não muda jamais, cuja base do Seu altar é a justiça e a verdade. Como igreja, o Senhor colocou seu altar dentro de nós.
No Antigo Testamento, um altar só podia ser levantado por um sacerdote com testemunho de santidade e compromisso. No livro de Esdras, o altar foi reconstruído por Josué e Zorobabel, preparados por Deus para esta tarefa (Esdras3:2). Primeiro levantaram o altar, onde se oferecem os sacrifícios e ofertas, e depois o templo. Somos templo do Espírito Santo, porque primeiramente um altar foi erguido em nossos corações com a entronização de Jesus, o Senhor.
O altar é estabelecido marcando o direito de posse de um território a ser conquistado. Por onde vamos, vai o altar do Senhor conosco, estabelecendo a posse da terra, o Reino de Deus. Somos um altar vivo, móvel na terra, e por onde passarmos, a redenção de Deus deve alcançar multidões e restaurar nações, a começar pela nossa casa,  até os confins da terra.


Espíritos Territoriais
Quando falamos em ganhar a cidade para Cristo, estamos falando em outras palavras em amarrar e expulsar o valente que domina este território e entronizar o Espírito Santo de Deus. Isto significa avivamento, a chegada do Reino de Deus entre nós e a salvação de almas, não só em nossa Jerusalém, mas em Samaria, toda Judéia e até os confins da terra.
Vemos um exemplo no Antigo Testamento, quando o Senhor dominava Israel – a terra prometida. Mas, à medida em que seus moradores foram estabelecendo pactos com os espíritos dominantes dos povos vizinhos, através da adoração a seus ídolos, foi autorizada uma ação destes espíritos malignos sobre a nação de Israel. Resultado lógico desta ação no reino espiritual era uma correspondente reação no plano físico, com Israel sendo invadido, conquistado e escravizado pelas nações pagãs.
Uma consciência nova tem surgido em meio ao povo de Deus, ligando o mundo espiritual de forma cada vez mais coerente, ao mundo de nossa realidade manifesta. O Espírito Santo de Deus, o ajudador e conselheiro tem orientado as orações dos santos tornado-as efetivas.
Nas culturas primitivas podemos observar o homem ligado ainda muito de perto às forças sobrenaturais. Ele conhece pelo nome os seus medos, embora continue impotente para vencê-los.
O missionário Jacob Loewen conta sua experiência na Colômbia, onde esteve com sua esposa, entre os índios. Eles conhecem cada árvore, monte, riacho, fonte ou mesmo pedra grande, como o lar de alguma entidade espiritual específica.
“Quando pesquisava sobre os diferentes dialetos chocos, descobri que era quase impossível levar pessoas do povo de um rio ou dialeto, para visitar pessoas de outro dialeto, porque elas temiam os poderes espirituais da outra área. As estórias falam de caçadores que distraídos ultrapassaram os limites de seu território. Poucos voltaram para contar e logo depois morriam, crendo que o espírito estrangeiro tinha roubado sua alma.
Os demônios têm direito legal na terra, cedida pelo homem Adão e só vão abrir mão de dominar determinado território se houver uma ação específica, dirigida pelo Espírito Santo, amarrando os poderes do valente.
No caso de um determinado povo tribal, é preciso que alguém deste povo, na posição de autoridade, venha a estar na brecha, autorizando a entrada, presença e ação dos servos de Deus.
Em casos de cidades, os guardiães dos portais são os pastores; normalmente têm autoridade para amarrar o valente, imobilizar provisória ou definitivamente o espírito territorial do lugar, permitindo uma ação abrangente do Espírito Santo.

O Conceito Bíblico
A principal função destes espíritos é manter as pessoas cativas, impedindo a pregação do Evangelho e perseguindo os crentes.
No Antigo Testamento são mencionados os lugares altos – onde o povo oferecia sacrifícios ao deus ali residente – ou colina específica, ou certas árvores que serviam de marcos para as nações pagãs na adoração de suas divindades. Dt 12:2
Deus ordenou aos israelitas que quando entrassem na terra de Canaã destruíssem os ídolos ou qualquer representação destes deuses, e também estes locais de adoração a Baal, Baalins, Astarote, postes ídolos...
No capítulo 17 de II Reis vemos um caso impressionante que ilustra bem este assunto. Os assírios tinham invadido Israel e dispersado o povo. Eles resolveram povoar aquele território conquistado com vários outros povos trazidos de outras terras conquistadas.
Em II Reis 17:30 vemos a relação de nome destes povos e seus respectivos deuses. Com certeza os novos colonos não adoravam o Deus daquela terra, Javé, e como  resultado, os leões começaram a devorar muitas pessoas. O governador decidiu então enviar ao imperador assírio um pedido, argumentando que os imigrantes transplantados “não sabiam a maneira de servir o Deus da terra.”  II Reis 17:25
O imperador prontamente reconheceu a “gravidade” do problema, ou seja, aquela gente não estava adorando o deus que controlava a região, e assim, para remediar a situação, ele enviou de volta, da Assíria para a Samaria, sacerdotes judeus, para lhes ensinarem a maneira de servir o Deus da terra.
Outra passagem bíblica nos fala dos Sírios, liderados por Ben-Hadade, que sofreram uma severa derrota diante dos israelitas (I Reis 20:19,20).
No prazo de um ano eles recuperaram seus exércitos para uma nova investida e desta vez eles levaram em conta o fator divino. Raciocinaram conforme I Reis 20:23: “Seus deuses (de Israel), são deuses dos montes, por isso foram mais fortes do que nós; mas pelejemos contra eles em planície, e por certo seremos mais fortes do que eles.”
O resultado foi uma nova e grande derrota para aprenderem que o Deus Vivo é onipresente e não é limitado a lugares determinados.
Encontramos espíritos geograficamente localizados e com áreas específicas de atuação – uma especialização. Isto é comum na África e mesmo na Igreja Católica dos diversos países. Estas divindades são espíritos protetores, vestidos com capa de santos, na tradição greco-romana: São José, patrono dos carpinteiros; Santa Maria Madalena, protetora das prostitutas; Senhora Aparecida, protetora do Brasil (com santuário erguido em Aparecida do Norte) e outras manifestações da mesma divindade cultuadas no país inteiro, variando o nome de acordo com a área de operação.
Na verdade, são sempre os mesmos demônios, adotando diferentes nomes de acordo com cada cultura.

Um Beirute na África
Temos um caso que aconteceu em Uganda, na África, em Kampala. O Pr. Roberto tinha apenas 22 anos quando sentiu o chamado de Deus para uma cidade muito perigosa, conhecida como a Beirute de  Kampala. Havia guerra civil com um saldo de 300 mil mortos em 5 anos e a cidade estava toda destruída. Havia também um feiticeiro controlando um lugar abandonado da cidade, habitado por assassinos e perturbados.
O pastor foi pra lá com alguns companheiros e começaram a interceder naquela área. Não evangelizaram, somente oraram, mas, devagar, as coisas começaram a acontecer. Algumas pessoas foram libertas de demônios e o feiticeiro ficou irado contra os crentes. O feiticeiro então, entrou na reunião de oração e disse: Essa região é minha. Se você não sair daqui agora, vou mandar meus exércitos te destruírem.
Todos disseram que devíamos evitar o confronto e sair. Roberto foi para o culto adorar, mas encontrou as portas e janelas cobertas de abelhas e não pode entrar. Temendo mais a Deus, do que aquelas ameaças aparentemente reais, eles decidiram orar até que as abelhas saíssem. Guerra espiritual, às vezes é um trabalho árduo. Tiveram que orar por oito horas.
Na outra manhã, voltaram para o local de oração e todo o lugar estava impregnado com um cheiro de carne humana queimada que provocava ânsia de vômito em todos e não podiam ficar. As pessoas disseram: é o demônio. O feiticeiro estava lá olhando.
No Domingo de manhã, outro ataque. Um enxame de moscas tomava o lugar. As pessoas diziam: vão embora porque este feiticeiro vai matar vocês.
Eu te dou três dias para sair, disse o feiticeiro. Ameaçou enviar as serpentes, diante do pequeno grupo de 20 crentes que oravam no local.
O assistente de Roberto, Charles, ficou com medo e disse: agora é demais; ficando em seguida,  totalmente paralisado.
Os soldados vieram dias depois procurar Roberto. Colocaram os crentes para fora da reunião de oração, puseram um rifle na cabeça de cada um. Bateram nas pessoas para que falassem onde estava o pastor. Destruíram toda a igreja.
Roberto chegou ordenando que parassem, porque ele já estava ali. Mas Deus colocou cegueira nos soldados e eles disseram, não é você, você é apenas um jovem.
Os pais de Roberto pediram que ele desistisse. Vários crentes abandonaram a congregação. Ficaram apenas quatro crentes, sendo uma, intercessora que clamava a Deus para que houvesse avanços naquela situação.          
O feiticeiro deu outro ultimato e avisou que Roberto teria sete chances.
Roberto conta que seu corpo começou a esquentar: parecia que meu sangue ferveu. As pessoas colocavam toalhas molhadas sobre mim todo o tempo. Aquele era o demônio mais forte, em ação. Só não morri porque tinha o Senhor.
Logo comecei a ver serpentes subindo pelo chão de concreto. Quando entravam no quarto, elas se tornavam demônios e criaturas horríveis; animais, e formas horríveis. Dançavam em volta da minha cama. Eu via, mas os outros também viam e não estavam com febre. O medo era enorme. Queriam tirar a minha vida. Depois de alguns dias, fui levado aos céus em sonhos, e recebi uma espada de um anjo para guerrear.
A luta foi intensa. De repente, me sentei, voltei a mim e todos os sintoma sumiram. Pensaram que eu estava doido. Então, ouvimos grande barulho no cruzamento de rua próximo. O feiticeiro estava esticado morto no chão com seu corpo rasgado ao meio por uma espada. Neste momento, Charles também foi liberto de sua paralisia.
As pessoas que seguiam o feiticeiro ficaram chocadas. Depois disso foi como se o céu se abrisse e o povo vinha aos montes. Três meses depois da morte do feiticeiro a igreja chegou a mil membros e em sete anos, foi para sete mil membros. Seis pessoas foram ressuscitadas e nasceram 236 igrejas filhas. Agora o Beirute de Kampala é cheio da glória de Deus.

Maçonaria – Sua Influência

“Meus estudos têm indicado que a maçonaria é um movimento secreto de ocultismo que adora e serve a Satanás e aos poderes demoníacos. A maçonaria usa de quaisquer meios disponíveis para obter poder, autoridade e influência sobre as atividades humanas. Compõem-se de uma combinação de muitas crenças, e tem raízes no antigo Egito, passando depois disto pela Assíria, Caldéia, Babilônia, China, Índia, Escandinávia, Roma e Grécia.
Muitas pessoas juntam-se à maçonaria por pensar que a mesma é uma associação fraternal e benevolente. Enquanto seus membros vão subindo de grau em grau, a demonização provavelmente vai se acentuando e nos graus superiores há pactos francos e irreversíveis, estabelecidos com Satanás e suas forças. Uma das consequências modernas da maçonaria está vinculada ao crescente movimento Nova Era.” Victor Lorenzo, da Harvest Evangelism, Sec. Da área do cone sul, para a Rede de Guerra Espiritual do Movimento AD2000 – Rede de Oração Unida.
“As informações seguintes foram obtidas em entrevistas com maçons grau 33 (grau máximo). O nome dos entrevistados não serão mencionados por não haver necessidade e por motivos humanitários. Outra fonte foi a literatura pesquisada.
Embora discordando do movimento Maçonaria e condenando o pecado, ficamos movidas de compaixão por aqueles que estão bem intencionados, mas perdidamente enganados pelo “deus deste século”.
Ao dirigir estas pesquisas, sentimos um “peso de oração” maior para interceder junto ao Senhor nosso Deus, por milhares de homens, de muitas religiões, e até mesmo alguns que se dizem evangélicos. Estão seguindo este caminho, em busca da luz, obscurecido o seu entendimento pelo falso brilho de Lúcifer.” Pra. Márcia Martins/1996.
Um bom trânsito de influências, homens fortes colocados em posições estratégicas para influir no rumo das decisões. Esta é a maçonaria, uma eminência parda, segundo afirmam seus líderes. Com um poder de decisão ilícito em suas mãos, esta organização apresenta um álibi para agir, seus propalados ideais humanitários, passando por cima de todos os códigos de ética, legislações e padrões culturais, justificando os meios pelo fim. O livre arbítrio do homem deve ser preservado dentro do que eles entendem como o “livre pensar”.
Esta posição nos lembra a cena que se passou em Gênesis 3, quando o homem delegou a vontade perfeita de Deus a um segundo plano para exercer seu livre arbítrio sobre o que era melhor para ele, incitado por Satanás.
Como tal, a religião, quando leva ao fanatismo, torna-se uma das principais opositoras aos ideais maçônicos.
A Igreja Católica tem suas relações cortadas com a Organização desde a época da Inquisição, quando os maçons foram perseguidos. Hoje, os padres não são maçons por proibição da sua igreja, embora pudessem ser aceitos pela maçonaria.
A maçonaria acusa a Igreja Católica Romana de explorar o homem através de sua fé. Esta mesma acusação se estende à Igreja Evangélica Brasileira. A Maçonaria vê o movimento evangélico como algo que se desviou para motivações erradas, para exploração financeira das pessoas e indução ao fanatismo. Quando o protestantismo chegou ao Brasil, muitos missionários foram ajudados pelos maçons contra os ataques da Igreja Católica, mas hoje, a força evangélica ameaça a filosofia do movimento maçônico, na medida em que contraria seus ideais de falsa liberdade.
Com relação ao protestantismo, houve um forte envolvimento dos seus seguidores, na Europa e Estados Unidos, com a maçonaria. Quatorze presidentes norte-americanos foram maçons. George Washington, primeiro presidente dos EUA era Grão-Mestre, o mais alto título, e o dólar americano, tem, por isso, além do retrato de Washington, os seguintes símbolos maçônicos: a pirâmide, a chave, a balança, o olho esquerdo, a águia, o esquadro, e as palavras NOVUS ORDO SECLORUM (nova ordem dos séculos).
·       a balança = retidão e justiça
·       chave = símbolo popular da maçonaria como a guarda dos segredos
·       esquadro = símbolo básico de equidade, justiça e retidão.
·       O olho que tudo vê = dos mistérios antigos, de clarividência mais elevada, dos deuses da Índia e do Egito, representa G.A.D.U.
·       In God we trust ( em deus nós confiamos) = um deus genérico
·       Pirâmide = símbolo dos primeiros maçons e a Grande Pirâmide, templo dos antigos mistérios (Egito)
·       Águia = ave, figura comum da maçonaria que simboliza especialmente os altos graus; significa audácia, perspicácia, gênio para contemplar a Verdade e a Vitória. Na Maçonaria ela é vista com duas cabeças, uma em oposição à outra e recebeu o nome de Marduque (a representação de Ninrode como um Deus).
Obs.: estas definições são de Joaquim Gervásio Figueiredo (33 grau), Dicionário de Maçonaria- 4ed., SP. Pensamento, 1990.
No Brasil, infelizmente temos visto também pastores de igrejas tradicionais como maçons, o que é bem raro entre pentecostais (testemunhos de ex-maçons convertidos demonstram ser impossível servir a dois senhores).
Segundo palavras de nosso entrevistado, a maçonaria vê com bons olhos e talvez até esteja alimentando a desavença entre católicos e evangélicos. “Ajuda a mostrar a verdade, desmascarando ambas as religiões aos olhos do povo”, comentou.
Eles procuram colocar espiões maçônicos infiltrados nos movimentos, e nas igrejas para observar a tendência e se houver fanatismo, denunciar e ativar os recursos da organização para bloquear o movimento. Segundo este ponto de vista, a evangelização de alguém seria inadmissível, sendo uma tentativa de coagir o outro com a sua crença. Na maçonaria é proibido ao cristão dar testemunho de Jesus Cristo, mas para ser maçom você deve obrigatoriamente crer em Deus – um deus impessoal, um deus maçônico representado pelo G (Grande Arquiteto do Universo). Todas as religiões do mundo são igualmente bem-vindas na maçonaria, e um pequeno detalhe como Jesus, Maomé, Buda ou qualquer outro, não deve interferir nos elevados ideais e práticas esotéricas da organização. Um estudo à parte deverá tratar da maçonaria e suas práticas que são absolutamente condenáveis à luz da Bíblia.
* No setor político brasileiro, desde o Império, ao que se sabe, a maçonaria mantém o controle dos rumos decisórios do país através de homens como o Imperador Dom Pedro, Rui Barbosa, Barão do Rio Branco, Frei Caneca, Aleijadinho, Tiradentes, Castro Alves, José Garibaldi, Marechal Deodoro da Fonseca, Duque de Caxias, Campos Sales, João Fernandes Tavares, Bento Gonçalves da Silva e Padre Diogo Feijó. Deve-se notar que, apesar da proibição papal, vários bispos e cônegos fizeram parte da maçonaria brasileira antiga.
Dom Pedro I foi iniciado e logo proclamado Grão-Mestre da Loja Grande Oriente do Brasil em 1822. Conforme o historiador maçônico Manoel Gomes (33º), tanto a libertação do Brasil do domínio português, quanto a passagem da Monarquia para República, foram movimentos idealizados, preparados e tornados realidade pelas lojas maçônicas. Ainda hoje, nos afirmam nossos entrevistados, a maçonaria seria maioria no Congresso e Senado para decidir os impasses políticos, tendo uma posição supra-partidária capaz de fazer frente ao próprio Presidente da República.
É, no mínimo preocupante, ver o poder na mão de um grupo que opera por trás dos bastidores, gozando de  impunidade, com base em uma ética questionável. A honestidade da maçonaria é questionada por seus críticos: “Por trás dos bons homens, dizem que há uma hierarquia invisível de poder e manipulação, defendendo seus próprios interesses.” O próprio Dom Pedro I, poucas semanas depois de ser proclamado Grão-Mestre, ordenou o fechamento de todas as lojas maçônicas do Brasil, em 21 de outubro de 1922, tentando dar fim a este poder clandestino.
No nosso país, um dos maiores problemas jurídicos é a impunidade da classe alta, de pessoas que às vezes comete graves crimes contra a cidadania. “Não é encorajador saber que muitos ministros, juizes e deputados, estão jurados (com votos de sangue) para proteger colegas da irmandade a qualquer custo”, menciona o autor J. Horrel.
Um advogado renomado de São Paulo contou que, na corporação do Estado em que trabalhava, um escocês totalmente incapaz, permanecia num alto cargo por vários anos. Quando questionou a situação, recebeu como resposta: “Ah! Ele é o Venerável da loja maçônica.”
Quando o juiz, o advogado, o policial e o criminoso são maçons, pactuados em se proteger mutuamente, o veredicto ficará, sem dúvida, comprometido.
·       Na  área da beneficência a maçonaria se destaca de uma forma especial, já que sua ênfase está colocada nas obras. Muitos maçons na minha cidade, Juiz de Fora,  fizeram doações enormes à Santa Casa de Misericórdia, Cemitério Parque da Saudade, porque eles criam nos ideais filantrópicos da organização. Como de fato, sempre houve homens da maçonaria na provedoria ou outros cargos de influência no Hospital Santa Casa, segundo informação de  nossos entrevistados.
“Sempre que surge alguma entidade filantrópica ou iniciativa neste sentido, a maçonaria procura colocar um dos nossos para participar”. Este é o caso do Instituto Maria, Asilo João de Freitas, etc.
Era comum, a algum tempo atrás, na nossa cidade, trazerem à maçonaria, apelos para intervir em situações irregulares, na educação por exemplo. Logo algum irmão com influência junto às autoridades da área de ensino se dispunha a usar seus altos contatos e autoridade para interferir e modificar o rumo das coisas. O próprio Instituto Grambery, centenário Colégio Metodista, raras vezes deixou de ter um maçom como Reitor, nos informa o maçom grau 33. Isto acontece na educação, política, saúde, religião ...
A  Maçonaria Hoje

Atualmente(1996) são 14 lojas maçônicas funcionando em amplos e modernos prédios reformados, embora sejam menor o número de prédios que de lojas, já que várias lojas funcionam num mesmo local em diferentes dias e horários.
No Brasil existem cerca de 150 mil maçons. É a maior maçonaria da América Latina, maior que a da Itália, de Portugual ou Espanha.
O novo Palácio Maçônico de Brasília do Grande Oriente do Brasil – com cem mil membros – foi inaugurado em 1992. A cerimônia foi assistida por 120 parlamentares federais e pelo Ministro da Justiça, Maurício Corrêa, representando o Presidente em exercício, Itamar Franco (Fernando Color, o titular também é maçom). A Conferência Internacional Dos Grandes Soberanos Comendadores do ano 2000 – a convenção centenária e milenar iria acontecer em Brasília. Conforme Venâncio Igrejas, O Soberano Grande Comendador do supremo Conselho do 33º grau: “Muitos acreditam que o Brasil será um dos países que sediarão o advento de uma nova  consciência no século XXI.” A influência da maçonaria no Brasil, ao contrário do que acontece em outras partes do mundo, parece cada vez mais forte.
As pesquisas dão entre 5,5 a 6 milhões de maçons no mundo, caindo a média de 3% ao ano o número de membros. A média de idade dos maçons nos EUA, (que representa dois terços do total – 3,5 a 4 milhões), é de 63 anos. Ainda assim, a influência que eles exercem é muito grande, em comparação com seu número de membros.
Há coisas positivas que podem ser ditas sobre a maçonaria, tanto da histórica, quanto da moderna. Nos dias atuais, os maçons administram projetos filantrópicos de grande porte, gastando (na América do Norte) cerca de dois milhões de dólares por dia no sustento de 22 hospitais ligados à Ordem dos Shriners (32º ), 19 hospitais de ortopedia, três centros especializados em queimaduras e diversos outros projetos comunitários.
Outro fato também é que milhares de pastores e leigos evangélicos ao redor do mundo fazem parte das lojas maçônicas. Um dos mais famosos era o Pr. George W. Truett (32º) (1867-1944), presidente da Convenção Batista do Sul e da Aliança Batista Mundial. O fato deste e outros líderes evangélicos pertencerem à maçonaria, sugere que esta sociedade só oferece o bem, e até que promulga valores cristãos. Mas existe uma corrente que sustenta ser a maçonaria, uma filosofia anti-cristã. Por baixo da idéia de irmandade e dos esforços de caridade, existe um programa escondido advogando uma religião sincretista, negando a pessoa divina e a obra salvífica de Jesus Cristo e mantendo elos sinistros com o ocultismo.
A quase totalidade das igrejas cristãs do mundo têm se posicionado contrárias à maçonaria, depois de pesquisarem o assunto, concordando na seguinte conclusão, tirada durante a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana da América (1987): “ A associação com os maçons requer ações e votos incompatíveis com as Escrituras. (...) a participação na maçonaria compromete seriamente a fé e o testemunho cristão. (...) e a membresia na maçonaria e a atividade nos seus rituais leva a uma diluição do compromisso com Cristo e com o Seu Reino. As Escrituras insistem em que o cristão não pode possuir dois mestres.”
Ironicamente, o estudo (em 1993) da maior denominação evangélica dos Estados Unidos, a Convenção Batista do Sul, com alto índice de membros maçônicos – embora tenha alistado os vários perigos da maçonaria – concluiu que cada membro está livre para seguir sua própria convicção quanto à Loja.
Os Mórmons são outro grupo que mantém estreita afinidade com a maçonaria e seus ritos.

A Origem da Maçonaria

Centenas de livros afirmam uma origem remota da maçonaria, a partir do Oriente Médio, ainda nos tempos do Rei Salomão, mas a versão mais correta fala do surgimento da franco-maçonaria entre os intinerantes artífices da pedra, libertos da servidão dos seus mestres entre  ano de 1.200 e 1.300. Os síndicos de artesãos, conhecidos como guildas, eram comuns na Idade Média, e nas suas viagens estes maçons costumavam ficar em lojas (hotéis), na busca de emprego em algum lugar onde pudessem trabalhar na construção de edifícios importantes.
A palavra maçom é o mesmo que pedreiro, e maçonaria quer dizer ofício de pedreiro ou de trabalhar  com alvenaria. Como os sindicatos da classe fossem ilegais, entre 1.360 a 1.425 na Inglaterra, eles desenvolveram gradualmente sinais e símbolos ocultos para se comunicarem entre si.
Em 1598, William Schaw, mestre maçom do Rei Tiago VI, tornou-se comendador geral das lojas maçônicas da Escócia, com estatutos, graus, rituais e a busca da sabedoria através da astrologia, alquimia, hermetismo e estudo das civilizações egípcia, grega e romana.
Em 1717, quatro fraternidades, ou lojas, se juntaram no Goose & Gridiron Tavern, uma wisqueria em Londres, para formar a primeira Grande Loja Maçônica Especulativa (filosófica) ou simbólica.
O certo é que hoje, o juramento de um aprendiz da loja maçônica é o seguinte: “ Eu (...) juro e prometo, pela minha livre vontade, pela minha honra e minha fé, em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus, e perante esta assembléia de maçons, solene e sinceramente, nunca revelar qualquer dos mistérios da maçonaria que me vão ser confiados (...) Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado e o meu corpo enterrado nas águas do mar, onde o fluxo e o refluxo me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrílego para com Deus e desonrado para com os homens. Assim seja.” O iniciante deve jurar manter silêncio e ser cúmplice, mesmo antes de saber  o segredo que lhe será confiado.
Outros juramentos são feitos a cada subida de grau, sempre jurando fidelidade e muitas vezes com voto de sangue. O Juramento do 33 º grau ao Templo em Washington, é selado ao beber-se vinho em um crânio humano, enquanto um indivíduo vestido de esqueleto abraça a cada participante no momento do voto fatal.. Uma invocação à morte num estilo padrão às seitas secretas e ocultistas das trevas.
Os membros da Ordem do Santuário usam uma fez (quepe) vermelha (tingida simbolicamente pelo sangue) cujo significado é a comemoração referente a milhares de cristãos massacrados durante a guerra dos Cruzados, na cidade de FEZ. Muitos que se dizem cristãos a usam sem escrúpulos. O próprio nome do Santuário significa na verdade “Antiga Ordem Árabe, Nobres, do Santuário Místico.”, numa referência ao próprio santuário místico do Islamismo – a Caaba, em Meca. O juramento dos iniciados é feito sobre a Bíblia e sobre o Alcorão e é dedicado em nome de Alá.



                                    Anexo II
Icabode – Ebenézer
Livro de I Samuel - Capítulos 3:19-21 e 4, 5,6,7 e 8

 Porque os filisteus não foram instantaneamente fulminados ao roubar e transportar a Arca de Deus para o templo de seu  deus Dagom?
     Violar a santidade de Deus, custou a vida à Uzá, no tempo do Rei Davi. Ele levou a mão para impedir que a Arca do Senhor caísse do carro onde estava sendo transportada de Quiriate-Jearim para Jerusalém.(II Samuel 6)
O roubo da Arca aconteceu no tempo dos juízes, quando Eli guiava Israel. Os filisteus a conduziram de Ebenézer a Asdode. Estes incircuncisos não foram consumidos ao tocar na Arca que conduzia a presença de Deus.

No capítulo 3, v.19,20 a Palavra nos diz que: “Crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. Todo o Israel ... conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor.” Ele estava assumindo a liderança, em lugar de Eli e recebeu a Palavra de que Israel deveria ir à guerra contra os filisteus. Confiado em que  Samuel era a voz de Deus, o povo se reuniu em Ebenézer para ir à peleja.
Surpreendentemente eles  sofreram enorme derrota e voltaram para o arraial perguntando: cap.4, v.3: “Porque nos feriu o Senhor hoje diante dos filisteus?”
Trouxeram então de Silo a Arca da Aliança, pelas mãos de Hofni e Finéias, os dois filhos desviados de Eli. Os filisteus temeram grandemente porque se lembraram do que Deus fez aos Egípcios e pensaram que a Arca era o ídolo dos israelitas.
Nesta época o povo de Deus andava desviado dos caminhos do Senhor, mas acharam que  a simples presença da Arca faria toda a diferença. Um religião de forma, de aparência, mas não de conteúdo.
O resultado mostrou que a glória de Deus não se manifesta em meio ao pecado, e a derrota de Israel foi total. Mataram os dois filhos de Eli e levaram a Arca, quebrando a idolatria do povo que via a Arca de Deus como um talismã da sorte.
Quando a notícia chegou a Eli, especialmente quando fizeram menção da Arca, ele caiu com a cadeira pra trás e quebrou o pescoço.
Sua nora, mulher de Finéias que estava grávida, entrou em trabalho de parto ao saber do episódio e teve um filho, mas não se “importou”. Antes, ela estava desconsolada disse: v.21,22 : “ ...mas chamou o menino, Icabode, dizendo: foi-se a glória de Israel. Isto ela disse porque a arca de Deus fora tomada, e por causa de seu sogro e de seu marido. E falou mais: foi-se a glória de Israel, pois foi tomada a arca de Deus”.
A Arca foi levada para o templo de Dagom em Asdode e no dia seguinte o ídolo estava caído com o rosto em terra diante da Arca. No dia posterior ele foi encontrado novamente caído, desta vez de bruços, com a cabeça e as mãos decepadas pelo limiar da porta. Me parece que , como o sacerdote Eli, Dagom também quebrou o pescoço!
A presença da Arca trouxe maldição, e não bênção,  para os filisteus e o Senhor os feriu com tumores.
A Arca do Senhor está associada à obediência para ser veículo de bênção. Ela só poderia ser transportada pelos levitas. Quando o rei Davi decidiu levá-la para Jerusalém, usando, para isso, uma carroça de bois, ela se transformou em veículo de morte e tristeza. Da mesma maneira a Arca estava trazendo doença e morte para os filisteus que trataram logo de devolvê-la. Cap.5:12: “ Os homens que não morriam eram atingidos com tumores” em toda cidade da filístia por onde passava.
Esta mesma associação entre desobediência e maldição, nós vamos ver logo que a arca é devolvida ao povo de Deus em Bete-Semes, uma cidade levítica. Cap.6:19: “ Feriu o Senhor os homens de Bete-Semes, porque olharam para dentro da Arca do Senhor, sim, feriu deles 70 homens”.

     Acaso não foi o próprio Deus quem enviou Israel para a guerra contra os filisteus? Como então aconteceu tamanha derrota com 31 mil mortos de Israel?
              A verdade precisava vir à tona. O povo pensava que Deus estava conivente com seus pecados, mas a glória do Senhor já havia se retirado de Israel. A Arca se chama “Arca do Concerto”, e ela funciona quando existe concerto. O povo andava desconcertado na presença de Deus e foi envergonhado diante do inimigo. Deus defende a si próprio e a sua glória e santidade, diante dos filisteus, sem precisar do testemunho de Israel.
               Seu povo precisava ser corrigido e voltar os corações para Deus, assim o Senhor permitiu que se tornasse aparente a derrota que já operava ao nível espiritual. Eles  estavam afastados de Deus e precisavam tomar consciência disto. Não havia lugar para a Arca num altar danificado (sem santidade, sem adoração). É por esse motivo que a Arca deixa o templo e se deixa levar embora.

                 O capítulo 44:5 de Ezequiel fala sobre os que podem ministrar diante de Deus: “Disse-me o Senhor: Filho do homem, nota bem e vê com os teus próprios olhos e ouve com os teus próprios ouvidos todo o quanto eu te disser de todas as determinações a respeito da casa do Senhor, e todas as leis dela; nota bem quem pode entrar no templo e quem deve ser excluído do santuário.”
V.9:“Nenhum estrangeiro que se encontra no meio dos filhos de Israel, incircunciso de coração, ou incircunciso de carne, entrará no meu santuário.” Essa classe de pessoas no tempo da Igreja, corresponde aos que não são convertidos absolutamente (incircuncisos de carne) e aos que se dizem cristãos, mas não o são (incircuncisos de coração).

                 Vss.10,11,13,14: Os levitas, porém, que se apartaram pra longe de mim, quando Israel andava errado, que andavam transviados, desviados de mim, para irem atrás de seus ídolos, bem levarão sobre si a sua iniquidade. Contudo eles servirão no meu santuário como guardas nas portas do templo e ministros dele; eles imolarão o holocausto e o sacrifício para o povo e estarão perante este para o servir. Não se chegarão a mim para me servirem no sacerdócio, nem se chegarão a nenhuma de minhas coisas sagradas, que são santíssimas, ... Contudo eu os encarregarei da guarda do templo e de todo serviço e de tudo o que se fizer nele.” Estes são os que têm cargos nas igrejas e alguns até mesmo ministério, porque ministrar significa servir, como os mestres, os pastores e evangelistas. São servos de Deus, que trabalham ungidos para o serviço que prestam, mas não alcançaram o nível de separação exigido para ministrar à Deus. Como os levitas, se misturaram ao povo seguindo com a maioria.
                   
                 V.15-31: “Mas os sacerdotes levíticos, filhos de Zadoque, que cumpriram as prescrições do meu santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram, eles se chegarão a mim, para me servirem, e estarão diante de mim, para me oferecerem gordura e o sangue, diz o Senhor Deus. Eles entrarão no meu santuário e se chegarão à minha mesa para me sevirem, e cumprirão as minhas prescrições.
                É será que, quando entrarem pelas portas do átrio interior, usarão * vestes de linho (símbolo de pureza); não se porá lã sobre eles quando servirem nas portas do átrio interior, dentro do templo (a cobertura seria o sangue de Jesus e suas vestes, a glória de Deus).

* Tiaras de linho lhes estarão sobre as cabeças (santidade no pensar), e calções de linho sobre as coxas ( santidade sexual); não se cingirão a ponto de lhes vir o suor (que é um meio de eliminação das impurezas).

... A meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o imundo e o limpo.”

                  Estes são, na igreja, os inteiramente consagrados a Deus. Renunciam a tudo e pagam um alto preço; buscam a santidade e vida de adoração e serviço ao Senhor. Os apóstolos e profetas, que são o fundamento da igreja, deverão, obrigatoriamente, pertencer a esta classe de pessoas – os filhos de Zadoque. Em I Reis 1:32-39 ouvimos falar de Zadoque, que era o sacerdote, durante o reinado de Davi, ao lado do profeta Natã. Ambos foram buscar a Salomão para faze-lo rei, quando todo povo se desviava atrás de Adonias, seu irmão. Zadoque foi quem tomou do chifre de azeite e ungiu a Salomão como sucessor de Davi.

                  Sobre os sacerdotes, como Zadoque, o v.28 do capítulo 44 de Ezequiel diz: “ ... terão uma herança; eu sou a sua herança. Não lhes darei possessão em Israel, eu sou a sua possessão.... e toda coisa consagrada de Israel será deles. O melhor de todos os primeiros frutos de toda espécie, e toda oferta, serão dos sacerdotes; também a primeira de vossas massas dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a vossa casa.”
       Quando somos levados a um nível maior de santificação e proximidade com Deus, a glória do Senhor se manifesta através de nossas vidas, e somos separados por Ele inteiramente. A Arca da presença de Deus está dentro de nós em sua glória. Ela está sobre o altar de adoração e santidade que erguemos em nosso interior para a habitação de Deus. Tudo o que for impuro será consumido ao nosso redor. Não há meio termo, não transigimos, não abrimos concessões. A glória do Senhor sobre nós, acusa tudo o que for treva ou tiver o cheiro de pecado em toda situação do dia a dia. Se carregamos algo santo e tocarmos em algo impuro, ficaremos contaminados, conforme o texto de Ageu 2:11,12,13.
          Foi por isso que Deus se afastou do homem e o colocou para fora do Jardim do Éden. O pecado deixou o homem numa condição tal, que a glória de Deus se afastou pois de outra forma o consumiria. A carne treme diante da glória e não pode suportar durante muito tempo a manifestação da presença de Deus.
        Já, a unção vem para capacitar, para aguçar nossas capacidades naturais e implementá-las. Debaixo da unção, fazemos muitas coisas para Deus, debaixo da glória só podemos ficar prostrados em convicção de pecados  diante da visão da nossa impureza.
          Quando podemos conviver harmoniosamente com o mundo é porque a glória de Deus se retirou de nós e somos apenas mais um homem de lábios  impuros vivendo em meio a um povo de impuros lábios, como disse o profeta Isaías; só que não estamos conscientes disto.
         Mas quando a glória de Deus se manifesta, tudo o que queremos é ser  tocados pela brasa viva do altar e ficar santos para não perder a visão de Deus em sua glória. Nossos olhos estão na santidade de Deus e queremos nos distanciar do mundo e nos achegar a Ele.
        Com a unção não, queremos nos aproximar das pessoas, ministrar a elas, serví-las, no nome de Jesus e por amor dele. Neste caso já somos como o comum dos mortais, porque o nosso rosto já não está mais brilhando com a glória de Deus, como Moisés. Já descemos do monte faz tempo e temos saudade daquele lugar; o mesmo monte onde Jesus foi transfigurado pela glória de Deus, e do qual Pedro não queria descer. Lá em baixo estava o povo, os doentes e endemoninhados, necessitados de maior unção dos discípulos para serem socorridos.
       Foi a nível de  unção que Deus operou entre os filisteus trazendo o castigo sobre eles, porque se a glória de Deus ainda estivesse na Arca, eles teriam sido consumidos. Mas, Icabode, a glória de Deus já havia se retirado do meio do povo desde o arraial, de onde a Arca foi levada pelos filisteus. Nossa convivência fácil e a tolerância excessiva com os pecados, são um indício de que a glória e Deus não se encontra presente em nosso santuário.
       A Arca ficou em Quiriate-Jearim por 20 anos mas o povo continuava sendo oprimido pelos filisteus. Samuel então os convoca para um arrependimento nacional com jejuns e santificação, retirando todo ídolo do meio deles. Os filisteus ficam sabendo que o povo de Israel está congregado em Mispa e ameaçam atacar. Israel sente medo e pede a intercessão de Samuel a Deus.
      O profeta sacrifica o cordeiro (I Samuel 7:9). Só o sangue do Cordeiro imolado sobre o altar, restaura a santidade e a adoração e reedifica o templo, que somos nós.
      Enquanto oferecia o holocausto e orava a peleja teve início, mas o Senhor intervém de forma sobrenatural com trovões e relâmpagos que deixam os filisteus aterrados. São abatidos, sofrem grande derrota e nunca mais voltam a ameaçar Israel durante os dias de Samuel. No v.12: Este toma uma pedra e coloca no local que chamou de Ebenézer.
       De Icabode foi-se a glória de Deus, a Ebenézer - até aqui nos ajudou o Senhor, o povo andou pelo caminho da reconciliação com Deus. Sempre é necessário o quebrantamento, o arrependimento, o concerto, para que a glória de Deus possa voltar sobre nossas vidas, para  consumir todo pecado ao nosso redor, e incomodar os pecadores necessitados de arrependimento.
O brilho da glória de Deus em nossa face se dispersou. Precisamos de um novo monte da transfiguração. Precisamos novo nível de purificação com a brasa viva do altar. Isso é necessário para voltar o mesmo discernimento e santidade; para que a glória do Senhor volte ao templo.
Creio que a glória voltará ao templo e a glória da segunda casa será maior que a da primeira, conforme a promessa no livro de Ageu. Virá de novo um avivamento, um novo derramar da glória do Senhor sobre nossas vidas. Amém!


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