Monday, January 2, 2017

Crer - Uma Decisão!

Família de ribeirinhos no Amazonas
Julho de 2016


Almoço missionário em Paricatuba, próx. a Manaus.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.” Rm 10:9,8

A instrução sobre o perdão é de que devemos dizer que perdoamos nossos ofensores, declarando seus nomes. Fazemos isso em obediência à Palavra de Deus num ato de decisão voluntária, nos rebelando contra a tirania de nossos próprios sentimentos. Uma vez realizado o ato com base em nossa fé na Palavra, nossa carne, emoções e sentimentos, vão seguir o rumo natural de se sujeitar.

Submetei-vos a Deus; resistis ao diabo e ele fugirá de vós (Tg 4.7).

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Ao qual resisti firmes na fé (I Pe 5:8,9).

O texto de Romanos 10 me veio em seguida à mente sobre a importância de crermos de todo coração e confessar nossa fé em Cristo para salvação.

Crer não é algo na área de nossas emoções. Crer é uma decisão tomada pela nossa vontade, nosso soberano livre-arbítrio. Se decidirmos crer na Palavra de Deus nada mais nos deterá e, como disse Jesus, poderemos ordenar à montanha e ela vai obedecer. A expressão força de vontade, nos fala dessa vontade forte que vence todos os obstáculos; que não vacila, como nos diz Tiago. Essa pessoa não tem ânimo dobre, não é como as ondas do mar que vêem com força e parece que vão conseguir chegar ao alvo, mas logo recuam para tentar novamente.

Crer é uma decisão. Tomé decidiu não crer na ressurreição de Jesus a não ser que pudesse ter pessoalmente as evidências físicas.


Já a mulher com o fluxo de sangue determinou crer e afirmou que se tocasse no manto de Jesus seria curada. Foi feito segundo sua fé e a fé dela a salvou.


Eu posso decidir crer, mesmo sem sentir nada a respeito ou mesmo crer diante de evidências contrárias. Minha insistência e minha vontade teimosa em crer na Palavra de Deus vai resultar em vitória.
Precisamos nos encharcar da Palavra até que, nossa natureza caída e a maneira de pensar errada, não possam mais ser encontradas por terem sido absorvidas pela nossa nova personalidade em Deus. Há que chegar a um ponto de saturação quando acontecem as mudanças. Essa mulher de que falamos chegou nesse ponto do “vai ou racha”. Ela estava falida, depois de 12 anos com hemorragia e marginalização, sendo considerada imunda e já sem qualquer outro recurso.
 Há que começar a sonhar, dormindo e acordado, com aquilo que você deseja e então, só então, algo novo irromperá à luz. É um processo bem semelhante à gravidez de uma mulher: ela só pensa no bebê, vive antecipando o momento de vê-lo, prepara o berço, o enxoval, o quarto ... e sonha. Sonha que já tem o filho nos braços.



Na disciplina de Deus

Marco da Latitude 000 do Equador
em Roraima,  no centro do planeta.
Marcia Martins com um casal de
amigos de Camboriú
Perdoem-me porque sei que venho dando trabalho a vocês. Estava esperneando um pouco, como vocês fazem sempre comigo. Mas aí vai a minha contribuição do dia para vocês. Continuem orando para que Deus faça a obra em minha vida e que eu tenha coragem de permitir que Ele trabalhe em mim. Quando Ele mexe em nossa carne cheia de pecado ela exala um mau cheiro que nos envergonha e que está longe de ser o bom perfume de Cristo que gostaríamos de exalar. Mas nada há encoberto que ficará oculto sob a luz da verdade de Deus. É melhor que nossas feridas e podridões ocultas sejam tratadas, lavadas e saradas agora, do que naquele dia em que não haverá mais tempo e não poderemos entrar na presença de Deus, assim como as ofertas não eram aceitas se não fossem sem defeito.
Hebreus 12.11,12 – “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado”.
O Senhor considerou mais importante trabalhar comigo propriamente do que trabalhar através de mim em favor da vida de outras pessoas. Isso é sempre assim. Creio que fui convidada para um banquete e julguei poder servir aos convidados como anfitriã; mas o anfitrião era Jesus, e, por isso, ele me obrigou a assentar-me e comer com os demais. Julguei que desta forma eu deixaria a todos passando fome, mas Ele próprio é quem iria e, vai sempre, servir.
Ele está me ensinando que ainda estou entre Ele e as pessoas. O Eu ainda precisa definhar. Eu preciso aprender a usar a autoridade que Ele tem me dado sem que eu apareça. Devo ainda calar, em todo o meu ser, para que apenas a Sua voz seja ouvida pelas pessoas. Meu entusiasmo em ajudar e ensinar, ainda tem muito de carnal e Deus me quer canal. Como é difícil entender e aprender as coisas de Deus. Ele não quer a uva, Ele quer o suco da uva esmagada, porque ela inteira possui casca, caroço e seu gosto só pode ser sentido depois de rompida para que saia o suco.
Descobri algo a respeito da rejeição. Antes que se sentissem rejeitados por Deus, Adão e Eva pecaram. Eles quiseram ser mais do que realmente eram. Quiseram se posicionar no lugar de Deus. A consequência foi auto rejeição, se escondendo da presença de Deus e, a consequente rejeição porque perderam o amor do Pai. Se eles tivessem sido humildes, com a consciência de sua pequenez e de quem realmente eram não exibiriam a soberba de querer ser igual a Deus, de ocupar o lugar do Senhor. Se tivessem sido humildes não teriam sido rejeitados. Por isso o Senhor me recomendou humildade, porque quanto maior o orgulho e a soberba, mais iremos sentir-nos rejeitados.
Não que houvesse em mim o orgulho e soberba manifestos, mas a raíz deste mal sim, ainda está lá no mais profundo das minhas ações, querendo obter aceitação, amor, reconhecimento através da manifestação do poder e dos dons de Deus na minha vida. Preciso alcançar uma revelação mais profunda do que é humildade e do que é verdadeiramente servir a Deus com inteireza.
Ainda há muito de ridículo em mim e medo da verdade sobre mim mesma. Se é a Deus que as pessoas rejeitam, porque ainda sofro as dores? Não será porque ainda estou muito viva e esperava pegar um bocado da glória que é Dele; um bocado da gratidão que é para Ele, vinda sob a forma de aprovação dos homens? Devo receber tudo que preciso somente de Deus.
Porque não entendemos e apenas sofremos, quando Deus está esmagando nosso velho homem? Quando eu era usada para fazer isto com vocês, como vara, pensava: como será que eu sou? Quando Deus estará tratando comigo? Acho que a resposta é: sempre. Sempre Ele estará encontrando situações e ocasiões para humilhar meu velho homem até que eu realmente conclua quem eu sou. Só então vou compreender que não posso me apropriar de nada que é Dele, como Adão e Eva e Satanás tentaram fazer.
Não podemos tentar ser Deus. Temos que deixar Deus ser Deus compreendendo nossa real condição (que eu nem mesmo sei ainda qual é). A verdade é que somos ridículos em nossas pretensões e por isso seremos sempre humilhados à semelhança de Jesus. Ele foi humilhado e moído até ser morto na cruz, antes que fosse exaltado e colocado em posição de autoridade por Deus. Ele pode viver isto em nosso lugar porque não tinha pecado. Devemos também pegar a nossa cruz e seguir, até o dia da nossa libertação em que subiremos nela e seremos pregados nessa cruz da nossa vitória. Ali morre a carne mortal e contaminada e é liberado o nosso espírito de volta para Deus de quem receberemos um corpo de glória.
Santidade, santidade, santidade, separação total do mundo e da carne. Só a cruz pode rasgar a nossa carne, o véu de nosso tabernáculo que nos separa da presença viva do Deus santíssimo. Quem diz que estas coisas já se fizeram e estão prontas, se engana. Parece que tudo o que foi feito tem a característica de ser eterno, ainda permanece sendo feito em todas as dimensões de nosso ser. Para além do tempo, todas essas coisas são realidade que devem ser verdades em nossas vidas, ontem, hoje e sempre, e em todos os níveis de nossa experiência, até que venha a consumação dos séculos. Todas essas coisas estão vivas e precisamos nos apossar de cada uma das verdades e fatos da Bíblia de maneira pessoal para que tenham validade. Se Jesus um dia viveu todas essas coisas e agora ele está vivo em nós, todas as experiências que foram Dele devem tornar-se nossas para que tenhamos uma perfeita comunhão com Ele, para sejamos um e Jesus possa realmente se expressar através da minha vida. Não se trata apenas de colocá-lo como algo que foi anexado a meu ser, mas sim, a transfusão Dele, imprimindo em mim tudo o que Ele é.
Se desejo conhecer a Jesus devo experimentá-lo em sua alegria, em sua paz, em sua humildade, na comunhão de sua vitória, de sua glória, e na comunhão de seus sofrimentos também. Como diria minha amiga: “só o sangue”!
Filipenses 3.4 – “Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia ... fariseu...quanto a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda, por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por cauda da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo, e ser achado Nele, não tendo justiça própria que procede da lei, senão a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me om ele na sua morte, para de algum modo alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu o tenha já recebido (a ressurreição), ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus ... prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Danbury, USA-06/12/2000) por Marcia Martins