Wednesday, January 2, 2019

O Que Você Tem Na Sua Mão? Êxodus 3,4

Rio Ganges na Índia


Rio Ganges na Índia
O Que Você Tem Na Sua Mão?
Êxodus 3,4

Êxodus 3:3 – “Então disse consigo mesmo: Irei para lá, e verei essa grande maravilha, porque a sarça não se queima”.
A iniciativa pertence ao Senhor. Ele se mostrou de uma maneira diferente e esperou pela reação de Moisés.
 As circunstâncias nos rodeiam todo o tempo e Deus tenta mostrar-se através delas. Algumas vezes o ignoramos, outras reagimos com medo e fugimos, e algumas vezes prestamos atenção e paramos para entender o que está acontecendo, analisamos a situação e pensamos no assunto.
A Palavra nos diz que Moisés parou para ver, prestou atenção e pensou. Depois que ele pensou, tomou uma decisão e foi em frente tentando saber mais, entender o significado daquele estranho fenômeno.
Em seguida, Deus, que observava a reação Moisés, viu que ele estava vindo para olhar e chamou seu nome. Deus o chamou de dentro do arbusto que ardia. Deus nos chama muitas vezes através, de dentro das circunstâncias de nossas vidas.
Novamente Moisés reagiu de maneira certa. Ele respondeu, “Eis-me aqui.”. Ele estava pronto para ouvir.
Então Deus começou a direcioná-lo: tire as sandálias de seus pés. Na cultura oriental você tira os sapatos toda vez que entra numa casa ou templo, porque seus sapatos são sujos da poeira da rua. O local interno é separado do local externo, é separado, limpo e você mostra respeito quando evita contaminar com seus sapatos “da rua”. Santo significa exatamente algo colocado a parte, separado para uso especial, por especial razão, algo limpo.
Quando Deus se identifica, Moisés esconde sua face, porque ele ficou com receio de olhar para Deus. Ele compreendeu o quanto aquele lugar e aquela presença eram santos.
Deus, então, entregou a ele seu chamado: “Então, agora vai! Eu te envio a Faraó para tirar o meu povo o Egito”.
Deus envia a cada um de nós com sua mensagem, para libertar o povo do Egito, que estava debaixo do controle de Satanás (Faraó).Essa é nossa Grande Comissão, a grande tarefa.
Mas como muitos de nós, Moisés se recusou a obedecer, se recusou a levar a mensagem e liderar o povo para a liberdade.
Ele pensou que não era possível cumprir uma tarefa tão grande. Argumentou que não tinha nem habilidade e nem autoridade suficiente para isso.
Deus respondeu que Ele próprio estaria com Moisés e deu como garantia um sinal: “Quando você trouxer o povo do Egito, vocês virão adorar nesta montanha.”
Deus disse “quando” você voltar, e não “se” você for. Vejam, Deus não tinha dúvida de que isso aconteceria.
Então Moisés começou a sentir movido e disse: “Suponha que eu vá ...”
Todo esse diálogo é muito interessante. Moisés levanta outra questão: “Se eles perguntarem quem me enviou o que eu digo? Em outras palavras: “Eu nem te conheço”.
Uau!  Moisés está realmente incomodado! Começamos o capítulo quatro com ele duvidando e reticente: "Se eles não acreditarem em mim?"

Ok, se o nome do Senhor, não fosse o suficiente para convencê-los Ele iria mostrar alguns sinais sobrenaturais. Mas, para isso, Deus precisaria de alguma colaboração Moisés.

Então o Senhor disse a ele: O que é isso que você tem em sua mão?
“Um cajado”, ele respondeu.

“Então vamos em frente!” Deus começou a usar esse cajado como instrumento para realizar todas as incríveis maravilhas que capacitaram Moisés a cumprir sua missão.

O que você tem em suas mãos que Deus possa usar para a sua glória?

O cajado de Moisés representava somente a autoridade para conduzir as ovelhas de seu rebanho, mas Deus usou esse pedaço de pau como símbolo de Sua autoridade e poder. Mais tarde esse mesmo cajado se tornou a prova de que Deus havia escolhido a Arão como sumo-sacerdote.

Talvez você tenha algumas habilidades naturais. Se você entregá-las a Deus como sementes, Ele vai usá-las para a Sua glória.
Talvez você tenha muitas promessas de Deus para a sua vida, mas se você não tem nada em sua mão, não será possível a Deus multiplicar. Nada, vezes nada, é coisa alguma.
Se você observar, quando Jesus provia alguma coisa através de seus milagres, ele sempre necessitava algo material, que pertence à nossa dimensão terrena.
Vamos ver isso!
João 2: 1-11 – Jesus transforma a água em vinho. Ele usa a água que já estava lá; os servos obedecem a seu comando e trazem as jarras até ele.
Lucas 5:1-11 – A pesca maravilhosa. Esse foi um milagre de provisão. Pedro pegou emprestado um bote e, em obediência, lançou novamente a rede sob a palavra de Jesus.
João 21:1-11 – A segunda pesca maravilhosa. Os discípulos tiveram fé para lançar e puxar a rede. Jesus proveu Sua palavra. Eles obedeceram quando jogaram a rede do lado direito do barco.
Mateus 14, Marcos 6; Lucas 9; João 6 é sobre a primeira multiplicação dos pães.
Marcos 6:37,38 é tremendo! Cada diálogo na Bíblia é muito especial. O povo está faminto e os discípulos trouxeram o problema a Jesus. Ele disse que os próprios discípulos deviam dar ao povo o que comer. Eles responderam a Jesus com uma pergunta: “Nós vamos gastar tudo isso com pão para dar-lhes de comer?
 Então eles tinham o dinheiro – oito meses de salário de um trabalhador. Mas Jesus tinha outra idéia e mandou que fossem ver quantos pães tinham. Mandou checar o que tinham em suas mãos porque Deus ia tomar aqueles pães para realizar um milagre.
A semente eram 5 pães e dois peixinhos. A obediência se deu quando os discípulos começaram a dsitribuí-los e, fazendo isso, eles viram que a provisão nunca terminava. Glória a Deus! Eles creram em Jesus e se moveram pela fé em Sua Palavra.
Pela segunda vez Jesus multiplicou o pão - Mateus 15 and Marcos 8. Eles estavam num lugar remoto e o povo estava faminto. Jesus estava preocupado com eles e então perguntou aos discípulos: “Quantos pães vocês têm?” “Sete, eles responderam”.  Novamente os discípulos começaram a distribuição sem ver grande quantidade de pães e peixes.
Mateus 17:24-27 - Pedro pegou o dinheiro da boca do peixe. Jesus usou a palavra de Pedro quando respondeu ao coletores de impostos. Pedro disse que: “Jesus paga as taxas do templo”. E usou a obediência de Pedro quando ele foi pescar o peixe.
No Antigo Testamento em II Reis, capítulo 4, a viúva enche as jarras com o azeite que nunca se acabava, e ia se multiplicando de forma milagrosa.
Ela estava presa numa situação sem saída e seus filhos iam ser levados como escravos para pagar dívidas. Quando ela veio ao profeta Eliseu ele perguntou a ela: “Como posso te ajudar? Diga-me o que você tem em sua casa?” Ela respondeu: “Sua serva não tem mais nada, exceto um pouquinho de azeite”.
Então é isso! Era o suficiente para Eliseu resolver a situação. A viúva confiou e obedeceu a sua palavra e fez tudo sem questionar. Ela pegou um grande número de jarras emprestadas com seus vizinhos sem dar qualquer explicação. Ela não estava preocupada com a opinião dos outros. E mais, fechou a porta para toda incredulidade e curiosidade das pessoas colocando sua mente focada em obedecer às ordens do profeta. Ela seguiu as instruções e começou a derramar o azeite, agindo por fé.
O que eu tenho em minhas mãos? Eu já coloquei a minha vida inteiramente nas mãos de Deus e busco andar em obediência. Eu me movo por fé confiando Nele para a minha provisão material, emocional e espiritual. Mas ainda espero por alguns milagres específicos e preciso estar realmente atenta para ver se, em algum  lugar, existe um arbusto em chamas, uma sarça ardente. Eu preciso ouvir Sua voz, o chamado claro, a Sua direção até que finalmente alcance a terra prometida.
E você? O que é isso que está segurando em suas mãos?
 Será que pode obedecer a Deus e lançar isso para Ele? Algumas vezes o cajado em que você confia se transforma em uma serpente e impede o cumprimento do plano de Deus em sua vida!

Onde fica a Terra da Promessa?




A situação atual do cristão

Enquanto caminhava, o Espírito do Senhor falava comigo. Creio que me encontro às margens do Jordão, ajuntando fé para pisar nas águas geladas, cruzando rumo a terra que mana leite e mel.
O povo que entrou na terra prometida foi aquele que aprendeu a crer e obedecer a Deus. Josué, que os liderava, devia ser guiado estritamente pela Palavra.
Andamos pelo que vemos e não pelo que não vemos baseados em nossos sentidos físicos e não em nossos sentidos espirituais. Ainda confiamos em nós mesmos, nos nossos sentidos naturais e não na Palavra de Deus. Não conhecemos e nem andamos segundo suas leis .Há uma barreira a ser vencida entre a dimensão do físico e o espiritual – as águas do Jordão precisam se abrir. O rio está cheio e só abre pelo Poder de Deus, a presença Arca do Testemunho.
Pronto para cruzar a fronteira?
Não basta escapar através do Mar Morto, é preciso alcancar a Terra da Promessa!
“Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.
Quando, pois, o Senhor teu Deus te introduzir na terra que jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, que te daria, com grandes e boas cidades, que tu não edificaste, e casas cheias de todo o bem, que tu não encheste e poços cavados, que tu não cavaste, vinhas e olivais, que tu não plantaste, e comeres, e te fartares, guarda-te, que não te esqueças do Senhor, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão (Dt 6.4-12)”.
Jesus disse em João 10.10 – “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”.
São duas etapas diferentes: 1 - Que tenhamos vida. 2 - E a tenhamos em abundância!
Nós temos vida após obter salvação, cruzando pelo Mar Vermelho; mas a vida abundante vem depois de  vencer o deserto e cruzar o Jordão. Só então entramos na terra prometida, a Canaã que mana leite e mel. Vida é uma coisa, vida abundante é outra!
A notícia triste é que toda a geração, a partir dos 20 anos de idade, que deixou o Egito, morreu no deserto. Da mesma maneira, a quase totalidade dos cristão de hoje irão morrer também nessa etapa da caminhada.

Morrer no Deserto da escassez ou
desfrutar das promessas de Deus na terra da abundância?
O deserto é lugar de escassez, de ter apenas para sobreviver. As roupas nem os sapatos se gastaram, mas nada de roupa e sapatos novos! A comida também não tinha nada de novo; todos os dias o mesmo maná cozido, frito, assado, cru ... mas maná, que significava: que coisa é essa! Muito bom o maná. Era uma lembrança diária de que deveriam chegar na terra não do maná, senão que na terra que mana leite. Talvez por isso a aparência do maná lembrava o leite em sua brancura, derramado nas primeiras horas de neblina da manhã, com seu gosto característico de mel.
Mas promessa é aquilo que leva a gente pra frente, para chegar em algum lugar. E segundo Provérbios, a esperança demorada, que nunca se cumpre, adoece uma pessoa.
A esperança demorada enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida (Pv 13.12)”. 
O povo hebreu experimentou a realidade dessa palavra e depois de peregrinar 38 anos, toda aquela geração que saiu do Egito com menos de 20 anos, morreu no deserto, sem entrar de posse da promessa, com a excessão de Josué e Calebe. O motivo fica claro em Atos 13.18 – “E (Deus) suportou os seu mal proceder no deserto por espaço de quase quarenta anos”. 
Deserto é lugar de prova, de aprender a confiar em Deus (Hb 3.8). Jesus foi conduzido para o deserto pelo Espírito Santo para um teste duríssimo no confronto com Satanás e desde então ficou claro que, estava disposto a obedecer seu Pai e o que estava escrito.
O deserto é lugar de treinamento, de mudança no caráter; lugar de deixar a carcaça morta do velho homem (I Co 10:5); lugar de crescimento do homem espiritual – aquele que anda em fé e obediência às leis de Deus.
O apóstolo Paulo, logo que se converteu, foi para um estágio de três anos no deserto, aprendendo a ser guiado pelo Espírito e pela Palavra de Deus.
“Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco” (Gl 1.17). 
João Batista crescia e se fortalecia no deserto até o dia de iniciar seu ministério no Jordão, batizando o povo (Mt 3.1-6; Lc 1.80).
“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.
E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.
Nunca se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos” (Dt 8.2-4).


O Povo no Deserto

Eles estavam com raiva de Deus.Tinham muita revolta em seus corações por toda violência sofrida na escravidão. Não estavam em condições de aceitar o amor de Deus e nem gratos.
Eles queriam alguma coisa melhor que o Egito.Pensavam: Agora sim as coisas vão mudar para melhor. Para enfrentar toda aquela dificuldade eles preferiam voltar para o Egito e enfrentar os problemas que já estavam acostumados lá. Pelo menos eles tinham algumas coisas que gostavam, como peixes, pepinos, alhos e cebolas. Tinham comida.
Agora no deserto, toda aquela canseira, sede, areia, calor, sem casa. E quando pensaram que Deus ia cumprir a promessa, lá vem mais coisa difícil. Terra dada assim, que teriam que morrer lutando para conseguir, não era dada. Eles não confiavam num Deus assim. Isso não parecia amor. Tanta dificuldade para chegar lá, e depois era isso! Tinham que acreditar que Deus ia fazer um milagre e derrotar os gigantes.Quase 40 anos comendo o “maná” – aquilo. Vagando sem rumo, dando voltas sem nunca chegar. Mesmo que Deus fizesse milagres, isso não resolvia a situação. Eles queriam é chegar em Canaã. Eles estavam com raiva de Moisés, com raiva de Deus, um Deus que eles não conheciam, não entendiam, não amavam, não concordavam com seus métodos e por isso estavam em rebelião.
Como entender que seu Pai te ama, quando sente que está sendo somente castigado. Um Deus assim não interessava para eles e tudo que tinham eram muitos questionamentos.
Ainda que vissem a coluna de fogo e a nuvem, ele ainda era para eles um Deus impessoal, um estranho.
Tinham medo Dele e de suas leis rigorosas. Andavam debaixo do medo, e não do temor. O temor é um respeito, com amor.
Nos seus corações eles voltaram para o Egito e só não o fizeram porque não tinha jeito.
Embora não tivessem abandonado Deus fisicamente, não o receberam em seu coração. Deus desistiu deles e deixou que morressem no deserto.
Por outro lado, a Bíblia diz que Deus os curou antes de sair do Egito. Será que curou só fisicamente ou interiormente também? Creio que curou só o físico para a caminhada. Se tivesse curado os corações teria sido diferente. Deus disse que os conduziu pelo deserto para provar e ver o que havia em seus corações. Porque só em Caleb e Josué houve um espírito diferente?
Os outros espias foram realistas, fiéis com o que viram, mas deixaram Deus de fora.
Se Deus queria dar a terra prometida, teria que ser com a intervenção Dele. Como tinha que ser um milagre, então eles não iam obter de si mesmos.Iam fazer a parte deles, lutar, e Deus ia intervir com Seu poder e ser glorificado. Eles iam reconhecer que Deus deu. Sem Ele não teriam conseguido!
São duas atitudes: eu não aguento mais, não confio mais em Ti.
Ou, não aguento mais, vou confiar na Tua força, na Tua graça, Teu poder,Tua sabedoria.
Deus sempre vai nos levar para o deserto e testar nossos limites, exercitar nossa fé e confiança Nele. Especialmente antes de nos promover a outros níveis em seu Reino.
Todo tempo no deserto Deus os treinava a obedecer sem questionar, submissão: se submeter à missão de Deus.



O Que não Fazer Enquanto Se Espera

Davi é o nosso exemplo de guerreiro e adorador fiel a Deus. Estava sempre buscando ao Senhor para receber direção nas batalhas: quando entrar e quando sair. Até o dia em que resolveu ficar descansando e, com muito tempo ocioso, acabou cometendo o seu maior erro. Foi buscar um pouco de prazer extra para compensar um pouco a vida dura que levava.
Os antigos diziam: mente desocupada, oficina do diabo. Eva devia estar bem a toa, passeando pelo jardim, sem ter o que fazer, esperando o momento de encher a terra com seus filhos.
Há muitas maneiras de esperar. O povo, quando saiu em marcha pelo  deserto, rumo à terra prometida, tinha que esperar. Quando a nuvem repousava sobre o tabernáculo eles paravam, mas tinham que estar sempre de sobreaviso, porque à qualquer momento ela se levantava, a trombeta de prata tocava e tinham que partir. Era um constante exercício de obediência à liderança de Deus. Estavam sendo ensinados a estar de prontidão, e a formar um exército disciplinado que marchava sob as ordens do supremo general e por companhias que tinham ordens específicas a obedecer. Cada tribo tinha instruções pertinentes a ela. Ninguém podia agir de forma independente, segundo lhe parecesse melhor.
Números de 9.15 a 10.16 fala sobre esse movimento ordeiro das tropas de Israel. As trombetas usadas para comunicar com o exército eram de prata, símbolo de salvação.Ouvir a trombeta era ouvir a Voz de Deus e estar a salvo.
“Quando na vossa terra sairdes a pelejar contra os opressores, que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o Senhor vosso Deus haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos” (Nm 10.9,10).
O capítulo 10, a partir dos versículos 11 e 12 diz que a primeira vez ... “aconteceu no segundo ano, no segundo mês, aos 20 do mês, que a nuvem se ergueu de sobre o tabernáculo da congregação. Os filhos de Israel puseram-se em marcha do deserto de Sinai ...”.
Realmente, em Êxodo 40.34-38 diz que o tabernáculo foi levantado um ano depois da saída do Egito (conforme 12:2), nove meses depois da chegada de Israel ao Monte Sinai (conf 19.1). Ou seja, o tabernáculo levou nove meses para ser erguido – o tempo da gravidez de uma mulher. Um mês depois de construído, já com a nuvem de glória sobre ele, os hebreus fizeram sua primeira movimentação. No total temos 12 meses entre a saída do Egito e a primeira movimentação já com o tabernáculo.
Mas ao terceiro mês de caminhada, logo que deixaram o Egito, o povo estava no Sinai e Deus chamou Moisés para lhe dar os dez mandamentos. No capítulo 24.9 não só Moisés, mas também Arão, seus filhos Nadabe e Abiú e mais 70 anciãos de Israel subiram até certa parte do monte e viram o Deus de Israel em todo o seu esplendor. Então o povo fez uma grande festa porque viram a glória de Deus e não foram consumidos.
Depois disso, Moisés subiu até o cimo do Monte onde permaneceu 40 dias e 40 noites enquanto o povo esperava por ele. Recebeu todas as instruções para edificar o tabernáculo e sobre diversos assuntos, inclusive como guardar o sábado.
O capítulo 32 diz assim: “Vendo o povo que Moisés tardava em descer do Monte...”. Eles estavam cansados de esperar. O tédio já estava tomando conta, porque a tenda ainda não tinha sido erguida, os planos estavam ainda em andamento, só daí a nove meses ela estaria erguida e iriam marchar. Daí eles lançaram mão de todos os tesouros da salvação que receberam ao sair livres do Egito, e usaram para fazer o bezerro de ouro e se entregar aos prazeres da carne.
A carne às vezes tem suas exigências e quer comer o alho e as cebolas do Egito, as cordonizes, e nunca está satisfeita em obedecer ordens e andar em disciplina. Quando com muita fome, como estava Esaú, troca as promessas e bênçãos de Deus por um gostoso prato de lentilhas que satisfaz uma necessidade mais imediata. Como disse o próprio Esaú, de que me adianta a primogenitura se eu morrer de fome? Ou seja, primeiro as necessidades que considero prioridades para meu bem estar, depois as coisas espirituais. Enquanto isso, Moisés enfrentou 80 dias de jejum por conta da rebeldia do povo ( Dt 9.18), e não consta que ele tenha sentido fome.
Depois dessa rebelião, o povo teve  que aprender a se mover com a nuvem de Deus, em obediência e em espera, seguindo a vontade Dele em se mover, ou não.
O que nos move normalmente é o prazer e não a nuvem. Quando temos que esperar muito pelo Senhor e não temos meios de nos satisfazer Nele, acabamos jogando tudo pro alto. Pegamos o que de melhor ele nos deu e fazemos um bezerro legal como costumávamos fazer antes. Esquecemos a visão da glória que Ele já nos deu. Em outras palavras, fazemos como Pedro: Quer saber? Melhor voltar a pescar peixes de verdade como antes, porque isso é o que sei fazer; porque esse negócio de pescar homens falhou!
Quando Ele fica em silêncio, é porque está trabalhando ... Moisés também, começou a subir o Monte porque o Senhor o chamara, mas uma nuvem de glória pousou sobre o Monte Sinai e permaneceu por seis dias; somente ao sétimo dia, do meio da nuvem, chamou Deus a Moisés. (Êx 24.16). Quanta coisa teve que ser criada e preparada antes que Deus pudesse trazer o homem à existência no sexto dia. Essa subida de Moisés tem também um paralelo na subida de Jesus ao Getsêmani. O Cordeiro foi separado seis dias antes.
Esperar em fé é o desafio. Esperar faz a carne ter fome. E a fome da carne sempre vai nos levar de volta ao Egito, como levou Abraão, nos dias em que houve fome em toda a terra (Gn 12.10). Voltar ao Egito pode colocar por terra a nossa aliança de casamento. Ele omitiu que Sara era sua esposa e não apenas sua irmã, para salvar a própria vida. Se ele tinha uma aliança com Deus, deveria ter confiado Nele.
Estamos sempre esperando e temos uma permanente agonia interna. Na verdade estamos gemendo em nosso íntimo aguardando a revelação de filhos de Deus (Rm 8.23). Enquanto isso, permanecemos nessa condição caída, mas precisamos desejar, não ser despidos e encontrados nus (II Coríntios 5:3), expondo toda a nossa condição carnal; devemos ansiar ser revestidos da glória, esperando que o Senhor nos chame do meio da nuvem. Também Jesus Cristo vai chamar sua Igreja do meio da nuvem, à sua gloriosa presença.
A Palavra está repleta de textos sobre esperar no Senhor, saber esperar e receber a recompensa por ter esperado, em esperança e confiança. Um dos motivos é porque Deus sabe o quanto nos custa aprender a esperar e confiar sem agir por conta própria ou esquecer as promessas e o que já conhecemos Dele. Tudo que precisa ser gerado leva um tempo sendo engendrado no ventre e, não há como trazer algo de Deus à existência, sem esse tempo de encubação da semente até a completação de seu ciclo de vida. Eu não conheço nenhuma mãe que quisesse permanecer grávida por mais tempo. Pelo contrário, todas são tomadas de uma impaciente expectativa de que a criança venha a nascer logo.

No Cesto de Deus – Êxodo 1:10
“Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte comos nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra.”
O Faraó usou de astúcia contra o povo de Deus no Egito. A astúcia é própria da serpente que agiu dessa forma para enganar o homem impedindo que se cumprisse o propósito de Deus de que o homem se multiplicasse e prosperasse na terra. A multiplicação agora seria com dores e prosperidade, com trabalho duro. Deus quer nos multiplicar em tudo, mas Faraó disse: “Para que não se multipliquem e encham a terra.”
... “E vindo a guerra ...” – Faraó sabia e sabe, que o verdadeiro povo de Deus vai lhe fazer guerra e derrotar.
... “ Ele se ajunte com nossos inimigos ...” - Esses são os anjos, nossos ajudadores.
... “Peleje contra nós e saia da terra ...” – Assim como o povo partiu rumo à Canaã terrena, nós vamos combater contra Faraó e vamos sair da terra rumo à nossa Canaã celestial. Não vamos mais servir a Faraó (Satanás). Mais que isso, quando sairmos da terra (porque como Moisés veio buscar o povo do Egito, Jesus virá nos buscar), vamos nos tornar uma ameaça ao reinado terreno de Satanás. Os seus dias estão contados.
 “... Mais quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam ...” Vs 12 .   A perseguição trouxe bênção ainda maior, pois se multiplicavam e se espalhavam deixando o inimigo ainda mais preocupado.
... “O rei do Egito ordenou às parteiras hebréias, das quais uma se chamava  Sifrá e outra Puá, dizendo: Quando servirdes de parteira às hebréias, examinai: se for filho, matai-o; mas se for filha, que viva ...” (Vs 15,16 ).
 O rei ordenou às duas parteiras de nome “Luz e Resplendor”, que matassem os meninos (tipificando Jesus). Em Hebreus 1.13 diz: Jesus, ele que é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu ser.” Luz e Resplendor, que ajudavam a vida a manifestar-se, deveriam agora ser instrumentos de morte para impedir o nascimento de Jesus.
... “E o povo aumentou e se tornou muito forte”...( Vs 20)
 Além de aumentar, com a perseguição o povo se tornou muito forte.
 ... “E porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes constituiu família” (Vs 21)
Quem abençoa o Israel de Deus, é abençoado. A família é uma bênção e Deus as abençoou.
 ... “Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: a todos os filhos que nascerem aos hebreus, lançareis no Nilo, mas a todas as filhas deixareis viver...” (Vs 22).
 Como Faraó não conseguiu impedir os nascimentos no meio do povo de Deus, ele tentou matar os já nascidos, sempre pensando eliminar Jesus, o Messias prometido.
Ele tenta matar os bebês na fé, lançando-os no Nilo, para os Jacarés. O  início da nossa conversão é difícil e a batalha á ainda maior logo após o Batismo nas Águas. Os “jacarés” fazem sua última tentativa de nos engolir quando nos entregamos à morte nas águas.
 É em meio a essa batalha, que Deus permite o nascimento de Moisés (aquele que foi recuperado das águas). Seu próprio nome é um símbolo para o Batismo, porque Moisés simbolicamente morreu para a vida de escravo que levaria vivendo com sua família natural, e foi transportado e adotado numa outra família como Rei.
O Reino das Trevas se antecipou mais uma vez, tentando frustrar os planos, os desígnios de Deus; mas eles não podem ser frustrados. O Reino do espírito se agita porque alguma luz especial anuncia que Deus está para realizar algo novo. O inferno corre de todos os lados, tenta impedir, mas Deus é soberano e envia Moisés no momento da crise, desafiando a suposta competência de Lúcifer. Moisés nasce, e é libertado da morte para se tornar um libertador.
... “E vendo que era formoso, escondeu-o por três meses ...”  (Êx 2.2) – Os nove meses de gestação, mais esses três, completaram 12 meses, o número completo de Deus. Atos 7.29 diz que Ele era formoso aos olhos de Deus. Tinha uma beleza especial para Deus. Formoso fala de uma graça especial. Deus também escondeu Jesus no Egito por certo tempo.
Depois desse tempo, escondido e protegido, Moisés é colocado no cesto. Surpreendentemente, a filha de Faraó desobedece a ordem de seu pai e adota uma criança hebréia.
A mãe de Moisés não pode mais retê-lo sob a pena de perdê-lo para sempre. Ela então decide entregá-lo à proteção de Deus numa pequena “arca”, o cesto do livramento. Quando ela o entregou, Deus devolveu-o a ela com todas as condições de criá-lo (salário, etc.)
Quando estamos no cesto de Deus, navegamos nas águas do Seu Espírito e Ele vai nos livrar e nos dirigir para o centro de Sua vontade. No cesto de Deus ele nos protege. A única participação de Moisés foi chorar, despertando a compaixão. O choro é a forma de comunicação das necessidades da criança. Nós comunicamos nossas necessidades na oração que move os céus e o plano de Deus em nossas vidas. O bebê chora sem saber o que o está incomodando, mas sua mãe entende seu choro e conhece cada necessidade de seu filho. Assim também é conosco: quando oramos e choramos na presença de Deus, Ele conhece nossos mais profundos motivos e antes mesmo que peçamos, ele já conhece nossa necessidade real.
Deus deu para ela (era formoso, era promessa de Deus), mas ela teve que entregar (como Isaque). Recebemos a promessa no plano natural, mas quando semeamos a promessa e deixamos morrer, ela renasce na dimensão espiritual e frutifica nos recursos de Deus, do jeito de Deus e não do nosso. Isaque poderia reproduzir-se naturalmente, mas Deus queria uma descendência muito maior, não só como o pó da terra (os judeus) e as areias do mar (os povos), mas como as estrelas do céu que são símbolo da igreja.

Atravessando o Mar Vermelho
A passagem pelo Mar Vermelho é uma figura de batismo. A própria palavra passagem nos remete à palavra Páscoa, do ingles Passover, passar por cima. Foi exatamente o que o anjo da morte fêz ao ver o sangue do cordeiro assinalado nas portas dos hebreus.
Tem a ver também com a libertação próxima do povo que passaria da escravidão do Egito para a liberdade. As águas salgadas do Mar falam de morte: não servem para matar a sede dos homens, animais ou plantações. Por outro lado, serviram para matar, exterminando totalmente o exército Egípcio. Êxodo 14.28 diz que não restou nem um deles vivo.
O mar, na Bíblia, é um símbolo dos povos do mundo, das nações em rebelião contra Deus. Apocalipse 13 fala da Besta que surgiu do mar. Apocalipse 17 fala da prostituta (Babilônia) que está assentada sobre as muitas águas (mar).
O Egito é sabidamente um tipo de lugar de morte. Cultuavam deuses de morte, seus monumentos são as pirâmides – túmulos gigantes. Seu poder era baseado em carros e cavalos. Era o lugar de escravidão para o povo de Deus.
Ao passar pelo Mar Vermelho eles vieram fugindo do inimigo, apavorados. Assim saímos nós, fugindo do inferno, das garras do diabo e da condenação eterna. Escapamos da escravidão e da morte, para a vida. Passamos através das águas vermelhas do sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado e nos compra a liberdade de filhos de Deus. Nesse mar ,o homem condenado à morte pelo pecado é exterminado, e nasce o homem destinado a vida eterna. O nosso homem egípcio, confiado na força do que possuía, fica afogado para sempre e surge um homem novo para confiar no poder de um Deus que abre o mar e te saca para fora a poder de sinais e maravilhas.
Esse é o processo da salvação – morrer com Jesus nas águas do batismo, para ressuscitar com ele. Só um homem como Moisés, nascido de novo, como que recuperado através das águas do Nilo, poderia conduzir o povo nesse processo de renascimento. Moisés significa “eu o tirei do rio” (Êx. 2:10). Ele foi batizado ainda recém-nascido e escapou da morte certa, passando de filho de uma escrava, a filho de uma rainha.
A caminhada começou com a abertura sobrenatural do mar, depois o deserto e terminou com a abertura do Jordão, entrando em Canaã.
O Jordão era o rio onde João, o Batista, deu início a seu ministério batizando o povo, lavando figurativamente nas águas, o seu pecado, em sinal de arrependimento, mudança de rumos, recomeço.
 Nesse rio é que Jesus foi batizado iniciando seu ministério.
O profeta Elias ficou no Querite, riacho do Jordão, enquanto os corvos o alimentavam. No último dia de sua vida na terra, pouco antes de ser arrebatado na carruagem de fogo, ele abriu as águas do Jordão batendo sua capa no rio e passando a seco com Eliseu. Ao subir, deixou cair sua capa para seu sucessor, que repetiu o milagre cruzando o rio de volta.
Com isso, também Eliseu deu início ao seu ministério no Rio Jordão.
Elias, Eliseu, João Batista e Jesus tiveram seus ministérios marcados pelo Rio Jordão, “o rio que desce”. Ele descia do Monte Hermon para desaguar no Mar morto levando vida por todo o Israel.
Passar o Jordão significa começar seu ministério, dar início ao cumprimento de seu chamado, ver as promessas de Deus se cumprindo em sua vida. A Palavra de Deus escrita e falada se tornando mais real que a própria realidade física em sua vida.
Nada mais apropriado para Israel do que cruzar o Jordão também como marca de um novo tempo em sua história – o início da conquista. Eles não estavam mais fugindo de nenhum inimigo. Ao contrário, os inimigos começariam a fugir deles.
O rio tinha água pelas cabeceiras em plena cheia deixando ainda mais evidente a fé e a confiança desse povo na liderança de Deus através de Josué. Seus olhos não mais se voltavam para trás, em direção ao Egito – nem ansiando fugir e nem ansiando voltar. Haviam escapado ao passado e só tinham olhos para o futuro glorioso à frente. A terra prometida, que mana leite e mel, estava à “um passo de fé e obediência” à frente. Finalmente iam chegar ao lugar de descanso preparado por Deus, iam chegar ao final das jornadas sem fim pelo deserto. Sua perspectiva era a conquista, a vitória, a abundância prometida e tão próxima.
Há 40 anos atrás tudo teria sido diferente. Os espias foram enviados através das montanhas desde o deserto de Parã onde estavam acampados. Não haveria a necessidade do milagre para abrir o Jordão. Os povos inimigos estavam ainda sob o impacto da abertura do Mar Vermelho, cheios de terror pelo Deus dos israelitas. Mas agora, novamente, os cananitas tremeriam de pavor ao saber da entrada triunfal dos hebreus, através das águas do Rio Jordão.
Há 40 anos atrás, quando chegou o relatório dos espias, o povo começou  gritar, chorar e murmurar. Reagiam aos problemas com desespero. Não confiavam em Deus para entrar de posse de suas promessas. Eles queriam de imediato se organizar para voltar ao Egito. Qualquer dificuldade à frente e, de imediato, queriam voltar a vida antiga. Sua mente precisava ser renovada. Não agiam como quem cria na Palavra de Deus, eram carnais, voltados para as necessidades imediatas de sua sobrevivência e conforto.
Agora era diferente. A nova geração aprendera a se organizar e marchar debaixo de ordens. Estavam treinados a se mover com a nuvem de Deus sem questionar. Josué 4:3 nos informa que cruzaram o Jordão 40 mil guerreiros armados, que desfilaram diante do Senhor e se dirigiram à planície de Jericó, prontos para a guerra. Que tremendo! Que diferença de postura e mentalidade!
O Mar Vermelho deu o escape da morte, deu vida, a salvação; mas o Rio Jordão daria vida abundante, posse das promessas, cumprimento das boas palavras de Deus.
Passado o Jordão, o rio dos começos, eles foram circuncidados refazendo o pacto com o Senhor que disse: “Hoje tirei de cima de vocês o opróbrio do Egito”. Ou seja, todo vestígio, toda vergonha, todo e qualquer cheiro de escravidão que tivesse ficado. A circuncisão verdadeira é feita por Jesus, no coração do homem cortando a velha natureza do pecado, removendo todo cheiro de morte (Cl 2.11,12). É cortada toda ligação com o sistema egípcio, sistema do mundo, sua civilização e suas leis.
Celebraram em seguida a Páscoa. No dia seguinte cessou o maná e o povo começou a alimentar-se dos frutos da terra. Para um novo tempo, uma nova revelação, um novo alimento. O maná lembrava uma promessa agora cumprida. (Dt 6.10-12)
O Rio se abriu a partir do instante em que os sacerdotes, ungidos, que levavam a arca, puseram seus pés na água. Não abriu antes e nem depois, mas sim e quando, com base em sua fé, tomaram a ação. Carregavam a presença do Senhor; mais precisamente de sua Palavra, simbolizada pelo maná, a tábua com os mandamentos e a vara de Arão que floresceu e estavam dentro da Arca.
Duas coisas abrem o Jordão para que o cristão entre na vida abundante prometida por Jesus Cristo: a unção e a Palavra. Disse Jesus: Errais não conhecendo as Escrituras e o poder de Deus. Não há como errar o caminho ou perder o alvo de Deus para nós se tivermos o Espírito e a Palavra nos guiando.
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?” (Mc 12.24).
“Ao final de sua vida Josué dá testemunho que todas as promessas que Deus fêz a ele se cumpriram “ao pé da letra” (Js 23:14).

Ouço notícias dos que vivem nessa terra inascessível para as maiorias. São ministérios prósperos, pródigos em boas obras. Estão fazendo as obras que Jesus fazia e poderão fazer ainda maiores. Pregam o evangelho às multidões, curam os enfermos, expulsam demônios e ressuscitam mortos. Não vivem na escassez, mas encontraram o ponto certo da fé que abriu passagem pelo rio da vida. Do seu interior agora, fluem rios de água viva que vão transformando o deserto de outras pessoas, em jardins, onde podem voltar à presença e comunhão com Deus.
Existe os que estão lutando para sobreviver no deserto, os que se esforçam para sair do deserto e chegar à terra, e os que já chegaram lá e vivem sem qualquer esforço próprio. Sua batalha é a batalha da fé de se apropriar, a cada dia mais, daquilo que Cristo conquistou para eles.
Vivem como Josué, o conquistador– em batalhas vitoriosas. Qual o mistério?
O líder Moisés morreu e o Senhor passou a liderança a Josué. Ele deveria preparar o povo para cruzar o Jordão e entrar de posse herança. O Senhor disse que lhes daria, conforme prometera a Moisés, todo lugar que seus pés tocassem, a começar por abrir as águas do rio. E mais, lhe prometeu o Senhor, que durante enquanto ele vivesse ninguém seria capaz de derrotá-lo. “Não te deixarei e nem te abandonarei” disse o Senhor.
As promessas feitas a Moisés foram confirmadas a Josué. Deveria ser forte e corajoso. Deveria se esforçar e ter muito bom ânimo para obedecer toda a lei. “Não te apartes dela para nada, só assim terá êxito ... Recita sempre o Livro da lei e medita nele dia e noite; cumpre com cuidado tudo o que nele está escrito. Assim prosperarás e terás êxito” (Js 1.8).
Em outras palavras, Deus queria que Josué se impregnasse totalmente com Sua Palavra a ponto de ter sua mente programada pela maneira de pensar do Senhor. A Palavra de Deus tem poder; todas as coisas foram criadas, vieram a existir através da Palavra de comando!
Quando você estabelece um processo de ler a Bíblia e compreender o que está dizendo, seu entendimento vai se aclarando, você começa até mesmo sonhar e acordar tendo esclarecimentos do que estava lendo. Precisa saturar o seu consciente e subconsciente até que caiam as escamas de seus olhos.
Jesus falou sobre a cegueira dos religiosos de sua época. A religião os cegava para a verdade. Vemos e não enxergamos, como se o que vemos não fosse real; fazemos uma leitura diferente da realidade. Podemos ler a Palavra da Verdade que está na Bíblia, sem alcançar seu significado.
 Só o Espírito de Deus pode desvendar e dar entendimento, como se a Bíblia estivesse escrita em algum código estranho.
O poder de Deus é real. A força que o ativa, a fé, é uma substância espiritual real. Só Deus, com seus dedos de poder, pode remover as escamas que provocam essa estranha cegueira.
Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).

Sobre a Arca
Quando Jesus entregou seu espírito na morte, houve um grande terremoto e o véu do templo de rasgou de alto a baixo deixando exposta a Arca da Aliança. Ela estava guardada porque o poder que dela emanava era mortal para o homem em sua condição de pecado. O povo de Israel já havia tido muitas provas disso. Os anjos que vigiavam o portão do Jardim do Éden, vigiavam também o acesso ao conteúdo da Arca.
O que será que os religiosos do templo fizeram ao ver a Arca assim, sem qualquer proteção? Os elementos (o maná, a vara de Arão e a tábua da Lei) e a própria Arca, representava a Palavra , Jesus Cristo. Do momento em que ele cumpriu as profecias do Antigo Testamento, toda a glória que estava na Arca foi para o corpo glorificado de Jesus. Nada mais deveria ser adorado além dele próprio, o Cristo de Deus. Todos os símbolos e ritos da lei que apontavam para a vinda do Messias perderam seu significado e valor.
A Arca funcionava como uma espécie de portão dimensional de comunicação entre o homem e Deus, um portão do Éden. Eles não podiam sequer tocar na Arca e somente o sacerdote escolhido e preparado podia entrar no santíssimo com todas as precauções possíveis para não ser fulminado. Em todo caso, ele ia amarrado a uma corda em seu tornozelo e com sininhos a borda de sua roupa que dariam o sinal de que se movia com vida. Ao que se sabe, o local era iluminado de forma sobrenatural pela luz que emanava da presença de Deus.
Todo esse poder explosivo da outra dimensão foi preparado por Deus, de tal maneira que, a pessoa que se entrega a Jesus Cristo recebe, em si mesma, esse poder em seu espírito. O Espírito de Deus desceu com poder, com som de vento forte e em línguas de fogo para residir nos discípulos. Antes somente os espíritos malignos tinham acesso ao corpo das pessoas, mas agora, através de Cristo, o Espírito de Deus pode fazê-lo em bases permanentes.
O que te faz entrar na Terra Prometida, em Canaã?
Conhecer, praticar e obedecer; crer e obedecer a Palavra de Deus.
Enquanto houver murmuração, haverá ingratidão contra Deus.
Enquanto houver egoísmo, não haverá amor ao próximo.
Enquanto houver ira, dissensão, porfíria, não haverá a mansidão e humildade que Jesus nos mandou aprender dele.
A carnalidade mundana vai gerando morte que impede a espiritualidade dos filhos de Deus. Todos os frutos do Espírito que geram vida e paz listados em Gálatas 5, são colhidos na terra que mana o leite e mel. Os frutos da carne, listados nesse mesmo capítulo, são os sintomas da doença. O problema está na raíz da árvore que está entrelaçada no coração rebelde e incrédulo do homem que vaga no deserto.
“Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos de seu coração” (Sl 37.4).


O Descanso em Deus
Hebreus 3:7-19 e 4:1-16 e 6 

O que é descansar em Deus?

É crer; completa dependência; submissão à vontade de Deus e confiança total Nele, se entregando a Ele sem reservas.
Se achegar confiadamente para receber graça, misericórdia e socorro.
Jeremias 29:11  diz: Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor: pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais”.

O que é não entrar no descanso de Deus?

 É não crer na Sua Palavra como verdade = incredulidade, dúvida, medo, desobediência, preocupação, ansiedade.

-  Deus descansou depois de criar o homem. O dia começa à uma hora da madrugada com o descanso do homem.
Enquanto dormimos, tudo acontece.
-  Será que podemos ter certeza da esperança e descansar em toda situação?
Sim. Porque temos um sacerdote que é o fiador das promessas. Jesus Cristo é o fiador da Nova Aliança  Hebreus 4:14.
- Como nos apropriar e herdar a Promessa de Hebreus 6:14?
- Hebreus 6:11,12,13,15 – herdaram as promessas pela fé, longanimidade e paciência.
- Abraão descansou em Deus – Romanos 4:20: “não duvidou da promessa por incredulidade”.
- Hebreus 6:16 – já corremos para o refúgio (Jesus), a fim de lançar mão da esperança ...
- Duas coisas imutáveis: 1 – Prometeu a Abraão; 2 – Jurou por si mesmo
- Hebreus 6:19,20 – Essa esperança vai além do véu, até à dimensão espiritual; aonde Jesus entrou, nós também vamos entrar, na glória, para reinar.
- O que diz Hebreus 10:19-23 – “Tendo pois irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos ... o que fez a promessa é fiel”.
- E Hebreus 10:38 – “O meu justo viverá pela fé”. Fé Nele.
- I João 3:18 – “O perfeito amor lança fora todo medo”. O medo traz paralisia.
- E quando falamos em confiar e obedecer, estamos falando dos filhos de Abraão pela fé – nós, a sua Igreja.
Deus chamou Abraão para que deixasse tudo e todos para entrar de posse da promessa: a terra de Canaã que mana leite e mel. Ele creu, obedeceu e entregou tudo a Deus.
Jesus chama a sua Igreja, e, cada um de nós, a exercer total confiança Nele.
Atos 1:8 – Ele nos deu Seu Espírito, unção, capacitação e disse que assim como o Pai o enviou, Ele estava enviando a seus discípulos; deu a nós a autoridade de Seu nome; deu-nos poder contra todo o poder do inimigo; toda provisão conforme nossas necessidades materiais.
Ele nos deu mais: a garantia de que estaria conosco até o fim da missão, confirmando nossa palavra com sinais da grandeza e da realidade do Reino de Deus.
- O que Deus nos pede, senão apenas que o amemos com toda a força e inteireza do nosso ser, que não tenhamos medo de nada; possamos deixar nossa própria vida em suas mãos de Pai e obedecer.
- Ele garante que os que assim fizerem, receberão muitas vezes mais e herdarão a vida eterna. Mateus 19:29 e Marcos 10:29. 


Incredulidade e Medo X Crer e Confiar
“As armas com que lutamos não são desse mundo, senão que têm o poder divino para derrubar fortalezas. Destruímos todos argumentos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos todo pensamento cativo para que se submeta a Cristo.”
II Coríntios 10:4,5

O texto de Coríntios fala sobre sujeitar os nossos pensamentos a Deus. Devemos resistir fortemente contra as fortalezas em nossas vidas; contra esses pensamentos que vêem e que não são nossos. Aqui são mencionadas pelo menos dois tipos e distorções que dificultam o entendimento da Palavra, que funcionam como armas do diabo.
**Sofismas – do grego logizonal (lógica), se referindo a fortalezas e esquemas de pensamentos humanos. Então nós não devemos dar lugar a pensamentos (tipos de raciocínios) humanos, e, sim, a pensamentos que vêem de Deus.
Altivez – do grego hypsoma, ou seja, poderes cósmicos, falsos deuses, principados e demônios. Devemos também resistir a toda altivez; aos pensamentos lançados pelos demônios. Essas fortalezas se estabelecem a nível individual e, também, a nível de nações inteiras, que podem ser assim, aprisionadas. Esses pensamentos, baseados em erro, podem impedir a entrada do Evangelho em meio aos povos.
Um cego não sabe o quanto estava cego até começar a enxergar. Assim funcionam as prisões de engano em nossa mente. Me recordo de como funcionava minha mente, como era minha rotina de pensamentos antes de Cristo: Era um verdadeiro tormento e confusão; agora minha mente tem paz. Sim, tem paz mas ainda tem incredulidade. Posso crer numa medida, mas a Palavra de Deus ainda não se instalou de tal forma a deletar as programações antigas.
O engano do engano foi o que o Espírito me fêz ver essa manhã. Com nossos argumentos justificamos o inimigo, providenciamos para ele um álibe que o deixa impune, enquanto Deus fica retido no nosso tribunal de acusação sendo esquadrinhado em nome da verdade na qual cremos – não necessariamente A Verdade.
“Jesus ressuscitou”, disseram os discípulos a Tomé. Ele reagiu se recusando a se alegrar, se recusou a “ser enganado” e se decepcionar por crer sem “ter certeza”.
Como podemos juntar as duas coisas: crer e ter certeza? Essa certeza a que me refiro fala de examinar, checar e concluir pelos meios naturais, pelo uso dos cinco sentidos, que algo é “real”.
Sempre pensei que uma coisa invalidava a outra: ou é natural ou é sobrenatural. Mas não é assim. O sobrenatural se superpõe e se manifesta através do natural.
Sempre pensei agir com honestidade e sensatez ao verificar uma cura, ou uma doença; um milagre de Deus ou uma ação do diabo. Meu critério de julgamento consistia em eliminar as possibilidades de ser algo natural, antes de atribuir origem espiritual aos eventos. Não queria ser enganada ou infringir engano a outros.
A coisa funcionava mais ou menos assim: estou me sentindo  mal, sinto uma dor qualquer. Hummm... deixa-me lembrar se foi algum jeito muscular ou algo que comi que pode ter me feito mal. Sempre buscava antes uma explicação natural, eliminando primeiro essa possibilidade antes de agir como tola e atribuir a maldade ao inimigo (sobrenatural).
O inimigo age com base no engano e sempre vai procurar uma maneira não óbvia de agir. Ele aproveita para se expressar e lançar suas setas de enfermidade em lugares de nosso corpo que nós mesmos já reconhecemos como débeis. Se sente um mal estar no estômago, logo pensa e, encontra uma justificativa qualquer em algo que comeu e não fêz bem. “É essa minha vesícula preguiçosa” você diz. Dessa forma damos o álibe que o inimigo necessita para continuar agindo impune e ainda autorizado pela legalidade de nossas palavras.
O oposto também acontece quando Deus está operando seus milagres. Queremos nos certificar antes de crer. É o caso do cego de nascença curado por Jesus. Os fariseus queriam ter certeza do fato e o fizeram contar várias vezes a sua cura e mandaram chamar seus pais para conferir que era mesmo seu filho cego de nascença. A incredulidade nos faz agir da mesma maneira. Queremos ver as provas, saber que o milagre é “real” e nossa mente carnal sempre encontra alguma explicação natural que dá margem à dúvida e invalida o que Deus fêz.
O nascer de um novo dia, o fato de acordarmos vivos, da terra não sair de sua órbita e todas as demais coisas que consideramos naturais, são, na verdade, o milagre, o sobrenatural de Deus que se manifesta assim em nossa dimensão.
Deus fêz algo incrivelmente sobrenatural ao fecundar Maria e gerar Jesus. Seu plano de redenção totalmente sobrenatural se expressou na figura de um pequeno bebê que nasceu da maneira mais natural possível. A encarnação de Deus como homem mostra a maneira dele agir para interagir na nossa dimensão. Deus age aqui na terra dentro dos recursos naturais humanos e desse planeta e esses recursos incluem a fé como o maior deles.
O natural não anula o sobrenatural. Tanto Deus como o diabo usam veículos naturais, da nossa dimensão, para manifestar seu agir.
Essa maneira errada de pensar é o que chamo “levantar argumentos” contra o conhecimento de Cristo Jesus. Nossa mente racional quer arrazoar, argumentar e contrariar o que está dito na Palavra de Deus. Rejeitamos o esquema de raciocínio da fé, do crer para ver, do crer sem evidências. Rejeitamos a Sabedoria de Deus e usamos a sabedoria do homem, que é, sem dúvida, uma verdadeira loucura para Deus. Nossa lógica é anti-lógica para Deus.
“Homens de dura cerviz. Vós sempre resistis ao Espírito Santo” (Atos 7:51). Se crêssemos na Palavra de Deus, pouco nos importaria que o sobrenatural se manifestasse ou não no nosso natural visível. Creríamos no que está escrito, houvesse ou não qualquer evidência visível. Por isso Jesus se maravilhou da fé daquele centurião que não pediu qualquer evidência e nem mesmo a presença de Jesus em sua casa para curar seu servo. Ele pediu apenas que Jesus enviasse Sua Palavra que seu servo seria curado pela autoridade daquela palavra inquestionável.
Dizemos que a Palavra de Deus é nossa regra de prática e fé. Que mentira! Ela é nosso alvo constante de lutas e contradições. Ela é a espada que nos penetra a cada momento tentando erradicar nossa dureza de coração, nossa mente tola, teimosa e cega.

Sofisma ou sofismo (do grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentando-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica.
É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo.
Historicamente o termo sofista, no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso frequente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.


Crer – Uma Decisão

Romanos 10:9,8

Hoje bem cedo, entre acordada e dormindo, me via ministrando uma pessoa defronte a uma igreja durante o culto. Seu problema era a falta de perdão e decidi ministrar sobre o perdão e em seguida dirigir uma confissão pública levando todos os presentes a liberar perdão.
A instrução a esse respeito é de que devemos dizer que perdoamos nossos ofensores, declarando seus nomes. Fazemos isso em obediência à Palavra de Deus num ato de decisão voluntária, nos rebelando contra a tirania de nossos próprios sentimentos. Uma vez realizado o ato com base em nossa fé na Palavra, nossa carne, emoções e sentimentos, vão seguir o rumo natural de se sujeitar.

Submetei-vos a Deus; resisti ao diabo e ele fugirá de vós. Tiago 4:7

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.  
Ao qual resistis firmes na fé. I Pe 5:8,9

O texto de Romanos 10 me veio em seguida à mente sobre a importância de crermos de todo coração e confessar nossa fé em Cristo para salvação.

Crer não é algo na área de nossas emoções. Crer é uma decisão tomada pela nossa vontade, nosso soberano livre-arbítrio. Se decidirmos crer na Palavra de Deus nada mais nos deterá e, como disse Jesus, poderemos ordenar à montanha e ela vai obedecer. A expressão força de vontade, nos fala dessa vontade forte que vence todos os obstáculos; que não vacila, como nos diz Tiago. Essa pessoa não tem ânimo dobre, não é como as ondas do mar que vêem com força e parece que vão conseguir chegar ao alvo, mas logo recuam para tentar novamente.

Crer é uma decisão. Tomé decidiu não crer na ressurreição de Jesus a não ser que pudesse ter pessoalmente as evidências físicas.

“Disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”. João 20:25

Já a mulher com o fluxo de sangue determinou crer e afirmou que se tocasse no manto de Jesus seria curada. Foi feito segundo sua fé e a fé dela a salvou.


Eu posso decidir crer, mesmo sem sentir nada a respeito ou mesmo crer diante de  evidências contrárias. Minha insistência e minha vontade teimosa, em crer na Palavra de Deus, vai resultar em vitória.
Precisamos nos encharcar da Palavra até que, nossa natureza caída e a maneira de pensar errada, não possam mais ser encontradas por terem sido absorvidas pela nossa nova personalidade em Deus. Há que chegar a um ponto de saturação quando acontecem as mudanças. Essa mulher de que falamos chegou nesse ponto do “vai ou racha”. Ela estava falida depois de 12 anos com hemorragia e marginalização, sendo considerada imunda e já sem qualquer outro recurso.
 Há que começar a sonhar, dormindo e acordado, com aquilo que você deseja e então, só então, algo novo inromperá à luz. É um processo bem semelhante à gravidez de uma mulher: ela só pensa no bebê, vive antecipando o momento de vê-lo, prepara o berço, o enxoval, o quarto ... e sonha. Sonha que já tem o filho nos braços.