A
situação atual do cristão
Enquanto caminhava, o Espírito
do Senhor falava comigo. Creio que me encontro às margens do Jordão, ajuntando
fé para pisar nas águas geladas, cruzando rumo a terra que mana leite e mel.
O povo que entrou na terra
prometida foi aquele que aprendeu a crer e obedecer a Deus. Josué, que os
liderava, devia ser guiado estritamente pela Palavra.
Andamos pelo que vemos e não pelo
que não vemos baseados em nossos sentidos físicos e não em nossos sentidos
espirituais. Ainda confiamos em nós mesmos, nos nossos sentidos naturais e não
na Palavra de Deus. Não conhecemos e nem andamos segundo suas leis .Há uma
barreira a ser vencida entre a dimensão do físico e o espiritual – as águas do
Jordão precisam se abrir. O rio está cheio e só abre pelo Poder de Deus, a presença
Arca do Testemunho.
Pronto para cruzar a
fronteira?
Não basta escapar através do
Mar Morto, é preciso alcancar a Terra da Promessa!
“Ouve,
Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o
SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas
forças.
E estas
palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e
as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando
pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os
teus olhos. E as escreverás nos umbrais
de tua casa, e nas tuas portas.
Quando, pois,
o Senhor teu Deus te introduzir na terra que jurou a teus pais, Abraão, Isaque
e Jacó, que te daria, com grandes e boas cidades, que tu não edificaste, e
casas cheias de todo o bem, que tu não encheste e poços cavados, que tu não
cavaste, vinhas e olivais, que tu não plantaste, e comeres, e te fartares,
guarda-te, que não te esqueças do Senhor, que te
tirou da terra do Egito, da casa da servidão (Dt 6.4-12)”.
Jesus disse em João 10.10 – “O ladrão não vem senão a roubar, a
matar, e a destruir: eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”.
São duas
etapas diferentes: 1 - Que tenhamos vida. 2 - E a tenhamos em abundância!
Nós temos vida após obter salvação, cruzando pelo
Mar Vermelho; mas a vida abundante
vem depois de vencer o deserto e cruzar
o Jordão. Só então entramos na terra prometida, a Canaã que mana leite e mel.
Vida é uma coisa, vida abundante é outra!
A notícia
triste é que toda a geração, a partir dos 20 anos de idade, que deixou o Egito,
morreu no deserto. Da mesma maneira, a quase totalidade dos cristão de hoje irão
morrer também nessa etapa da caminhada.
Morrer
no Deserto da escassez ou
desfrutar
das promessas de Deus na terra da abundância?
O deserto é
lugar de escassez, de ter apenas para sobreviver. As roupas nem os sapatos se
gastaram, mas nada de roupa e sapatos novos! A comida também não tinha nada de
novo; todos os dias o mesmo maná cozido, frito, assado, cru ... mas maná, que
significava: que coisa é essa! Muito
bom o maná. Era uma lembrança diária de que deveriam chegar na terra não do maná, senão que na terra que mana leite. Talvez por isso a aparência
do maná lembrava o leite em sua brancura, derramado nas primeiras horas de
neblina da manhã, com seu gosto característico de mel.
Mas promessa
é aquilo que leva a gente pra frente, para chegar em algum lugar. E segundo Provérbios, a esperança demorada, que
nunca se cumpre, adoece uma pessoa.
“A esperança demorada
enfraquece o coração, mas o desejo chegado é árvore de vida (Pv 13.12)”.
O povo hebreu experimentou a realidade dessa palavra e depois de
peregrinar 38 anos, toda aquela geração que saiu do Egito com menos de 20 anos,
morreu no deserto, sem entrar de posse da promessa, com a excessão de Josué e
Calebe. O motivo fica claro em Atos 13.18 – “E (Deus) suportou os seu mal
proceder no deserto por espaço de quase quarenta anos”.
Deserto é lugar de prova, de aprender a confiar em Deus (Hb 3.8). Jesus
foi conduzido para o deserto pelo Espírito Santo para um teste duríssimo no
confronto com Satanás e desde então ficou claro que, estava disposto a obedecer seu Pai e o que estava escrito.
O deserto é lugar de treinamento, de mudança no caráter; lugar de deixar
a carcaça morta do velho homem (I Co 10:5); lugar de crescimento do homem
espiritual – aquele que anda em fé e obediência às leis de Deus.
O apóstolo Paulo, logo que se converteu, foi para um estágio de três
anos no deserto, aprendendo a ser guiado pelo Espírito e pela Palavra de Deus.
“Nem tornei a
Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a
Arábia, e voltei outra vez a Damasco” (Gl 1.17).
João Batista crescia e se
fortalecia no deserto até o dia de iniciar seu ministério no Jordão, batizando
o povo (Mt 3.1-6; Lc 1.80).
“E te
lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto
estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no
teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.
E te
humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não
conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o
que sai da boca do SENHOR viverá o homem.
Nunca se
envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos”
(Dt 8.2-4).
O Povo no Deserto
Eles estavam com raiva de Deus.Tinham muita
revolta em seus corações por toda violência sofrida na escravidão. Não estavam
em condições de aceitar o amor de Deus e nem gratos.
Eles queriam alguma coisa melhor que o Egito.Pensavam:
Agora sim as coisas vão mudar para melhor. Para enfrentar toda aquela
dificuldade eles preferiam voltar para o Egito e enfrentar os problemas que já
estavam acostumados lá. Pelo menos eles tinham algumas coisas que gostavam,
como peixes, pepinos, alhos e cebolas. Tinham comida.
Agora no deserto, toda aquela canseira, sede,
areia, calor, sem casa. E quando pensaram que Deus ia cumprir a promessa, lá
vem mais coisa difícil. Terra dada assim, que teriam que morrer lutando para
conseguir, não era dada. Eles não confiavam num Deus assim. Isso não parecia
amor. Tanta dificuldade para chegar lá, e depois era isso! Tinham que acreditar
que Deus ia fazer um milagre e derrotar os gigantes.Quase 40 anos comendo o
“maná” – aquilo. Vagando sem rumo, dando voltas sem nunca chegar. Mesmo que
Deus fizesse milagres, isso não resolvia a situação. Eles queriam é chegar em
Canaã. Eles estavam com raiva de Moisés, com raiva de Deus, um Deus que eles
não conheciam, não entendiam, não amavam, não concordavam com seus métodos e
por isso estavam em rebelião.
Como entender que seu Pai te ama, quando sente
que está sendo somente castigado. Um Deus assim não interessava para eles e
tudo que tinham eram muitos questionamentos.
Ainda que vissem a coluna de fogo e a nuvem,
ele ainda era para eles um Deus impessoal, um estranho.
Tinham medo Dele e de suas leis rigorosas.
Andavam debaixo do medo, e não do temor. O temor é um respeito, com amor.
Nos seus corações eles voltaram para o Egito e
só não o fizeram porque não tinha jeito.
Embora não tivessem abandonado Deus
fisicamente, não o receberam em seu coração. Deus desistiu deles e deixou que
morressem no deserto.
Por outro lado, a Bíblia diz que Deus os curou
antes de sair do Egito. Será que curou só fisicamente ou interiormente também?
Creio que curou só o físico para a caminhada. Se tivesse curado os corações
teria sido diferente. Deus disse que os conduziu pelo deserto para provar e ver
o que havia em seus corações. Porque só em Caleb e Josué houve um espírito
diferente?
Os outros espias foram realistas, fiéis com o
que viram, mas deixaram Deus de fora.
Se Deus queria dar a terra prometida, teria que
ser com a intervenção Dele. Como tinha que ser um milagre, então eles não iam
obter de si mesmos.Iam fazer a parte deles, lutar, e Deus ia intervir com Seu
poder e ser glorificado. Eles iam reconhecer que Deus deu. Sem Ele não teriam
conseguido!
São duas atitudes: eu não aguento mais, não
confio mais em Ti.
Ou, não aguento mais, vou confiar na Tua força,
na Tua graça, Teu poder,Tua sabedoria.
Deus sempre vai nos levar para o deserto e
testar nossos limites, exercitar nossa fé e confiança Nele. Especialmente antes
de nos promover a outros níveis em seu Reino.
Todo tempo no deserto Deus os treinava a obedecer
sem questionar, submissão: se submeter à missão de Deus.
O Que não Fazer
Enquanto Se Espera
Davi é o nosso exemplo de guerreiro e adorador fiel a Deus. Estava
sempre buscando ao Senhor para receber direção nas batalhas: quando entrar e
quando sair. Até o dia em que resolveu ficar descansando e, com muito tempo
ocioso, acabou cometendo o seu maior erro. Foi buscar um pouco de prazer extra
para compensar um pouco a vida dura que levava.
Os antigos diziam: mente desocupada, oficina do diabo. Eva devia estar
bem a toa, passeando pelo jardim, sem ter o que fazer, esperando o momento de
encher a terra com seus filhos.
Há muitas maneiras de esperar. O povo, quando saiu em marcha pelo deserto, rumo à terra prometida, tinha que
esperar. Quando a nuvem repousava sobre o tabernáculo eles paravam, mas tinham
que estar sempre de sobreaviso, porque à qualquer momento ela se levantava, a
trombeta de prata tocava e tinham que partir. Era um constante exercício de
obediência à liderança de Deus. Estavam sendo ensinados a estar de prontidão, e
a formar um exército disciplinado que marchava sob as ordens do supremo general
e por companhias que tinham ordens específicas a obedecer. Cada tribo tinha
instruções pertinentes a ela. Ninguém podia agir de forma independente, segundo
lhe parecesse melhor.
Números de 9.15 a 10.16 fala sobre esse movimento ordeiro das tropas de
Israel. As trombetas usadas para comunicar com o exército eram de prata,
símbolo de salvação.Ouvir a trombeta era ouvir a Voz de Deus e estar a salvo.
“Quando na vossa terra sairdes a pelejar contra os opressores, que vos
apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o Senhor vosso Deus
haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos” (Nm 10.9,10).
O capítulo 10, a partir dos versículos 11 e 12 diz que a primeira vez
... “aconteceu no segundo ano, no segundo mês, aos 20 do mês, que a nuvem se
ergueu de sobre o tabernáculo da congregação. Os filhos de Israel puseram-se em
marcha do deserto de Sinai ...”.
Realmente, em Êxodo 40.34-38 diz que o tabernáculo foi levantado um ano
depois da saída do Egito (conforme 12:2), nove meses depois da chegada de
Israel ao Monte Sinai (conf 19.1). Ou seja, o tabernáculo levou nove meses para
ser erguido – o tempo da gravidez de uma mulher. Um mês depois de construído,
já com a nuvem de glória sobre ele, os hebreus fizeram sua primeira
movimentação. No total temos 12 meses entre a saída do Egito e a primeira
movimentação já com o tabernáculo.
Mas ao terceiro mês de caminhada, logo que deixaram o Egito, o povo
estava no Sinai e Deus chamou Moisés para lhe dar os dez mandamentos. No
capítulo 24.9 não só Moisés, mas também Arão, seus filhos Nadabe e Abiú e mais
70 anciãos de Israel subiram até certa parte do monte e viram o Deus de Israel
em todo o seu esplendor. Então o povo fez uma grande festa porque viram a
glória de Deus e não foram consumidos.
Depois disso, Moisés subiu até o cimo do Monte onde permaneceu 40 dias e
40 noites enquanto o povo esperava por ele. Recebeu todas as instruções para
edificar o tabernáculo e sobre diversos assuntos, inclusive como guardar o
sábado.
O capítulo 32 diz assim: “Vendo o povo que Moisés tardava em descer do Monte...”.
Eles estavam cansados de esperar. O tédio já estava tomando conta, porque a
tenda ainda não tinha sido erguida, os planos estavam ainda em andamento, só
daí a nove meses ela estaria erguida e iriam marchar. Daí eles lançaram mão de
todos os tesouros da salvação que receberam ao sair livres do Egito, e usaram
para fazer o bezerro de ouro e se entregar aos prazeres da carne.
A carne às vezes tem suas exigências e quer comer o alho e as cebolas do
Egito, as cordonizes, e nunca está satisfeita em obedecer ordens e andar em
disciplina. Quando com muita fome, como estava Esaú, troca as promessas e
bênçãos de Deus por um gostoso prato de lentilhas que satisfaz uma necessidade
mais imediata. Como disse o próprio Esaú, de que me adianta a primogenitura se
eu morrer de fome? Ou seja, primeiro as necessidades que considero prioridades
para meu bem estar, depois as coisas espirituais. Enquanto isso, Moisés
enfrentou 80 dias de jejum por conta da rebeldia do povo ( Dt 9.18), e não
consta que ele tenha sentido fome.
Depois dessa rebelião, o povo teve
que aprender a se mover com a nuvem de Deus, em obediência e em espera,
seguindo a vontade Dele em se mover, ou não.
O que nos move normalmente é o prazer e não a nuvem. Quando temos que
esperar muito pelo Senhor e não temos meios de nos satisfazer Nele, acabamos
jogando tudo pro alto. Pegamos o que de melhor ele nos deu e fazemos um bezerro
legal como costumávamos fazer antes. Esquecemos a visão da glória que Ele já
nos deu. Em outras palavras, fazemos como Pedro: Quer saber? Melhor voltar a
pescar peixes de verdade como antes, porque isso é o que sei fazer; porque esse
negócio de pescar homens falhou!
Quando Ele fica em silêncio, é porque está trabalhando ... Moisés
também, começou a subir o Monte porque o Senhor o chamara, mas uma nuvem de
glória pousou sobre o Monte Sinai e permaneceu por seis dias; somente ao sétimo
dia, do meio da nuvem, chamou Deus a Moisés. (Êx 24.16). Quanta coisa teve que
ser criada e preparada antes que Deus pudesse trazer o homem à existência no
sexto dia. Essa subida de Moisés tem também um paralelo na subida de Jesus ao
Getsêmani. O Cordeiro foi separado seis dias antes.
Esperar em fé é o desafio. Esperar faz a carne ter fome. E a fome da
carne sempre vai nos levar de volta ao Egito, como levou Abraão, nos dias em
que houve fome em toda a terra (Gn 12.10). Voltar ao Egito pode colocar por
terra a nossa aliança de casamento. Ele omitiu que Sara era sua esposa e não
apenas sua irmã, para salvar a própria vida. Se ele tinha uma aliança com Deus,
deveria ter confiado Nele.
Estamos sempre esperando e temos uma permanente agonia interna. Na
verdade estamos gemendo em nosso íntimo
aguardando a revelação de filhos de Deus (Rm 8.23). Enquanto isso,
permanecemos nessa condição caída, mas precisamos desejar, não ser despidos e
encontrados nus (II Coríntios 5:3), expondo toda a nossa condição carnal;
devemos ansiar ser revestidos da glória, esperando que o Senhor nos chame do
meio da nuvem. Também Jesus Cristo vai chamar sua Igreja do meio da nuvem, à
sua gloriosa presença.
A Palavra está repleta de textos sobre esperar no Senhor, saber esperar
e receber a recompensa por ter esperado, em esperança e confiança. Um dos
motivos é porque Deus sabe o quanto nos custa aprender a esperar e confiar sem
agir por conta própria ou esquecer as promessas e o que já conhecemos Dele.
Tudo que precisa ser gerado leva um tempo sendo engendrado no ventre e, não há
como trazer algo de Deus à existência, sem esse tempo de encubação da semente
até a completação de seu ciclo de vida. Eu não conheço nenhuma mãe que quisesse
permanecer grávida por mais tempo. Pelo contrário, todas são tomadas de uma
impaciente expectativa de que a criança venha a nascer logo.
No Cesto de Deus – Êxodo 1:10
“Eia, usemos de astúcia para
com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se
ajunte comos nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra.”
O Faraó usou de astúcia contra
o povo de Deus no Egito. A astúcia é própria da serpente que agiu dessa forma
para enganar o homem impedindo que se cumprisse o propósito de Deus de que o
homem se multiplicasse e prosperasse na terra. A multiplicação agora seria com
dores e prosperidade, com trabalho duro. Deus quer nos multiplicar em tudo, mas
Faraó disse: “Para que não se multipliquem e encham a terra.”
... “E vindo a guerra ...” – Faraó
sabia e sabe, que o verdadeiro povo de Deus vai lhe fazer guerra e derrotar.
... “ Ele se ajunte com nossos
inimigos ...” - Esses são os anjos, nossos ajudadores.
... “Peleje contra nós e saia
da terra ...” – Assim como o povo partiu rumo à Canaã terrena, nós vamos
combater contra Faraó e vamos sair da terra rumo à nossa Canaã celestial. Não
vamos mais servir a Faraó (Satanás). Mais que isso, quando sairmos da terra
(porque como Moisés veio buscar o povo do Egito, Jesus virá nos buscar), vamos
nos tornar uma ameaça ao reinado terreno de Satanás. Os seus dias estão
contados.
“... Mais quanto mais os afligiam, tanto mais
se multiplicavam e tanto mais se espalhavam ...” Vs 12 . A
perseguição trouxe bênção ainda maior, pois se multiplicavam e se espalhavam
deixando o inimigo ainda mais preocupado.
... “O rei do Egito ordenou às
parteiras hebréias, das quais uma se chamava Sifrá e outra Puá, dizendo: Quando servirdes
de parteira às hebréias, examinai: se for filho, matai-o; mas se for filha, que
viva ...” (Vs 15,16 ).
O rei ordenou às duas parteiras de nome “Luz e
Resplendor”, que matassem os meninos (tipificando Jesus). Em Hebreus 1.13 diz:
Jesus, ele que é o resplendor da glória e a expressão exata do Seu ser.” Luz e
Resplendor, que ajudavam a vida a manifestar-se, deveriam agora ser
instrumentos de morte para impedir o nascimento de Jesus.
... “E o povo aumentou e se
tornou muito forte”...( Vs 20)
Além de aumentar, com a perseguição o povo se
tornou muito forte.
... “E porque as parteiras temeram a Deus, ele
lhes constituiu família” (Vs 21)
Quem abençoa o Israel de Deus,
é abençoado. A família é uma bênção e Deus as abençoou.
... “Então ordenou Faraó a todo o seu povo,
dizendo: a todos os filhos que nascerem aos hebreus, lançareis no Nilo, mas a
todas as filhas deixareis viver...” (Vs 22).
Como Faraó não conseguiu impedir os
nascimentos no meio do povo de Deus, ele tentou matar os já nascidos, sempre
pensando eliminar Jesus, o Messias prometido.
Ele tenta matar os bebês na
fé, lançando-os no Nilo, para os Jacarés. O
início da nossa conversão é difícil e a batalha á ainda maior logo após
o Batismo nas Águas. Os “jacarés” fazem sua última tentativa de nos engolir
quando nos entregamos à morte nas águas.
É em meio a essa batalha, que Deus permite o
nascimento de Moisés (aquele que foi recuperado das águas). Seu próprio nome é
um símbolo para o Batismo, porque Moisés simbolicamente morreu para a vida de
escravo que levaria vivendo com sua família natural, e foi transportado e
adotado numa outra família como Rei.
O Reino das Trevas se
antecipou mais uma vez, tentando frustrar os planos, os desígnios de Deus; mas
eles não podem ser frustrados. O Reino do espírito se agita porque alguma luz
especial anuncia que Deus está para realizar algo novo. O inferno corre de
todos os lados, tenta impedir, mas Deus é soberano e envia Moisés no momento da
crise, desafiando a suposta competência de Lúcifer. Moisés nasce, e é libertado
da morte para se tornar um libertador.
... “E vendo que era formoso,
escondeu-o por três meses ...” (Êx 2.2)
– Os nove meses de gestação, mais esses três, completaram 12 meses, o número
completo de Deus. Atos 7.29 diz que Ele era formoso aos olhos de Deus. Tinha
uma beleza especial para Deus. Formoso fala de uma graça especial. Deus também
escondeu Jesus no Egito por certo tempo.
Depois desse tempo, escondido
e protegido, Moisés é colocado no cesto. Surpreendentemente, a filha de Faraó
desobedece a ordem de seu pai e adota uma criança hebréia.
A mãe de Moisés não pode mais
retê-lo sob a pena de perdê-lo para sempre. Ela então decide entregá-lo à
proteção de Deus numa pequena “arca”, o cesto do livramento. Quando ela o
entregou, Deus devolveu-o a ela com todas as condições de criá-lo (salário,
etc.)
Quando estamos no cesto de
Deus, navegamos nas águas do Seu Espírito e Ele vai nos livrar e nos dirigir
para o centro de Sua vontade. No cesto de Deus ele nos protege. A única
participação de Moisés foi chorar, despertando a compaixão. O choro é a forma
de comunicação das necessidades da criança. Nós comunicamos nossas necessidades
na oração que move os céus e o plano de Deus em nossas vidas. O bebê chora sem
saber o que o está incomodando, mas sua mãe entende seu choro e conhece cada
necessidade de seu filho. Assim também é conosco: quando oramos e choramos na
presença de Deus, Ele conhece nossos mais profundos motivos e antes mesmo que
peçamos, ele já conhece nossa necessidade real.
Deus deu para ela (era
formoso, era promessa de Deus), mas ela teve que entregar (como Isaque).
Recebemos a promessa no plano natural, mas quando semeamos a promessa e
deixamos morrer, ela renasce na dimensão espiritual e frutifica nos recursos de
Deus, do jeito de Deus e não do nosso. Isaque poderia reproduzir-se
naturalmente, mas Deus queria uma descendência muito maior, não só como o pó da
terra (os judeus) e as areias do mar (os povos), mas como as estrelas do céu
que são símbolo da igreja.
Atravessando o Mar Vermelho
A passagem pelo Mar Vermelho é uma figura de batismo. A própria
palavra passagem nos remete à palavra
Páscoa, do ingles Passover, passar
por cima. Foi exatamente o que o anjo da morte fêz ao ver o sangue do cordeiro
assinalado nas portas dos hebreus.
Tem a ver também com a
libertação próxima do povo que passaria da escravidão do Egito para a
liberdade. As águas salgadas do Mar falam de morte: não servem para matar a
sede dos homens, animais ou plantações. Por outro lado, serviram para matar,
exterminando totalmente o exército Egípcio. Êxodo 14.28 diz que não restou nem
um deles vivo.
O mar, na Bíblia, é um símbolo
dos povos do mundo, das nações em rebelião contra Deus. Apocalipse 13 fala da
Besta que surgiu do mar. Apocalipse 17 fala da prostituta (Babilônia) que está
assentada sobre as muitas águas (mar).
O Egito é sabidamente um tipo
de lugar de morte. Cultuavam deuses de morte, seus monumentos são as pirâmides
– túmulos gigantes. Seu poder era baseado em carros e cavalos. Era o lugar de
escravidão para o povo de Deus.
Ao passar pelo Mar Vermelho
eles vieram fugindo do inimigo, apavorados. Assim saímos nós, fugindo do
inferno, das garras do diabo e da condenação eterna. Escapamos da escravidão e
da morte, para a vida. Passamos através das águas vermelhas do sangue de Jesus
que nos purifica de todo pecado e nos compra a liberdade de filhos de Deus.
Nesse mar ,o homem condenado à morte pelo pecado é exterminado, e nasce o homem
destinado a vida eterna. O nosso homem egípcio, confiado na força do que
possuía, fica afogado para sempre e surge um homem novo para confiar no poder
de um Deus que abre o mar e te saca para fora a poder de sinais e maravilhas.
Esse é o processo da salvação
– morrer com Jesus nas águas do batismo, para ressuscitar com ele. Só um homem
como Moisés, nascido de novo, como que recuperado através das águas do Nilo,
poderia conduzir o povo nesse processo de renascimento. Moisés significa “eu o
tirei do rio” (Êx. 2:10). Ele foi batizado ainda recém-nascido e escapou da
morte certa, passando de filho de uma escrava, a filho de uma rainha.
A caminhada começou com a
abertura sobrenatural do mar, depois o deserto e terminou com a abertura do
Jordão, entrando em Canaã.
O Jordão era o rio onde João,
o Batista, deu início a seu ministério batizando o povo, lavando
figurativamente nas águas, o seu pecado, em sinal de arrependimento, mudança de
rumos, recomeço.
Nesse rio é que Jesus foi batizado iniciando
seu ministério.
O profeta Elias ficou no
Querite, riacho do Jordão, enquanto os corvos o alimentavam. No último dia de
sua vida na terra, pouco antes de ser arrebatado na carruagem de fogo, ele
abriu as águas do Jordão batendo sua capa no rio e passando a seco com Eliseu.
Ao subir, deixou cair sua capa para seu sucessor, que repetiu o milagre
cruzando o rio de volta.
Com isso, também Eliseu deu
início ao seu ministério no Rio Jordão.
Elias, Eliseu, João Batista e
Jesus tiveram seus ministérios marcados pelo Rio Jordão, “o rio que desce”. Ele
descia do Monte Hermon para desaguar no Mar morto levando vida por todo o
Israel.
Passar o Jordão significa
começar seu ministério, dar início ao cumprimento de seu chamado, ver as
promessas de Deus se cumprindo em sua vida. A Palavra de Deus escrita e falada
se tornando mais real que a própria realidade física em sua vida.
Nada mais apropriado para
Israel do que cruzar o Jordão também como marca de um novo tempo em sua
história – o início da conquista. Eles não estavam mais fugindo de nenhum
inimigo. Ao contrário, os inimigos começariam a fugir deles.
O rio tinha água pelas
cabeceiras em plena cheia deixando ainda mais evidente a fé e a confiança desse
povo na liderança de Deus através de Josué. Seus olhos não mais se voltavam
para trás, em direção ao Egito – nem ansiando fugir e nem ansiando voltar.
Haviam escapado ao passado e só tinham olhos para o futuro glorioso à frente. A
terra prometida, que mana leite e mel, estava à “um passo de fé e obediência” à
frente. Finalmente iam chegar ao lugar de descanso preparado por Deus, iam
chegar ao final das jornadas sem fim pelo deserto. Sua perspectiva era a conquista,
a vitória, a abundância prometida e tão próxima.
Há 40 anos atrás tudo teria
sido diferente. Os espias foram enviados através das montanhas desde o deserto
de Parã onde estavam acampados. Não haveria a necessidade do milagre para abrir
o Jordão. Os povos inimigos estavam ainda sob o impacto da abertura do Mar
Vermelho, cheios de terror pelo Deus dos israelitas. Mas agora, novamente, os
cananitas tremeriam de pavor ao saber da entrada triunfal dos hebreus, através
das águas do Rio Jordão.
Há 40 anos atrás, quando
chegou o relatório dos espias, o povo começou
gritar, chorar e murmurar. Reagiam aos problemas com desespero. Não
confiavam em Deus para entrar de posse de suas promessas. Eles queriam de
imediato se organizar para voltar ao Egito. Qualquer dificuldade à frente e, de
imediato, queriam voltar a vida antiga. Sua mente precisava ser renovada. Não
agiam como quem cria na Palavra de Deus, eram carnais, voltados para as
necessidades imediatas de sua sobrevivência e conforto.
Agora era diferente. A nova
geração aprendera a se organizar e marchar debaixo de ordens. Estavam treinados
a se mover com a nuvem de Deus sem questionar. Josué 4:3 nos informa que
cruzaram o Jordão 40 mil guerreiros armados, que desfilaram diante do Senhor e
se dirigiram à planície de Jericó, prontos para a guerra. Que tremendo! Que
diferença de postura e mentalidade!
O Mar Vermelho deu o escape da
morte, deu vida, a salvação; mas o
Rio Jordão daria vida abundante,
posse das promessas, cumprimento das boas palavras de Deus.
Passado o Jordão, o rio dos
começos, eles foram circuncidados refazendo o pacto com o Senhor que disse:
“Hoje tirei de cima de vocês o opróbrio do Egito”. Ou seja, todo vestígio, toda
vergonha, todo e qualquer cheiro de escravidão que tivesse ficado. A
circuncisão verdadeira é feita por Jesus, no coração do homem cortando a velha
natureza do pecado, removendo todo cheiro de morte (Cl 2.11,12). É cortada toda
ligação com o sistema egípcio, sistema do mundo, sua civilização e suas leis.
Celebraram em seguida a Páscoa.
No dia seguinte cessou o maná e o povo começou a alimentar-se dos frutos da
terra. Para um novo tempo, uma nova revelação, um novo alimento. O maná
lembrava uma promessa agora cumprida. (Dt 6.10-12)
O Rio se abriu a partir do instante
em que os sacerdotes, ungidos, que levavam a arca, puseram seus pés na água.
Não abriu antes e nem depois, mas sim e quando, com base em sua fé, tomaram a
ação. Carregavam a presença do Senhor; mais precisamente de sua Palavra,
simbolizada pelo maná, a tábua com os mandamentos e a vara de Arão que
floresceu e estavam dentro da Arca.
Duas coisas abrem o Jordão
para que o cristão entre na vida
abundante prometida por Jesus Cristo: a unção e a Palavra. Disse Jesus:
Errais não conhecendo as Escrituras e o poder de Deus. Não há como errar o
caminho ou perder o alvo de Deus para nós se tivermos o Espírito e a Palavra
nos guiando.
“E Jesus,
respondendo, disse-lhes: Porventura não errais vós em razão de não saberdes as
Escrituras nem o poder de Deus?” (Mc 12.24).
“Ao final de sua vida Josué dá
testemunho que todas as promessas que Deus fêz a ele se cumpriram “ao pé da
letra” (Js 23:14).
Ouço notícias dos que vivem
nessa terra inascessível para as maiorias. São ministérios prósperos, pródigos
em boas obras. Estão fazendo as obras que Jesus fazia e poderão fazer ainda
maiores. Pregam o evangelho às multidões, curam os enfermos, expulsam demônios
e ressuscitam mortos. Não vivem na escassez, mas encontraram o ponto certo da
fé que abriu passagem pelo rio da vida. Do seu interior agora, fluem rios de
água viva que vão transformando o deserto de outras pessoas, em jardins, onde
podem voltar à presença e comunhão com Deus.
Existe os que estão lutando
para sobreviver no deserto, os que se esforçam para sair do deserto e chegar à
terra, e os que já chegaram lá e vivem sem qualquer esforço próprio. Sua
batalha é a batalha da fé de se apropriar, a cada dia mais, daquilo que Cristo
conquistou para eles.
Vivem como Josué, o
conquistador– em batalhas vitoriosas. Qual o mistério?
O líder Moisés morreu e o
Senhor passou a liderança a Josué. Ele deveria preparar o povo para cruzar o
Jordão e entrar de posse herança. O Senhor disse que lhes daria, conforme
prometera a Moisés, todo lugar que seus pés tocassem, a começar por abrir as
águas do rio. E mais, lhe prometeu o Senhor, que durante enquanto ele vivesse
ninguém seria capaz de derrotá-lo. “Não te deixarei e nem te abandonarei” disse
o Senhor.
As promessas feitas a Moisés
foram confirmadas a Josué. Deveria ser forte e corajoso. Deveria se esforçar e
ter muito bom ânimo para obedecer toda a lei. “Não te apartes dela para nada,
só assim terá êxito ... Recita sempre o Livro da lei e medita nele dia e noite;
cumpre com cuidado tudo o que nele está escrito. Assim prosperarás e terás
êxito” (Js 1.8).
Em outras palavras, Deus
queria que Josué se impregnasse totalmente com Sua Palavra a ponto de ter sua
mente programada pela maneira de pensar do Senhor. A Palavra de Deus tem poder;
todas as coisas foram criadas, vieram a existir através da Palavra de comando!
Quando você estabelece um
processo de ler a Bíblia e compreender o que está dizendo, seu entendimento vai
se aclarando, você começa até mesmo sonhar e acordar tendo esclarecimentos do
que estava lendo. Precisa saturar o seu consciente e subconsciente até que caiam
as escamas de seus olhos.
Jesus falou sobre a cegueira
dos religiosos de sua época. A religião os cegava para a verdade. Vemos e não
enxergamos, como se o que vemos não fosse real; fazemos uma leitura diferente
da realidade. Podemos ler a Palavra da Verdade que está na Bíblia, sem alcançar
seu significado.
Só o Espírito de Deus pode desvendar e dar
entendimento, como se a Bíblia estivesse escrita em algum código estranho.
O poder de Deus é real. A
força que o ativa, a fé, é uma substância espiritual real. Só Deus, com seus
dedos de poder, pode remover as escamas que provocam essa estranha cegueira.
Jesus disse: “Conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).
Sobre a Arca
Quando Jesus entregou seu espírito
na morte, houve um grande terremoto e o véu do templo de rasgou de alto a baixo
deixando exposta a Arca da Aliança. Ela estava guardada porque o poder que dela
emanava era mortal para o homem em sua condição de pecado. O povo de Israel já
havia tido muitas provas disso. Os anjos que vigiavam o portão do Jardim do
Éden, vigiavam também o acesso ao conteúdo da Arca.
O que será que os religiosos
do templo fizeram ao ver a Arca assim, sem qualquer proteção? Os elementos (o
maná, a vara de Arão e a tábua da Lei) e a própria Arca, representava a Palavra
, Jesus Cristo. Do momento em que ele cumpriu as profecias do Antigo
Testamento, toda a glória que estava na Arca foi para o corpo glorificado de
Jesus. Nada mais deveria ser adorado além dele próprio, o Cristo de Deus. Todos
os símbolos e ritos da lei que apontavam para a vinda do Messias perderam seu
significado e valor.
A Arca funcionava como uma
espécie de portão dimensional de comunicação entre o homem e Deus, um portão do
Éden. Eles não podiam sequer tocar na Arca e somente o sacerdote escolhido e
preparado podia entrar no santíssimo com todas as precauções possíveis para não
ser fulminado. Em todo caso, ele ia amarrado a uma corda em seu tornozelo e com
sininhos a borda de sua roupa que dariam o sinal de que se movia com vida. Ao
que se sabe, o local era iluminado de forma sobrenatural pela luz que emanava
da presença de Deus.
Todo esse poder explosivo da
outra dimensão foi preparado por Deus, de tal maneira que, a pessoa que se entrega
a Jesus Cristo recebe, em si mesma, esse poder em seu espírito. O Espírito de
Deus desceu com poder, com som de vento forte e em línguas de fogo para residir
nos discípulos. Antes somente os espíritos malignos tinham acesso ao corpo das
pessoas, mas agora, através de Cristo, o Espírito de Deus pode fazê-lo em bases
permanentes.
O que te faz entrar na Terra
Prometida, em Canaã?
Conhecer, praticar e obedecer;
crer e obedecer a Palavra de Deus.
Enquanto houver murmuração,
haverá ingratidão contra Deus.
Enquanto houver egoísmo, não haverá
amor ao próximo.
Enquanto houver ira,
dissensão, porfíria, não haverá a mansidão e humildade que Jesus nos mandou
aprender dele.
A carnalidade mundana vai
gerando morte que impede a espiritualidade dos filhos de Deus. Todos os frutos
do Espírito que geram vida e paz listados em Gálatas 5, são colhidos na terra
que mana o leite e mel. Os frutos da carne, listados nesse mesmo capítulo, são
os sintomas da doença. O problema está na raíz da árvore que está entrelaçada
no coração rebelde e incrédulo do homem que vaga no deserto.
“Sem fé é impossível agradar a
Deus” (Hb 11.6). “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos de seu
coração” (Sl 37.4).
O Descanso em Deus
Hebreus 3:7-19 e 4:1-16 e 6
O
que é descansar em Deus?
É crer; completa dependência; submissão à
vontade de Deus e confiança total Nele, se entregando a Ele sem reservas.
Se achegar confiadamente para receber graça,
misericórdia e socorro.
Jeremias 29:11
diz: Eu é que sei que pensamentos
tenho a vosso respeito, diz o Senhor: pensamentos de paz, e não de mal, para
vos dar o fim que desejais”.
O
que é não entrar no descanso de Deus?
É não crer na Sua Palavra como verdade =
incredulidade, dúvida, medo, desobediência, preocupação, ansiedade.
- Deus descansou depois de criar o homem. O dia
começa à uma hora da madrugada com o descanso do homem.
Enquanto
dormimos, tudo acontece.
- Será que podemos ter certeza da esperança e
descansar em toda situação?
Sim.
Porque temos um sacerdote que é o fiador das promessas. Jesus Cristo é o fiador
da Nova Aliança Hebreus 4:14.
-
Como nos apropriar e herdar a Promessa de Hebreus 6:14?
-
Hebreus 6:11,12,13,15 – herdaram as promessas pela fé, longanimidade e
paciência.
-
Abraão descansou em Deus – Romanos 4:20: “não duvidou da promessa por
incredulidade”.
-
Hebreus 6:16 – já corremos para o refúgio (Jesus), a fim de lançar mão da
esperança ...
-
Duas coisas imutáveis: 1 – Prometeu a Abraão; 2 – Jurou por si mesmo
-
Hebreus 6:19,20 – Essa esperança vai além do véu, até à dimensão espiritual;
aonde Jesus entrou, nós também vamos entrar, na glória, para reinar.
-
O que diz Hebreus 10:19-23 – “Tendo pois irmãos, intrepidez para entrar no
Santo dos Santos ... o que fez a promessa é fiel”.
-
E Hebreus 10:38 – “O meu justo viverá pela fé”. Fé Nele.
-
I João 3:18 – “O perfeito amor lança fora todo medo”. O medo traz paralisia.
-
E quando falamos em confiar e obedecer, estamos falando dos filhos de Abraão
pela fé – nós, a sua Igreja.
Deus
chamou Abraão para que deixasse tudo e todos para entrar de posse da promessa:
a terra de Canaã que mana leite e mel. Ele creu, obedeceu e entregou tudo a
Deus.
Jesus
chama a sua Igreja, e, cada um de nós, a exercer total confiança Nele.
Atos
1:8 – Ele nos deu Seu Espírito, unção, capacitação e disse que assim como o Pai
o enviou, Ele estava enviando a seus discípulos; deu a nós a autoridade de Seu
nome; deu-nos poder contra todo o poder do inimigo; toda provisão conforme
nossas necessidades materiais.
Ele
nos deu mais: a garantia de que estaria conosco até o fim da missão,
confirmando nossa palavra com sinais da grandeza e da realidade do Reino de
Deus.
-
O que Deus nos pede, senão apenas que o amemos com toda a força e inteireza do
nosso ser, que não tenhamos medo de nada; possamos deixar nossa própria vida em
suas mãos de Pai e obedecer.
-
Ele garante que os que assim fizerem, receberão muitas vezes mais e herdarão a
vida eterna. Mateus 19:29 e
Marcos 10:29.
Incredulidade
e Medo X Crer e Confiar
“As armas com que lutamos não
são desse mundo, senão que têm o poder divino para derrubar fortalezas.
Destruímos todos argumentos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento
de Deus e levamos todo pensamento cativo para que se submeta a Cristo.”
II Coríntios 10:4,5
O texto de Coríntios fala
sobre sujeitar os nossos pensamentos a Deus. Devemos resistir fortemente contra
as fortalezas em nossas vidas; contra esses pensamentos que vêem e que não são
nossos. Aqui são mencionadas pelo menos dois tipos e distorções que dificultam
o entendimento da Palavra, que funcionam como armas do diabo.
**Sofismas – do grego logizonal (lógica), se referindo a
fortalezas e esquemas de pensamentos humanos. Então nós não devemos dar lugar a
pensamentos (tipos de raciocínios) humanos, e, sim, a pensamentos que vêem de
Deus.
Altivez – do grego hypsoma, ou seja, poderes cósmicos,
falsos deuses, principados e demônios. Devemos também resistir a toda altivez; aos pensamentos lançados pelos
demônios. Essas fortalezas se estabelecem a nível individual e, também, a nível
de nações inteiras, que podem ser assim, aprisionadas. Esses pensamentos,
baseados em erro, podem impedir a entrada do Evangelho em meio aos povos.
Um cego não sabe o quanto estava
cego até começar a enxergar. Assim funcionam as prisões de engano em nossa
mente. Me recordo de como funcionava minha mente, como era minha rotina de
pensamentos antes de Cristo: Era um verdadeiro tormento e confusão; agora minha
mente tem paz. Sim, tem paz mas ainda tem incredulidade. Posso crer numa
medida, mas a Palavra de Deus ainda não se instalou de tal forma a deletar as
programações antigas.
O engano do engano foi o que o
Espírito me fêz ver essa manhã. Com nossos argumentos justificamos o inimigo,
providenciamos para ele um álibe que o deixa impune, enquanto Deus fica retido
no nosso tribunal de acusação sendo esquadrinhado em nome da verdade na qual
cremos – não necessariamente A Verdade.
“Jesus ressuscitou”, disseram os
discípulos a Tomé. Ele reagiu se recusando a se alegrar, se recusou a “ser
enganado” e se decepcionar por crer sem “ter certeza”.
Como podemos juntar as duas coisas: crer
e ter certeza? Essa certeza a que me refiro fala de examinar, checar e concluir
pelos meios naturais, pelo uso dos
cinco sentidos, que algo é “real”.
Sempre pensei que uma coisa
invalidava a outra: ou é natural ou é sobrenatural. Mas não é assim. O
sobrenatural se superpõe e se manifesta através do natural.
Sempre pensei agir com honestidade e
sensatez ao verificar uma cura, ou uma doença; um milagre de Deus ou uma ação
do diabo. Meu critério de julgamento consistia em eliminar as possibilidades de
ser algo natural, antes de atribuir origem espiritual aos eventos. Não queria
ser enganada ou infringir engano a outros.
A coisa funcionava mais ou menos
assim: estou me sentindo mal, sinto uma dor qualquer. Hummm...
deixa-me lembrar se foi algum jeito muscular ou algo que comi que pode ter me
feito mal. Sempre buscava antes uma explicação natural, eliminando primeiro
essa possibilidade antes de agir como tola e atribuir a maldade ao inimigo
(sobrenatural).
O inimigo age com base no engano e
sempre vai procurar uma maneira não óbvia
de agir. Ele aproveita para se expressar e lançar suas setas de enfermidade em
lugares de nosso corpo que nós mesmos já reconhecemos como débeis. Se sente um
mal estar no estômago, logo pensa e, encontra uma justificativa qualquer em
algo que comeu e não fêz bem. “É essa minha vesícula preguiçosa” você diz.
Dessa forma damos o álibe que o inimigo necessita para continuar agindo impune
e ainda autorizado pela legalidade de nossas palavras.
O oposto também acontece quando Deus
está operando seus milagres. Queremos nos certificar antes de crer. É o caso do
cego de nascença curado por Jesus. Os fariseus queriam ter certeza do fato e o fizeram
contar várias vezes a sua cura e mandaram chamar seus pais para conferir que
era mesmo seu filho cego de nascença. A incredulidade nos faz agir da mesma
maneira. Queremos ver as provas, saber que o milagre é “real” e nossa mente
carnal sempre encontra alguma explicação natural que dá margem à dúvida e
invalida o que Deus fêz.
O nascer de um novo dia, o fato de
acordarmos vivos, da terra não sair de sua órbita e todas as demais coisas que
consideramos naturais, são, na verdade, o milagre, o sobrenatural de Deus que
se manifesta assim em nossa dimensão.
Deus fêz algo incrivelmente
sobrenatural ao fecundar Maria e gerar Jesus. Seu plano de redenção totalmente
sobrenatural se expressou na figura de um pequeno bebê que nasceu da maneira
mais natural possível. A encarnação de Deus como homem mostra a maneira dele
agir para interagir na nossa dimensão. Deus age aqui na terra dentro dos
recursos naturais humanos e desse planeta e esses recursos incluem a fé como o
maior deles.
O natural não anula o sobrenatural.
Tanto Deus como o diabo usam veículos naturais, da nossa dimensão, para
manifestar seu agir.
Essa maneira errada de pensar é o
que chamo “levantar argumentos” contra o conhecimento de Cristo Jesus. Nossa
mente racional quer arrazoar, argumentar e contrariar o que está dito na
Palavra de Deus. Rejeitamos o esquema de raciocínio da fé, do crer para ver, do
crer sem evidências. Rejeitamos a Sabedoria de Deus e usamos a sabedoria do
homem, que é, sem dúvida, uma verdadeira loucura para Deus. Nossa lógica é
anti-lógica para Deus.
“Homens de dura cerviz. Vós sempre
resistis ao Espírito Santo” (Atos 7:51). Se crêssemos na Palavra de Deus, pouco
nos importaria que o sobrenatural se manifestasse ou não no nosso natural
visível. Creríamos no que está escrito,
houvesse ou não qualquer evidência visível. Por isso Jesus se maravilhou da fé
daquele centurião que não pediu qualquer evidência e nem mesmo a presença de
Jesus em sua casa para curar seu servo. Ele pediu apenas que Jesus enviasse Sua
Palavra que seu servo seria curado pela autoridade daquela palavra inquestionável.
Dizemos que a Palavra de Deus é
nossa regra de prática e fé. Que mentira! Ela é nosso alvo constante de lutas e
contradições. Ela é a espada que nos
penetra a cada momento tentando erradicar nossa dureza de coração, nossa mente
tola, teimosa e cega.
Sofisma ou sofismo (do grego
antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é
contrário às próprias leis. Também são considerados
sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma
inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular
uma ilusão de verdade, apresentando-a sob esquemas
que aparentam seguir as regras da lógica.
Historicamente o termo sofista,
no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração
aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo.
Atualmente, no uso frequente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo
induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.
Crer – Uma Decisão
“A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e, em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. .”
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. .”
Romanos
10:9,8
Hoje bem cedo, entre acordada e dormindo, me via ministrando uma pessoa
defronte a uma igreja durante o culto. Seu problema era a falta de perdão e
decidi ministrar sobre o perdão e em seguida dirigir uma confissão pública
levando todos os presentes a liberar perdão.
A instrução a esse respeito é de que devemos dizer que perdoamos nossos
ofensores, declarando seus nomes. Fazemos isso em obediência à Palavra de Deus
num ato de decisão voluntária, nos rebelando contra a tirania de nossos
próprios sentimentos. Uma vez realizado o ato com base em nossa fé na Palavra,
nossa carne, emoções e sentimentos, vão seguir o rumo natural de se sujeitar.
Submetei-vos a Deus; resisti ao diabo e ele fugirá de vós. Tiago
4:7
Sede sóbrios;
vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar.
Ao qual resistis firmes na fé. I Pe 5:8,9
Ao qual resistis firmes na fé. I Pe 5:8,9
O texto de Romanos 10 me veio em seguida à mente sobre a importância de
crermos de todo coração e confessar nossa fé em Cristo para salvação.
Crer não é algo na área de nossas emoções. Crer é uma decisão tomada
pela nossa vontade, nosso soberano livre-arbítrio. Se decidirmos crer na
Palavra de Deus nada mais nos deterá e, como disse Jesus, poderemos ordenar à
montanha e ela vai obedecer. A expressão
força de vontade, nos fala dessa
vontade forte que vence todos os obstáculos; que não vacila, como nos diz
Tiago. Essa pessoa não tem ânimo dobre, não é como as ondas do mar que vêem com
força e parece que vão conseguir chegar ao alvo, mas logo recuam para tentar
novamente.
Crer é uma decisão. Tomé decidiu não crer na ressurreição de Jesus a
não ser que pudesse ter pessoalmente as evidências físicas.
“Disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele
disse-lhes:
Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos
cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”. João 20:25
Já
a mulher com o fluxo de sangue determinou crer e afirmou que se tocasse no
manto de Jesus seria curada. Foi feito segundo sua fé e a fé dela a salvou.
Eu
posso decidir crer, mesmo sem sentir nada a respeito ou mesmo crer diante
de evidências contrárias. Minha
insistência e minha vontade teimosa, em crer na Palavra de Deus, vai resultar
em vitória.
Precisamos
nos encharcar da Palavra até que, nossa natureza caída e a maneira de pensar
errada, não possam mais ser encontradas por terem sido absorvidas pela nossa
nova personalidade em Deus. Há que chegar a um ponto de saturação quando
acontecem as mudanças. Essa mulher de que falamos chegou nesse ponto do “vai ou
racha”. Ela estava falida depois de 12 anos com hemorragia e marginalização,
sendo considerada imunda e já sem qualquer outro recurso.
Há que começar a sonhar, dormindo e acordado,
com aquilo que você deseja e então, só então, algo novo inromperá à luz. É um
processo bem semelhante à gravidez de uma mulher: ela só pensa no bebê, vive
antecipando o momento de vê-lo, prepara o berço, o enxoval, o quarto ... e
sonha. Sonha que já tem o filho nos braços.
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