Maria
A Intercessora de Jesus
Mateus
26:6-13 (João 12:3-8; Marcos 14:3-11; Lucas 7:36) – Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o
leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de
precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. Vendo
isto, indignaram-se os discípulos e lhe disseram: para que este desperdício?
Pois esse perfume podia ser vendido por muito dinheiro, e dar-se aos pobres.
Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: por que molestais esta mulher? Ela praticou
boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim,
nem sempre tendes; pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez
para meu sepultamento. Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo
este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.
Essa Maria era a irmã de Marta e Lázaro. Essa
passagem consta nos quatro evangelhos confirmando o que Jesus disse sobre o
anúncio do ato de Maria: que seria contado o que ela fez em todo o mundo. É
surpreendente que sua atitude, que tanto agradou a Jesus, irritasse, na mesma
intensidade, o diabo. Ela estava apenas intercedendo e expressando adoração ao
Messias pelo sofrimento que se aproximava. Essa era a última semana antes de
sua crucificação e aparentemente, somente Maria, que estava muito perto do
coração de Jesus, conseguia crer em suas palavras e compartilhar de sua dor.
Nesta
passagem, no Evangelho de João, diz que Judas Iscariotes foi quem instigou a
murmuração contra Maria. Exortado por Jesus, que se posicionou em defesa dela,
ele tomou a decisão de consumar a traição ao seu mestre.
Essa ação espiritual de Maria foi uma afronta à
carnalidade de Judas e impulsionou sua decisão de trair Jesus. Foi a partir
daquele momento que ele se dirigiu ao templo e contratou a traição por 30
moedas de prata.
O motivo de Judas incluía avareza e talvez amargura
contra Jesus por não atender sua expectativa de um Messias político. O diabo
usou as ambições pessoais de Judas para alcançar seus objetivos. Quantas vezes
o diabo usa nossas ambições pessoais que envolvem a obra de Deus, para alcançar
seus objetivos: levar-nos a trair a causa do mestre?
Vemos nessa passagem duas atitudes opostas:
ambição e doação, generosidade. O que seria mais forte: o amor e a intercessão
de Maria contra as forças da morte; ou o ódio de Judas? Satanás estava disposto
a medir forças naquela hora.
Ao ungir Jesus, Maria lutava contra os efeitos da
morte sobre o mestre, mas o diabo respondeu ao desafio decretando, através da
traição de Judas, a morte do Messias.
Porque Maria ungiu Jesus com o óleo perfumado?
Simples: essa era uma
prática comum nos sepultamentos. Nós tomamos banho diariamente e embora isso
não resolva o problema da decomposição do nosso corpo, funciona para controlar
a situação. Nosso corpo vai trabalhando, se desgastando, envelhecendo a cada
dia. Nesse processo, ele produz uma série de substâncias mal cheirosas. Quando
morre, o processo de decomposição se acelera de uma forma inevitável com
conseqüente mal cheiro.
Na cultura judaica havia profundo respeito pelos
seus mortos. A lavagem e a preparação do corpo para o sepultamento era muito
importante, pois consideravam-na uma demonstração de amor. Quando preparavam o
corpo não tinham em mente a preservação dele, mas desejavam que se
descompusesse o mais lentamente possível. Envolviam-no em panos e colocavam
junto, grandes quantidades de perfumes e especiarias para neutralizar os odores
da decomposição. Além disso, ainda depositavam especiarias ao lado do corpo.
Na antiguidade era costume as visitas periódicas
ao túmulo, no primeiro ano após a morte.
Na verdade, Maria estava tentando afastar de Jesus
o mal cheiro produzido em nós pelo pecado e pela morte. O óleo e a unção falam
do Ministério do Espírito Santo. A unção despedaça o jugo produzido pelo
pecado. Jesus agora estava visivelmente ungido para despedaçar todo jugo da
morte sobre ele mesmo e sobre as nossas vidas.
O bom perfume do bálsamo estava para tragar todo o
cheiro de morte. O sacrifício de cheiro agradável de Jesus, estava para afastar
para sempre, das narinas do Pai, o mal cheiro de nosso pecado.
Eles
colocavam o corpo sobre uma laje até que ficassem somente os ossos que eram
transportados para caixas ossuárias. Os judeus não tinham esse hábito ocidental
de enterrar o morto.
José de Arimatéia e Nicodemos, os homens que se
encarregaram do sepultamento de Jesus, eram abastados e providenciaram um
sepultamento caro para o Messias. Eles colocaram junto ao seu corpo cerca de 35
quilos de mirra e aloés.
Maria se antecipou e derramou o equivalente ao
salário ganho em um ano. O bálsamo de nardo era um dos perfumes mais caros da
época, pois era fabricado a partir de
uma planta de flores rosadas, cultivada no norte da Índia e talvez no Himalaia.
Ela pegou um pequeno frasco cheio desse bálsamo,
quebrou o gargalo dele, e derramou o precioso líquido sobre a cabeça de Jesus.
Mesmo levando-se em conta a forte cobiça de Judas é normal que ele, com os
demais discípulos, tenha ficado chocado com o feito dela.
Era o que ela tinha de mais precioso, talvez
garantisse seu dote de casamento. Derramando o que tinha de mais valioso ela
demonstrou entendimento de que Jesus iria derramar o que tinha também de mais
precioso – sua própria vida. Como o bálsamo vertido, assim a vida de Jesus era
um bom perfume, um sacrifício de cheiro agradável que seria derramado para
Deus. Nossa adoração é um sacrifício de cheiro agradável.
Como intercessora, Maria estava saindo à frente na
tarefa de preparar Jesus para seu sepultamento, como ele próprio afirmou. O
intercessor consegue controlar, reverter ou minorizar os efeitos. Maria
pensava: não vou deixar seu corpo se decompor. E ela conseguiu isso. Foi um ato
profético. O corpo de Jesus não viu corrupção.
O intercessor não consegue evitar a situação, mas
consegue anular o efeito destruidor da mesma. Maria estava agindo para impedir
o efeito destruidor da morte sobre o corpo de Jesus. Realmente a morte não o
destruiu; mas foi ele quem destruiu a morte ao passar por ela.
Atos
13:35,37 - ... Não permitirás que
o teu Santo veja corrupção. Porém, aquele a quem Deus ressuscitou, não viu
corrupção.
Ela se antecipou em chorar a morte de Jesus.
Entendia o que estava para acontecer e tentava confortar o Senhor. Lavar os pés
do hóspede convidado era uma prática de hospitalidade na cultura judaica que
visava o bem estar e, consolo para os pés cansados e empoeirados da caminhada.
João
13 – Se não te lavar os pés, você
não tem parte comigo. Isso disse Jesus a Pedro enquanto lavava os pés dos
discípulos.
Fazendo assim, o anfitrião estaria honrando seu
convidado e estabelecendo amizade, intimidade e comunhão.
Deixar os pés molhados seria fazer pela metade;
era preciso envolvê-los numa toalha macia completando a sensação de conforto.
Maria não só ungiu com óleo para curar as feridas e rachaduras, mas também os
secou com seus próprios cabelos. O cabelo é o que cobre e protege nosso corpo.
Ela, de maneira figurada, retirou parte de sua própria proteção para estendê-la
sobre Jesus, oferecendo proteção e cobertura a Ele através dessa intercessão a
Seu favor. Ela tomou sobre si parte da carga que o Senhor levava naquele
momento. O fato de lavar os pés de Jesus com óleo perfumado significou também,
que ele se despedia de sua caminhada terra.
Logo em seguida vem a narrativa da Páscoa; a instituição
da Ceia, a narrativa da traição. A Palavra diz em Mateus
26:31: Ferirei o pastor e
as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.
Dar o Dinheiro aos Pobres
Nós podemos servir a Deus de muitas maneiras
usando nossos recursos materiais e espirituais. Maria decidiu servir derramando
o perfume da adoração e intercessão diretamente sobre Jesus. Ela poderia ter
investido em obras sociais. Deus se agrada em que os pobres sejam socorridos; é
preciso que as obras práticas do Reino sejam feitas. Mas Ele se agrada muito
mais quando direcionamos nossos recursos a ele mesmo.
O fazer fica com Marta. Talvez ela
repreendesse sua irmã como os demais discípulos. Pegaria o dinheiro e
providenciaria as coisas necessárias para o jantar especial de despedida, ou
investiria num bom túmulo para Jesus.
Mas coisas necessárias, nem sempre são
coisas vitais. A intercessora Giane, de nosso Ministério, veio a mim com
essa preocupação. Ela queria saber de Jesus se ela era parte necessária ou
parte vital de Seu corpo. Achei muito interessante seu questionamento.
Veja, no nosso corpo, como no Corpo de Cristo, que
é a Igreja, temos partes necessárias (todas elas são) e temos partes vitais. O
pé é necessário e se faltar vai fazer enorme diferença; da mesma forma as mãos,
os olhos... Mas você ainda continua vivo sem eles. Já o coração, por exemplo, é
arte vital do corpo; sem ele não há mais possibilidade de vida.
Que
parte deste corpo de Cristo você quer ser?
Parte necessária, ou parte vital?
Quando Jesus falou com Marta, em Lucas
10:39 ele exortou-a. Era ativista e se queixava de Maria, por deixá-la
sozinha nas atividades. Jesus disse que Maria fez a escolha certa. Ela
escolheu a boa parte: permanecer junto de Jesus. E acrescentou que isto
não lhe poderia ser tirado.
Maria escolheu servir a Jesus numa vida de
comunhão com ele, simplesmente permanecendo em sua presença. Marta, ocupada em
fazer coisas para o Senhor, poderia ocasionalmente ser substituída por outra
pessoa nestas tarefas. Outros podem lhe tirar o ministério, o cargo, a função
dentro da igreja, mas ninguém pode te tirar o Ministério da Oração e
Intercessão. Podem até disputar sobre as outras coisas: quem vai ser o quê;
quem vai fazer o quê; mas ninguém disputa com você sua vida de oração e
intercessão na presença do Senhor.
Na verdade, as pessoas pensam que você, como
Maria, não está fazendo nada que realmente importa; que você não está ajudando,
como disse Marta, porque não são obras visíveis. Assim como o pé é visível, mas
apenas necessário, o coração está fora de nossas vistas, mas é vital
e jamais interrompe sua atividade.
O Ministério do intercessor é vital; sem
ele, o corpo morre. Vender o bálsamo, transformar o que é apenas um bom
cheiro em dinheiro, seria valorizar o material, as coisas da terra, o que
impressiona e tem valor diante dos homens; valor prático. Mas Jesus preferiu, e
prefere, o bom perfume de nossas orações e adoração. Ninguém vê, mas sobe com
facilidade para as regiões celestiais; é um investimento eterno. Por isso Jesus
disse que a atitude de Maria deveria ser lembrada, deveria ser um exemplo para
nós, do que realmente importa para Deus.
Lucas
7:36 fala de outra mulher que também
lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os secou com seus cabelos. Ela estava
na casa de outro Simão, um fariseu, que havia negado a Jesus as regras básicas
de hospitalidade. Deveria se receber um convidado com ósculo santo (beijo), dar
a água para lavar os pés empoeirados, depois de retiradas as sandálias. Era
comum por razões de higiene e de generosidade do anfitrião.
Quem sabe honrar o Pastor Jesus, vai saber honrar
seus representantes aqui na terra. Saberá ungir os que foram ungidos por Deus,
com o bálsamo perfumado das orações, saberá lavar e enxugar os pés cansados da
caminhada de seguir o mestre.
Quando Servir é Ser Como o Mestre
João 13:8
Na casa de
Maria, em Betânia, era o único lugar onde Jesus podia ir para receber e
não apenas para dar. Eram amigos pessoais do Senhor. Betânia significa “casa
do aflito” e essa era a condição de Jesus, afligido pelo peso de sua missão
e necessitado de um lugar de descanso, conforto, refúgio e hospitalidade. O
Mestre escolheu passar naquela casa as últimas semanas que antecederam a sua
crucificação. Maria se identificou com o que Jesus sentia, por isso, ele
pode encontrar nela, uma aliada naquela batalha e conforto, naqueles dias
decisivos de seu ministério aqui na terra.
O capítulo
13 do Evangelho de João começa narrando os acontecimentos imediatos que
antecederam a celebração da última Páscoa por Jesus. Justo este Evangelho, que
revela Jesus Cristo como o Filho de Deus, vai ser o único a narrar o que Ele
fez durante a ceia: lavou os pés de seus discípulos, inclusive de seu traidor,
Judas Iscariotes.
Essa seria
a última lição, o último ensinamento de Jesus a seus discípulos antes da sua
crucificação. João 13:15: Eu lhes dei o exemplo para que, como eu vos
fiz, façais vós também.
Em Mateus
20, o Senhor já havia ministrado sobre o assunto: vss. 26-28 – Não
é assim entre vós; pelo contrário; quem quiser tornar-se grande entre vós será
esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será esse o que
vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o
Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
em resgate por muitos.
Maior é o
que serve, porque o que serve tem algo a oferecer ao que simplesmente recebe. E
o que recebe se torna devedor àquele que lhe deu. O servido torna-se devedor e
dependente daquele que o serviu ou serve. A generosidade é um atributo dos
grandes. Ninguém jamais poderá dar mais que o próprio Deus que nos deu seu
precioso filho em sacrifício vivo de amor para nos salvar, para quitar uma
dívida que era nossa.
O próprio
Rei Salomão, ao ser servido pela Rainha de Sabá com todos os presentes que lhe
trouxera, não permitiu que ela se tornasse maior do que ele, devolvendo a ela
um número superior de presentes e dádivas e deixando que ela escolhesse o que
lhe agradasse em seu reino para levar com ela. Mais ele tinha para dar a ela do
que o que recebeu.
E essa
atitude nos remete ao próprio Senhor do Universo que demonstra Sua grandeza não
retendo para si mesmo tudo o que é Seu, mas antes, nos fazendo herdeiros de
todas as coisas em
Cristo Jesus. Lucas 12:32 – Não temais, ó
pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o Seu reino. Em
nossa pequenez, nossa grandeza se mostra apenas quando manifestamos a devida
gratidão.
Podemos
olhar a situação de muitos ângulos para aprender essa verdade. Numa relação
médico-paciente, quem serve é o doutor e quem é alvo dos cuidados é o
doente. Entretanto, quem dos dois é o maior? Quem tem maior honra? Não resta
dúvida de que é o médico, ou o enfermeiro, ou o dentista, ou o pastor, ou os
pais e assim por diante.
Quem tem o
privilégio? O que empresta, o que dá, ou o que pede emprestado, o que recebe?
Até mesmo nas relações comerciais prevalece a regra de que mais abençoado é dar
que receber. Diz o povo: quem não serve para servir, não serve para viver.
Na verdade
somos todos servos de Deus, tendo o privilégio de ter nosso amor e adoração
para oferecer a Ele. Somos ministros de Deus, e a palavra ministério não
significa outra coisa senão que serviço. Todos somos criados para sermos úteis
de alguma forma e só encontramos alegria quando estamos servindo; essa é a
chave para a felicidade. Quem vive somente em proveito próprio logo terá que
enfrentar o vazio, a falta de realização, a depressão, a sensação de
inutilidade que nos faz infelizes.
Quando o
Filho de Deus lavou os pés de seus seguidores, esbarrou com a falta de
entendimento de Pedro que protestou: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe
Jesus: Se eu não te lavar os pés não tens parte comigo (cap.13:8).
A lição era
abrangente. O Mestre escolheu aquela maneira para dizer que, dali para frente,
eles caminhariam em total dependência dele. A água, símbolo da Palavra
Encarnada, estaria envolvendo seus pés na caminhada. Eles estavam em dívida
para com Aquele que acabara de assumir o papel menor de criado, de escravo da
casa, lavando seus pés. Estavam para sempre ligados na dependência de Seus
cuidados.
O orgulho
se manifesta em nossa incapacidade de receber, porque não queremos admitir
necessidade ou dependência. Preferimos pagar pelo que queremos. Dever favor a
alguém significa se colocar nas mãos de seu credor. A qualquer momento ele pode
requerer também um favor de que necessita, e não poderemos escolher a hora, o
lugar, ou em que moeda o favor prestado deverá ser pago.
A ninguém
fiqueis devendo coisa alguma a não ser o amor, disse o apóstolo Paulo (Romanos
13:8). Ele sabia bem o que estava dizendo. Essa coisa alguma pode
ser inclusive o perdão. Se devemos perdão a alguém estamos em má situação. Os
cobradores vêem de todas as partes e igualmente não nos perdoam e querem
receber a dívida de qualquer maneira. São os verdugos de (Mateus 20:33.34).
Como o dono do perdão é o próprio Deus, ele nos empresta essa capacidade como
um bem a ser disponibilizado gratuitamente sempre que necessário. Assim, quando
devemos o perdão a alguém, estamos em falta com o próprio Deus que libera os
cobradores para entrar em ação.
O próprio
Lúcifer, criado para servir a Deus, caiu da luz para as mais densas trevas
quando julgou inapropriada sua condição de servo que tanta honra lhe atribuía.
Deixou de servir a passou à exigência de ser servido e adorado. Perdeu o
propósito para o qual fora criado, perdeu-se em seu orgulho e ambição, quando
poderia permanecer exaltado na sua condição de mais perfeito e belo, se
houvesse preservado e cultivado as virtudes opostas da humildade e
generosidade.
Podemos
servir a Deus e dar a Ele sem limites, porque jamais Ele vai ficar nos devendo
coisa alguma. E, conforme ensinou o próprio Jesus, quando servimos aos mais
necessitados e àqueles que não podem nos retribuir, a retribuição ficará à
cargo do próprio Deus que, sem dúvida, jamais poderá ser excedido em
generosidade (Lucas 14:13,14).
Fotos tiradas na China em 2009, à beira do Lago Qing Hai na Província de Qing Hai. O maior lago de água salgada em grande altitude nas montanhas do Tibet. Na regiao do lago, imensas dunas de areia; na margem oposta, montanhas com seu topo coberto de neve.
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