Marcia e Nissi em Faridabad (India) - 2010 |
Filhos Por Adoção
Minha
oração nos últimos dias foi para que o Senhor me capacitasse a amá-lo mais e
ser mais grata a Ele. A resposta chegou rapidamente numa manhã em que acabava
de despertar.
O
Espírito Santo me lembrou do fato de que sou uma filha adotiva e de que isso
implica em muitas considerações. Me dei conta de que fui alvo de uma escolha.
Por que todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o Espírito de escravidão,
para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos:
Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e
co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com
ele sejamos glorificados (Rm 8.14-17).
Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos. E,
porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho,
que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho,
és também herdeiro de Deus por Cristo (Gl 4.5-7).
Uma
filha natural nasce da carne e sangue de seus pais. Não houve escolha envolvida
nesse processo - nem da parte da criança e nem da parte de seus pais. O amor,
nessa relação, é algo instintivo, colocado pelo próprio Deus e, que se
aprofunda e aperfeiçoa com a convivência. Num caso de adoção não: os pais
decidem, escolhem amar uma criança entre muitas outras. A criança não tem qualquer
poder de influenciar essa decisão. De maneira gratuita, ela é alvo do carinho,
do amor e da escolha dos pais que decidem tomá-la para si, levar para sua casa,
dar um lar a essa criança. Tomam para si a responsabilidade de cuidá-la,
educá-la, num processo de contínua correção e aperfeiçoamento. Todo traço da
antiga paternidade, toda hereditariedade deve ser removida, no que se refere às
más inclinações, doenças do corpo e da alma. Os pais adotivos querem ver esse
filho, não como um estranho, mas como um igual a eles, uma criança que tenha
sua semelhança.
Assim
também Deus, nosso Pai adotivo, quer nos curar de toda rejeição com seu amor,
quer remover todo vestígio do pecado e de suas conseqüências em nossa vida.
Nada do velho homem deve permanecer, as coisas velhas ficam no passado e dão
lugar às coisas novas. Um novo registro de nascimento é necessário quando
acontece a adoção, a criança recebe um novo sobrenome que vai carregar por toda
a vida. A criança adotada, legalmente está nascendo de novo, de uma nova
paternidade que vai lhe proporcionar uma nova vida!
Certa
vez trabalhei numa entidade que possuía um orfanato. Uma menininha, presa a seu
berço ou no cercadinho, me cativou de maneira especial e tive que me esforçar
para não me apegar muito a ela. Ela sequer tomou conhecimento de que era alvo
do meu carinho e preocupação. Estava em meio a tantas outras crianças que,
dependiam de voluntários para receber certa dose de carinho e atenção, em dias
e horários determinados. Qual o maior sonho dessas crianças, carentes de
cuidado e afeto? O desejo mais ardente é de, um dia, ser escolhida para a
adoção, possuir um lar e pais que possam amá-las.
Que
alegria então, podemos desfrutar, nós, que fomos escolhidos por Deus. Ele nos
viu, nos escolheu, nos amou, nos separou para si como filhos adotivos,
herdeiros de seu Reino. “Não temais, ó
pequenino rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o reino (Lc 12.32).
Como
Pai ele nos tem tratado, moldando o nosso caráter, nos ensinando, nos
corrigindo e nos aperfeiçoando, para cada dia mais, nos parecermos com ele.
Quando
um casal deseja adotar, é raro que escolha crianças doentes ou imperfeitas, que
não possam corresponder às suas expectativas de um desenvolvimento normal. Deus
Pai, no entanto, busca para adoção àqueles que são rejeitados, desprezados,
doentes e imperfeitos. Ele demonstra assim do que o seu amor é capaz. Seu amor
pode operar milagres e Ele receberá toda a glória.
“...
Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados
não eram dignos. Ide, pois, às saídas
dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes, tanto maus
como bons...( Mt 22.8)
A
carta aos Efésios 1.5,6 fecha esse
argumento – “E nos predestinou para
filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, para o beneplácito de sua
vontade, para louvor e glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si
no Amado”.
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