No Nepal na Vila Sisneri |
A missionária curtindo o netinho Marcos |
Há um lugar para se ir no reino do espírito.
Esse lugar é ao mesmo tempo uma pessoa onde tudo existe: Deus.
“Não se turbe
o vosso coração. Creiam em Deus, creiam também em mim. Na casa de meu Pai há
muitas moradas; se não fosse assim eu não vos teria dito. Vou preparar-lhe
lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para
que vocês estejam onde eu estiver” (Jo 14.1-3).
Jesus foi e
nos preparou habitação na presença de Deus. Ele foi e abriu as portas da mansão
celestial.
O lugar é uma pessoa: Deus; o caminho também é uma pessoa: Jesus.
“Vocês
conhecem o caminho para onde eu vou” (Jo 14.4), disse Jesus. Se conhecemos a
Jesus Cristo, conhecemos o caminho, a verdade e a vida. O portão do Éden, o
acesso à presença de Deus, voltou a se abrir, podemos retomar o caminho de
volta à casa do Pai. A mentira de Satanás e todo seu esquema de engano foi desfeito
pela Verdade e a morte derrotada pelo autor da vida eterna.
No diálogo com
Felipe Jesus tenta explicar a ele o inexplicável: “Eu e o Pai somos um”. Isso
só faria sentido com o envio do Espírito
da Verdade para dentro do nosso espírito renascido, no Dia do Pentencoste.
“Naquele dia compreenderão que estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês”
(Jo14.20).
As coisas da
dimensão espiritual são assim mesmo: Só fazem sentido a partir da própria
experiência.
O Senhor segue
explicando: “Quem me vê, vê o Pai... As palavras que eu lhes digo não são
apenas minhas” (Jo 14.9,10).
Jesus havia
sido batizado pelo Espírito Santo logo no início de seu ministério. Ele foi o
primeiro em todas as coisas. Na antiga aliança o Espírito somente pairava sobre
os profetas e, mesmo sobre os discípulos, uma vez que a Nova Aliança só passa a
vigorar a partir da morte do testador, o Messias. Quando Jesus fala do
Conselheiro, o Espírito da verdade que seria enviado, disse que ele estava com
os discípulos, mas então estaria em neles (Jo 14.17).
Se Jesus era
habitado pelo Espírito, era habitado pelo Pai, porque a trindade é inseparável.
Hoje nós também somos habitados pelo Pai, Filho e Espírito Santo. “... Se
alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos e
faremos nele morada” (Jo 14.23).
O Pai dividia,
juntamente com o Espírito, o mesmo espaço de Jesus. Essa separação só foi
necessária na morte de Jesus Cristo quando ele clamou: “Deus meu, Deus meu,
porque me desamparaste?”.
Jesus afirma essa
verdade de muitas maneiras. “ O filho nada pode fazer de si mesmo; só pode
fazer o que vê o Pai fazendo. Porque o que o Pai faz, o filho também faz” (Jo
5.19).
Jesus era o
mensageiro, o porta-voz. O Pai falava através de sua boca, atraindo as pessoas
para ele mesmo e para Jesus: “Todos que ouvem o Pai e dele aprendem, vêem a
mim” (Jo 6.45).
Cristo quer
ser glorificado em nós.Ele quer dar glória ao Pai fazendo tudo o que perdirmos
em seu nome: “E eu farei o que vocês pedirem em meu nome para que o Pai seja
glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei” (Jo 14.13,14).
Ele disse que
faria obras ainda maiores porque estava subindo para o Pai e o Pai é maior que
ele. Eu entendo essa afirmação no sentido de que quando Jesus estava preso ao
seu corpo, nessa dimensão, ele ainda estava limitado. Agora, ele está na
dimensão celestial e possui toda a autoridade, não só no céu, como na terra,
porque recuperou o domínio usurpado por Satanás. Ele venceu toda a resistência
do mal, completou sua obra. Por isso agora, habitando em nós, pode fazer coisas
ainda maiores. E ele deseja fazê-lo! Até mesmo Cristo deseja ser frutífero,
realizar suas obras para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se o próprio
Senhor deseja ser frutífero através de nossas vidas, nós também devemos ter o
legítimo desejo de frutificar em seu nome, para que Deus seja glorificado. Se
eu fico infrutífera, como Deus vai receber a glória?
Jesus disse
que não buscava a glória para si mesmo, mas há quem a busque. Qual o risco de fazer
parte desse segundo grupo? Lúcifer quis
roubar a glória para si mesmo e caiu pelo seu orgulho. Esse pecado entrou na
natureza caída do homem. Como podemos estar protegidos da armadilha sutil do
orgulho? Como podemos fazer as obras grandiosas do Senhor e ainda maiores, sem
cair na tentação de se exaltar?
“Aquele que
fala por si mesmo busca a sua própria glória, mas aquele que busca a glória
daquele que o enviou, esse é verdadeiro; não há nada de falso a seu respeito”
(Jo 7.18).
Precisamos ter
a mesma humildade de Jesus, que mesmo sendo Deus não se exaltou, mas se
humilhou como servo (Fl 2).
Nabuconosor é
um tipo interessante de rei que se exaltou como Deus e caiu de seu orgulho.
Deus tratou com ele, e comeu capim como animal durante 7 anos, até que aprendeu
a dar glória a Deus.
As mulheres de
Israel, no Antigo Testamento, tinham uma obra que podiam realizar para dar
glória a Deus: gerar o Messias.
Quando eram
estéreis estavam impedidas de cumprir seu chamado maior.
A mulher, hoje,
pode gerar o Cristo ressuscitado em muitas outras vidas. Podemos levar pessoas
a Cristo; interceder pelo novo nascimento de muitos; curar enfermos, libertar
os cativos e ressuscitar os mortos.
Hoje, pelo
Espírito de Deus que habita em nós, podemos fazer obras maiores que as de
Jesus, pela presença vitoriosa dele em nós.
Tiago 2.18
diz: “Mostra-me a sua fé sem obras e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras”.
“Você pode ver
que tanto a fé como as obras estaam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoadas
pelas obras” (Tg 2.22). A fé foi tornada perfeita e completa, pelas obras.
Se nós agimos segundo
o que cremos, pergunto: como temos agido?
O que nossas
ações provam com relação à nossa fé?
Se cremos na
Palavra de Deus e que ela é a verdade que nos liberta, então nossa obra será
conhecer o melhor possível essa Palavra, como Deus ordenou a Josué....
Jesus disse que
faríamos obras maiores que as dele SE crêssemos nele. Se cremos, deveríamos
agir segundo essa a palavra.
Nossa primeira
obra deve ser: Crer nele. Ter seus mandamentos e obedecê-los como prova de
nosso amor.
O Senhor
prometeu: “Aquele que me ama será amado por meu Pai e eu também o amarei e me
revelarei a ele” (Jo 14.21).
Não tem como
crer em alguém que não conhecemos. Por isso Jesus respondeu : “A obra de Deus é
esta: Crer naquele que ele enviou” (Jo 6.29).
Crer nas
palavras de Jesus significa se alimentar do pão enviado dos céus; seu corpo entregue
por nós, em nosso lugar; comer a porção
do pão que anula o veneno do pecado.
“O Espírito é
o que vivifica; a carne não produz nada. As palavras que eu lhes disse são
espírito e vida ” (Jo 14.63). Se alimentar de Jesus significa comer as suas
palavras, digerir seus ensinos e absorver seu Espírito.
Judas comeu o
pão embebido, símbolo do corpo de Jesus, para a sua própria condenação. Ele não
cria que Jesus era o Cristo. Ele ouviu todos os ensinos do Mestre mas não creu.
Nós, como ele,
podemos comer as Palavras de Deus, mas continuar descrendo nas verdades nela
contida que estão sendo ensinadas, também comendo para nossa condenação.Se
ouvimos e não cremos, não obedecemos, isso nos torna piores do que se não
tivéssemos escutado.
A obra de
Judas, traindo Jesus, mostrou onde estava a sua fé, e o quanto ele não cria.
“Se alguém me
ama, obedecerá à minha palavra. Meu pai o amará, nós viremos a ele e faremos
morada nele. Aquele que não me ama, não obedece às minhas palavras. Estas
palavras que vocês estão ouvindo não são minhas, são do meu Pai que me enviou”
(Jo 6.23).
O capítulo que
segue é Joao 15 onde Jesus se compara à videira. Ele diz que devemos permanecer
nele como o ramo ligado à vide. Permanecer em Cristo é obedecer o mandamento do
amor: dar a vida por outros. Permanecer nele fala de uma posição, um lugar em
seu corpo. Crer não é fazer. Crer é permitir que ele faça através de nossas
vidas, por causa do amor. Da mesma forma, Jesus permitiu que o Pai fizesse suas
obras através dele.
“É preciso que
o mundo saiba que eu amo o Pai e faço o que ele me ordenou” (Jo 14.31).
“Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês
darem muito fruto” (Jo 15.8).
“E
eu farei o que vocês me pedirem em meu nome para que o Pai seja glorificado no
Filho” (Jo 14.13).
O
Filho queria glorificar o Pai, dar a glória, honrar e fazer seu Pai respeitado
e reconhecido como o Deus todo Poderoso.
Como
glorificar o Pai? “Eu farei o que vocês me pedirem para
que o Pai seja glorificado” (Jo 14.13). Ele não está falando de pedir coisas
com objetivo egoísta e, sim, pedir coisas que expandam o Reino de Deus.
“Eu te
glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer” (Jo 17.4).
Podemos dizer como Jesus ao final de nossa carreira: Pai, eu te glorifiquei
fazendo as obras de seu Filho aqui na terra e cumprindo o meu chamado.
Senhor,
Me capacita a te obedecer, Me
ensina o caminho da rendição total. Me conhece de maneira completa e me faz te
conhecer, de tal maneira que eu me perca em ti e só possa encontrar a ti, num
ato de amor, intimidade, prazer e realização total enquanto nos tornamos um,
somente Um.
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