Batalha
Espiritual - Nível Estratégico
Ministério de Estratégia e Mobilização Missionária
Pra. Márcia Martins,
B. Th. -
2003
Índice
Estratégia em Guerra Espiritual
- Como Fazer a Guerra- A História do Rei Ezequias- O Remanescente Fiel- As Armas de Nosso Combate- As Armas- Santificação- A Vitória de Gideão
A Dimensão Espiritual- Aliança Demoníaca dos Povos- Como Essas
Alianças São Reforçadas- Perpetuação de Alianças- Atos Proféticos
Espíritos Territoriais- Conceito Bíblico- Um Beirute na
África
Maçonaria – Sua Influência- A Maçonaria Hoje- A Origem da
Maçonaria Anexo I e II e Bibliografia
Apresentação
Como Senior-Pastor da Comunidade Logos Internacional, tenho a
satisfação de apresentar o rico material elaborado pela Pra. Marcia Martins
sobre Batalha Espiritual e Conquista de Cidades.
Tenho certeza que todos quanto tiverem a oportunidade de acesso as
estas informações vão realmente ter um impacto no seu estilo de vida
espiritual, bem como, um novo horizonte sobre a real necessidade de ganhar as
almas preciosas para o Reino de Deus.
Minha
oração é que o Espírito Santo possa usar com propriedade esta serva do Senhor,
e assim, numa parceria de ministração, conseguir com que mais pessoas sejam
informadas e desafiadas a respeito deste assunto. Creio ser, este ensino, de
vital importância para a causa da Igreja . Sem dúvida, após estas ministrações,
poderemos fazer com que o “efeito kaós”
(ignorância espiritual) seja banido do nosso meio.
Marcia é 100% de Deus e tenho certeza que seu
ministério fará a grande diferença na sua vida, familia, igreja e ministério.
Com amor,
Rev. Eliseu Gomes, S. Pr
Logos International Fellowship,. FMC
USA.
Estratégia em Guerra Espiritual
Estratégia significa o “Segredo do General”. Jeremias 33:3: “Invoca-me e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes”. Em Daniel 2:28 lemos: “mas há um Deus nos céus, o qual revela mistérios…”
O alcance e a profundidade da estratégia vão depender do tamanho da visão que você recebeu para o Reino de
Deus. Sem estratégia X sem vitória.
Todos os
servos de Deus receberam estratégia para agir contra o inimigo. Ex.: Moisés, para tirar o povo do Egito; Josué, para a conquista de Canaã; Elias (I Reis 18), para derrotar os profetas de Baal; Gideão (Juízes7), para derrotar os midianitas;o apóstolo Paulo, para evangelizar os gentios; e o próprio Jesus, que só agia seguindo a perfeita
estratégia de Deus.
A estratégia
determinou a vitória do povo de Deus. Para obter a “receita da vitória” precisamos somar:
vida intensa de oração com Deus, mais leitura e meditação na Palavra, mais
jejuns, mais visão (uma preocupação verdadeira com relação às coisas do Reino
de Deus). Como resultado desta fórmula
vamos receber a estratégia que
garante a vitória. O Espírito vai
usar como canal uma mente que esteja
alinhada com a mente de Cristo.
O que Cristo tinha em mente: Uma clara visão das necessidades do mundo; um sentimento de grande compaixão pelos pecadores; um esforço ativo, entregando-se como
solução. Com isto em mente, vamos
usar nosso raciocínio à serviço de Deus.
Como Fazer a Guerra
Para que o Evangelho seja pregado e haja conversões, o feitiço
espiritual que cega o entendimento do incrédulo deve ser retirado . Existem
comunidades inteiras enfeitiçadas por causa dos pactos que fizeram, que
precisam de uma libertação coletiva. Mas como fazer para confrontar os
principados e potestades diante da legalidade que têm, fruto das escolhas e livre-arbítrio destas pessoas?
O engano deve ser desmascarado, as fortalezas mentais e espirituais
devem ser desfeitas. As fortalezas não são uma região geográfica, a fortaleza é uma habitação mental, um
ninho na cabeça da pessoa. É na mente que Satanás manipula o interior do homem.
Nós devemos derrubar todo “argumento” (raciocínio calculado ao longo do tempo);
são imaginações, sofismas que têm aparência de sistemas religiosos. Seitas são
baseadas nestas fortalezas malignas.
O Espírito Santo quer nos dar poder para demolir estas cosmovisões
de enganos espirituais nas mentes que dominam cidades inteiras. E, para atacar
o sofisma, o melhor é a verdade, não
adianta amarrar demônios e nem sinais de maravilha. A verdade é a arma poderosa para lidar com o engano a nível de
comunidades, mas o desafio é entrar nestas mentes enfeitiçadas. Para estas
pessoas, é que o Evangelho está vedado, encoberto. A mente está fechada, o
entendimento cegado. É preciso encontrar o “abre-olhos”.
O desafio é: como abrir seus olhos e levá-los das trevas
para a luz. O instrumento que temos é a
oração. O apóstolo Paulo pediu em sua carta aos Colossenses que orassem por
ele para que Deus abrisse a porta para a mensagem que estava proclamando.
Nós temos que orar
pedindo a Deus para que este véu que está
sobre a mente dos perdidos, seja levantado temporariamente para que possamos pregar a verdade que liberta.
·
Os perdidos são cativos de uma
prisão de engano.
·
Deus precisa penetrar esta
fortaleza para que possamos entrar.
·
A oração é um meio poderoso
para que isso seja feito.
O primeiro passo é amarrar o homem forte que está cegando. Amarrar o
valente. (Marcos
3) A casa do
homem forte é a mente da pessoa; os bens são a alma da pessoa.
Guerra espiritual é sinônimo de intercessão intensiva. Não se trata
de convencer Deus a forçar as pessoas a se converterem. Deus é ferido todos os
dias pela rejeição destas pessoas, mas ainda assim respeita seu livre-arbítrio.
Nós, tampouco, podemos expulsar demônios de uma comunidade se eles
são objeto de contínua idolatria ali.
Orar pedindo contrariamente à vontade dessas pessoas, seria violar
seu livre-arbítrio. Então precisamos pedir a Deus de maneira correta. Apelamos
para que Ele equilibre o campo de batalha, removendo temporariamente as
consequências lógicas das escolhas erradas das pessoas. Elas escolheram os
demônios e estão enfeitiçadas. Elas merecem ser enganadas, porque assim
escolheram, mas... pedimos a Deus para
dar uma segunda chance, mesmo que não mereçam, para processar a verdade a nível
de coração. Pedimos que retire a venda de seus olhos temporariamente.
O apóstolo Paulo sabia que se pregasse o Evangelho sem o
“abre-olhos”, nada ia colher espiritualmente, mas se ele conseguisse condições
neutras para que as pessoas realmente o ouvissem, elas estariam tendo uma
chance real de escolha.
Por exemplo, somente porque alguém sai de uma embriagues, não
significa que está livre do álcool. Pela intercessão eles saem da embriagues,
mas se vão ser libertos de seus vícios, terão que primeiro se arrepender de
seus pecados.
Jonas, o profeta, podia pregar a verdade, pedir que se
arrependessem, mas ele não poderia se arrepender por eles.
Quando nós fazemos guerra espiritual precisamos lembrar que estamos
invocando o poder do Deus Onipotente. Estamos pedindo que uma aliança, entre os
demônios e as pessoas seja suspensa temporariamente.
Obediência
Somos embaixadores de Deus e por isso temos que fazer o que Ele nos
ordenar. Jeremias, por exemplo, foi chamado por Deus que o comissionou às
nações e colocou Suas palavras em sua boca.
Para amarrar o valente sem que Deus tenha colocado as palavras em
nossa boca, é presunção. Principalmente quando lidamos com demônios de alta
patente, temos que agir obedecendo a instruções específicas de Deus.
A guerra espiritual é um
trabalho árduo. Para começar devemos nos assegurar de que estamos caminhando em
santidade. O Salmo
66 diz que, se tivermos iniquidade no coração, Deus não
vai nos ouvir.
Se não temos retirado as raízes do orgulho de nossa vida, Deus vai
nos resistir. Estamos tentando resistir ao diabo, mas Deus mesmo está nos
resistindo.
Quando oramos por uma cidade que queremos libertar, teremos que nos
ajoelhar e chorar diante de Deus, clamar a Ele que demonstre sua misericórdia.
Mesmo que Ele não precise e as pessoas não mereçam, os intercessores se colocam
na brecha, clamando a Deus: “sei que não
é justo Senhor, sei que essas pessoas têm Te machucado, mas retira a cegueira
de seus olhos por um pouco de tempo para terem nova chance de fazer a escolha
certa pela verdade.” E pedimos
... batemos à porta ... até o Pai descer e abrir a porta, até que Ele diga: “está bem, levante e vá, o homem forte está
amarrado, pode ir e pregar, levantei o véu.”
A História do Rei Ezequias
Um Modelo de
Avivamento - II
Reis 18:1-20 e II Cr 28 -32
Ezequias era filho do Rei Acaz, um dos mais pervertidos e cruéis reis de Judá. Homem violento, adepto de práticas do ocultismo. Chegou ao ponto de queimar diversos filhos em sacrifício a deuses estranhos. Adorava os demônios em todos os lugares altos do país. Além disto foi um rei que sofreu diversas derrotas e levou seu país a uma situação política e econômica insustentável. Usou os objetos sagrados do Templo de Jerusalém para fazer ídolos e altares e deuses de outras nações. Morreu tão desprezado, que o povo negou-lhe sepultura junto aos reis de Judá. (IICr.28)
Durante 25 anos Ezequias foi testemunha das loucuras cometidas por
seu pai Acaz. Quando assumiu o trono, sua capital era uma cidade totalmente
contaminada e as fibras morais, espirituais, econômicas e sociais da nação
estavam destruídas.
O simples fato de ter sobrevivido aos sacrifícios realizados por seu
pai, já era um milagre. O que tinha restado do outrora majestoso templo de
Jerusalém, precisava desesperadamente de reparos. Suas portas estavam quebradas
e seu interior estava contaminado.
Se já houve um quadro de desolação, desespero e desesperança, ali
estava ele: um jovem inexperiente assumindo o governo de uma nação em
bancarrota, cuja capital tinha sido transformada em santuário de demônios, e
onde o nome do Deus Altíssimo era blasfemado e desprezado.
Mas o que aconteceu?
Em menos de um ano a capital foi reconstruída e purificada, o
interior da nação foi restaurado e o reino recuperou a estabilidade política,
econômica e espiritual.
A vida e a obra de Ezequias incorpora um dos mais dramáticos
exemplos de como em qualquer lugar do mundo, uma cidade e uma nação podem ser
conquistadas para Deus.
As ações de Ezequias fornecem a estratégia para a Conquista de
Cidades. Vamos ver o que ele fez:
1 – Destruiu os lugares de adoração aos demônios e a própria serpente de bronze que Moisés havia
feito e restaurou a Casa do Senhor (II Reis 18:4; II Cr 29:3)
2 – Convocou os sacerdotes e os levitas a se purificarem e se
consagrarem ao Senhor. Depois ordenou
que eles purificassem a Casa de Deus. Em apenas 16 dias, com os sacerdotes
trabalhando dentro do templo e os levitas pelo lado de fora, o trabalho de
purificação foi completado. (II
Cr29:4,5,17)
3 – Então, Ezequias reuniu os líderes da cidade e se dirigiram para o
templo e ofereceram sacrifícios pelos pecados cometidos. Ele restabeleceu o
culto ao Deus Altíssimo, e desafiou o povo a oferecer sacrifícios e a adorar. (IICr 29)
4 – Depois, procurou restabelecer a Unidade dos Reinos de Judá e Israel,
convidando todos a celebrar a Páscoa em Jerusalém. (IICr 30)
Quando o povo retornou das celebrações, eles começaram a destruir os
altares pagãos. (II
CR31:1)
5 - A purificação de Judá e Israel foi seguida
de imediato por uma tremenda prosperidade material. (II CR 31)
·
A recuperação total da nação
aconteceu quando o poderoso e temido Rei da Assíria foi misteriosamente
derrotado às portas de Jerusalém.(II Cr32)
Que tremenda história!
Primeiro uma cidade foi conquistada e entregue nas mãos de Deus; depois a nação
toda e, eventualmente, os súditos de um reino dividido puderam se reunir e
adorar o Deus único.
·
A nação prosperou à medida que
a Casa de Deus prosperou.
·
Os princípios responsáveis por
esta transformação em Judá, bem como as estratégias usadas, até hoje são
válidas em nossa luta para conquistarmos as cidades para Jesus.
O Remanescente Fiel
O primeiro passo para se conquistar
uma cidade para Cristo é o estabelecimento do perímetro de Deus nesta cidade.
Foi o que
Ezequias fez. Em meio a densas trevas espirituais que envolviam Jerusalém, ele
começou pela casa do Senhor, estabelecendo um perímetro para a piedade. É isso
que precisamos fazer: estabelecer uma cabeça
de ponte espiritual. Isso é feito mediante o ajuntamento do “remanescente fiel”.
Este é formado por aqueles crentes que esperam pela manifestação do
reino de Deus em sua cidade e estão orando por isso. São pessoas integradas na
vida de suas igrejas locais e querem ver o poder de Deus se manifestando em sua cidade, salvando vidas.
Quando este remanescente fiel
se ajunta e começa a orar com autoridade pela cidade e pela manifestação do
reino de Deus, o perímetro de Deus fica estabelecido naquele lugar, e isso cria
um problema sério para Satanás, pois ele terá que se ocupar agora com um grupo
de guerreiros aguerridos, corajosos, intrépidos, que em nada considera a sua
vida preciosa para si mesmo, e que usa as armas poderosas que Deus já colocou à
sua disposição.
O simples fato de
que o remanescente fiel comece a se
reunir, pode alterar dramaticamente o equilíbrio de poder espiritual sobre uma
cidade. Mas é da maior importância observar que a convocação do remanescente deve estar centrada em Jesus,
na renovação do pacto com Deus, e não em um programa.
As Armas de nosso combate
Se vamos combater, vamos precisar armamento. A igreja guerreia nas
regiões celestiais contra seres invisíveis, com armas invisíveis. É uma guerra
que temos que desenvolver pela fé,
usando nossos olhos e sentidos espirituais.
Você tem alguma idéia de
como lutar esse combate?
O Espírito Santo ora por nós, diz a Palavra, porque não sabemos orar
como convém. Será que sabemos guerrear como convém ou teremos que nos entregar
também à direção do Espírito de Deus?
Numa intercessão guiada pelo Espírito vamos observar um mover
estranho aos nossos sentido naturais: são ruídos, gritos, gemidos de dor,
trabalhos de parto, movimentos e expressões curiosas que não podemos entender naturalmente.
Numa batalha espiritual, esse mesmo Espírito estará conduzindo os obedientes em moveres absurdos ao nosso
entendimento comum. São movimentos estratégicos comandados pelo Espírito de
Deus, inclusive com o uso das armas espirituais.
Oposição
Interna - E como as coisas
de Deus são loucura para o homem um
mover estratégico de batalha pode causar bastante estranheza a um observador,
ou mesmo a alguém do grupo que não consegue se dar inteiramente ao Espírito
Santo de Deus e se mover por fé.
Uma atitude de orgulho
também pode impedir o fluir do Espírito através da pessoa que não quer se expor
ao ridículo aparente da situação.
Os que têm uma razão forte
também vão resistir em se dar para alguma coisa para a qual não têm explicação lógica e podem mesmo se
tornar críticos com relação aos moveres de batalha. Esses pensam que Deus lhes
deve uma boa explicação para agir desta ou daquela maneira, e que o Senhor deve
agir com ordem e decência, ou seja, numa ordem e numa decência que eles
consideram aceitáveis dentro de seus padrões de medidas e compreensão.
Costuma surgir também os que têm ainda fortalezas de incredulidade em sua vida. Eles temem que tudo não
passe de um espírito de engano operando no meio do grupo, provocando exageros
desnecessários. Esse espírito de dúvida
é terrível para bloquear o mover pela fé
exigido durante uma batalha, onde devemos obedecer o nosso general Jesus
Cristo, mesmo que ele não queira dar as devidas explicações sobre o que estamos
fazendo.
As batalhas são desgastantes física e espiritualmente por causa do
confronto com o exército do inimigo. Muitas vezes precisamos ter nossas forças
físicas renovadas pela unção do Senhor.
Somos renovados também emocional e espiritualmente depois da batalha com o
derramar da alegria e gozo do Senhor que
é a nossa força.
As Armas
II Co
10:3-5 - “Porque,
embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da
nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir
fortalezas; anulando sofismas, e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo.”
Armas Defensivas
O Sangue de Jesus
O sangue é uma cobertura para os nossos
pecados. Ele traz a purificação que invalida qualquer tentativa de senhorio de
Satanás sobre nossas vidas. Ele não pode mais nos acusar. O sangue garante a
vitória. Apocalipse
2:11 declara: “Eles
o venceram pelo sangue do cordeiro...”
A Palavra de Deus
A Palavra de Deus é a verdade. Satanás
ataca com mentira, tentando distorcer a verdade. A Palavra expõe a mentira. Ef. 6:14
a- “Estais, pois,
firmes, cingindo-vos com a verdade”
Ef.6:17 b – “ ... e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”.
A aplicação da Palavra nos livra de todo
jugo. Nós nos protegemos dos ataques de Satanás, suas mentiras e enganos,
defendendo-nos com a verdade da Palavra de Deus.
A Couraça da Justiça
Ef.
6:14 – “Estais,
pois, firmes ... vestindo-vos da couraça da justiça.”
A justiça é a nossa couraça e como tal
protege o nosso coração de ser condenado pela nossa consciência (I Jo.
3:19-22).
A justiça nos dá confiança diante de
Deus. Estamos justificados, não há condenação, temos uma consciência clara (I Tm.1:3), uma consciência sem ofensa (At. 24:16).
Só podemos pertencer ao exército de Deus
com as vestes da justiça. A visão de
João mostra o exército de Jesus em trajes de linho branco, que fala da justiça
dos santos (Ap.19:7,8,11,14).
O Escudo da Fé
Ef. 6:16 - “Embraçando sempre o escudo
da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.”
Numa batalha o inimigo lança dardos, especialmente de incredulidade. Sempre tenta colocar em
dúvida nossa confiança em Deus e a certeza da vitória. Temos que manter o
escudo levantado reafirmando a palavra de Deus como verdade (a espada), enquanto procuramos anular os
sofismas lançados por Satanás nos
entrincheirando na fé e certeza de que o amor de Deus nos defenderá.
O Capacete da Salvação
Nossa mente é um constante campo de batalha, mas temos “o
capacete da salvação” – Ef.
6:17
I Ts.
5:8 – “Nós,
porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça de fé e
amor, e tomando como capacete, a esperança da salvação.”
O capacete protege a cabeça. A Palavra salvação aqui, no grego é soteria, que significa bem estar físico
e mental. Diante de muitos ataques precisamos ver a salvação de Deus, isto é,
libertação.
Isaías
26:1,3-4 diz-nos que a salvação de Deus é nossa
proteção. “Deus lhe põe a salvação por
muros e baluartes”. Protege nossa mente em dias de ataque, porque nossa esperança está na salvação de Deus. Essa
esperança guarda nossa mente em perfeita
paz. Essa paz é uma grande arma de
proteção.
A Preparação do Evangelho da Paz
Ef. 6:15 – “Calçai os pés com a
preparação do Evangelho da paz.”
Os sapatos são o Evangelho. A preparação aqui fala de prontidão, da
necessidade de vigiar o tempo todo. Satanás tentará trazer a complacência,
contentamento com a situação e amor ao conforto. Ezequiel 16:49 fala dos pecados de Sodoma, que refletem o amor à vida fácil.
Com os pés calçados na preparação do Evangelho da paz, não seremos
enlaçados pelos pecados de Sodoma
.
.
As Armas Ofensivas
O Nome de jesus
O nome de Jesus é o poder de Deus outorgado ao crente com o
propósito de edificar e expandir o Reino de Deus. Seu nome é uma torre forte e
poderosa. É o refúgio e proteção.
Esse nome transporta tal autoridade e poder, que está acima de todo
nome. Pela menção desse Nome os
demônios recuam.
A Palavra da Fé
A palavra da fé, é falar com a fé
de Deus. Fé em Deus é nossa arma
defensiva contra as dúvidas. A fé de Deus
é uma arma ofensiva. (Mc.
11:22)
Ter fé de Deus é possuir
o tipo de fé que Deus tem. Ele crê que a palavra que sai de Sua boca não
voltará vazia, mas cumprirá aquilo para o que foi enviada. (Is.
55:10-11)
Jesus tinha a fé de Deus quando falou à figueira (Mc.11:20). Jesus diz que, como filhos de Deus, devemos ter o mesmo tipo de
fé (Mc.
11:22-24)
A oração é poderosa quando é feita com a palavra da fé. A ordem “eu mando” ou, “eu expulso”, ou “eu proibo”,
deve ser dada com a palavra da fé.
Há muitos exemplos da palavra da fé proferida na Bíblia. Elias pede
fogo do céu (I
Rs. 18:37-38); Josué manda o sol parar (Jo.
1012-13); Elias diz que não choverá (I Rs.
17:1); Jesus usa constantemente a palavra da fé.
A Palavra De Deus
A Palavra de Deus é uma espada de dois gumes. É tanto ofensiva
quando defensiva. Com ela atacamos o inimigo em cheio. Para usá-la bem,
precisamos tomar tempo estudando-a e memorizando-a para a hora do ataque. Jesus usou a Palavra
para derrotar Satanás na tentação (Mt. 4:1-11). A
espada deve ser usada na boca. (Ap. 1:16).
Louvor e Adoração
Deus habita nos louvores (Sl.22:3). O
texto de II
Cr 20, ilustra bem a derrota que o louvor inflingiu ao
adversário.
Pelo louvor e exaltação do Nome do Senhor, tanto derrubamos os muros
do inimigo, confundido-os, como também quebramos cadeias sobre nossas próprias
vidas e dos que nos cercam. O louvor abre as portas das prisões e liberta os
cativos. (At.
16:23,25,26).
A adoração é uma arma de guerra e existem várias expressões da
adoração: a música, as palmas, gritos de júbilo, as bandeiras e estandartes, as
danças e movimentos.
·
Música
A trindade santa estabeleceu um padrão para as coisas geradas por
Deus que acompanha o número três. Por exemplo,
Pai, Filho, Espírito Santo; manhã, tarde e noite e assim por diante. A música
segue este padrão e é composta por ritmo, harmonia e melodia que correspondem
ao nosso corpo, alma e espírito.
A
melodia é a parte mais importante porque é através do
espírito que ministramos e nos expressamos no mundo espiritual. Na música
hebraica, a parte forte é a melodia. Cantar, melodiar, é o mais importante para
que entremos na presença de Deus. No louvor precisa sobressair a melodia. Nossa
voz tem um timbre único que atua de
modo particular no mundo espiritual, de tal forma, que só você poderá alcançar
as regiões celestiais no ponto em que o Espírito deseja. Quando estamos
melodiando, nosso espírito está se movendo com o Espírito Santo de Deus.
A
harmonia está relacionada è emoção, à alma. Os arranjos
musicais fazem parte da harmonia e quanto mais elaborados, mais têm o poder de
mover nossas emoções.
O ritmo está ligado ao movimento do corpo. Se começarmos um mover apelando
mais ao ritmo, vamos ter grande dificuldade em chegar ao espírito. Se começar
pelo corpo, vamos ficar apenas na dimensão física. Nossa motivação, nosso
referencial, não pode ser o corpo. A adoração deve começar melodiando-se, ou
salmodiando o Senhor, e para isso é necessário estabelecer-se comunhão com
Deus.
Os três elementos da música são igualmente importantes, mas têm que
estar no lugar correto. Deus quer equilíbrio nestes três fundamentos.
A música não é uma arte. Ela foi produzida por Deus como um elemento
divino para ministração no mundo espiritual, com poder sobrenatural. É composta
por 7 notas, como os sete frutos do Espírito, os sete dias da semana e os sete
espíritos de Deus. Há anos e séculos Deus cria músicas sem nunca esgotar seus
recursos. A música santa tem a função específica de gerar nas regiões celestes,
frutos do Espírito. As músicas são sementes que podem gerar também os frutos da
carne, como o rock, que leva à
violência e às drogas, ou as músicas de Zezé
de Camargo que geram sexo e traição. O fruto depende de quem inspirou
aquela música. O louvor, por exemplo, limpa os céus para que desça a unção de
Deus.
Cada
instrumento produz um som com timbre diferente.
Poderíamos falar em três colunas, a da direita – dar; a da esquerda
– receber; e a central – receber
para dar. Ou seja, os timbres agudos, graves e medianos.
O timbre agudo
corresponde a coluna da direita, e ao espírito, porque dar é a natureza de Deus
em nós. A composição de timbres geram uma nave
e teremos a parte de trás que é a
base, a sustentação; a parte do meio; e a ponta bem afinada. Esta ponta são os timbres agudos que permitem a penetração mais fácil no ar. Esses
sons penetrantes atingem as regiões celestiais numa frequência tremenda,
levando as ministrações.
Os timbres graves
correspondem à coluna da esquerda,
ligada ao ritmo e ao corpo. Apontam para a natureza humana e afrontam as
resistências físicas. O corpo treme todo ao som de um bumbo que mexe também com as estruturas físicas no mundo
espiritual. É a base da nave.
Os timbres medianos da
coluna central falam de equilíbrio, são sons de sustentação que correspondem à
alma.
Os shows do mundo têm o som mais perfeito possível porque Satanás
sabe que quando os sons forem produzidos estarão levando suas ministrações às
regiões celestiais.
Cada instrumento entra num timbre, numa frequência. Espiritualmente
falando, existe um propósito nisto. Alguns instrumentos são melancólicos,
outros românticos ou alegres. O pandeiro, por exemplo, é para música de
regozijo, muito usada nas celebrações hebraicas. Esses sons geram realidades no
mundo espiritual, permeiam e limpam os céus conduzindo as palavras proféticas e
as ministrações.
·
Palmas
O Salmo
47:1 diz: “Batei
palmas todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo...”
O Salmo
98:8: “Os rios
batam palmas e juntos cantem de júbilo os montes...”.
Isaías
55:12: “Saireis
com alegria, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em
cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.”
Quando o timbre das palmas ecoam nas regiões celestiais, algo de
tremendo acontece. Quando produzo movimento do ar, eu gero, num timbre único e
pessoal, uma onda sonora que nunca mais deixa de existir. Nossas palavras estão
todas vagando pelo espaço indefinidamente. Elas são ondas sonoras que funcionam
como sementes, porque pela palavra, todas as coisas são geradas. Existe então uma cobertura de palavras, boas
ou más, sobre as nossas vidas. Por isso,
semeie nos ares palavras boas sobre si próprio; elas vão ecoando até gerar
frutos. A palavra tem o poder da criação. Precisamos nos ministrar e ser
ministrados através das palavras lançadas ao ar.
As palmas podem ser traduzidas nas seguintes palavras: “Como você é
bom!”. Elas exaltam a Deus, mesmo quando direcionadas à sua criação.
O som das palmas, espiritualmente sempre é direcionado ao Senhor, pois anuncia
que quem deu o talento ao artista é que é verdadeiramente bom!
Gritos
de Júbilo
Esdras 3:11-13: “Cantavam alternadamente,
louvando e rendendo graças ao Senhor, com estas palavras: Ele é bom, porque a
sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo povo jubilou com altas vozes, louvando ao
Senhor ...”
Glória
a Deus, Aleluia! Esses são gritos de júbilo que levam o povo de Deus à
vitória. O diabo odeia as expressões de júbilo e Israel, em algumas ocasiões,
venceu o inimigo somente com gritos de
júbilo.
·
Bandeiras
e Estandartes
São símbolos, sob forma de anúncio gráfico, cheio de cores e
formas, que anunciam a entrada de um
exército, reino ou missão. Falam também de tomada de posse de determinado
território. São muito usados em
manifestação profética numa linguagem de grande força no reino do
espírito. Por esse motivo o diabo promove nos centros de macumba, no carnaval e
outros festivais em meio aos povos, um festa de sons, luzes e cores, com muitas
encenações, coreografias e fantasias.
Gritos de júbilo e bandeiras levantadas, juntos, geram a ação de um
exército em guerra.
·
Danças
e Movimentos
Salmo 149:3: “Louvem-lhe o nome com
flauta; cantem-lhe salmos, com adufe e harpa.”
No texto flauta pode
ser entendida como dança constituída de movimentos rodopiantes, executada por
uma só pessoa ou por um grande grupo. Adufes são tamborins.
Quando nos movimentamos, balançamos os braços, geramos um movimento
de luz. Isto é uma realidade física e metafísica. Isso significa, a luz, que é
Jesus, entrando em ação através de nós. Um som que você gera, nunca deixa de
existir, vira uma onda sonora que se propaga nas regiões celestiais. A natureza
louva ao Senhor. Uma árvore balançando louva ao Senhor através de sons harmoniosos.
Quando o ar se movimenta gera o som, até mesmo através de nossas cordas vocais.
A dança, por exemplo, pode resultar em promiscuidade e sensualidade, mas quando
se trata de um corpo santo movido
pela unção, vai gerar um movimento de luz, ar e som que ecoa nos celestes.
Se a adoração, em suas
várias expressões, é arma de guerra, podemos concluir que, o mover do Espírito de Deus comandando sons e
movimentos através de nosso corpo, se traduz em uma verdadeira batalha no mundo espiritual. Que
possamos ser esses instrumentos vivos
e de fácil manuseio nas mãos de nosso Deus!
Santificação
Santificação
Quando usamos a expressão batalha espiritual, associamos a algo
sofisticado que requer uma habilitação especial de uns poucos corajosos,
escolhidos por Deus para este ministério.
Essa idéia é falsa porque, a partir de nossa conversão e
transformação em filhos de Deus através de Jesus Cristo, deixamos as fileiras
de Satanás e nos alistamos no exército de Deus. Deixamos o serviço a Satanás e
passamos à liderança do general de guerra Jesus Cristo.
Assim, está bem claro que devemos tomar posição nesta batalha, ou
vamos somente perder um combate após o outro, só apanhar, e nunca bater.
Devemos pelo menos oferecer resistência ao inimigo.
Esta batalha espiritual acontece primordialmente dentro de cada um
de nós. Se não tivermos vitória no campo pessoal de nossa batalha, não
estaremos habilitados a combater em prol da causa maior do Reino de Deus. A
vitória pessoal de cada um, é a vitória do Reino, é a vitória do corpo de Jesus
que é a igreja. O contrário também é verdadeiro. Mesmo que o cristão não
queira, ele faz parte de um exército que luta sob a bandeira do Leão da Tribo
de Judá. Mesmo que essa idéia não agrade a muitos, aquele soldado antipático
que luta ao nosso lado, tem um importante papel no nosso destino como igreja.
A salvação é individual, mas nossos destino como povo de Deus está
enredado nos destinos de toda a igreja de todas as épocas.
A Lição Básica
Somos o
tabernáculo de Deus que habita em nós como habitava a tenda do tabernáculo no
Antigo Testamento – o corpo (átrio), a alma (o lugar santo) e o espírito (o
santíssimo).
A batalha será travada em todas essas fronteiras.
O alvo principal é a nossa:
* MENTE.
Os pensamentos vêem de três fontes diferentes: de nós mesmos, do diabo(Mt.16:23) e de Deus.
Se tão somente conseguirmos vigiar e discernir estas três origens,
teremos ganho a guerra em favor de nós próprios e estaremos rompendo as
fileiras inimigas em favor dos demais.
Mateus
16:23 diz que nós temos a mente de Cristo, portanto, basta colocá-la para funcionar.
O texto de II
Co 10:4,5 nos fala sobre sujeitar nossos pensamentos a
Deus. Devemos resistir fortemente a essas fortalezas em nossas vidas:
Sofismas – do grego logizonal
(lógica), se referindo a fortalezas e pensamentos humanos.
Altivez – no grego hypsoma, ou
seja, poderes cósmicos, falsos deuses, principados, demônios.
Essas fortalezas se estabelecem a nível individual e a nível de
nações, impedindo até mesmo a entrada do Evangelho em meio aos povos.
Nós pensamos o tempo todo e seria um esforço absurdo se tivéssemos
que vigiar cada pensamento. Como então vamos impedir que Satanás se infiltre
sorrateiramente em nossa mente?
Ela precisa estar tão saturada pela palavra de Deus (Filipenses
4:8), que tudo aquilo que vier em contradição, será
automaticamente rejeitado pelo nosso crivo crítico.
Nós temos uma censura embutida em nossa mente que filtra tudo que
passa pelos nossos olhos e ouvidos. Se está de acordo com nosso padrão de
pensamento ou opinião sobre determinado assunto, a informação é aceita e
absorvida, caso contrário ela é julgada e descartada sem que percebamos.
Os anunciantes descobriram este processo e resolveram burlar esse
sistema de segurança, criando a propaganda subliminar.
Várias experiências foram feitas neste sentido, usando telões dos cinemas, onde
eram projetadas sugestões como: beba coca-cola. A frase piscava tão rapidamente
que os olhos viam, mas mente consciente não registrava, passando a informação
diretamente para outro setor da mente onde era aceita sem censura.
Todos, ao saírem do cinema, forma imediatamente comprar uma
coca-cola.
Esse tipo de propaganda foi proibida.
Voltando ao nosso assunto: se estivermos grandemente preocupados com
alguma coisa, ficamos incapazes de prestar atenção, ou dar espaço a qualquer
outro pensamento, porque estamos de “cabeça-cheia”!
Se tratarmos de encher nossa cabeça com os conceitos e ensinos da Palavra
de Deus, ela automaticamente rechaçará todo pensamento que vier em contrário,
e, somente sob força de argumentação, tal pensamento conseguirá passar através
de nossos censores seletivos.
A única arma ofensiva que temos neste combate é a espada do Espírito que é a Palavra de Deus, que alcança, ainda no
ar e despedaça, as mentiras enviadas pelo inimigo.
*
Coração
Na Bíblia, coração tem vários sentidos (Pv 4:23).
Em
Efésios 6:11, a Palavra
nos diz que devemos proteger as nossas partes mais vulneráveis que são a
cabeça(mente) e o coração.
Nossa mente, cheia da
Palavra, está sendo lavada pela água do Espírito e uma mente limpa vai gerar um coração puro e um falar
na autoridade de Deus.
* Boca
Pelo poder da Palavra o mundo foi criado. O que falamos pode gerar
vida ou morte. Pv.18:21: “ A morte e a vida estão no
poder da língua...” Tiago
3:10: De uma
mesma boca procede benção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto seja assim.”
Pela nossa palavra
edificamos a própria fé e a fé dos outros, ou
podemos ser usados como os 10 espias que, voltando da terra prometida,
desestimularam o povo com seu pessimismo
com graves consequências. Foram necessários mais 40 anos de caminhada para
entrar na promessa, por causa das palavras de medo e incredulidade. Mt.
15:18: “ Mas o
que sai da boca, procede do coração, e isto contamina o homem.”
Pela palavra dita com fé
(com o coração), trazemos as realidades espirituais à existência terrena. Mt.
16:19: “ ...o que
ligares na terra, terá sido ligado nos céus...”
A fé vem pela pregação da
Palavra (Rm10:17). E a salvação nos é garantida, “se
com a tua boca confessares a Jesus como Senhor...” (Rm.10:9)
Recebemos
tudo em nossa mente,(o canal de
entrada). Os pensamentos, uma vez aceitos, vão se alojar e gerar sentimentos em
nossos corações; e serão comunicados
sob a forma de palavras, pela nossa boca (o
canal de saída).
A Vitória de Gideão
Livro de Juízes
6,7,8
Quando se fala em
estratégia, a história de Gideão não pode ser esquecida. Ele é um excelente
exemplo para nós de que a vitória nos é garantida, não pela força, mas pela
confiança nos métodos de Deus.
Havia sete anos que o povo de Deus estava nas mãos dos midianitas
porque fizeram o que era mau perante o
Senhor. Israel se escondia em covas, cavernas e fortificações para escapar
às investidas do inimigo que destruía a terra e levava seu alimento, o gado, e
tudo o que lhes pertencia.
A situação era crítica, v.6 “
...então os filhos de Israel clamavam ao
Senhor.” O Senhor ouviu e lhes enviou um profeta com a seguinte mensagem:
v.9,10 “Eu é que vos fiz subir do Egito e
vos tirei da casa da servidão; e vos livrei da mão dos egípcios e da mão de
todos quantos vos oprimiam; e os expulsei de diante de vós e vos dei a sua
terra e disse: Eu sou o Senhor vosso Deus, não
temais aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; contudo não destes
ouvidos à minha voz”.
Gideão também ouviu aquela profecia sobre o Deus dos grandes
livramentos do passado e que agora exortava o povo, porque haviam temido os
deuses dos amorreus, ao invés de confiar Nele.
V.11 “Gideão estava malhando o
trigo no lagar, para o por a salvo dos midianitas”. Sem poder enfrentar um
inimigo tão forte, Gideão tentava, a seu modo, diminuir o prejuízo daquela
situação. Ele não estava paralisado mas buscava uma saída, inconformado. Foi
quando lhe apareceu o Anjo do Senhor e se desenrola um curioso diálogo.
A saudação do anjo foi: “o
Senhor é contigo homem valente”. A primeira afirmativa é de que o Senhor
estava com Gideão e a segunda de que ele era um homem valente. Significa que
ele não temia os deuses dos seus opressores como a maioria. Havia no coração de
Gideão algo diferente.
A resposta de Gideão ao Anjo foi um questionamento: se Deus é conosco, porque estamos nesta
situação? Porque nos desamparou? Que é feito do Deus poderoso que nossos pais
nos falaram? Ele não entendia porque Deus não estava agindo.
V.14 – “Então se virou o
Senhor para ele e disse: vai nessa tua força, e livra a Israel da mão dos
midianitas; porventura não te enviei eu? Que surpresa! Deus mandou que ele
transformasse sua revolta em ação. Deus disse: Eu estou te enviando. Vamos ver se você realmente quer mudar a
situação.
Gideão então argumentou que essa
força a qual o Senhor se referia era muito pequena, porque a família dele
era a mais pobre e ele o menor da casa de seu pai.
Mas o Anjo não aceitou o argumento e retruca: v.16 “já que estou contigo, ferirás os midianitas
como se fossem um só homem.”
Que interessante! O Senhor estava disposto a igualar as forças.
Seria homem contra homem, um contra um, Gideão contra os midianitas num
equilíbrio de forças, uma vez que Deus veio sobre Gideão e o revestiu com Seu
Espírito: v.34 “Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão...”
Podemos ilustrar esta situação mais ou menos assim: o seu irmão
menor está tendo problema na escola com um colega forte, violento e mau que
bate nele todos os dias. Você, como irmão mais velho gostaria de pessoalmente
enfrentar o atrevido, mas isso seria injusto, porque você é muito maior que ele. O que fazer?
Bem, se teu irmão pequeno tomar a decisão de enfrentar o menino
podemos providenciar para ele uma armadura e luvas especiais que vão lhe
garantir a vitória. Ele precisa ir sem medo, na força que ele tem, e o revestimento especial fará o resto
equilibrando as chances contra o inimigo.
Essa era a proposta do Anjo a Gideão. Muitas vezes quando pensamos
em enfrentar o forte inimigo que domina sobre uma cidade nos lembramos que ele
é muito mais forte que nós. Muitos de nós está somente preocupado com as
próprias lutas, mas existem aqueles, na igreja do Senhor que choram diante de
Deus pela condição da igreja, pelos perdidos em meio aos povos não alcançados
pelo evangelho e por causa do grande sofrimento que Satanás tem infligido à
humanidade. Quando nos voltamos para esta grande batalha entre o Reino de Deus
e o Reino das Trevas, nos sentimos impotentes diante das forças inimigas e da condição
tão caída em que se encontram as pessoas, dominadas pelo pecado.
É nesta hora que o Anjo do Senhor – Jesus Cristo – nos desafia a ir em frente, na força da nossa indignação, na força do nosso clamor e
na força da nossa fé e amor. Ele garante que estará conosco todos os dias até o fim. E ainda mais, se ele
encontrar tal disposição em nosso coração, irá nos revestir do poder do
Espírito Santo e de seus dons para realizar a obra.
Quanto ao poder superior do inimigo que governa este mundo, o Senhor
estará igualando as forças em toda frente de combate em que estivermos lutando
em seu nome, mediante sua autoridade delegada a nós.
Moisés também se sentiu
incapaz quando Deus o enviou a Faraó, contra o poderoso império egípcio, mas
Deus o estava enviando e deu a ele sua autoridade e poder.
Se Deus nos envia, o poder Dele vai estar nos revestindo e as forças
na batalha estarão equilibradas. É como o Senhor disse a Josué: tão somente sê forte e corajoso e tenha o
cuidado de obedecer a minha lei. Gideão teve o cuidado de fazer várias
provas até estar certo de que Deus o estava enviando e uma vez certo disto, ele
tratou de confiar nas orientações do Senhor.
Um pequeno grupo de 300 é usado para derrotar um exército incontável
e só depois o restante do povo é convocado para perseguir os fugitivos e tomar
os despojos. Isto acontece para que a glória seja de Deus e não dos 300
guerreiros escolhidos para ir à frente. Se eles venceram não foi pela própria
força, coragem e esperteza, mas venceram porque o poder de Deus estava com
eles. Essa mesma estratégia é usada por Deus em sua igreja, separando alguns
para abrir caminho na frente de batalha e glorificar a Deus.
No coração de Gideão não havia idolatria, tanto que sua primeira
atitude foi sacrificar ao Anjo do Senhor. Edificou em seguida um altar numa
atitude de adoração e consagração. Naquela mesma noite ele destruiu, sem medo
da ira de Baal, o seu altar e o poste-ídolo (representa a deidade feminina). A
santificação é necessária antes de qualquer batalha.
A humildade é outro traço
importante na personalidade deste guerreiro. No capítulo 8 os homens de Efraim discutiram com Gideão porque não os
chamou para a peleja. Ele responde que não havia porque se ofenderem, afinal,
eram tão superiores à sua tribo e o que fizeram fora tão mais importante -
haviam prendido os dois príncipes dos midianitas. A essa altura, Gideão coloca
sua brilhante atuação como se tivesse apenas assustado o inimigo para que
corresse.
A Dimensão
Espiritual
Um dia habitamos o
Jardim do Éden. O Jardim é uma dimensão que para muitos representa apenas um
conceito espiritual e não um lugar realmente. Mas a dimensão espiritual é um
lugar e você pode ir até lá.
Em tribos indígenas, uma das coisas mais importantes no ritual
da iniciação dos jovens é ensiná-los ir
até esta dimensão. Eles querem viajar até este lugar, que é governado por leis
físicas diferentes: os habitantes desta dimensão podem vir à nossa. São seres
espirituais e não são fantasmas, são mais reais e substanciais do que nós
somos.
Jesus, por exemplo, depois da ressurreição, apareceu fisicamente
através das paredes. Seu ser estava governado por outras leis físicas.
O pesquisador e mapeador George Otis crê que o Jardim do Éden era um
portão entre a dimensão espiritual e material. Deus não só criou, mas visitava
este Jardim e caminhava em plena comunhão com Adão nele. Ele vinha para este
Jardim de outro lugar que é o Monte da Assembléia (descrito por Jó) e desse
lugar, Deus governa o Universo. Foi neste Monte que Satanás compareceu diante
de Deus para acusar Jó.
Existem várias referências na Palavra sobre a habilidade de passar
entre essas duas dimensões – a espiritual e material. Como exemplo, lembramos
Jacó e a escada em Betel por onde subiam e desciam os anjos. O apóstolo Paulo,
Jesus, Ezequiel e Elias, também experimentaram viajar entre estas duas
dimensões.
No Jardim do Éden Deus revelava a Adão sobre si mesmo e sobre o
Universo. No princípio Deus manifestava-se ao homem fisicamente e em comunhão
íntima.
Após o pecado, se tornou impossível a comunhão com Deus. Prova disto
é que, mais tarde, quando Moisés ia ter com Deus, tinha que ser protegido na
fenda de uma rocha. O Sumo Sacerdote também precisava tomar muitas precauções
para se expor à glória de Deus. A Arca da Aliança inspirava cuidados especiais
porque a proximidade da glória de Deus se tornou impossível!
Na memória do homem, a lembrança desta comunhão permaneceu, a
recordação daquele tempo de glória. Por isso, hoje, a Nova Era, e outros
movimentos espiritualistas, estão tentando reconquistar, tanto a Sabedoria Antiga como a Era do Ouro, recriando as condições do
Jardim do Éden.
Quando analisamos a iniciativa de construção da Torre de Babel,
vemos o homem tentando reabrir este portal
dimensional proibido. Deus observou que enquanto o governo humano fosse um
governo centralizado, um só idioma e um só povo, seria fácil para Satanás
corrompê-lo e levá-lo a uma rebelião global contra Deus. Então a trindade divina interfere na história
humana, descentralizando este governo. Um
princípio básico de guerra
espiritual é que onde estão as pessoas,
aí estão também os demônios. Em
Babel, todo o povo estava reunido e concentrado. Havia uma nuvem de trevas, uma
enorme força capaz de abrir o portal.
Isso seria terrível porque permitiria ao homem um poder sem limites.
O início da batalha nos leva ao livro de Gênesis 1:28, quando Deus,
depois de criar o homem e a mulher, os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a…”. O amor de Deus pelo homem iria
se perpetuar no amor entre o casal, gerando outras vidas. Para encher a terra
eles deveriam IR, se espalhar e dominar sobre ela.
Desde o começo Deus enviou o homem numa missão de ocupação e domínio
deste território chamado terra.
Caim, filho de Adão, se rebelou: não quis andar errante (Gn.4:12-15). Preferiu parar e erguer sua própria cidade, Enoque, onde se entrincheirou na tentativa de se defender, de fugir às
consequências de seu pecado. Não aceitou o sinal,
a garantia de Deus, de que não seria ferido de morte. Com isso, deixou de lado
o método de conquista de Deus, de
povoação da terra através do IDE, crescei
e multiplicai-vos, pelo método de
auto defesa, criando a cidade como lugar seguro para apenas se defender de
seus inimigos.
Nos anos
de 95/97 foram concluídos três estudos científicos
importantes: sobre os gens da humanidade
de todas as raças; sobre a origem das
línguas; e arqueologia da agricultura
- remanescentes de sementes e plantações mostrando a migração dos povos.
As conclusões destes estudos nos levam a saber uma mesma coisa sobre
a migração dos povos de Babel para os confins da terra: por onde foram e em que
direção.
Se Babel era um terminal, havia três caminhos principais saindo: um
para Anatólia (Turquia); outro para a Arábia; e o terceiro para o sul da
Sibéria (Altai). Em cada uma dessas regiões, grandes famílias lingüísticas
nasceram e cada um destes locais representavam o local de nascimento de
conceitos espirituais.
s Arábia – se espalharam por três outros caminhos:
-
para o norte (Uz – casa de Jó);
os povos semíticos (incluindo os hebreus), nasceram nesta região.
-
Outros continuaram para o sul
até a Etiópia e se espalharam novamente para a planície no sul da Argélia. Hoje
podem ser encontradas nesta região, figuras mostrando rituais de cultos
antigos, mostrando o uso de plantas alucinógenas. Estes seguiram depois para o
leste da África.
-
Um terceiro grupo desceu da
Etiópia para a África do Sul, por um precipício. Este vale mostra cavernas com
marcas de cultos. É um dos caminhos espirituais mais antigos do mundo.
s Os que foram para Altai (Sul da Sibéria), deram início ao animismo e
shamanismo. Culto às deusas e astrologia. Nesta região tem o “monte Baluca” que
significa monte de ouro, um substituto para a Torre de Babel. Em todas as
culturas a humanidade tenta recriar a
Torre de Babel, com lugares muito altos, pirâmides, etc. Querem voltar
para casa e estão buscando este caminho independente e estão encontrando a
orientação errada.
Altai: inclui
China, Índia, Coréia, Japão; sendo que outros subiram para o norte e passaram
para as Américas, povoando-as.
s Turquia (Anatólia): Estes foram para a
Europa.
As experiências dessas pessoas foram
muito diversas. Porém, uma coisa elas tiveram em comum: todos encontraram
traumas, largos rios, altas montanhas e mares. Tudo isso causava morte de
idosos e crianças. Mudanças climáticas afetavam sua vida, com fome, doença,
pestilência, além do ataque de outras tribos.
Como resolver seus
problemas? Eles tiveram que fazer uma escolha.
Deveriam confessar seu pecado, pedir perdão, confessar a Deus como Senhor, a
exemplo do povo de Nínive, quando advertido por Jonas. Mas eles preferiram
entrar em aliança e fazer pactos com o mundo espiritual; com os demônios.
Diziam assim: “se resolverem vocês nossos
problemas, nos entregaremos a vocês.” Esse tipo de aliança foi selada milhões de
vezes na história da humanidade dando legalidade aos demônios.
Os festivais religiosos reforçam estes pactos. Há apenas uma
exceção: é quando o povo do Deus Verdadeiro se junta para celebrar a maneira
única e correta pela qual Jesus abriu esse portão
para o Pai, para nos religar com a Sabedoria e a Era do Ouro. O que Jesus
fez nos permite voltar para nossa dimensão espiritual.
A Aliança
Demoníaca dos Povos
Podemos observar estas alianças demoníacas em muitos lugares.
Índia:
Muitas trevas e idolatria. Mais de 300 mil deuses
principais são adorados. Quanto maior o trauma sofrido durante a peregrinação,
maior a idolatria e maior o número de “libertadores” solicitados. Isso é
verdadeiro tanto na vida de uma pessoa como de uma comunidade.
O Haiti é um país com uma história de muita dor no passado e por
isso tem muitos deuses.
·
Como o inimigo consegue
permanecer na comunidade por longo tempo? Ele fica mesmo depois que as pessoas
do pacto já morreram.
Se conseguirmos a informação de como o diabo entrou e como pode
permanecer, vamos ter meios de quebrar essas dinastias de trevas e essas
alianças.
Um exemplo é o povo
Santal, quando vieram do Oriente Médio para a Índia.
Chegaram nas montanhas entre o Afeganistão e o Paquistão. A história desse povo
relata que muitos morreram por não conseguir passar pelas montanhas. Em vez de
voltar-se para Deus, eles invocaram os “espíritos
das montanhas”.
Esses pactos são reafirmados através dos festivais, etc. O tempo em
que estas festas são realizadas é estratégico para a quebra destes pactos.
Outro exemplo é a Indonésia; as famosas Ilhas de Java e Bali. Existe um teatro de fantoches de sombra. Satanás faz assim
com os ídolos dos povos. Eles os anima, vivifica e dá estórias e personalidades
a estes deuses com os quais encanta a humanidade. Nosso papel é tirar a cortina
e descobrir a realidade, para que as pessoas possam ver o mestre que manipula
por detrás da tela, acabando assim com a fraude.
Como Essas Alianças São Reforçadas
É importante saber há quanto tempo as alianças feitas pelos povos e
comunidades têm sido reforçadas e as barreiras do engano fortalecidas. O
inimigo faz isso em comunidades onde não há arrependimento coletivo. Duas
razões pelas quais a Ásia é um dos continentes mais oprimidos:
1- Os demônios congregam onde estão as pessoas e a Ásia é uma das
maiores concentrações populacionais da terra;
2-
Os pactos existem desde os
tempos antigos e não foram quebrados. Nesta região o inimigo domina há milhares
de anos e aprofundou seus mecanismos de infiltração e domínio.
Perpetuação de
Alianças
As fortalezas espirituais
nascem quando as culturas dão boas vindas aos Espíritos através de pactos.
Ex.32; Mt 26:27-38; I Co 4:44 e 11:2-4.
·
Quando essas fortalezas são
perpetuadas, são honradas por sucessivas gerações
Quatro razões de perpetuação das alianças que sustêm dinastias de trevas:
-
Através de romarias e festivais
religiosos. São celebrações aos deuses.
-
Tradições culturais, usando
rituais de iniciação e culto aos ancestrais.
-
Sincretismo – adaptação do
engano dentro de outra cultura.
-
Tirando vantagem de injustiças
sociais não resolvidas.
Exemplo
de Romarias e festivais
O Japão tem 60.000 festivais por ano e a situação no Nepal é pior. Não tem nem um dia sem que haja um festival. Os Himalaias
são o local de maior concentração demoníaca do mundo.
O Carnaval é um pacto e gera problema social, como os menores abandonados que
surgem da gravidez irresponsável.
Na cidade de Juiz
de Fora, no Brasil, existe um concurso internacional de
Miss Gay que todos os anos reforça a legalidade do príncipe das trevas na
cidade. Ele é conhecido como o Baphomet , ou Bode de Mendes, um deus lascivo e
andrógino da maçonaria e dos bruxos.
Estes festivais são transações com o mundo espiritual, perpetuando a
legalidade do diabo. É preciso contra-atacar em guerra espiritual.
Exemplo
de tradição cultural
São feitas as
romarias a Israel; romarias dos muçulmanos que vão visitar os túmulos dos
homens sagrados do Islã; romaria a Meca (cidade sagrada muçulmana); romarias a
Aparecida do Norte no Brasil, etc.
Os adeptos crêem que há uma concentração espiritual de poder nestes
locais especiais e por crer, este poder se torna real.
No Haiti o Vudu gera a ilusão, mas a correspondente realidade é ditada pelas
nossas crenças.
Mitos governam a história. As pessoas se dão para imaginações vãs e
os demônios correm para dar vida a essas imaginações. As crianças já
nascem envolvidas no engano do
islamismo, hinduísmo, animismo, etc. Depois
de seu ritual de iniciação é
estabelecido um pacto individual sobre a vida delas. Assim ficam fortemente
amarradas e creem no engano como sendo a verdade. Há forte ligação entre a
cultura e a nossa própria identidade, por isso é difícil romper com os padrões
culturais que escravizam.
Engano Adaptativo -
Sincretismo
As alianças tradicionais estão perdendo a força, então o inimigo
mistura outras filosofias e elementos para reviver o engano. No Japão, novas religiões estão surgindo com elementos antigos acrescentados
de rituais novos.
Injustiças Sociais
Não Resolvidas
O arrependimento por identificação pode
catalisar, atrair o avivamento, mas estas injustiças quando permanecem
perpetuam as amarras. Ou seja, se a igreja se coloca em seu papel sacerdotal e
pede perdão pelos pecados do povo será possível um derramar da presença de
Deus, mas é preciso que a situação de injustiça seja corrigida.
Onde estas injustiças permanecem nutrindo as feridas, as mágoas
podem infectar a cultura totalmente e afetar gerações e cidades inteiras.
Ex.: Quando estas injustiças não são tratadas, são portas abertas
para o inimigo.
Atos Proféticos
Atos Proféticos
A prática de atos proféticos
como uma estratégia de batalha espiritual pela igreja é algo mais recente e não
encontramos nenhum literatura que tratasse especificamente sobre o assunto.
Quando se tem
algo a tomar posse, faz-se um ato profético, um sinal do reino físico de que
estamos conquistando algo no plano espiritual. Diferente da palavra profética, o ato profético, como a própria palavra
diz, inclui uma ação. A dimensão espiritual é alcançada através da palavra e
através de uma linguagem de símbolos. Os servos do diabo sabem disto e por isso
fazem a conhecida macumba e têm tantas outras práticas que, a princípio podem
nos parecer até ridículas e sem sentido.
Ao encontrar os marcos que
Satanás coloca nas cidades definindo seus territórios de ação e garantindo
sua legalidade, os mapeadores precisam agir. Ao encontrar as bases em que foram
firmadas as alianças demoníacas, precisamos destruí-las, desfazer rituais que
firmaram os pactos e reverter os instrumentos de legalidade das trevas.
É nesta hora que o Espírito do Senhor nos dirige a determinadas
estratégias que rompem as consagrações demoníacas. Cada situação sugere uma
estratégia diferente, embora tenhamos exemplos clássicos, como: o derramar do azeite ungido para quebrar o jugo; do vinho, como símbolo do sangue de Jesus
que redime do sangue derramado sobre a terra em violência, guerras e
morticínios; as marchas ao redor de muralhas
que precisam cair, etc.
Em minha cidade nós identificamos portais que deveriam ser fechados no mundo espiritual, ligando Juiz
de Fora ao Rio de Janeiro. Um grupo de pastores foi a cada uma destas saídas e
oramos, determinando o fechamento. Colocamos bandeiras com as inscrição - Juiz de Fora pertence a Jesus – em
locais estratégicos. Fizemos muitas caminhadas de oração pelos bairros
quebrando consagrações específicas em cada um deles através de atos proféticos.
Há alguns anos atrás a pastora Neuza Itioka foi com uma equipe ao
Paraguai, pedir perdão àquele país, pela destruição que o Brasil causou na
época da guerra do Paraguai em que milhares de crianças foram mortas
impiedosamente. Vários atos proféticos
foram realizados na ocasião.
Na celebração de 500 anos de Brasil foram realizados atos proféticos inclusive em Porto
Seguro, marco do descobrimento do Brasil. Quatro mil pessoas representavam os
diversos Estados brasileiros e um dos atos
proféticos foi realizado com a multidão marchando e proferindo 500 vezes o grito de guerra: “Jesus é o Senhor do Brasil”.
Muitas batalhas tremendas têm
sido enfrentadas pelos guerreiros do Senhor mundo afora
utilizando-se dos atos proféticos,
que chamam à realidade as coisas novas que estão no coração de Deus.
Operação Castelo de Gelo,
Operação Palácio da Rainha, Operação sobre o Domínio da Rainha, estes são alguns nomes de estratégias incluindo atos proféticos ousados realizados pelo povo de Deus. Existe em
Colorado Springs o Centro Mundial de Oração que é uma central estratégica,
liderada por Peter Wagner, Chuck Pierce, Cindy Jacobs, Ana Terra e outros. Esta
última, uma mexicana ousada que escalou o Monte Everest com uma equipe de
guerreiros de oração, para destruir um trono importante da Rainha dos Céus que
lhe garantia domínio numa vasta região.
Na Bíblia podemos encontrar muitos exemplos de atos proféticos. Em Jeremias
13, quando Senhor manda que ele compre um cinto de
linho e depois deixasse o cinto na fenda de uma rocha para apodrecer,
significando que do mesmo modo o Senhor
faria apodrecer a soberba de Judá e a muita soberba de Jerusalém.
Em Jeremias
27 o profeta faz brochas e canzis e pendura no pescoço
simbolizando a submissão ao governo Babilônico. No capítulo 32 o Senhor ordena a Jeremias que compre um campo em Anatote quando a
cidade de Jerusalém estava prestes a cair no poder do inimigo, significando
que ainda
se comprariam casas, campos e vinhas naquela terra, quando o Senhor restaurasse
a cidade.
Os capítulos
4 e 5 de Ezequiel
envolvem um ato profético simulando com tijolos o cerco a Jerusalém que
se aproximava. No tijolo mole ele desenhou uma figura de Jerusalém, construiu
fortificações (torres), ligou-as à cidade por trincheiras (ou melhor, rampas de
assalto) e dispôs ao seu redor arraiais (soldados) para cercá-la. A força dos
que cercavam a cidade e a impossibilidade de escape estavam representadas pela
sertã (prato) de ferro que Ezequiel colocou entre si e a maquete (v.3).
Todas estas passagens são profecias transformadas em atos e encenações de situações que
estavam para acontecer. A Bíblia está repleta de atos proféticos como uma linguagem de Deus na comunicação com seu
povo.
Um Altar - Se quisermos ganhar a cidade para Jesus um ato imprescindível é erguer um altar ao Senhor. O altar em Israel
era o local santo onde podiam invocar a presença de Deus, dAquele que não muda
jamais, cuja base do Seu altar é a
justiça e a verdade. Como igreja, o Senhor colocou seu altar dentro de nós.
No Antigo Testamento, um altar
só podia ser levantado por um sacerdote com testemunho de santidade e compromisso. No livro de Esdras, o altar foi
reconstruído por Josué e Zorobabel, preparados por Deus para esta tarefa (Esdras3:2). Primeiro levantaram o altar, onde se oferecem os sacrifícios e
ofertas, e depois o templo. Somos templo
do Espírito Santo, porque primeiramente um altar
foi erguido em nossos corações com a entronização de Jesus, o Senhor.
O altar é estabelecido marcando o direito de posse de um território
a ser conquistado. Por onde vamos, vai o altar do Senhor conosco, estabelecendo
a posse da terra, o Reino de Deus. Somos um altar vivo, móvel na terra, e por
onde passarmos, a redenção de Deus deve alcançar multidões e restaurar nações,
a começar pela nossa casa, até os
confins da terra.
Espíritos Territoriais
Quando falamos em ganhar a cidade para Cristo, estamos falando em
outras palavras em amarrar e expulsar o valente que domina este território e
entronizar o Espírito Santo de Deus. Isto significa avivamento, a chegada do
Reino de Deus entre nós e a salvação de almas, não só em nossa Jerusalém, mas
em Samaria, toda Judéia e até os confins da terra.
Vemos um exemplo no Antigo Testamento, quando o Senhor dominava
Israel – a terra prometida. Mas, à medida em que seus moradores foram
estabelecendo pactos com os espíritos dominantes dos povos vizinhos, através da
adoração a seus ídolos, foi autorizada uma ação destes espíritos malignos sobre
a nação de Israel. Resultado lógico desta ação no reino espiritual era uma
correspondente reação no plano físico, com Israel sendo invadido, conquistado e
escravizado pelas nações pagãs.
Uma consciência nova tem surgido em meio ao povo de Deus, ligando o
mundo espiritual de forma cada vez mais coerente, ao mundo de nossa realidade
manifesta. O Espírito Santo de Deus, o
ajudador e conselheiro tem orientado as orações dos santos tornado-as
efetivas.
Nas culturas primitivas podemos observar o homem ligado ainda muito
de perto às forças sobrenaturais. Ele conhece pelo nome os seus medos, embora continue impotente para vencê-los.
O missionário Jacob Loewen conta sua experiência na Colômbia, onde
esteve com sua esposa, entre os índios. Eles conhecem cada árvore, monte,
riacho, fonte ou mesmo pedra grande, como o lar de alguma entidade espiritual
específica.
“Quando pesquisava sobre os diferentes dialetos chocos, descobri que era quase impossível levar pessoas do povo de um
rio ou dialeto, para visitar pessoas de outro dialeto, porque elas temiam os
poderes espirituais da outra área. As estórias falam de caçadores que
distraídos ultrapassaram os limites de seu território. Poucos voltaram para
contar e logo depois morriam, crendo que o espírito estrangeiro tinha roubado
sua alma.
Os demônios têm direito legal na terra, cedida pelo homem Adão e só
vão abrir mão de dominar determinado território se houver uma ação específica,
dirigida pelo Espírito Santo, amarrando os poderes do valente.
No caso de um determinado povo tribal, é preciso que alguém deste
povo, na posição de autoridade, venha a estar na brecha, autorizando a entrada,
presença e ação dos servos de Deus.
Em casos de cidades, os guardiães dos portais são os pastores;
normalmente têm autoridade para amarrar o valente, imobilizar provisória ou
definitivamente o espírito territorial do lugar, permitindo uma ação abrangente
do Espírito Santo.
O Conceito Bíblico
A principal função destes espíritos é manter as pessoas cativas,
impedindo a pregação do Evangelho e perseguindo os crentes.
No Antigo Testamento são mencionados os lugares altos – onde o povo oferecia sacrifícios ao deus ali
residente – ou colina específica, ou
certas árvores que serviam de marcos para as nações pagãs na adoração de
suas divindades. Dt
12:2
Deus ordenou aos israelitas que quando entrassem na terra de Canaã
destruíssem os ídolos ou qualquer representação destes deuses, e também estes
locais de adoração a Baal, Baalins, Astarote, postes ídolos...
No capítulo
17 de II Reis vemos um caso impressionante que ilustra
bem este assunto. Os assírios tinham invadido Israel e dispersado o povo. Eles
resolveram povoar aquele território conquistado com vários outros povos
trazidos de outras terras conquistadas.
Em II
Reis 17:30 vemos a relação de nome destes povos e seus
respectivos deuses. Com certeza os novos colonos não adoravam o Deus daquela
terra, Javé, e como resultado, os leões
começaram a devorar muitas pessoas. O governador decidiu então enviar ao imperador
assírio um pedido, argumentando que os imigrantes transplantados “não sabiam a maneira de servir o Deus da
terra.” II Reis 17:25
O imperador prontamente reconheceu a “gravidade” do problema, ou seja, aquela gente não estava adorando
o deus que controlava a região, e assim, para remediar a situação, ele enviou
de volta, da Assíria para a Samaria, sacerdotes judeus, para lhes ensinarem a
maneira de servir o Deus da terra.
Outra passagem bíblica nos fala dos Sírios, liderados por
Ben-Hadade, que sofreram uma severa derrota diante dos israelitas (I Reis
20:19,20).
No prazo de um ano eles recuperaram seus exércitos para uma nova
investida e desta vez eles levaram em conta o fator divino. Raciocinaram
conforme I Reis
20:23: “Seus
deuses (de Israel), são deuses dos montes, por isso foram mais fortes do que
nós; mas pelejemos contra eles em planície, e por certo seremos mais fortes do
que eles.”
O resultado foi uma nova e grande derrota para aprenderem que o Deus
Vivo é onipresente e não é limitado a lugares determinados.
Encontramos espíritos geograficamente localizados e com áreas
específicas de atuação – uma especialização. Isto é comum na África e mesmo na
Igreja Católica dos diversos países. Estas divindades são espíritos protetores,
vestidos com capa de santos, na
tradição greco-romana: São José,
patrono dos carpinteiros; Santa Maria
Madalena, protetora das prostitutas; Senhora
Aparecida, protetora do Brasil (com santuário erguido em Aparecida do
Norte) e outras manifestações da mesma divindade cultuadas no país inteiro,
variando o nome de acordo com a área de operação.
Na verdade, são sempre os mesmos demônios, adotando diferentes nomes
de acordo com cada cultura.
Um Beirute na África
Um Beirute na África
Temos um caso que aconteceu em Uganda, na África, em Kampala. O Pr.
Roberto tinha apenas 22 anos quando sentiu o chamado de Deus para uma cidade
muito perigosa, conhecida como a Beirute
de Kampala. Havia guerra civil com um
saldo de 300 mil mortos em 5 anos e a cidade estava toda destruída. Havia
também um feiticeiro controlando um lugar abandonado da cidade, habitado por
assassinos e perturbados.
O pastor foi pra lá com alguns companheiros e começaram a interceder
naquela área. Não evangelizaram, somente oraram, mas, devagar, as coisas
começaram a acontecer. Algumas pessoas foram libertas de demônios e o
feiticeiro ficou irado contra os crentes. O feiticeiro então, entrou na reunião
de oração e disse: Essa região é minha.
Se você não sair daqui agora, vou mandar meus exércitos te destruírem.
Todos disseram que devíamos evitar o confronto e sair. Roberto foi
para o culto adorar, mas encontrou as portas e janelas cobertas de abelhas e
não pode entrar. Temendo mais a Deus, do que aquelas ameaças aparentemente
reais, eles decidiram orar até que as abelhas saíssem. Guerra espiritual, às
vezes é um trabalho árduo. Tiveram que orar por oito horas.
Na outra manhã, voltaram para o local de oração e todo o lugar
estava impregnado com um cheiro de carne humana queimada que provocava ânsia de
vômito em todos e não podiam ficar. As pessoas disseram: é o demônio. O feiticeiro estava lá olhando.
No Domingo de manhã, outro ataque. Um enxame de moscas tomava o
lugar. As pessoas diziam: vão embora porque este feiticeiro vai matar vocês.
Eu te dou três dias para
sair, disse o feiticeiro. Ameaçou enviar as
serpentes, diante do pequeno grupo de 20 crentes que oravam no local.
O assistente de Roberto, Charles, ficou com medo e disse: agora é demais; ficando em seguida, totalmente paralisado.
Os soldados vieram dias depois procurar Roberto. Colocaram os
crentes para fora da reunião de oração, puseram um rifle na cabeça de cada um.
Bateram nas pessoas para que falassem onde estava o pastor. Destruíram toda a
igreja.
Roberto chegou ordenando que parassem, porque ele já estava ali. Mas
Deus colocou cegueira nos soldados e eles disseram, não é você, você é apenas um jovem.
Os pais de Roberto pediram que ele desistisse. Vários crentes
abandonaram a congregação. Ficaram apenas quatro crentes, sendo uma,
intercessora que clamava a Deus para que houvesse avanços naquela situação.
O feiticeiro deu outro ultimato e avisou que Roberto teria sete
chances.
Roberto conta que seu corpo começou a esquentar: parecia que meu sangue ferveu. As pessoas
colocavam toalhas molhadas sobre mim todo o tempo. Aquele era o demônio mais
forte, em ação. Só não morri porque tinha o Senhor.
Logo comecei a ver
serpentes subindo pelo chão de concreto. Quando entravam no quarto, elas se
tornavam demônios e criaturas horríveis; animais, e formas horríveis. Dançavam
em volta da minha cama. Eu via, mas os outros também viam e não estavam com
febre. O medo era enorme. Queriam tirar a minha vida. Depois de alguns dias,
fui levado aos céus em sonhos, e recebi uma espada de um anjo para guerrear.
A luta foi intensa. De
repente, me sentei, voltei a mim e todos os sintoma sumiram. Pensaram que eu
estava doido. Então, ouvimos grande barulho no cruzamento de rua próximo. O
feiticeiro estava esticado morto no chão com seu corpo rasgado ao meio por uma
espada. Neste momento, Charles também foi liberto de sua paralisia.
As pessoas que seguiam o feiticeiro ficaram chocadas. Depois disso
foi como se o céu se abrisse e o povo vinha aos montes. Três meses depois da
morte do feiticeiro a igreja chegou a mil membros e em sete anos, foi para sete
mil membros. Seis pessoas foram ressuscitadas e nasceram 236 igrejas filhas.
Agora o Beirute de Kampala é cheio da
glória de Deus.
Maçonaria – Sua Influência
“Meus estudos têm indicado que a maçonaria é um movimento secreto de ocultismo que adora e serve a Satanás e aos poderes demoníacos. A maçonaria usa de quaisquer meios disponíveis para obter poder, autoridade e influência sobre as atividades humanas. Compõem-se de uma combinação de muitas crenças, e tem raízes no antigo Egito, passando depois disto pela Assíria, Caldéia, Babilônia, China, Índia, Escandinávia, Roma e Grécia.
Muitas pessoas juntam-se à maçonaria por pensar que a
mesma é uma associação fraternal e benevolente. Enquanto seus membros vão
subindo de grau em grau, a demonização provavelmente vai se acentuando e nos
graus superiores há pactos francos e irreversíveis, estabelecidos com Satanás e
suas forças. Uma das consequências modernas da maçonaria está vinculada ao
crescente movimento Nova Era.” Victor Lorenzo, da Harvest Evangelism, Sec. Da área do cone sul, para a
Rede de Guerra Espiritual do Movimento AD2000 – Rede de Oração Unida.
“As
informações seguintes foram obtidas em entrevistas com maçons grau 33 (grau
máximo). O nome dos entrevistados não serão mencionados por não haver
necessidade e por motivos humanitários. Outra fonte foi a literatura
pesquisada.
Embora
discordando do movimento Maçonaria e condenando o pecado, ficamos movidas de
compaixão por aqueles que estão bem intencionados, mas perdidamente enganados
pelo “deus deste século”.
Ao dirigir
estas pesquisas, sentimos um “peso de oração” maior para interceder junto ao
Senhor nosso Deus, por milhares de homens, de muitas religiões, e até mesmo
alguns que se dizem evangélicos. Estão seguindo este caminho, em busca da luz,
obscurecido o seu entendimento pelo falso brilho de Lúcifer.” Pra. Márcia Martins/1996.
Um bom trânsito de influências, homens fortes colocados em posições
estratégicas para influir no rumo das decisões. Esta é a maçonaria, uma
eminência parda, segundo afirmam seus líderes. Com um poder de decisão ilícito
em suas mãos, esta organização apresenta um álibi para agir, seus propalados ideais humanitários, passando
por cima de todos os códigos de ética, legislações e padrões culturais,
justificando os meios pelo fim. O
livre arbítrio do homem deve ser preservado dentro do que eles entendem como o
“livre pensar”.
Esta posição
nos lembra a cena que se passou em Gênesis 3, quando o homem delegou a vontade
perfeita de Deus a um segundo plano para exercer seu livre arbítrio sobre o que
era melhor para ele, incitado por Satanás.
Como tal, a
religião, quando leva ao fanatismo, torna-se uma das principais
opositoras aos ideais maçônicos.
A Igreja
Católica tem suas relações cortadas com a Organização desde a época da
Inquisição, quando os maçons foram perseguidos. Hoje, os padres não são maçons
por proibição da sua igreja, embora pudessem ser aceitos pela maçonaria.
A maçonaria
acusa a Igreja Católica Romana de explorar o homem através de sua fé. Esta
mesma acusação se estende à Igreja Evangélica Brasileira. A Maçonaria vê o
movimento evangélico como algo que se desviou para motivações erradas, para
exploração financeira das pessoas e indução ao fanatismo. Quando o
protestantismo chegou ao Brasil, muitos missionários foram ajudados pelos
maçons contra os ataques da Igreja Católica, mas hoje, a força evangélica
ameaça a filosofia do movimento maçônico, na medida em que contraria seus
ideais de falsa liberdade.
Com relação ao protestantismo, houve um forte envolvimento dos seus
seguidores, na Europa e Estados Unidos, com a maçonaria. Quatorze presidentes
norte-americanos foram maçons. George Washington, primeiro presidente dos EUA
era Grão-Mestre, o mais alto título, e o dólar americano, tem, por isso, além
do retrato de Washington, os seguintes símbolos maçônicos: a pirâmide, a chave,
a balança, o olho esquerdo, a águia, o esquadro, e as palavras NOVUS ORDO
SECLORUM (nova ordem dos séculos).
·
a balança = retidão e justiça
·
chave = símbolo popular da
maçonaria como a guarda dos segredos
·
esquadro = símbolo básico de
equidade, justiça e retidão.
·
O olho que tudo vê = dos
mistérios antigos, de clarividência mais elevada, dos deuses da Índia e do
Egito, representa G.A.D.U.
·
In God we trust ( em deus nós
confiamos) = um deus genérico
·
Pirâmide = símbolo dos
primeiros maçons e a Grande Pirâmide, templo dos antigos mistérios (Egito)
·
Águia = ave, figura comum da
maçonaria que simboliza especialmente os altos graus; significa audácia,
perspicácia, gênio para contemplar a Verdade e a Vitória. Na Maçonaria ela é
vista com duas cabeças, uma em oposição à outra e recebeu o nome de Marduque (a representação de Ninrode como um Deus).
Obs.: estas definições são de Joaquim Gervásio Figueiredo (33 grau),
Dicionário de Maçonaria- 4ed., SP. Pensamento, 1990.
No Brasil, infelizmente temos visto também pastores de igrejas
tradicionais como maçons, o que é bem raro entre pentecostais (testemunhos de
ex-maçons convertidos demonstram ser impossível servir a dois senhores).
Segundo palavras de nosso entrevistado, a maçonaria vê com bons olhos e talvez até esteja
alimentando a desavença entre católicos e evangélicos. “Ajuda a mostrar a verdade, desmascarando ambas as religiões aos olhos
do povo”, comentou.
Eles procuram colocar espiões maçônicos infiltrados nos movimentos,
e nas igrejas para observar a tendência e se houver fanatismo, denunciar e
ativar os recursos da organização para bloquear o movimento. Segundo este ponto
de vista, a evangelização de alguém seria inadmissível, sendo uma tentativa de
coagir o outro com a sua crença. Na maçonaria é proibido ao cristão dar
testemunho de Jesus Cristo, mas para ser maçom você deve obrigatoriamente crer
em Deus – um deus impessoal, um deus maçônico representado pelo G (Grande Arquiteto do Universo).
Todas as religiões do mundo são igualmente bem-vindas na maçonaria, e um
pequeno detalhe como Jesus, Maomé, Buda ou qualquer outro, não deve interferir
nos elevados ideais e práticas esotéricas da organização. Um estudo à parte
deverá tratar da maçonaria e suas práticas que são absolutamente condenáveis à
luz da Bíblia.
* No setor político brasileiro,
desde o Império, ao que se sabe, a maçonaria mantém o controle dos rumos
decisórios do país através de homens como o Imperador Dom Pedro, Rui Barbosa,
Barão do Rio Branco, Frei Caneca, Aleijadinho, Tiradentes, Castro Alves, José
Garibaldi, Marechal Deodoro da Fonseca, Duque de Caxias, Campos Sales, João
Fernandes Tavares, Bento Gonçalves da Silva e Padre Diogo Feijó. Deve-se notar
que, apesar da proibição papal, vários bispos e cônegos fizeram parte da
maçonaria brasileira antiga.
Dom Pedro I foi iniciado e logo proclamado Grão-Mestre da Loja
Grande Oriente do Brasil em 1822. Conforme o historiador maçônico Manoel Gomes
(33º), tanto a libertação do Brasil do domínio português, quanto a passagem da
Monarquia para República, foram movimentos idealizados, preparados e tornados
realidade pelas lojas maçônicas. Ainda hoje, nos afirmam nossos entrevistados,
a maçonaria seria maioria no Congresso e Senado para decidir os impasses
políticos, tendo uma posição supra-partidária capaz de fazer frente ao próprio
Presidente da República.
É, no mínimo preocupante, ver o poder na mão de um grupo que opera
por trás dos bastidores, gozando de
impunidade, com base em uma ética questionável. A honestidade da maçonaria
é questionada por seus críticos: “Por
trás dos bons homens, dizem que há uma hierarquia invisível de poder e
manipulação, defendendo seus próprios interesses.” O próprio Dom Pedro I,
poucas semanas depois de ser proclamado Grão-Mestre, ordenou o fechamento de
todas as lojas maçônicas do Brasil, em 21 de outubro de 1922, tentando dar fim
a este poder clandestino.
No nosso país, um dos maiores problemas jurídicos é a impunidade da
classe alta, de pessoas que às vezes comete graves crimes contra a cidadania. “Não é encorajador saber que muitos
ministros, juizes e deputados, estão jurados (com votos de sangue) para
proteger colegas da irmandade a qualquer custo”, menciona o autor J.
Horrel.
Um advogado renomado de São Paulo contou que, na corporação do Estado
em que trabalhava, um escocês totalmente incapaz, permanecia num alto cargo por
vários anos. Quando questionou a situação, recebeu como resposta: “Ah! Ele é o Venerável da loja maçônica.”
Quando o juiz, o advogado, o policial e o criminoso são maçons, pactuados
em se proteger mutuamente, o veredicto ficará, sem dúvida, comprometido.
·
Na área da beneficência a maçonaria se destaca
de uma forma especial, já que sua ênfase está colocada nas obras. Muitos maçons na minha cidade, Juiz de Fora, fizeram doações enormes à Santa Casa de
Misericórdia, Cemitério Parque da Saudade, porque eles criam nos ideais
filantrópicos da organização. Como de fato, sempre houve homens da maçonaria na
provedoria ou outros cargos de influência no Hospital Santa Casa, segundo informação
de nossos entrevistados.
“Sempre que surge alguma
entidade filantrópica ou iniciativa neste sentido, a maçonaria procura colocar
um dos nossos para participar”. Este é o caso do
Instituto Maria, Asilo João de Freitas, etc.
Era comum, a algum tempo atrás, na nossa cidade, trazerem à
maçonaria, apelos para intervir em situações irregulares, na educação por
exemplo. Logo algum irmão com
influência junto às autoridades da área de ensino se dispunha a usar seus altos
contatos e autoridade para interferir e modificar o rumo das coisas. O próprio
Instituto Grambery, centenário Colégio Metodista, raras vezes deixou de ter um
maçom como Reitor, nos informa o maçom grau 33. Isto acontece na educação,
política, saúde, religião ...
A Maçonaria Hoje
Atualmente(1996) são 14 lojas maçônicas funcionando em amplos e modernos prédios reformados, embora sejam menor o número de prédios que de lojas, já que várias lojas funcionam num mesmo local em diferentes dias e horários.
No Brasil existem cerca de 150 mil maçons. É a maior maçonaria da
América Latina, maior que a da Itália, de Portugual ou Espanha.
O novo Palácio Maçônico de Brasília do Grande Oriente do Brasil –
com cem mil membros – foi inaugurado em 1992. A cerimônia foi assistida por 120
parlamentares federais e pelo Ministro da Justiça, Maurício Corrêa,
representando o Presidente em exercício, Itamar Franco (Fernando Color, o
titular também é maçom). A Conferência Internacional Dos Grandes Soberanos
Comendadores do ano 2000 – a convenção centenária e milenar iria acontecer em
Brasília. Conforme Venâncio Igrejas, O Soberano Grande Comendador do supremo
Conselho do 33º grau: “Muitos acreditam
que o Brasil será um dos países que sediarão o advento de uma nova consciência no século XXI.” A influência da maçonaria no Brasil, ao
contrário do que acontece em outras partes do mundo, parece cada vez mais
forte.
As pesquisas dão entre 5,5 a 6 milhões de maçons no mundo, caindo a
média de 3% ao ano o número de membros. A média de idade dos maçons nos EUA,
(que representa dois terços do total – 3,5 a 4 milhões), é de 63 anos. Ainda
assim, a influência que eles exercem é muito grande, em comparação com seu
número de membros.
Há coisas positivas que podem ser ditas sobre a maçonaria, tanto da
histórica, quanto da moderna. Nos dias atuais, os maçons administram projetos
filantrópicos de grande porte, gastando (na América do Norte) cerca de dois
milhões de dólares por dia no sustento de 22 hospitais ligados à Ordem dos Shriners (32º ), 19 hospitais de
ortopedia, três centros especializados em queimaduras e diversos outros
projetos comunitários.
Outro fato também é que milhares de pastores e leigos evangélicos ao
redor do mundo fazem parte das lojas maçônicas. Um dos mais famosos era o Pr.
George W. Truett (32º) (1867-1944), presidente da Convenção Batista do Sul e da
Aliança Batista Mundial. O fato deste e outros líderes evangélicos pertencerem
à maçonaria, sugere que esta sociedade só oferece o bem, e até que promulga
valores cristãos. Mas existe uma corrente que sustenta ser a maçonaria, uma
filosofia anti-cristã. Por baixo da idéia de irmandade e dos esforços de
caridade, existe um programa escondido advogando uma religião sincretista,
negando a pessoa divina e a obra salvífica de Jesus Cristo e mantendo elos
sinistros com o ocultismo.
A quase totalidade das igrejas cristãs do mundo têm se posicionado
contrárias à maçonaria, depois de pesquisarem o assunto, concordando na
seguinte conclusão, tirada durante a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana
da América (1987): “ A associação com os
maçons requer ações e votos incompatíveis com as Escrituras. (...) a
participação na maçonaria compromete seriamente a fé e o testemunho cristão.
(...) e a membresia na maçonaria e a atividade nos seus rituais leva a uma
diluição do compromisso com Cristo e com o Seu Reino. As Escrituras insistem em
que o cristão não pode possuir dois mestres.”
Ironicamente, o estudo (em 1993) da maior denominação evangélica dos
Estados Unidos, a Convenção Batista do Sul, com alto índice de membros
maçônicos – embora tenha alistado os vários perigos da maçonaria – concluiu que
cada membro está livre para seguir sua própria convicção quanto à Loja.
Os Mórmons são outro grupo que mantém estreita afinidade com a
maçonaria e seus ritos.
A Origem da Maçonaria
Centenas de livros afirmam uma origem remota da maçonaria, a partir
do Oriente Médio, ainda nos tempos do Rei Salomão, mas a versão mais correta
fala do surgimento da franco-maçonaria entre os intinerantes artífices da
pedra, libertos da servidão dos seus mestres entre ano de 1.200 e 1.300. Os síndicos de
artesãos, conhecidos como guildas,
eram comuns na Idade Média, e nas suas viagens estes maçons costumavam ficar em
lojas (hotéis), na busca de emprego
em algum lugar onde pudessem trabalhar na construção de edifícios importantes.
A palavra maçom é o mesmo que pedreiro, e
maçonaria quer dizer ofício de pedreiro ou de trabalhar com alvenaria. Como os sindicatos da classe
fossem ilegais, entre 1.360 a 1.425 na Inglaterra, eles desenvolveram
gradualmente sinais e símbolos ocultos para se comunicarem entre si.
Em 1598, William Schaw,
mestre maçom do Rei Tiago VI, tornou-se comendador geral das lojas maçônicas da
Escócia, com estatutos, graus, rituais e a busca da sabedoria através da
astrologia, alquimia, hermetismo e estudo das civilizações egípcia, grega e
romana.
Em 1717, quatro
fraternidades, ou lojas, se juntaram no Goose & Gridiron Tavern, uma
wisqueria em Londres, para formar a primeira Grande Loja Maçônica Especulativa
(filosófica) ou simbólica.
O certo é que hoje, o juramento de um aprendiz da loja maçônica é o
seguinte: “ Eu (...) juro e prometo, pela
minha livre vontade, pela minha honra e minha fé, em presença do Supremo
Arquiteto do Universo, que é Deus, e perante esta assembléia de maçons, solene
e sinceramente, nunca revelar qualquer dos mistérios da maçonaria que me vão
ser confiados (...) Se violar este juramento, seja-me arrancada a língua, o
pescoço cortado e o meu corpo enterrado nas águas do mar, onde o fluxo e o
refluxo me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrílego para
com Deus e desonrado para com os homens. Assim seja.” O iniciante deve
jurar manter silêncio e ser cúmplice, mesmo antes de saber o segredo que lhe será confiado.
Outros juramentos são feitos a cada subida de grau, sempre jurando
fidelidade e muitas vezes com voto de sangue. O Juramento do 33 º grau ao
Templo em Washington, é selado ao beber-se vinho em um crânio humano, enquanto
um indivíduo vestido de esqueleto abraça a cada participante no momento do voto
fatal.. Uma invocação à morte num estilo padrão às seitas secretas e ocultistas
das trevas.
Os membros da Ordem do Santuário usam uma fez (quepe) vermelha (tingida simbolicamente pelo sangue) cujo
significado é a comemoração referente a milhares de cristãos massacrados
durante a guerra dos Cruzados, na cidade de FEZ. Muitos que se dizem cristãos a
usam sem escrúpulos. O próprio nome do Santuário significa na verdade “Antiga Ordem Árabe, Nobres, do Santuário
Místico.”, numa referência ao próprio santuário místico do Islamismo – a
Caaba, em Meca. O juramento dos iniciados é feito sobre a Bíblia e sobre o
Alcorão e é dedicado em nome de Alá.
Anexo
II
Icabode – Ebenézer
Livro de I Samuel - Capítulos
3:19-21 e 4, 5,6,7 e 8
Porque os filisteus
não foram instantaneamente fulminados ao roubar e transportar a Arca de Deus
para o templo de seu deus Dagom?
Violar a
santidade de Deus, custou a vida à Uzá, no tempo do Rei Davi. Ele levou a mão
para impedir que a Arca do Senhor caísse do carro onde estava sendo transportada
de Quiriate-Jearim para Jerusalém.(II Samuel 6)
O
roubo da Arca aconteceu no tempo dos juízes, quando Eli guiava Israel. Os
filisteus a conduziram de Ebenézer a Asdode. Estes incircuncisos não foram
consumidos ao tocar na Arca que conduzia a presença de Deus.
No capítulo 3, v.19,20 a Palavra nos diz que: “Crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e
nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. Todo o Israel ...
conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor.” Ele estava
assumindo a liderança, em lugar de Eli e recebeu a Palavra de que Israel
deveria ir à guerra contra os filisteus. Confiado em que Samuel era a voz de Deus, o povo se reuniu em
Ebenézer para ir à peleja.
Surpreendentemente
eles sofreram enorme derrota e voltaram
para o arraial perguntando: cap.4, v.3: “Porque
nos feriu o Senhor hoje diante dos filisteus?”
Trouxeram
então de Silo a Arca da Aliança, pelas mãos de Hofni e Finéias, os dois filhos
desviados de Eli. Os filisteus temeram grandemente porque se lembraram do que
Deus fez aos Egípcios e pensaram que a Arca era o ídolo dos israelitas.
Nesta
época o povo de Deus andava desviado dos caminhos do Senhor, mas acharam
que a simples presença da Arca faria
toda a diferença. Um religião de forma, de aparência, mas não de conteúdo.
O
resultado mostrou que a glória de Deus não se manifesta em meio ao pecado, e a
derrota de Israel foi total. Mataram os dois filhos de Eli e levaram a Arca,
quebrando a idolatria do povo que via a Arca de Deus como um talismã da sorte.
Quando
a notícia chegou a Eli, especialmente quando fizeram menção da Arca, ele caiu
com a cadeira pra trás e quebrou o pescoço.
Sua
nora, mulher de Finéias que estava grávida, entrou em trabalho de parto ao
saber do episódio e teve um filho, mas não se “importou”. Antes, ela estava
desconsolada disse: v.21,22
: “ ...mas chamou o menino, Icabode, dizendo: foi-se a glória de
Israel. Isto ela disse porque a arca de Deus fora tomada, e por causa de seu
sogro e de seu marido. E falou mais: foi-se a glória de Israel, pois foi tomada
a arca de Deus”.
A
Arca foi levada para o templo de Dagom em Asdode e no dia seguinte o ídolo
estava caído com o rosto em terra diante da Arca. No dia posterior ele foi
encontrado novamente caído, desta vez de bruços, com a cabeça e as mãos decepadas
pelo limiar da porta. Me parece que , como o sacerdote Eli, Dagom também
quebrou o pescoço!
A
presença da Arca trouxe maldição, e não bênção,
para os filisteus e o Senhor os feriu com tumores.
A
Arca do Senhor está associada à obediência para ser veículo de bênção. Ela só
poderia ser transportada pelos levitas. Quando o rei Davi decidiu levá-la para
Jerusalém, usando, para isso, uma carroça de bois, ela se transformou em
veículo de morte e tristeza. Da mesma maneira a Arca estava trazendo doença e
morte para os filisteus que trataram logo de devolvê-la. Cap.5:12: “
Os homens que não morriam eram atingidos com tumores” em toda cidade da
filístia por onde passava.
Esta
mesma associação entre desobediência e maldição, nós vamos ver logo que a arca
é devolvida ao povo de Deus em Bete-Semes, uma cidade levítica. Cap.6:19: “
Feriu o Senhor os homens de Bete-Semes, porque olharam para dentro da Arca do
Senhor, sim, feriu deles 70 homens”.
Acaso
não foi o próprio Deus quem enviou Israel para a guerra contra os filisteus?
Como então aconteceu tamanha derrota com 31 mil mortos de Israel?
A verdade precisava vir à tona. O povo
pensava que Deus estava conivente com seus pecados, mas a glória do Senhor já
havia se retirado de Israel. A Arca se chama “Arca do Concerto”, e ela funciona
quando existe concerto. O povo andava desconcertado na presença de Deus e foi
envergonhado diante do inimigo. Deus defende a si próprio e a sua glória e
santidade, diante dos filisteus, sem precisar do testemunho de Israel.
Seu
povo precisava ser corrigido e voltar os corações para Deus, assim o Senhor
permitiu que se tornasse aparente a derrota que já operava ao nível espiritual.
Eles estavam afastados de Deus e
precisavam tomar consciência disto. Não havia lugar para a Arca num altar
danificado (sem santidade, sem adoração). É por esse motivo que a Arca deixa o
templo e se deixa levar embora.
O
capítulo 44:5 de
Ezequiel fala sobre os que podem ministrar diante de Deus: “Disse-me o Senhor: Filho do homem, nota bem
e vê com os teus próprios olhos e ouve com os teus próprios ouvidos todo o
quanto eu te disser de todas as determinações a respeito da casa do Senhor, e
todas as leis dela; nota bem quem pode entrar no templo e quem deve ser
excluído do santuário.”
V.9:“Nenhum
estrangeiro que se encontra no meio dos filhos de Israel, incircunciso de
coração, ou incircunciso de carne, entrará no meu santuário.” Essa
classe de pessoas no tempo da Igreja, corresponde aos que não são convertidos
absolutamente (incircuncisos de carne) e aos que se dizem cristãos, mas não o
são (incircuncisos de coração).
Vss.10,11,13,14: “Os
levitas, porém, que se apartaram pra longe de mim, quando Israel andava errado,
que andavam transviados, desviados de mim, para irem atrás de seus ídolos, bem
levarão sobre si a sua iniquidade. Contudo eles servirão no meu santuário como
guardas nas portas do templo e ministros dele; eles imolarão o holocausto e o
sacrifício para o povo e estarão perante este para o servir. Não se chegarão a
mim para me servirem no sacerdócio, nem se chegarão a nenhuma de minhas coisas
sagradas, que são santíssimas, ... Contudo eu os encarregarei da guarda do
templo e de todo serviço e de tudo o que se fizer nele.” Estes são os que
têm cargos nas igrejas e alguns até mesmo ministério, porque ministrar
significa servir, como os mestres, os pastores e evangelistas. São servos de
Deus, que trabalham ungidos para o serviço que prestam, mas não alcançaram o
nível de separação exigido para ministrar à Deus. Como os levitas, se
misturaram ao povo seguindo com a maioria.
V.15-31: “Mas os sacerdotes levíticos, filhos de Zadoque, que cumpriram as prescrições do meu santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram, eles se chegarão a mim, para me servirem, e estarão diante de mim, para me oferecerem gordura e o sangue, diz o Senhor Deus. Eles entrarão no meu santuário e se chegarão à minha mesa para me sevirem, e cumprirão as minhas prescrições.
É
será que, quando entrarem pelas portas do átrio interior, usarão * vestes de
linho (símbolo de pureza); não se
porá lã sobre eles quando servirem nas portas do átrio interior, dentro do
templo (a cobertura seria o sangue de Jesus e suas vestes, a glória de
Deus).
* Tiaras de linho lhes estarão sobre as
cabeças (santidade no pensar), e
calções de linho sobre as coxas ( santidade sexual); não se cingirão a ponto de lhes vir o suor (que é um meio de
eliminação das impurezas).
... A
meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir
entre o imundo e o limpo.”
Estes
são, na igreja, os inteiramente consagrados a Deus. Renunciam a tudo e pagam um
alto preço; buscam a santidade e vida de adoração e serviço ao Senhor. Os
apóstolos e profetas, que são o fundamento da igreja, deverão,
obrigatoriamente, pertencer a esta classe de pessoas – os filhos de Zadoque. Em
I Reis 1:32-39
ouvimos falar de Zadoque, que era o sacerdote, durante o reinado de Davi, ao
lado do profeta Natã. Ambos foram buscar a Salomão para faze-lo rei, quando
todo povo se desviava atrás de Adonias, seu irmão. Zadoque foi quem tomou do
chifre de azeite e ungiu a Salomão como sucessor de Davi.
Sobre
os sacerdotes, como Zadoque, o v.28 do capítulo 44 de Ezequiel diz: “ ... terão uma herança; eu sou a sua herança. Não lhes darei possessão
em Israel, eu sou a sua possessão.... e toda coisa consagrada de Israel será
deles. O melhor de todos os primeiros frutos de toda espécie, e toda oferta,
serão dos sacerdotes; também a primeira de vossas massas dareis ao sacerdote,
para que faça repousar a bênção sobre a vossa casa.”
Quando
somos levados a um nível maior de santificação e proximidade com Deus, a glória
do Senhor se manifesta através de nossas vidas, e somos separados por Ele
inteiramente. A Arca da presença de Deus está dentro de nós em sua glória. Ela
está sobre o altar de adoração e santidade que erguemos em nosso interior para
a habitação de Deus. Tudo o que for impuro será consumido ao nosso redor. Não
há meio termo, não transigimos, não abrimos concessões. A glória do Senhor
sobre nós, acusa tudo o que for treva ou tiver o cheiro de pecado em toda
situação do dia a dia. Se carregamos algo santo e tocarmos em algo impuro,
ficaremos contaminados, conforme o texto de Ageu 2:11,12,13.
Foi
por isso que Deus se afastou do homem e o colocou para fora do Jardim do Éden.
O pecado deixou o homem numa condição tal, que a glória de Deus se afastou pois
de outra forma o consumiria. A carne treme diante da glória e não pode suportar
durante muito tempo a manifestação da presença de Deus.
Já, a
unção vem para capacitar, para aguçar nossas capacidades naturais e
implementá-las. Debaixo da unção, fazemos muitas coisas para Deus, debaixo da
glória só podemos ficar prostrados em convicção de pecados diante da visão da nossa impureza.
Quando
podemos conviver harmoniosamente com o mundo é porque a glória de Deus se
retirou de nós e somos apenas mais um
homem de lábios impuros vivendo em meio
a um povo de impuros lábios, como disse o profeta Isaías; só que não
estamos conscientes disto.
Mas
quando a glória de Deus se manifesta, tudo o que queremos é ser tocados pela brasa viva do altar e ficar
santos para não perder a visão de Deus em sua glória. Nossos olhos estão na
santidade de Deus e queremos nos distanciar do mundo e nos achegar a Ele.
Com a
unção não, queremos nos aproximar das pessoas, ministrar a elas, serví-las, no
nome de Jesus e por amor dele. Neste caso já somos como o comum dos mortais,
porque o nosso rosto já não está mais brilhando com a glória de Deus, como
Moisés. Já descemos do monte faz tempo e temos saudade daquele lugar; o mesmo
monte onde Jesus foi transfigurado pela glória de Deus, e do qual Pedro não
queria descer. Lá em baixo estava o povo, os doentes e endemoninhados,
necessitados de maior unção dos discípulos para serem socorridos.
Foi a
nível de unção que Deus operou entre os
filisteus trazendo o castigo sobre eles, porque se a glória de Deus ainda
estivesse na Arca, eles teriam sido consumidos. Mas, Icabode, a glória de Deus
já havia se retirado do meio do povo desde o arraial, de onde a Arca foi levada
pelos filisteus. Nossa convivência fácil e a tolerância excessiva com os
pecados, são um indício de que a glória e Deus não se encontra presente em
nosso santuário.
A
Arca ficou em Quiriate-Jearim por 20 anos mas o povo continuava sendo oprimido
pelos filisteus. Samuel então os convoca para um arrependimento nacional com
jejuns e santificação, retirando todo ídolo do meio deles. Os filisteus ficam
sabendo que o povo de Israel está congregado em Mispa e ameaçam atacar. Israel
sente medo e pede a intercessão de Samuel a Deus.
O profeta
sacrifica o cordeiro (I Samuel 7:9). Só o sangue do Cordeiro imolado sobre o
altar, restaura a santidade e a adoração e reedifica o templo, que somos nós.
Enquanto
oferecia o holocausto e orava a peleja teve início, mas o Senhor intervém de
forma sobrenatural com trovões e relâmpagos que deixam os filisteus aterrados.
São abatidos, sofrem grande derrota e nunca mais voltam a ameaçar Israel
durante os dias de Samuel. No v.12: Este toma uma pedra e coloca no local que chamou de Ebenézer.
De Icabode – foi-se a glória de Deus, a Ebenézer
- até aqui nos ajudou o Senhor, o
povo andou pelo caminho da
reconciliação com Deus. Sempre é necessário o quebrantamento, o arrependimento,
o concerto, para que a glória de Deus possa voltar sobre nossas vidas,
para consumir todo pecado ao nosso
redor, e incomodar os pecadores necessitados de arrependimento.
O
brilho da glória de Deus em nossa face se dispersou. Precisamos de um novo
monte da transfiguração. Precisamos novo nível de purificação com a brasa viva
do altar. Isso é necessário para voltar o mesmo discernimento e santidade; para
que a glória do Senhor volte ao templo.
Creio que a
glória voltará ao templo e a glória da segunda casa será maior que a da
primeira, conforme a promessa no livro
de Ageu.
Virá de novo um avivamento, um novo derramar da glória do Senhor sobre nossas
vidas. Amém!
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