Casamento na India |
A Parábola do
Semeador
Mateus 13
Parte da
Semente caiu à beira do caminho. Não foi semeada, o lugar era impróprio,
despreparado para receber a semente. As “aves” (demônios) vieram e a comeram. “Lugar
errado”.
A segunda parte
das sementes caiu em terreno pedregoso. “Um lugar ruim”, sujo, cheio de pedras,
com pouca terra, não foi preparado e limpo para a semeadura.
A terceira
parte das sementes caiu entre os espinhos. “Um lugar inóspito”, agressivo
contra a semente que foi assim, sufocada, não teve como respirar e viver.
A quarta parte
caiu em boa terra e deu boa colheita, começando com 30 e subindo para 60 e 100
por cento.
Os discípulos
perguntaram a Jesus porque ele só falava em parábolas e ele responde: “A vocês
foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles, não”. “A quem tem”, ou seja, a quem tem
entendimento espiritual, será dado. Isto significa que esse vai compreender e a
semente nele, dará fruto e colheita. “E este terá em grande quantidade”,porque
entendimento acrescenta conhecimento e sabedoria, que preparam o terreno para
ainda maior entendimento, num ciclo crescente.
“De quem não tem”, ou seja, aquele que recebe a semente
da Palavra, mas não tem entendimento espiritual, não tem revelação da mesma,
até o que tem – a semente que foi lançada nele – lhe será tirada; comida pelas
aves; roubada pelo maligno, conforme explicou Jesus.
São quatro
tipos de solo porque quatro, na Bíblia, é o número do homem. Assim aqui está
representada toda a humanidade.
“Porque vendo
eles, não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem. Neles se cumpre a profecia
de Isaías: Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que
estejam sempre vendo, jamais perceberão”.
A diferença está entre ouvir apenas com
os ouvidos naturais, ou alcançar compreensão espiritual do que está sendo dito.Eles
não entendem, falta a percepção espiritual, o entendimento. Isto porque o coração
da pessoa se tornou insensível. Não era insensível, mas perdeu a sensibilidade.
Ouviram e viram de “má vontade”. A vontade foi contaminada através dos desejos
carnais. Não tiveram mais prazer ou apetite para as coisas espirituais. Caso
contrário, diz o Senhor, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos e
entender com o coração – com o coração se entende; o mesmo que com o espírito
se alcança o entendimento - e “eu os curaria”, diz o Senhor. “Mas felizes são
os olhos de vocês que vêem e os ouvidos de vocês porque escutam (vs16)”.
Jesus, então, esclarece para eles o
sentido da parábola: “Quando alguém ouve a mensagem do Reino mas não a entende,
o maligno vem e arranca o que foi semeado em seu coração. Essa é a semente que
caiu à beira do caminho.
A semente que
caiu em terreno pedregoso, é o caso daquele que recebe a Palavra com alegria,
mas fica só em sua alma, na sua emoção, não criando raízes profundas em seu
espírito. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da Palavra,
logo a abandona.
A que caiu
entre os espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas a preocupação desta vida e o
engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera.
A boa terra é
aquele que ouve a Palavra e a entende.
Mas, mesmo
sendo a terra boa, onde a semente, ou seja, neste caso o trigo, vai brotar e
frutificar, um outro problema poderá surgir. O Maligno agora usa nova
estratégia. Ele também semeia; ele semeia o joio no meio do trigo; semeia
confusão, porque o joio se parece com o trigo e se mistura de tal maneira que
não tem como separar um do outro sem arriscar arrancar o trigo por engano.
Jesus contou
sete parábolas seguidas sobre o Reino dos Céus, comparando a uma platação, um
tesouro escondido, uma pescaria, para que eles entendessem.
A parábola do
grão de mostarda – Agora a semente plantada é um grão de mostarda. Tem a ver
com ‘o quê’ foi semeado. Uma semente muito pequena, mas com um potencial
enorme. Jesus compara essa semente à nossa fé: “se tiverdes fé do tamanho de um
grão de mostarda”, já seria o suficiente. A fé tem o mesmo poder, o mesmo
potencial de fazer vir à existência uma grande árvore, a partir de uma
minúscula partícula.
Mas exatamente
porque a Palavra é tão poderosa e cresce forte, o diabo
muda sua estratégia. Agora o Maligno
não rouba a semente, não a faz secar, não a sufoca, não tenta se misturar a ela
provocando confusão e engano. O Maligno agora vem “fazer seu ninho entre seus ramos”;
tirar o melhor proveito da situação usar a Palavra a seu favor, como vemos que
acontece na Maçonaria e em tantas outras seitas.
Por isso o
Senhor acrescenta em seguida uma parábola denunciando outra estratégia do
Maligno. Ele se apresenta como uma mulher que acrescenta fermento numa grande
quantidade de farinha e toda a massa ficou fermentada. “Um pouco de fermento
leveda toda a massa”(Gl 5.9). O fermento representa o pecado. O pecado atua,
mesmo depois que a semente frutificou, brotou o trigo, foi colhido, ia virar
pão para alimentar as pessoas, mas eis que entra o fermento do pecado e a massa
toda se contamina e se enche de aparência, mas sem o poder de nutrir.
Sobre a
parábola do joio, Jesus explicou: o joio são os filhos do Maligno e o inimigo
que semeia é o diabo. A colheita é o fim dessa era e os encarregados são os
anjos.
Assim como o
joio é colhido e lançado ao fogo, assim acontecerá no final dessa era. O Filho
do Homem enviará seus anjos e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz
cair no pecado e todos os que praticam o
mal. Eles os lançarão na fornalha de fogo ardente, onde haverá choro e ranger
de dentes. Jesus vai limpar seu Reino, retirar os maus e só depois, diz: “Então,
os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos,
ouça.”
Ele contou
essas parábolas à beira-mar, próximo à sua casa em Cafarnaum. Explicou a
parábola do joio para seus discípulos em casa. Daí, contou mais duas parábolas:
a do tesouro escondido e da pérola de grande valor. Já não tinha a ver com
sementes e colheita de trigo, porque essas são referentes à sua Palavra; à
semeadura.
As duas agora,
no versículo 44, falam do Reino dos Céus como um tesouro escondido num campo e
uma pérola de grande valor que apontam mais propriamente para a pessoa de Jesus
Cristo.
Tanto o homem
que encontrou o tesouro como o negociante, estavam procurando e encontraram;
ambos venderam tudo o que tinham em troca de possuir o tesouro maior.
A última
parábola compara o Reino a uma rede de pesca; lançada ao mar (dos povos) que
apanha todo tipo de peixe. Os pescadores guardam então os peixes bons nos
cestos e atiram fora os ruins.”Assim acontecerá no fim dessa era: Os anjos
virão, separarão os perversos dos justos”. De novo, Jesus reforça que os
perversos serão removidos primeiro, e deixados os justos.
Quando terminou,
Jesus foi de Cafarnaum para a sua cidade Nazaré, onde não realizou muitos
milagres, por causa da incredulidade deles. E afirmou: “Um profeta não tem
honra em sua própria casa”.
Ou seja, salvos
serão os que receberam a semente da Palavra e entenderam, de tal foram que a
Palavra deu frutos em suas vidas.
Mas ainda
assim, há aqueles que parecem frutíferos, mas a semente deles foi falsa, foi
joio e só têm a aparência de trigo. Eles se aninham, se abrigam como aves, à
sombra das verdades da Palavra. Querem tirar proveito somente, e acabam
funcionando como um fermento maligno que contamina toda a massa. Crescem no
campo do Senhor, no meio do trigo. Mas Jesus adverte que o joio será arrancado
e queimado; e que os peixes, embora venham na mesma rede, serão também separados.
Haverá ceifa, separação e juízo final sobre todos e cada um.
Características
do joio – Também chamado cizânia, ele tem um talo rígido que cresce há um metro
de altura. É considerado uma erva daninha. Nome científico do latim temulentum,
que significa bêbado. Só diferencia do trigo após a formação da espiga. Elas
são pretas depois de maduras enquanto no trigo são castanhas.
O joio é
frequentemente infectado por um fungo endófito produtor de toxinas e o
alcalóide lolina, um inseticida isolado nessa planta. Essas toxinas podem
tornar as sementes do joio venenosas e uma pequena quantidade colhida e
processada junto com o trigo pode comprometer a qualidade do produto obtido. Os
romanos consideravam crime se alguém semeasse o joio no meio do trigo. As raízes
do joio se entrelaçam na do trigo e se tentar puxar arranca os dois juntos. Na
hora de colher, tem que fazer a separação manual. O trigo verga com seus frutos
enquanto o joio permanece de pé.
O diabo tenta
atuar em todas as fases do processo, desde a semeadura, até o momento de usar a
farinha para fazer o pão, o nosso alimento. Se Jesus é o pão sem fermento, o
diabo é o pão com fermento, ou o trigo colhido com o joio. Ele tenta também vir
no meio dos bons peixes, se misturando na rede de Deus. O peixe simboliza o
cristão. Mas, na hora final da colheita, haverá separação.
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