Hoje é dia 11 de setembro
de 2009, China.
Depois dos 7 dias de jejum com um número maior de pessoas, vou
continuar agora consagrando as sexta-feiras. O Senhor providenciou que meu
horário de aulas deixasse vaga justamente a sexta-feira. Nesse dia os muçulmanos
enchem o templo e isso ficou ainda mais crítico porque estão no propósito dos
40 dias. É impressionante ver.
Nessa sexta a Zina, brasileira que está comigo aqui, também está
fazendo o propósito de estar com líquido ou alguma fruta até as 16 hs. Acabo de
me dar conta que, 4 horas da tarde é exatamente 12 horas depois que começam a
jejuar. Eles comem as 4 horas da madrugada e depois só as 8 horas da noite.
Interessante que tenho sido acordada também, toda madrugada por
volta das 4 horas. Sinto dor no estômago, com fome e, sou forçada a levantar e
comer algo como eles - aproveito para orar a respeito.
Hoje o propósito foi em função das “taças de oração” em favor da
China e Estratégia. Para quem não sabe, tenho trabalhado para encher 7
diferentes taças de oração,com diferentes propósitos.
A Palavra de hoje veio em Apocalipse
8. O sétimo selo e a sétima taça são iguais.
Há um silêncio de meia hora no céu; os anjos se posicionam com as 7
trombetas, prontas para tocar, mas ...
Chega um outro anjo e pega o incensário de ouro que equivale a
sétima taça de Apoc.5:8.
“... E foi lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de
todos os santos, sobre o altar de ouro que se acha diante do trono e da mão do
anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.
E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à
terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto (no singular).
Então os 7 anjos, que tinham as 7 trombetas, prepararam-se para
tocar”.
Compare Apocalipse 5:8,
com Apocalipse 8:5 e Apocalipse 16:17 e 18.
Na abertura do sétimo selo, logo em seguida, é derramada a sétima
taça, quando Jesus fala: Feito está. Sobrevieram os relâmpagos, vozes e trovões
e também um grande terremoto forte e grande.
A grande cidade foi partida em três partes, possivelmente Jerusalém.
Hoje já está dividida entre as três grandes religiões: cristianismo, islamismo
e catolicismo.
Ao mesmo tempo caíram as cidades das nações. Talvez as capitais, ou
centros de culto das três religiões ou talvez o sistema de cidades porque...
Deus julga a “Babilônia”. Há um grande abalo sísmico que provoca
rebuliço nas águas que cobrem as ilhas e montes. Ao mesmo tempo houve grande
chuva de pedras. Isso se parece com um fenômeno natural, um certo tipo de nuvem
de gelo. E os homens blasfemaram contra Deus.
Com a sétima taça, é
destruída a Grande Babilônia, cai o sistema do mundo (comercial e religioso). A
primeira é a Babilônia religiosa, porque bebia o sangue dos santos, seguida da
Babilônia do comércio.
A primeira é a Mulher Babilônia, que tipifica o espírito da
religião; a segunda é a Cidade Babilônia, com seu sistema econômico que
enriqueceu os opulentos da terra. E Deus adverte: retirai-vos dela, povo meu (Apoc. 18: 4,5). Os capítulos 17 e 18 falam da sua queda.
No capítulo 18, quando o
anjo anuncia a queda da Babilônia com sua potente voz, vale a pena notar o que
João diz sobre o anjo no primeiro versículo: “... tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória”.
O capítulo 19 fala das
bodas do Cordeiro e sua volta à terra com a Igreja já glorificada, para lutar
na guerra do Armagedom.
Apoc. 19 de 11 a 16 é uma passagens maravilhosa que finaliza dizendo sobre o cavaleiro
do cavalo branco: Tem no seu manto, e na
sua coxa, um nome inscrito: Rei dos Reis, Senhor dos Senhores.
Como consequência dessa batalha, Satanás é preso por mil anos (cap. 20); os santos são ressuscitados e
vão reinar mil anos com Cristo. Essa é a primeira ressurreição.
Seguindo em frente, os pecadores vão se rebelar de novo contra o
senhorio de Jesus Cristo, instigados por Satanás, a essa altura, solto
novamente.
Satanás recebe então o seu julgamento final se juntando à besta e ao
falso profeta.
Apoc. 20:11 – O trono branco. O julgamento por obras, de todos os que já
viveram nessa terra.
A mortes e o inferno que vieram para o homem através do pecado,
foram lançados para dentro do lago de fogo e enxôfre. Essa é a segunda e
definitiva morte.
O Estado Eterno então e instaurado com a descida da Nova Jerusalém.
Apoc.22:19 – os salvos terão uma parte da árvore da vida, da cidade santa e as
bênçãos descritas na Palavra.
Voltando ao capítulo 17,
depois da queda da Babilônia religiosa, a besta assume o reino.
No capítulo 19:20 – A
besta é derrotada, juntamente com os reis da terra (todo poder terreno),
durante o Armagedom.
Capítulo 17:13,14 – diz que Jesus e a Igreja o venceram porque Jesus é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, ou
seja, aquele que detém toda autoridade e poder.
Cap. 19:20 – Afirma que a besta foi atirada viva, nessa hora (após a derrota
no Armagedom), no lago do fogo e enxôfre, juntamente com o falso profeta que
fazia sinais e seduzia e enganava.
O capítulo 20 se inicia
com Satanás sendo então acorrentado e preso por mil anos.
Apenas Satanás é solto depois dos mil anos de reinado de Cristo, por
breve tempo. Mas então, é lançado definitivamente dentro do lago de fogo e
enxôfre onde já estavam a besta e o falso profeta para serem atormentados pelos
séculos dos séculos.
E fim da história para eles aqui.
Os vivos e mortos de todas as eras vão também ser julgados. Os que
não estiverem no livro da vida vão fazer companhia a Satanás no lago de fogo
onde ele já se encontra.
O capítulo 21 e o 22 é só
nosso e do Senhor! Aquele (Jesus) que dá testemunho dessas cousas diz: Certamente, venho sem demora.
- Amém. Vem, Senhor Jesus
!!!
Essa é a segunda parte do entendimento em Apocalipse. Hoje pela manhã acordei pensando na
mensagem desse livro, e durante um período de louvor, veio um pouco mais de
clareza.
Os três primeiros capítulos são as 7 cartas
enviadas às 7 Igrejas. É um tipo de avaliação que Jesus faz de cada uma delas. Como
foi seu desempenho, que vai promover as ações seguintes de Deus sobre a terra. A
abertura dos 7 selos, o toque das 7 trombetas e o derramar das 7 taças.
Em seguida, no capítulo 4,
João é arrebatado e começa a receber a visão das coisas que estão por
acontecer. Primeiro ele descreve o lugar onde se encontra e, propriamente no capítulo 5 começa a revelação: ele vê
um livro selado por 7 selos, que
está na mão do que estava assentado no trono.
João chorava muito porque esse livro não podia ser aberto, mas então
um dos anciãos diz: “Não chores: eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de
Davi, venceu para abrir o livro e os seus 7 selos”.
Só Jesus Cristo pode pegar esse livro, escrito por dentro e por fora
e selado, como se faziam com as escrituras de posse da terra, e abrir e se
apropriar novamente desse planeta, resgatando toda autoridade que havia sido
dada de “papel passado” para Satanás. O selo tinha a função de proteger a escritura
de propriedade para que não fosse aberta e adulterada por outra pessoa e
indicava autenticidade do documento.
Cap 5:6,7 – Jesus, na figura do Cordeiro - já glorificado, com seus
7 chifres do poder e 7 olhos que são os 7 espíritos - vem, toma o livro da mão
direita daquele que estava sentado no trono.
Jesus então toma esse livro das mãos dele,
retoma a posse, a autoridade e, imediatamente, os 4 seres viventes e os 24
anciãos, prostram-se diante Dele em adoração, trazendo suas harpas e cada um
deles traz também as taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos
santos. Toda criação adora e se regozija.
Uma vez trazidas as taças de oração começa a ação sobre a terra. Os
7 selos que fechavam o livro começam a ser abertos até que o livro fique
totalmente aberto e de posse do Senhor.
Apoc. 6 – o primeiro selo
rompeu o domínio de Satanás que vem no cavalo branco (imitação do cavalo branco
de Jesus Cristo), trazendo um arco, símbolo de toda a humanidade que forçou a
se dobrar ao seu domínio e foi lhe dada uma coroa, ou seja, o homem lhe deu a
terra para reinar.
O segundo selo é o cavalo
vermelho que tirou a paz da terra e trouxe a guerra, onde os homens se matam
uns aos outros. Esse cavaleiro tinha também uma grande espada – “ também lhe
foi dada uma grande espada”. Essa espada poderia ser uma figura para a palavra,
como a espada do Espírito que é a Palavra Deus. Nesse caso ele estaria acabando
com a paz na terra através de seu discurso, sua política e suas intrigas.
O terceiro selo é o
cavalo preto que traz uma balança na mão e trouxe fome à terra.
O quarto selo é o cavalo
amarelo e seu cavaleiro chamado Morte. Quem foi atingido por essa morte foi
parar no inferno que o seguia de perto. Mata pela espada, pela fome, doenças e
por meio das feras da terra (?).
O quinto selo fala da
perseguição e martírio dos cristãos. Estão esperando que o Soberano Senhor
vingue seu sangue e, enquanto isso, receberam suas vestiduras brancas e estão
repousando, esperando pelos demais que vão ser mortos também como mártires.
O sexto selo já será o
dia da ira do Cordeiro, quando o cosmos será abalado – houve grande terremoto. “
... Porque chegou o grande dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”(6:17).
Aqui, depois do sexto selo, entra
o capítulo 7 falando dos 144 mil
judeus e dos remidos na grande tribulação. Ou seja, o selo de número 6 marca a grande
tribulação, já que o selo anterior menciona os mártires, esperando ainda
que se completasse o número dos seus conservos
e seus irmãos que iam ser mortos como
igualmente eles o foram (6:11).
Qual a diferença entre conservos e irmãos no texto acima? Talvez
sejam servos (do Senhor) como eles, porque morreram pela causa; e seus irmãos,
indicando a filiação ao mesmo pai.
Cap.7:14-17 “... são estes os que vieram da grande tribulação,
lavaram suas vestiduras, e as alvejaram
no sangue do Cordeiro... jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá
sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do
trono os apascentará e os guiará para as fontes de água da vida. E Deus
enxugará dos olhos toda lágrima.”
Eles eram uma multidão que ninguém podia enumerar e vinham de todos
os povos. Além das vestiduras brancas, tinham palmas em suas mãos. Vinham depois
que os santos da Igreja já estavam no céu. Essa turma chegou mais tarde, mas o
texto diz no versículo 15, que o Senhor estenderá, ou seja, vai acolhê-los
também em seu tabernáculo e confortá-los dos sofrimentos que passaram.
Além de lavar suas vestiduras e tê-las brancas como símbolo da
purificação de pecados pelo sangue de Jesus, eles também as alvejaram no sangue
do Cordeiro. Para alvejar um tecido é necessário um processo mais intenso de
branqueamento.
Bem, aqui chegamos à abertura do sétimo selo que marcou o silêncio no céu; talvez para que fossem
ouvidas todas as orações dos santos. Porque os anjos recebem as trombetas mas
esperam, enquanto outro anjo coloca no incensário as orações de todos os santos
e oferece diante do Trono. As orações misturadas ao incenso de cheiro agradável
sobe então às narinas de Deus. O incensário então é cheio com fogo do altar que
é atirado à terra.
O efeito desse fogo é: 1 - Trovões.
O barulho do trovão é produzido por um choque de poder entre as nuvens com
cargas opostas de energia que produzem os relâmpagos; a voz de Deus quando
soava na terra era ouvida como um trovão.
2 – Vozes – talvez as vozes de todos os santos em oração. O som das nossas
palavras recolhido pelo Senhor, já que as ondas sonoras caminham por tempo
indefinido. A palavra-oração que se junta ao Verbo de Deus gerando a realidade
do Reino de Deus na terra. Essas vozes foram ouvidas ao ser derramada a sétima
taça (16:18) quando saiu grande VOZ
do santuário, do lado do trono, dizendo: FEITO ESTÁ.
Além dos trovões
(manifestação da voz de Deus); relâmpagos
(a manifestação de Jesus cortando os céus do oriente ao ocidente); as vozes e o grande terremoto. Esse terremoto é melhor explicado no cap.16:18-20 e provocou também um
desabamento do céu sob forma de chuva de pedras enormes.
Em outras palavras, as
orações dos santos, adicionadas ao poder de Deus, determinaram a destruição
global.
Até o quinto selo vemos a
ação de Satanás e seus cavaleiros, além da perseguição e martírio dos santos.
Mas algo muda a partir do sexto selo,
(que já menciona o grande terremoto) e o sétimo
selo, ambos determinando a destruição total.
Essa destruição que se segue, como efeito das orações da Igreja, é
desencadeada e detalhada pelo toque de cada uma das trombetas. Quando a última
trombeta tocou (11:15), “o reino do
mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos
dos séculos”.
A Igreja como instrumento
de juízo
Satanás
comanda não somente campos de
concentração com seus prisioneiros, mas ele detém o poder sobre todas as estruturas da nossa civilização.
Diz a Palavra de Deus que o mundo jaz no
maligno, ou seja, está repousando, apoiado em pilares de iniquidade.
Se pudermos
imaginar, veríamos que existe uma cidade nas regiões celestiais cuja sombra se
projeta sobre o nosso mundo físico aqui na terra – como se fosse uma imagem de
espelho. Tudo o que primeiramente é definido no reino do espírito, acaba se
realizando em nosso mundo visível.
Temos as
nossas estruturas sociais, legislativas, políticas, morais, econômicas,
educacionais, etc... Na base de seu funcionamento vamos encontrar o pecado
operando, gerando todo tipo de injustiças, abusos e exploração do ser humano.
Satanás tem infligido grande humilhação e sofrimento à humanidade através das
guerras, fome, peste, violência e
desamor.
Quando a
igreja se santifica, se une e se fortalece na autoridade do nome de Jesus, o
confronto cresce nas regiões celestiais. Se há um ataque pesado contra Mamom, o deus do dinheiro, ele vai se
enfraquecer. Como conseqüência, o pecado que sustenta a estrutura econômica vai diminuir e todo esquema econômico do mundo
se tornará instável.
Uma grande
crise poderá ser provocada pela oração em guerra da igreja contra as estruturas
de pecado que sustentam este mundo comandado pelo maligno. Isto é o que está
para acontecer. Os juízos de Deus descritos em Apocalipse serão desencadeados pela igreja, quando, em sua batalha
nas regiões celestiais, contra principados e potestades, tiver derrotado os
príncipes das trevas que governam nosso mundo. Tudo que estiver apoiado no poder do mal vai ruir para que surja um novo reino de justiça e paz.
As fortalezas
que hoje estão nas regiões celestiais virão abaixo e Satanás será lançado na
terra, a caminho do inferno, enquanto a igreja inicia sua subida para junto de
Deus. Cai o poder de Satanás, sobe o poder de Jesus e sua Noiva. Apocalipse 12:7-12
Tudo Se Fez Novo
O livro do Apocalipse, logo
no início da capítulo 21, nos revela algo da nova ordem de coisas que serão estabelecidas. O apóstolo João viu
e deixou registrado para nós, ‘um novo
céu e uma nova terra’. Ele explica que ‘já
o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe’.
O mar na Bíblia é uma referência aos diversos povos, donde
compreendemos que, nessa nova realidade, haverá, como no começo, um só povo.
João viu a Cidade Santa, a nova Jerusalém que descia do céu e ele
ouviu uma grande voz do céu que dizia: ‘Eis
o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles e será o seu Deus’.
“Já as primeiras coisas são
passadas” (Ap 21.4b). Após os três primeiros capítulos
de Apocalipse, o apóstolo usa a expressão ‘depois destas coisas’. Significa que,
depois de Jesus tratar com a sua Igreja, entrariam os julgamentos sobre o
mundo. E, depois desses julgamentos, ou seja, já passadas essas primeiras
coisas, veríamos uma nova ordem e governo sobre a terra. Para o povo de Deus então, já terá passado o tempo
das lágrimas, pranto, luto, morte e dor (Ap 21.4).
Nós ainda estamos no início
de um processo de restauração através da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Começou pela restauração de nosso espírito e deve alcançar nossa alma e o corpo
que será glorificado.
As nossas emoções vão ser saradas e também nosso corpo não sofrerá
doença e morte. O Cristo reinando, fará novas todas as coisas.
“E o que está assentado
sobre o trono disse: ‘eis que faço novas todas as coisas’.
João nos diz que “todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e sem ele nada do que foi feito se fez”.
Aquele mesmo que fez todas as coisas, vai refazê-las! No entanto, “As promessas são para o vencedor”(vs 7). O vencedor é aquele
que permanece em Cristo.
E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas,
então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe
sujeitou, para que Deus seja tudo em todos (I Co 15.28).
Podemos fazer um paralelo,
comparando os templos de Deus às etapas de restauração do homem: corpo, alma e
espírito. O primeiro templo foi erguido por Salomão. O segundo templo, foi
erguido por Esdras, no tempo do retorno do cativeiro Babilônico para Jerusalém.
O terceiro templo estará na nova Jerusalém. “Por isso estão diante do trono de
Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está
assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra” (Ap 7.15).
Há 1ª coisas que estamos vivendo agora. Há 2ª coisas, que Deus mostra a João sobre o futuro; mas haverá muitas coisas ainda não reveladas.
Estamos sendo transformados de glória em glória à sua própria imagem
(II Co 3:18).
O tempo agora é de “ ... restauração da vista aos cegos” (Is
61; Lc 4:18).
Mas quem são os cegos?
O Senhor explica: “... afim de que os que não vêem vejam e os que
vêem se tornem cegos.” Jesus estava
dizendo que ele era a luz, mas eles preferiam as trevas, onde não se pode
enxergar. Queriam permanecer em sua cegueira espiritual. A questão é que
estamos incapacitados de ver a glória de Deus, percerber a presença do Reino entre nós, não sabemos
voltar ao Jardim do Éden, o lugar da
comunhão com Deus. Mas Jesus está nos dizendo que Ele é o caminho, Ele rasgou o
véu entre uma e outra dimensão, podemos retornar a dimensão espiritual e
desfrutar da presença do Pai. O caminho está diante de nós e seguimos como
cegos, como os discípulos indo para Emaús.
Jesus nos advertiu a não buscá-lo fora de nós “Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de
Deus está entre vós” (Lc 17.21).
“O reino de Deus está dentro de nós” (Jo
9:39).
O mestre do engano que opera
hoje nessa dimensão, nos ilude com a
idéia de que Deus está além do nosso
alcance; mas Ele já veio ao nosso encontro e nos achou em Jesus Cristo.
A glória de Deus está
presente em nós, e ela é a manifestação do caráter de Deus. Ele é onipresente;
Jesus se faz presente onde houver dois ou três reunidos em seu nome, mas nós
continuamos buscando um Deus inascessível.
“Buscar-me-ei e me achareis
quando me buscares de todo o vosso coração.” Quando buscamos com
intensidade, vamos penetrar nas regiões celestiais que nos cercam; nossos
olhos se abrirão.
Hoje, quando aprendemos a entrar com facilidade na dimensão do
Espírito, vamos transitar cada vez mais sem fronteiras entre as duas dimensões
e estabelecemos a comunhão com Deus quase automaticamente.
A carne já não pode nos impedir com tanta tirania.
Quando exercitamos isso muito naturalmente, começamos a pensar que
algo está errado! O próprio espírito do engano tenta nos impedir com o
argumento de que isso não pode ser tão fácil e espontâneo assim. Imaginam que
para se falar em línguas, ou se mover em Espírito é preciso estar de joelhos,
ou no templo, numa atitude ou posição religiosa, talvez em meditação... Podemos
achar que a experiência “sagrada” se torna banal se não “lavarmos as mãos antes da refeição”, como ordena a lei.
Ainda nos assusta a possibilidade de contemplarmos a glória de Deus
com o rosto descoberto. Ainda estamos com um pezinho no Sinai, onde o povo
ficou apavorado com a manifestação do poder de Deus, mas já deveríamos estar no
Monte Sião, no monte da transfiguração, contemplando, de olhos abertos, a glória
de Deus.
Porque razão nossa visão continua tão fraca e pequena.
Nicodemos estava diante do filho de Deus, a manifestação do Reino e
não o via. Jesus atribui isso à operação do engano, aos espíritos religiosos e
Belzebu, que é o Pai da Mentira e impede a manifestação da verdade.
O próprio Deus está buscando adoradores que o adorem em Espírito e
em Verdade (Jo 4), que estejam livres dos fardos da religião e tradição.
Ainda que por instantes, os discípulos tiveram uma visão no monte da
transfiguração; eles tiveram seus olhos espirituais abertos e entraram na
dimensão celestial. Puderam contemplar Jesus em espírito e ver sua glória. Nós
também precisamos crer para ver; contemplar o Reino e seu Rei.
Quando cremos na Verdade da Palavra, a operação do engano perde sua
força; a luz supera as trevas e, eis que estamos vendo!
“... Agora vemos por espelho;
então o veremos face a face” (I Co 13.12).
Maria Madalena estava chorando, buscando o corpo físico de Jesus.
Ele estava ressucitado à sua frente e ela não o viu. Foi preciso chamá-la pelo
seu nome para que ela o reconhecesse.
Precisamos ver a Verdade que nos liberta dessa condição de
prisioneiros do engano. Precisamos perceber que tudo se fez novo e entender os
tempos e o tempo em que estamos vivendo, enquanto, como Igreja, nos preparamos
para reinar com o Rei.
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