A Oração do Pai Nosso
Mateus 6.9-15
Oração é um diálogo. Nós assumimos diversos papéis e diferentes
posturas num diálogo. Quando você conversa com seu filho, está no papel de pai
ou mãe; quando fala com seu cônjuge você é a esposa ou o marido; se fala com
seu patrão, você vai se relacionar como empregado; se está na escola, vai falar
com seu professor na condição de aluno e assim por diante.
A Oração do Pai Nosso, como ficou conhecida, é um diálogo
ensinado pelo nosso Mestre Jesus. Ele nos manda relacionar com Deus como sendo
filhos que estão falando com seu Pai.
1 – Com quem estamos falando? - Com nosso Pai.
Quando falamos a palavra Pai, ela assume um significado
diferente na compreensão de cada um. Ele não é como nosso pai terreno; então
quem é esse Pai? Se vamos nos relacionar com ele, o que podemos esperar dessa
conversa?
3 - Para chamá-lo de Pai,
precisamos entender que somos Filhos, seus filhos. Precisamos de receber em
nosso espírito essa testificação do Espírito de Deus de que somos filhos (Rm
8.16).
Jesus ensina a seus
discípulos a falar com Deus chamando-o de Pai; um pai que está nos céus, na
dimensão do reino espiritual.
- “Pai
nosso, que estás nos céus” (nosso pai e pai de Jesus Cristo)
O povo de Deus no Antigo Testamento não podia chamá-lo de Pai
porque o conheciam como “o Senhor” e por falta de relacionamento de amor o
trataram com falsidade. Adoravam-no e também aos ídolos, eram infiéis. O povo
de Israel foi acusado de traí-lo e adulterar com outros deuses.
Mas quando veio Jesus Cristo, o Messias, tudo mudou. Aquele Deus
distante que tinha a função de presidir o universo veio morar conosco, numa
mesma casa, se tornou então o nosso paizinho querido.
“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o Monte Sião, e com
ele 144 (12 x 12), que em suas testas tinham escrito o nome Dele e o nome de
seu Pai” (Ap 14.1).
“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos
chamados filhos de Deus ...” (I Jo 3.1).
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do
Pai das luzes, em quem não há mudança ou sombra de variação” (Tg 1.17).
“E porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama Aba, Pai” (Gl 4.6).
“Ele nos abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais...” (Ef
1.3)
“Crede-me que eu estou no Pai e o Pai em mim: crede-me, ao menos
por causa das mesmas obras” (Jo 14.11). Jesus veio nos mostrar o Pai; fazê-lo
conhecido. O Pai é um pai de amor, de misericórdia, perdão e compaixão. Capaz
de se encarnar como ser humano para nos salvar. Jesus é a expressão exata do
amor do Pai.
“ ... Na verdade, na verdade, vos digo que tudo o que perdirdes
ao meu Pai em meu nome, Ele vos dará” (Jo 16.23). Ele é um Pai disposto a
atender as orações e dar boas coisas a seus filhos.
Jesus falou todo o tempo
sobre “Seu Pai e Seu Reino”. “Não temais, ó pequenino rebanho, porque a vosso
Pai agradou dar vos o Reino” (Lc 12.32). A oração do Pai Nosso em Lucas
enfatiza a bondade do Pai.
Nossa Identidade de Filhos – Se vamos nos relacionar com Deus
Pai, devemos encontrar a nossa identidade como filhos.
Jesus nos reafirmou quando enviou Maria Madalena a seus
discípulos depois de ressuscitado, para dizer-lhes: “ Estou voltando para o meu
Pai e vosso Pai, para o o meu Deus e vosso Deus” (Jo 20.17).
“Vejam como é grande o
amor que o Pai nos concedeu; sermos chamados filhos de Deus, o que de fato
somos! ... Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que
havemos de ser” (I Jo 3.1,2).
“ ... mas receberam o Espírito que os torna filhos por adoção,
por meio do qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testemunha ao nosso
espírito que somos filhos de Deus. Se nós somos filhos, somos logo herdeiros,
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, ...” (Rm 8.15-17).
No Antigo Testamento, Deus, o Todo Poderoso, tinha que dar grandes
provas de quem ele era ao povo de Israel, com grandes sinais e maravilhas.
Quando Jesus veio, Ele nos deu a última e maior prova de todas.
Agora Jesus faz milagres para que os gentios creiam Nele.
Em Cristo Jesus Deus provou seu amor para conosco e que só
deseja receber nosso amor de filhos. Ele se tornou alguém íntimo ao ponto de
vir dividir a mesma casa. Hoje falamos com Deus, como o filho do Presidente da
República se dirige a seu pai dentro de casa.
O profeta Daniel orou ao Deus Todo Poderoso, dizendo: “Ó Senhor,
Deus grande e temível” (Dn 9.4). Nós falamos carinhosamente ao coração do nosso
Pai.
Jesus, já se despedindo de seus discípulos, lhes disse que já
não os tratava por servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas
que agora os chamava de amigos, porque tudo o que ele tinha ouvido de seu Pai,
tinha transmitido a eles. Quando o discípulo sabe tudo o que seu mestre sabe,
ele muda da condição de discípulo, para irmão e amigo.
Agora eles sabiam o que Jesus sabia a respeito do Pai e podiam
ter o mesmo acesso livre a ele (Jo 15.15,16). Jesus ouvia do Pai e falava com
seus discípulos. Então eles também conheciam o Pai. Jesus os enviou em seu nome
para fazer o que ele fazia. Portanto, podiam pedir a Deus como o Senhor pedia e
serem atendidos em tudo o que pedissem em nome de Jesus.
Jesus sempre tinha suas orações respondidas. A receita para
termos nossas orações respondidas é conhecer o coração do nosso Pai e orar em
conformidade com sua vontade: Pedir as coisas que ele deseja nos dar, como seu
Espírito.
A nossa fé, quando oramos,
depende do quanto confiamos no amor do Pai por nós. “A fé atua pelo amor...”
(Gl 5.6). Confiamos na medida em que amamos e cremos que somos amados.
-
“Santificado seja o teu nome”. Ao exaltá-lo podemos usar tantas expressões como Pai amado;
santificado, exaltado, glorificado, grandioso, honrado seja o meu Senhor; fonte
de alegria eterna, em tua presença estou, papai, fonte de todo amor, criador do
universo. Eu ministro a ti o meu amor com toda a força da minha mente,
coraçãoi, entendimento emoção e imaginação.
- “Venha o teu Reino”. Devemos pedir que venha o Reino de Deus colocando o Reino em
primeiro lugar. Para isso precisamos saber o que estamos pedindo. O que é o
Reino? Este Reino vai vir e governar totalmente sobre a terra. Nós vamos viver
no novo céu e nova terra.
Neste Reino, Deus é o Rei, e governa com justiça, estabelece paz
perfeita e alegria (Rm 14.17).
“Manifesta o teu Reino que está dentro de mim (Lc 17.21), com
toda a beleza; manifesta a beleza de teu Reino; a perfeição, a vida que faz
brotar cada semente e nascer cada criança e animal. Manifesta a tua vida nos
corações, mesmo em meio às trevas e dor, porque Jesus já venceu o pecado e a
morte. Manifesta a alegria de teu Reino; rompe as fontes escondidas e faz
jorrar teu fogo, tua glória, teu poder. Jesus, manifesta a tua vitória!”
Quando pedimos pelo Reino, em outras palavras estamos pedindo
pelo estabelecimento dos padrões perfeitos de Deus, de justiça e santidade.
Pedir pelo Reino é pedir pelo Rei! Que todos saibam que Jesus
depôs o impostor, e então ele poderá assumir não somente de direito, mas também
de fato o governo.
Jesus disse: “Meu Reino não é deste mundo” (Jo18.36). “Na casa
de meu Pai há muitos aposentos... Vou preparar-lhes lugar... Vocês conhecem o
caminho para onde eu vou...Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai a não ser por mim.” (Jo 14.2,4,6).
No Novo Testamento, João o Batista foi o primeiro a falar no
Reino dos Céus e pregava dizendo: “Arrependei-vos porque é chegada o Reino de
Deus”(Mt 3.2).
Jesus continuou trazendo a mesmo mensagem (Mt 4.17,23), mas além
de pregar, ele demonstrava com sinais e milagres.
Ele falou inúmeras vezes sobre o Reino dos Céus: Pertence aos
humildes, aos perseguidos por causa da justiça. Onde o Reino se manifesta os
demônios fogem e os doentes são curados.
Em Mateus 13 Jesus se dedica a um extenso ensino sobre o Reino
de Deus. Ele contou 7 parábolas. O Semeador saiu a semear e as sementes cairam
em quatro diferentes tipos de solo. O número quatro fala do ser humano, e
portanto, toda a humanidade está representada aqui em sua resposta ao
Evangelho.
A primeira parte das sementes saiu a beira do caminho, um lugar
errado e o inimigo a roubou. A segunda caiu em terreno pedregoso, em local
sujo, não preparado adequadamente e não prosperou diante das provas. A terceira
parte caiu entre os espinhos; um lugar inóspito, onde terminou sufocada. A
quarta parte caiu em boa terra e deu boa colheita.
Jesus falava em parábolas porque quem tinha entendimento espiritual
compreendia e crescia em conhecimento e sabedoria. Mas aqueles que não tinham
esse entendimento recebiam a semente da palavra mas não tinha revelação da
mesma. Assim, a semente lançada nele lhe é tirada, comida pelas aves, roubada
pelo maligno, como explicou Jesus.
Mas se a terra do coração humano é boa, a semente frutifica e
teremos uma bela plantação de trigo. O inimigo então muda a estratégia. Ele
também semeia; ele semeia o joio no meio do trigo; semeia a confusão, porque o
joio se parece com o trigo e se mistura de tal maniera que não tem como separar
um do outro sem arriscar arrancar o trigo por engano.
Agora, na parábola seguinte, a semente plantada é um grão de
mostarda. Tem a ver com “o quê”
Foi semeado. Uma semente muito pequena mas com um potencial
enorme. Jesus compare essa semente à nossa fé: “se tiverdes fé do tamanho de um
grão de mostarda” já teria tudo. Porque a fé tem o mesmo poder, o mesmo
potencial de fazer vir a existência uma grande árvore, a partir de uma
minúscula partícula.
Mas porque a palavra é tão poderosa e cresce forte, o diabo muda
a estratégia. Agora o Maligno não rouba a semente, não faz ela secar, não a
sufoca, não tenta se misturar a ela provocando confusão e engano. O Maligno
agora vem “fazer seu ninho em seus ramos”; tirar o melhor proveito da situação;
usar a Palavra a seu favor, como vemos na maçonaria e tantas outras seitas.
Por isso o Senhor acrescenta em seguida outra parábola
denunciando outra estratégia do Maligno. Ele se apresenta como uma mulher que
acrescentou fermento numa grande quantidade de farinha e toda a massa ficou
fermentada. “Um pouco de fermento leveda toda a massa”(Gl 5.9).
O fermento representa o pecado. O pecado atua mesmo depois que a
semente frutificou, brotou o trigo, foi colhido, ia virar pão para alimento,
mas eis que entra o fermento do pecado e a massa toda se contamina e se enche
de aparência, massem poder nutrir.
Já em casa, com seus discípulos, ele explicou a parábola do joio
e contou duas outras: sobre o tesouro escondido e a pérola preciosa falando do
Reino dos Céus, apontando para a pessoa de Cristo. Tanto o homem que encontrou
o tesouro, como o negociante, estavam procurando e encontraram; ambos venderam
tudo o que possuiam em troca de possuir o tesouro maior.
A última parábola compara o Reino a uma rede de pesca lançada ao
mar dos povos que apanha todo tipo de peixes. Eles são separados e os ruins
lançados fora.
Concluindo, os salvos serão os que receberam a semente da
Palavra e entenderam e deram frutos em suas vidas. Mas ainda assim, há aqueles
que parecem frutíferos, mas a semente deles foi falsa, foi joio e só têm
aparência de trigo. Eles se aninham, se abrigam como aves, à sombra das
verdades da Palavra. Querem tirar proveito somente e acabam funcionando como um
fermento maligno que contamina toda a massa. Crescem no campo do Senhor, no
meio do trigo.
Mas Jesus adverte que o joio será arrancado e queimado; que os
peixes, embora venham na mesma rede, serão também separados. Haverá ceifa,
separação e juízo final sobre todos e sobre cada um.
O diabo tenta atuar em todas as fases do processo, desde a
semeadura, até o momento de usar a farinha para fazer o pão, o nosso alimento.
Se Jesus é o Pão sem fermento, o diabo é o pão com fermento, ou o trigo colhido
com joio. Ele tenta também vir no meio dos bons peixes, se misturando na rede
de Deus. O peixe simboliza o cristão. Mas, na hora final, da colheita, haverá
separação.
As chaves do Reino foram entregues à Igreja (Mt 16.19).
Se não nos convertemos e nos tornarmos como crianças,de modo
algum entraremos no Reino (Mt 18.13). Da mesma forma se não nascermos de novo
(Jo 3). A criança não é hipócrita; ela é verdadeira, sem falsidade e temor do
homem; é autêntica.
Jesus veio para anunciar a chegada do Reino e esse foi o maior
tema de sua pregações. Também falou todo o tempo sobre seu Pai.
Nós fomos transportados do reino das trevas para o reino de seu
Filho amado e temos herança com os santos no Reino da Luz (Cl 2).
Jesus contou uma parábola sobre um rei que partiu para uma terra
distante para tomar posse de um reino para voltar depois. Esse era Jesus que
subiu aos céus para receber todo poder e autoridade do Pai. Assim como Jesus,
um dia vamos partir para uma terra remota e tomar posse como reis. Contudo,
também voltaremos para reinar com ele nessa terra.
- “Seja feita a tua vontade na terra como é feita nos céus”. Qual é a vontade de Deus,
para que possamos pedir por ela?
Em Gênesis 17.1 o Senhor disse a Abraão: “Eu sou o Deus Todo
Poderoso; ande segundo a minha vontade e seja íntegro”.
A vontade de Deus pode ser encontrada na Bíblia do começo ao
fim. Na primeira carta de Paulo a Timóteo capítulo dois, ele fala expressa essa
vontade de muitas maneiras. “... deseja que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao conhecimento da verdade. É bom e agradável a Deus que levantemos mãos santas e oremos em todo
lugar” (I Tm 2.4,8). “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados (I Ts
4.3).
Precisamos renovar a nossa mente para conhecer a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus (Rm 12.2).
Paulo em Efésios 5.17 nos exorta: “Portanto,não sejam
insensatos, mas procurem compreender qual a vontade do Senhor. E Efésios 5.8 –
“Devemos viver como filhos da luz, pois o fruto da luz consiste em toda
bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao
Senhor.”
A vontade do Senhor é expressa em seus mandamentos. Ele deseja
ser amado e que amemos uns aos ouros. No Evangelho de João Jesus repete muitas
vezes esse mandamento e quando dava as últimas instruções a seus discípulos
reforçou por três vezes: “amai-vos uns aos outros”. É da vontade do Senhor que
seus filhos caminhem em unidade de espírito (Jo 17)
- “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” – O alimento para nosso
corpo.
- “Perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos
devedores – O perdão garante a saúde da nossa alma.
- E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal – Aqui
pedimos proteção na área do espírito.
Se trabalhamos, vamos ter o pão do nosso sustento, porque digno
é o trabalhador de seu salário.
Se perdoamos, vamos obter o perdão de Deus.
Se não cairmos na tentação do pecado, não daremos lugar ao diabo
e Deus nos livra do maligno.
Quando orardes (Mt 6.5). Jesus deu instruções a seus discípulos de que devemos
orar e que, quando orarmos, têm coisas que devemos fazer e outras que não
devemos fazer.
Primeiro vamos ver o que não devemos fazer. Não devemos ser
hipócritas orando para nos exibir, aparentar espiritualidade. Isso é
religiosidade, querer aparecer usando palavras pomposas para que admirem nossa
maneira de falar.
Não devemos usar de vãs repetições; falar sem sentido, tendo a
forma sem o conteúdo; sem dar profundo sentido
ao que estamos falando. Devemos orar com o nosso coração para mover o
coração do Pai.
Se eles queriam ser vistos e ouvidos pelas pessoas eles já
tinham conseguido seu objetivo e não tinham mais nada a receber da parte de
Deus.
Por outro lado, se a nossa intenção é ser ouvidos por Deus, como
devemos orar?
1 – Suplicar o que seu Pai já sabe que necessita. Devemos mover
seu coração como fazem as crianças com seus pais terrenos.
2 – “Mas quando você orar, vá para o seu quarto e feche a
porta...”. O lugar de oração é um lugar de intimidade, onde não devemos ser
perturbados ou interrompidos. Nosso Pai está num lugar secreto e é no lugar
secreto que vamos encontrá-lo. Precisamos fazer como Jesus que se retirava
sozinho para orar e Deus, que vê o que se faz em segredo, nos recompensará.
Quantas vezes queremos impressionar as pessoas a nosso respeito
e trocamos a aprovação de Deus pela aprovação dos homens? Trocamos a recompensa
de Deus pela recompensa de homens. Precisamos escolher se desejamos a
recompensa de nosso Pai ou a recompensa de pessoas.
Deus vê o nosso coração. Jesus condenou a hipocrisia. “...
exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estão cheios de
hipocrisia e iniquidade” (Mt 23.28).
A hipocrisia é a manifestação de fingidas virtudes, ou
sentimentos bons, devoção religiosa, compaixão, fingimento, falsidade com o
objetivo de causar boa impressão no outro.
Num relacionamento de intimidade, onde as duas partes se
conhecem, não cabe a hipocrisia, porque existe somente a verdade. Essa deve ser
a regra de nosso relacionamento em oração com Deus, de sinceridade e honestidade
completas; de filho para Pai e de Pai para filho.
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