Sunday, June 29, 2014

Ventos do Espírito


O Vento do Espírito 

Aniversario na Bolívia

“... E o Espírito de Deus se movia sobre as águas”. (Gn 1.2).
O Espírito de Deus é o próprio Espírito de Cristo. Jesus Cristo se move e é carregado pelo vento do Espírito.
Assim como o vento carrega e espalha as sementes; o vento do Espírito transporta a Palavra de Deus que é Jesus.
Quando o vento sopra, o que era velho se faz novo; o que era antes é removido; as folhas velhas são levadas pelo vento. O vento pode ser usado para limpar e trazer coisas novas; para revestir com poder (o furacão carrega muito poder); limpar os céus ou trazer as nuvens de chuva que lavam a terra.
A palavra espírito tem a ver com o sopro da nossa respiração. Deus assoprou o seu Espírito nas narinas do homem.
O vento do Espírito transporta a Palavra criadora de Deus, Jesus Cristo, que transforma o caos da terra em vida.
Quando o Espírito de Deus entra em nossas vidas ele coloca ordem no nosso abismo e escuridão do pecado. A luz de Jesus Cristo traz uma nova ordem de coisas no nosso interior. Permanecem ainda os céus e a terra, as trevas e a luz.
Deus fêz separação! Jesus Cristo transformou todo o caos da terra em vida. Provisoriamente Ele coloca em ordem todos os elementos e faz separação entre trevase luz; entre noite e dia. O mal não é removido até o dia estabelecido por Deus para que isso ocorra, quanto tudo se fará novo.
Haverá uma nova criação e nós, que estamos em Cristo, já somos parte dela. Já não haverá maldição nenhuma. Não haverá noite (Ap 22.3-5). Deus será tudo em todos (I Co 15.28). Agora, no presente momento estamos separados do mundo; selados pelo Espírito de Deus.
Estamos escondidos em Cristo: “Pois vocês morreram e agora a sua vida está escondida com Cristo “em Deus” (Cl 3.3-4).
Quando Deus reordenou os elementos na terra e criou o ambiente onde colocou o homem, Ele já sabia que seria provisório; que tudo isso teria que ser submetido ao Plano da Redenção. Do ponto de vista da Onisciência de Deus, Ele fêz tudo perfeito do começo ao fim. O Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo como nossa provisão (Ap 13.8; 17.8;Cl 1.15).
Deus soprou o vento do seu Espírito e as águas do dilúvio baixaram separando as águas da terra seca. Assim recomeçou a história do homem.
O vento soprou e abriu o Mar Vermelho. Assim recomeçou a história de Israel.
O vento soprou no dia de Pentencostas. Assim começou a história da Igreja.
Quando o vento sopra em nossa vida, tudo se faz novo. A sua história recomeça.
“Ouvindo o homem e a mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim, quando soprava a BRISA do dia” (Gn 3.8). A presença do Senhor vinha como um vento. O mesmo vento que entrou pelas narinas do homem; o mesmo vento que mais tarde soprou no dia de Pentencostas: “Ele os batizará com o Espírito Santo e fogo ... juntando o trigo no celeiro, mas queimará com fogo a palha...”
O Vento é necessário
Muito embora Deus não tenha eliminado a noite, ele não criava nada no período de ‘ausência dae luz’. Deus também não opera nas trevas da nossa carnalidade. Ele não trabalha com o velho homem, o homem terreno.
Deus opera no dia do nosso ser; no homem celestial. “Meu pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando” (Jo 5.17).
“Enquanto é dia precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém mais pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9.4).
“O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com o que é nascido do Espírito” (Jo 3.8).
O Senhor se move nesse vento; nós nos movemos nesse vento, limpando, renovando, revestindo e levando novidade de vida.
Quando alguém é batizado no Espírito, inspira esse vento e a semente que ele traz se deposita no seu ventre.
O Espírito pairava e a Palavra liberada pelo Pai fêz vir à exostência todas as coisas dessa dimensão: “Haja luz!”.
Por isso, quando alguém é batizado pelo Espírito, recebe também a Palavra, a língua espiritual. Quando falamos em línguas estamos edificando a nós mesmos e, portanto, edificando o Corpo de Cristo, a Igreja, trazendo à existência o Reino de Deus nessa dimensão, nessa terra.
O vento desloca, movimenta, toca para diante. Você, nascido de novo, se move nesse vento.
“Assim como o Pai me enviou, eu os envio.  Com isso soprou sobre eles e disse: recebam o Espírito Santo” (Jo 20.21,22).
Assim como Jesus veio no “Vento de Deus”, movido e guiado por esse vento; Ele também nos envia na força desse vento.
“... de repente, veio do céu um som, como de um vento muito forte e encheu toda a casa ... Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar novas línguas” ((At2.1.2). O vento do Espírito espalha o bom perfume de Cristo sobre toda a terra.
O Espírito é o que nos envia levando a Palavra (At 1.8). Quando alguém é cheio pelo Espírito tudo mais fica de fora. Sem ar, nossos pulmões murcham e morremos. A camada de oxigênio ao redor da terra, que conhecemos como ar, é o que mantém a vida.
Os quatro evangelhos apontam para as quatro manifestações de Cristo; as quatro faces dos querubins.
Neles temos representada toda a criação em seus elementos: Mateus – fogo; Lucas – água; Marcos – terra; João – ar. Cada face de animal englobando toda a criação: Leão, o rei dos animais selvagens; o Homem, representando a raça humana; o novilho ou boi, representando os animais domésticos; e a águia, representando os pássaros.
Em Mateus ele é o Leão da Tribo de Judá, revelação do Messias para os judeus. Em Marcos ele é o servo, revelação para os romanos. Em Lucas ele é o salvador, o filho do homem, revelação para os gentios. Em João, Jesus é o Rei, o filho de Deus, revelação para a Igreja, da mensagem universal do amor. No primeiro capítulo do evangelho de João, Jesus é batizado pelo Espírito Santo.
“Então Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor afastou o mar e o tornou em terra seca, com um forte vento oreintal que soprou toda aquela noite” (Ex 14.21).
O Espírito de Deus em Gênesis, também pairava sobre a face do abismo. Trevas cobriam a face das águas. Assim também na travessia do Mar Vermelho. Era noite e o Espírito assoprou até que houvesse separação entre águas e terra seca; entre o Egito e o povo de Deus.
É o Espírito de Deus com seu sopro  que sepra carne e espírito; a natureza caída do velho homem egípcio, da nova natureza restaurada de filhos de Deus.
“... e enviou um vento sobre a terra e as águas começaram a baixar” (Gn 8,1). Após o dilúvio, novamente o ‘vento’ aparece fazendo novamente separação entre as águas e a terra seca para ecomeçar a história do homem sobre a terra.
O vento soprou para recomeçar a história de Israel e a história do povo de Deus.
Vento Oriental – Queimou as espigas (Gn 41.6,23,27). Trouxe gafanhotos (Ex 10.13). Abriu o mar (Ex 14.21). Sopraste o teu vento (Ex 15.10). Quebra as naus de Társis (Sl 48.7).
Vento Ocidental – Levou os gafanhotos ((Ex 10.19; Sl 18.10; Sl 104.3).
“E subiu sobre um querubim e voou; e foi visto sobre as Asas do Vento” (II Sm 22.11).
“E apareceram as profundezas do mar e os fundamentos do mundo se descobriram; pela repreensão do Senhor, pelo sopro do vento de suas narinas” (II Sm 22.16).
O Espírito do Senhor revela as profundezas de todas as coisas.
“Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Lc 8.25 e Mc 4.39,41). Demônios também se movem nos ventos, causando furacões e tempestades.
“Levanta-te vento norte e vem tu, vento sul – assopra no meu jardim, para que destilem seus aromas” (Ct 4.16).
“Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor...”(Ez 1.14).
Você pode ser movido pelo vento do Espírito ou pode ser atribulado pelos vendavais da vida. Você pode ter o vento ocidental que leva embora os gafanhotos de sua vida ou ser acossado pelos ventos orientais que trazem os gafanhotos, que queimam e destroem toda a plantação e toda a colheita.
Os hebreus reconheciam os quatro ventos: norte,sul, leste e oeste. O vento norte limpa o ar. É fresco e úmido (Ct 4.16). O vento sul aquece a madurece as colheitas. O vento oriental é tempestuoso; vem do deserto e traz a seca (Jo 1.19; is 21.1); Jr 4.11; Zc 9.14; Sl 48.7). O vento ocidental traz fortes chuvas (Ex 10.19) e levou embora os gafanhotos.


Wednesday, June 25, 2014

Um Lugar Seguro!


Um Lugar Seguro

No texto de Lucas 13 Jesus diz que “Os galileus mortos não eram mais pecadores que todos os outros; nem os que morreram no acidente da Torre de Siloé”. Eles morreram vítimas das maldades de satanás porque não se arrependeram. Estavam “fora da Aliança”. Se pertencessem a Deus, Ele os guardaria. Uma figueira sem os frutos do arrependimento será cortada. Jesus amaldiçoou a figueira sem frutos, numa referência a Israel.
Israel, a figueira, seria cortada porque depois de três anos do ministério de Jesus ela continuava estéril.
Em Lucas 13.32-35 Jesus responde aos fariseus: “Preciso prosseguir hoje, amanhã e depois de amanhã”. No terceiro dia Ele estaria pronto para morrer, ou seja, no terceiro ano de seu ministério. Até lá ele estava na obra.
Depois disto, a figueira Israel seria cortada e só voltaria a vê-lo quando o reconhecessem como o Messias.
Havia uma mulher encurvada há 18 anos, “aprisionada por satanás”. O problema daquela mulher não era a prática de pecado, pois Jesus afirma que ela era filha de Abraão. Ele então a liberta e fala sobre o Reino de Deus. Com o Reino se parece, ou que comparação ele poderia fazer? “É como um grão de mostarda, uma semente que foi semeada na horta”. Mas essa semente se degenerou e, ao invés de ser uma hortaliça, ela cresceu demais e se tornou uma árvore, talvez como a figueira. Quem sabe Israel? Os demônios (aves), fizeram ninhos em seus ramos. A mostarda cresceu demais, assim como a massa cresceu demais, uma vez levedada pelo fermento no próximo exemplo dado pelo Senhor.
Ou, o Reino de Deus era um pão sem fermento, símbolo do pecado; mas um pouco de fermento escondido na massa afetou e modificou toda ela. Da mesma forma o fermento do engano de Herodes e dos fariseus, estava fazendo perder a todo Israel.
Por isso segue-se a pergunta: “Senhor, serão poucos os que serão salvos?” Jesus respondeu: “A porta é estreita. Muitos vão tentar entrar no Reino e não vão conseguir”.
Jesus disse isso para aos judeus que pensavam ser salvos e que conheciam-no de conviver com ele de maneira superficial. O Senhor ordenou que se afastassem dele, no dia da salvação, porque praticavam o mal. Eles iriam perder seu lugar à mesa do Reino de Deus.
Eles apedrejavam os profetas enviados por Deus e rejeitaram a Jesus como o Cristo, o ungido de Deus.
Nós permanecemos no Reino pela fé; somos ramos que foram enxertados na árvore (Rm 11.21).
O texto de Mateus 7.21 esclarece: “Nem todo o que me DIZ Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas apenas o que FAZ a vontade de meu Pai”. Não é pelo que falamos, mas pelo qque fazemos, pelos frutos que somos avaliados. Embora fizesse muitas coisas em nome do Senhor, até mesmo expulsar os demônios, eles tinham a motivação errada: “Praticavam o mal”. São falsos profetas, com aparência de bem, mas por dentro são maus.
Tem que ouvir a Palavra e praticar os ensinamentos de Jesus, como quem constroe sua casa na Rocha. Jesus amaldiçoou a figueira sem frutos se referindo a Israel. Eles entraram debaixo de maldição de Deus pela desobediência (Dt 28). Não se arrependeram e Deus, então,  não pode protegê-los contra a destruição que veio por satanás.

Foto: Marcia em Rickshaw na India.




Tuesday, June 24, 2014

Na Tailândia - Lugar de densas trevas do Budismo

As Armas da Luz


Assim como o Pai me enviou eu os envio. João 20:21
Eu (Jesus) sou a luz do mundo. João 8:12
Vós sois a luz do mundo. Mateus 5:14
O povo que andava em trevas, viu grande luz e aos que viviam na região da sombra da morte, respladeceu-lhes a luz. Isaías 9:2

Jesus não saiu da região da Palestina, mas a intensidade de sua luz alcançou o mundo e alcançou os povos da época como também através dos tempos. Como a luz de um relâmpago que é vista muito tempo depois de emitida, como o rastro brilhante de um cometa, visto anos depois que passou, como as estrelas que vemos onde elas já não estão, assim é Jesus. A luz emitida se propaga indefinidamente, eternamente. Jesus é essa luz de grande intensidade atravessando o tempo e o espaço sem jamais perder seu brilho. Deus disse em Gênesis 1:3: Haja luz e houve luz. Essa luz criadora de todas as coisas que saiu da boca de Deus veio se propagando até entrar na nossa atmosfera terrestre, aquilo que o apóstolo João chamou de plenitude dos tempos. Os magos do Oriente chegaram a Jerusalém e perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus, porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. O próprio Jesus diz conforme João 8:12: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida.
Devemos ser como Jesus: uma chama jamais extinta. Se somos luz que brilha em Jerusalém, o lugar onde estamos, nosso brilho vai aumentar de intensidade cada vez mais, conforme Provérbios 4:18: Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito. O azeite de nossa lâmpada será aumentado, porque o Senhor derrama mais, à medida de nossas necessidades, e nossa chama vai lançar luz sobre Jerusalém, toda a Judéia, Samaria e até os confins da terra.
A luz não pode ser confinada e em Mateus 5:15 lemos que nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se encontram na casa. Precisamos lançar nossa luz sobre a escuridão. Se somos testemunho de luz, vamos clarear o caminho para os demais. Diante da luz, toda treva foge! E surge um caminho onde antes não se via caminho. O caminho estava lá, mas não podia ser visto antes que houvesse luz.
O Evangelho de João começa dizendo que no princípio, o Verbo estava com Deus e que o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem Ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava Nele, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João (Batista). Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz para que todos viessem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para testificar da luz, a saber a verdadeira luz que vinda ao mundo, ilumina  todos homem.
Em João 3:17,18,19 diz: Porquanto Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse  o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem Nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade se aproxima da luz a fim de que suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.
O homem está em trevas, com seu entendimento cegado pelo deus deste século, e tem uma venda sobre seus olhos e ouvidos para que não veja a glória de Deus e nem ouça as boas novas da salvação (    ). Essa é a condição da humanidade que caminha para a morte sem conhecer outro caminho. Vai se precipitar no abismo eterno longe da luz de Deus para sempre.
Se tão somente acendêssemos a luz, todos se desviariam da queda fatal. A Palavra de Deus diz que fomos transportados do reino das trevas para o reino do Filho do seu amor (Colossenses 1:13,14). Como foi feito esse transporte? Ele nos libertou do império das trevas para o reino de Seu Filho no qual temos redenção, a remissão dos pecados. Uma luz nos captura no exato instante em que pronunciamos a palavras entregando nossa vida ao Salvador. Essa luz é o próprio Jesus Cristo e ela se faz o Caminho que nos transporta de uma realidade espiritual à outra. É algo instantâneo como quem acendesse a luz num quarto escuro, tudo se ilumina e verdadeiramente enxergamos e nos damos conta da realidade ao nosso redor. Em Efésios 5:14 diz: Desperta , ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
Esse era o trabalho do apóstolo Paulo: abrir os olhos dos gentios e convertê-los das trevas para a luz, da potestade de Satanás para Deus, a fim de que eles recebessem remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em Jesus. (Atos 26:18).
O texto em I Pedro 2:9 diz: Vós sois raça eleita ... a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
A mesma luz do Espírito de Deus, que penetrou as mais baixas regiões do inferno e arrancou de lá Jesus Cristo, elevando-o às maiores alturas da presença do Pai, é a luz que vem sobre quem aceita a Cristo e é imediatamente transportado de um reino de escuridão para um reino de luz. Em Cristo, vamos fazer o mesmo caminho de volta para Deus.
Em Mateus 4:16 diz: O povo que jazia em trevas viu grande luz,e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Esse povo, é todo aquele que jaz, assim como um morto jaz, para sempre “repousando” na morte, até que a ressurreição de Jesus o alcance, morrendo em seu lugar, de forma substitutiva, através da obra de redenção realizada na cruz.
Muito embora o Senhor tenha nos retirado das trevas, as trevas ainda não foram totalmente retiradas de nós. A salvação é fato consumado, no entanto nossa santificação precisa ser desenvolvida para que possamos entrar em maior plenitude na nossa Canaã celestial. Só o que houver da natureza do novo homem em nós, vai entrar no céu. O texto de Gálatas 4:30  deixa claro que de modo algum o filho da escrava (nosso homem carnal) será herdeiro com o filho da livre (nosso homem espiritual).
Temos um bom exemplo no povo judeu que deixou a terra da escuridão e da morte. Eles saíram do Egito rumo à terra prometida por Deus, mas tiveram que vagar deixando pelo caminho, tudo o que havia em sua velha natureza escrava. Assim também nós, enquanto peregrinamos nessa terra, temos que ir deixando para trás nosso velho homem escravo do pecado, num processo de cura e libertação gradativa, até que cheguemos à estatura do varão perfeito. (         ).
Só quem entrou na terra prometida foram os filhos daqueles que saíram do Egito. Esses não haviam provado os alhos e cebolas, mas só conheceram o maná enviado dos céus e, por isso, tiveram suas naturezas e mentes transformadas. Ainda assim, quantas vezes cederam ao inimigo e não souberam se apropriar do território que Jeová reservara para eles. Esse é um tipo da nossa vida cristã, tantas vezes cheia de vitórias e outras tantas, amargada pela derrota quando não conseguimos andar em obediência à Deus.
O apóstolo Paulo nos exorta na Carta aos Efésios 5:8: Pois outrora éreis trevas, porém agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz, porque o fruto da luz consiste em toda a bondade, e justiça, e verdade, provando sempre o que é agradável ao Senhor. E não sejais cúmplices das obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.
Jesus é a glória de Deus manifesta aos homens. (     ) Ele foi enviado para manifestar a glória de Deus; nós também fomos enviados para manifestar a glória de Deus aos homens. A vida dos que te cercam será transformada não pelo que você diz, mas pelo que você é – se somos chamados para dar testemunho da luz, precisamos mostrar a realidade dessa luz fluindo através das nossas vidas.
Quando um missionário vai a um povo ainda não alcançado, ele, como portador da luz, já enfraquece as trevas somente pela sua presença. Suas palavras precisam ser luz, bombardeando a espessa escuridão. Mas ainda que não possamos estar pessoalmente, podemos estar em espírito através de nossas orações. O intercessor lança luz em meio às trevas, suas palavras são como espadas de luz cortando as densas trevas, enfraquecendo o poder do inimigo de maneira perseverante até que Jesus rompa a escuridão e resplandeça nos corações.
É preciso orar para que Jesus Cristo abra os olhos aos cegos, e os ouvidos aos surdos, que ele faça andar os aleijados para que todos adquiram condições de, por meios próprios chegarem ao autor da salvação, reconhecendo o Seu senhorio. Jesus, em seu ministério terreno, curou e libertou a muitos, mas, destes, apenas alguns o receberam pessoalmente como seu Salvador. O Pai deu testemunho do Filho através das obras que Ele o enviou a realizar (João 5:36). Mas, em João 3:32 diz ... contudo ninguém aceita o seu testemunho.



Monday, June 23, 2014

Maria, A Intercessora de Jesus Cristo






Maria

A Intercessora de Jesus


Mateus 26:6-13 (João 12:3-8; Marcos 14:3-11; Lucas 7:36) – Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. Vendo isto, indignaram-se os discípulos e lhe disseram: para que este desperdício? Pois esse perfume podia ser vendido por muito dinheiro, e dar-se aos pobres. Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim, nem sempre tendes; pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para meu sepultamento. Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.
Essa Maria era a irmã de Marta e Lázaro. Essa passagem consta nos quatro evangelhos confirmando o que Jesus disse sobre o anúncio do ato de Maria: que seria contado o que ela fez em todo o mundo. É surpreendente que sua atitude, que tanto agradou a Jesus, irritasse, na mesma intensidade, o diabo. Ela estava apenas intercedendo e expressando adoração ao Messias pelo sofrimento que se aproximava. Essa era a última semana antes de sua crucificação e aparentemente, somente Maria, que estava muito perto do coração de Jesus, conseguia crer em suas palavras e compartilhar de sua dor.
 Nesta passagem, no Evangelho de João, diz que Judas Iscariotes foi quem instigou a murmuração contra Maria. Exortado por Jesus, que se posicionou em defesa dela, ele tomou a decisão de consumar a traição ao seu mestre.
Essa ação espiritual de Maria foi uma afronta à carnalidade de Judas e impulsionou sua decisão de trair Jesus. Foi a partir daquele momento que ele se dirigiu ao templo e contratou a traição por 30 moedas de prata.
O motivo de Judas incluía avareza e talvez amargura contra Jesus por não atender sua expectativa de um Messias político. O diabo usou as ambições pessoais de Judas para alcançar seus objetivos. Quantas vezes o diabo usa nossas ambições pessoais que envolvem a obra de Deus, para alcançar seus objetivos: levar-nos a trair a causa do mestre?
Vemos nessa passagem duas atitudes opostas: ambição e doação, generosidade. O que seria mais forte: o amor e a intercessão de Maria contra as forças da morte; ou o ódio de Judas? Satanás estava disposto a medir forças naquela hora.
Ao ungir Jesus, Maria lutava contra os efeitos da morte sobre o mestre, mas o diabo respondeu ao desafio decretando, através da traição de Judas, a morte do Messias.
Porque Maria ungiu Jesus com o óleo perfumado?
Simples: essa era uma prática comum nos sepultamentos. Nós tomamos banho diariamente e embora isso não resolva o problema da decomposição do nosso corpo, funciona para controlar a situação. Nosso corpo vai trabalhando, se desgastando, envelhecendo a cada dia. Nesse processo, ele produz uma série de substâncias mal cheirosas. Quando morre, o processo de decomposição se acelera de uma forma inevitável com conseqüente mal cheiro.
Na cultura judaica havia profundo respeito pelos seus mortos. A lavagem e a preparação do corpo para o sepultamento era muito importante, pois consideravam-na uma demonstração de amor. Quando preparavam o corpo não tinham em mente a preservação dele, mas desejavam que se descompusesse o mais lentamente possível. Envolviam-no em panos e colocavam junto, grandes quantidades de perfumes e especiarias para neutralizar os odores da decomposição. Além disso, ainda depositavam especiarias ao lado do corpo.
Na antiguidade era costume as visitas periódicas ao túmulo, no primeiro ano após a morte.
Na verdade, Maria estava tentando afastar de Jesus o mal cheiro produzido em nós pelo pecado e pela morte. O óleo e a unção falam do Ministério do Espírito Santo. A unção despedaça o jugo produzido pelo pecado. Jesus agora estava visivelmente ungido para despedaçar todo jugo da morte sobre ele mesmo e sobre as nossas vidas.
O bom perfume do bálsamo estava para tragar todo o cheiro de morte. O sacrifício de cheiro agradável de Jesus, estava para afastar para sempre, das narinas do Pai, o mal cheiro de nosso pecado.
 Eles colocavam o corpo sobre uma laje até que ficassem somente os ossos que eram transportados para caixas ossuárias. Os judeus não tinham esse hábito ocidental de enterrar o morto.
José de Arimatéia e Nicodemos, os homens que se encarregaram do sepultamento de Jesus, eram abastados e providenciaram um sepultamento caro para o Messias. Eles colocaram junto ao seu corpo cerca de 35 quilos de mirra e aloés.
Maria se antecipou e derramou o equivalente ao salário ganho em um ano. O bálsamo de nardo era um dos perfumes mais caros da época, pois era fabricado a  partir de uma planta de flores rosadas, cultivada no norte da Índia e talvez no Himalaia.
Ela pegou um pequeno frasco cheio desse bálsamo, quebrou o gargalo dele, e derramou o precioso líquido sobre a cabeça de Jesus. Mesmo levando-se em conta a forte cobiça de Judas é normal que ele, com os demais discípulos, tenha ficado chocado com o feito dela.
Era o que ela tinha de mais precioso, talvez garantisse seu dote de casamento. Derramando o que tinha de mais valioso ela demonstrou entendimento de que Jesus iria derramar o que tinha também de mais precioso – sua própria vida. Como o bálsamo vertido, assim a vida de Jesus era um bom perfume, um sacrifício de cheiro agradável que seria derramado para Deus. Nossa adoração é um sacrifício de cheiro agradável.
Como intercessora, Maria estava saindo à frente na tarefa de preparar Jesus para seu sepultamento, como ele próprio afirmou. O intercessor consegue controlar, reverter ou minorizar os efeitos. Maria pensava: não vou deixar seu corpo se decompor. E ela conseguiu isso. Foi um ato profético. O corpo de Jesus não viu corrupção.
O intercessor não consegue evitar a situação, mas consegue anular o efeito destruidor da mesma. Maria estava agindo para impedir o efeito destruidor da morte sobre o corpo de Jesus. Realmente a morte não o destruiu; mas foi ele quem destruiu a morte ao passar por ela.
Atos 13:35,37 - ... Não permitirás que o teu Santo veja corrupção. Porém, aquele a quem Deus ressuscitou, não viu corrupção.
Ela se antecipou em chorar a morte de Jesus. Entendia o que estava para acontecer e tentava confortar o Senhor. Lavar os pés do hóspede convidado era uma prática de hospitalidade na cultura judaica que visava o bem estar e, consolo para os pés cansados e empoeirados da caminhada.
João 13Se não te lavar os pés, você não tem parte comigo. Isso disse Jesus a Pedro enquanto lavava os pés dos discípulos.
Fazendo assim, o anfitrião estaria honrando seu convidado e estabelecendo amizade, intimidade e comunhão.
Deixar os pés molhados seria fazer pela metade; era preciso envolvê-los numa toalha macia completando a sensação de conforto. Maria não só ungiu com óleo para curar as feridas e rachaduras, mas também os secou com seus próprios cabelos. O cabelo é o que cobre e protege nosso corpo. Ela, de maneira figurada, retirou parte de sua própria proteção para estendê-la sobre Jesus, oferecendo proteção e cobertura a Ele através dessa intercessão a Seu favor. Ela tomou sobre si parte da carga que o Senhor levava naquele momento. O fato de lavar os pés de Jesus com óleo perfumado significou também, que ele se despedia de sua caminhada terra.
Logo em seguida vem a narrativa da Páscoa; a instituição da Ceia, a narrativa da traição. A Palavra diz em Mateus 26:31: Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.
Dar o Dinheiro aos Pobres
Nós podemos servir a Deus de muitas maneiras usando nossos recursos materiais e espirituais. Maria decidiu servir derramando o perfume da adoração e intercessão diretamente sobre Jesus. Ela poderia ter investido em obras sociais. Deus se agrada em que os pobres sejam socorridos; é preciso que as obras práticas do Reino sejam feitas. Mas Ele se agrada muito mais quando direcionamos nossos recursos a ele mesmo.
O fazer fica com Marta. Talvez ela repreendesse sua irmã como os demais discípulos. Pegaria o dinheiro e providenciaria as coisas necessárias para o jantar especial de despedida, ou investiria num bom túmulo para Jesus.
Mas coisas necessárias, nem sempre são coisas vitais. A intercessora Giane, de nosso Ministério, veio a mim com essa preocupação. Ela queria saber de Jesus se ela era parte necessária ou parte vital de Seu corpo. Achei muito interessante seu questionamento.
Veja, no nosso corpo, como no Corpo de Cristo, que é a Igreja, temos partes necessárias (todas elas são) e temos partes vitais. O pé é necessário e se faltar vai fazer enorme diferença; da mesma forma as mãos, os olhos... Mas você ainda continua vivo sem eles. Já o coração, por exemplo, é arte vital do corpo; sem ele não há mais possibilidade de vida.
Que parte deste corpo de Cristo você quer ser?
Parte necessária, ou parte vital?
Quando Jesus falou com Marta, em Lucas 10:39 ele exortou-a. Era  ativista e se queixava de Maria, por deixá-la sozinha nas atividades. Jesus disse que Maria fez a escolha certa. Ela escolheu a boa parte: permanecer junto de Jesus. E acrescentou que isto não lhe poderia ser tirado.
Maria escolheu servir a Jesus numa vida de comunhão com ele, simplesmente permanecendo em sua presença. Marta, ocupada em fazer coisas para o Senhor, poderia ocasionalmente ser substituída por outra pessoa nestas tarefas. Outros podem lhe tirar o ministério, o cargo, a função dentro da igreja, mas ninguém pode te tirar o Ministério da Oração e Intercessão. Podem até disputar sobre as outras coisas: quem vai ser o quê; quem vai fazer o quê; mas ninguém disputa com você sua vida de oração e intercessão na presença do Senhor.
Na verdade, as pessoas pensam que você, como Maria, não está fazendo nada que realmente importa; que você não está ajudando, como disse Marta, porque não são obras visíveis. Assim como o pé é visível, mas apenas necessário, o coração está fora de nossas vistas, mas é vital e jamais interrompe sua atividade.
O Ministério do intercessor é vital; sem ele, o corpo morre. Vender o bálsamo, transformar o que é apenas um bom cheiro em dinheiro, seria valorizar o material, as coisas da terra, o que impressiona e tem valor diante dos homens; valor prático. Mas Jesus preferiu, e prefere, o bom perfume de nossas orações e adoração. Ninguém vê, mas sobe com facilidade para as regiões celestiais; é um investimento eterno. Por isso Jesus disse que a atitude de Maria deveria ser lembrada, deveria ser um exemplo para nós, do que realmente importa para Deus.
Lucas 7:36 fala de outra mulher que também lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e os secou com seus cabelos. Ela estava na casa de outro Simão, um fariseu, que havia negado a Jesus as regras básicas de hospitalidade. Deveria se receber um convidado com ósculo santo (beijo), dar a água para lavar os pés empoeirados, depois de retiradas as sandálias. Era comum por razões de higiene e de generosidade do anfitrião.
Quem sabe honrar o Pastor Jesus, vai saber honrar seus representantes aqui na terra. Saberá ungir os que foram ungidos por Deus, com o bálsamo perfumado das orações, saberá lavar e enxugar os pés cansados da caminhada de seguir o mestre.

Quando Servir é Ser Como o Mestre
João 13:8

Na casa de Maria, em Betânia, era o único lugar onde Jesus podia ir para receber e não apenas para dar. Eram amigos pessoais do Senhor. Betânia significa “casa do aflito” e essa era a condição de Jesus, afligido pelo peso de sua missão e necessitado de um lugar de descanso, conforto, refúgio e hospitalidade. O Mestre escolheu passar naquela casa as últimas semanas que antecederam a sua crucificação. Maria se identificou com o que Jesus sentia, por isso, ele pode encontrar nela, uma aliada naquela batalha e conforto, naqueles dias decisivos de seu ministério aqui na terra.
O capítulo 13 do Evangelho de João começa narrando os acontecimentos imediatos que antecederam a celebração da última Páscoa por Jesus. Justo este Evangelho, que revela Jesus Cristo como o Filho de Deus, vai ser o único a narrar o que Ele fez durante a ceia: lavou os pés de seus discípulos, inclusive de seu traidor, Judas Iscariotes.
Essa seria a última lição, o último ensinamento de Jesus a seus discípulos antes da sua crucificação. João 13:15: Eu lhes dei o exemplo para que, como eu vos fiz, façais vós também.
Em Mateus 20, o Senhor já havia ministrado sobre o assunto: vss. 26-28Não é assim entre vós; pelo contrário; quem quiser tornar-se grande entre vós será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
Maior é o que serve, porque o que serve tem algo a oferecer ao que simplesmente recebe. E o que recebe se torna devedor àquele que lhe deu. O servido torna-se devedor e dependente daquele que o serviu ou serve. A generosidade é um atributo dos grandes. Ninguém jamais poderá dar mais que o próprio Deus que nos deu seu precioso filho em sacrifício vivo de amor para nos salvar, para quitar uma dívida que era nossa.
O próprio Rei Salomão, ao ser servido pela Rainha de Sabá com todos os presentes que lhe trouxera, não permitiu que ela se tornasse maior do que ele, devolvendo a ela um número superior de presentes e dádivas e deixando que ela escolhesse o que lhe agradasse em seu reino para levar com ela. Mais ele tinha para dar a ela do que o que recebeu.
E essa atitude nos remete ao próprio Senhor do Universo que demonstra Sua grandeza não retendo para si mesmo tudo o que é Seu, mas antes, nos fazendo herdeiros de todas as coisas em Cristo Jesus. Lucas 12:32Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o Seu reino. Em nossa pequenez, nossa grandeza se mostra apenas quando manifestamos a devida gratidão.
Podemos olhar a situação de muitos ângulos para aprender essa verdade. Numa relação médico-paciente, quem serve é o doutor e quem é alvo dos cuidados é o doente. Entretanto, quem dos dois é o maior? Quem tem maior honra? Não resta dúvida de que é o médico, ou o enfermeiro, ou o dentista, ou o pastor, ou os pais e assim por diante.
Quem tem o privilégio? O que empresta, o que dá, ou o que pede emprestado, o que recebe? Até mesmo nas relações comerciais prevalece a regra de que mais abençoado é dar que receber. Diz o povo: quem não serve para servir, não serve para viver.
Na verdade somos todos servos de Deus, tendo o privilégio de ter nosso amor e adoração para oferecer a Ele. Somos ministros de Deus, e a palavra ministério não significa outra coisa senão que serviço. Todos somos criados para sermos úteis de alguma forma e só encontramos alegria quando estamos servindo; essa é a chave para a felicidade. Quem vive somente em proveito próprio logo terá que enfrentar o vazio, a falta de realização, a depressão, a sensação de inutilidade que nos faz infelizes.
Quando o Filho de Deus lavou os pés de seus seguidores, esbarrou com a falta de entendimento de Pedro que protestou: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar os pés não tens parte comigo (cap.13:8).
A lição era abrangente. O Mestre escolheu aquela maneira para dizer que, dali para frente, eles caminhariam em total dependência dele. A água, símbolo da Palavra Encarnada, estaria envolvendo seus pés na caminhada. Eles estavam em dívida para com Aquele que acabara de assumir o papel menor de criado, de escravo da casa, lavando seus pés. Estavam para sempre ligados na dependência de Seus cuidados.
O orgulho se manifesta em nossa incapacidade de receber, porque não queremos admitir necessidade ou dependência. Preferimos pagar pelo que queremos. Dever favor a alguém significa se colocar nas mãos de seu credor. A qualquer momento ele pode requerer também um favor de que necessita, e não poderemos escolher a hora, o lugar, ou em que moeda o favor prestado deverá ser pago.
A ninguém fiqueis devendo coisa alguma a não ser o amor, disse o apóstolo Paulo (Romanos 13:8). Ele sabia bem o que estava dizendo. Essa coisa alguma pode ser inclusive o perdão. Se devemos perdão a alguém estamos em má situação. Os cobradores vêem de todas as partes e igualmente não nos perdoam e querem receber a dívida de qualquer maneira. São os verdugos de (Mateus 20:33.34). Como o dono do perdão é o próprio Deus, ele nos empresta essa capacidade como um bem a ser disponibilizado gratuitamente sempre que necessário. Assim, quando devemos o perdão a alguém, estamos em falta com o próprio Deus que libera os cobradores para entrar em ação.
O próprio Lúcifer, criado para servir a Deus, caiu da luz para as mais densas trevas quando julgou inapropriada sua condição de servo que tanta honra lhe atribuía. Deixou de servir a passou à exigência de ser servido e adorado. Perdeu o propósito para o qual fora criado, perdeu-se em seu orgulho e ambição, quando poderia permanecer exaltado na sua condição de mais perfeito e belo, se houvesse preservado e cultivado as virtudes opostas da humildade e generosidade.
Podemos servir a Deus e dar a Ele sem limites, porque jamais Ele vai ficar nos devendo coisa alguma. E, conforme ensinou o próprio Jesus, quando servimos aos mais necessitados e àqueles que não podem nos retribuir, a retribuição ficará à cargo do próprio Deus que, sem dúvida, jamais poderá ser excedido em generosidade (Lucas 14:13,14).
Fotos tiradas na China em 2009, à beira do Lago Qing Hai na Província de Qing Hai. O maior lago de água salgada em grande altitude nas montanhas do Tibet. Na regiao do lago, imensas dunas de areia; na margem oposta, montanhas com seu topo coberto de neve.

 




Saturday, June 21, 2014

A Paz que Guarda a Nossa Mente.


A Paz Que Guarda Nossa mente

Filipenses 4:7 - ... e a paz que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
Eu costumava pensar neste texto sobre essa paz que excede todo entendimento como uma paz que não pudesse ser explicada. Realmente ela é uma paz que não pode ser explicada, mas, mais que isso, ela uma paz que vem a nós, mesmo quando não podemos entender coisa alguma.
Muitas vezes nós ficamos pensando: por quê, para quê nós estamos nessa terra? Qual o objetivo de Deus para as nossas vidas? Como a mente de Deus funciona? Como devemos entender todas as coisas? Como nós podemos penetrar no mundo espiritual; um mundo que está tão além do nosso entendimento? E, no entanto, apesar de nada compreendermos, de nada entendermos dos mistérios de Deus, das coisas mais profundas de Deus, ainda assim, a paz de Deus pode guardar os nossos corações.


Haja Paz em Jerusalém!

Salmo 122:5-9  - Salmo 18:34,37 - Salmo 144:1 -  Apocalipse 21:9d,10
Isaías 2:4 - Mateus 24:6 - Tiago 4:1,2 - I Pedro 2:11

Orai ela paz em Jerusalém! Essa é uma ordem expressa no Salmo 122 pelo Rei Davi. Não tenho obedecido a esse comando como deveria. Talvez ainda não compreenda a dimensão de seu significado. Precisamos orar pelo povo de Israel e pela cidade de Jerusalém. Ela reflete o que nós mesmos somos! Pensando desta forma, podemos meditar na Palavra de Deus, sobre a paz e sobre a guerra, de maneira que possamos entender, obedecer e orar pela paz com o fervor necessário.
Jerusalém, como centro das atenções em Israel, é disputada como a cidade santa de três, dos maiores blocos religiosos da humanidade: o cristianismo, judaísmo e islamismo. Toda a história dos reinos e dos povos gira em torno dos destinos de Israel. Essa afirmação se baseia em fatos. Não vamos falar aqui especificamente sobre a importância da nação judaica e seu papel no desenvolvimento e cumprimento dos propósitos eternos de Deus. No entanto, os conflitos envolvendo esse pequeno país, se desenrolam desde a antiguidade.
Jerusalém é um tipo do coração humano, em permanente guerra, dividido entre o bem e o mal e, por isso mesmo em guerra contra seus irmãos. Mas Jesus nos deixou o bem mais precioso, segundo João 14:27 - Deixo-vos a minha paz.... não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. O medo rouba a paz, apavorada a pessoa ataca para se defender.
Tiago 4:1,2 - De onde procedem as guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?
Cobiçais, e nada tendes; matais e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis.
Se você andar em comunhão com o Senhor vai aprender a pedir o que realmente importa e vai receber o que é seu.
I Pedro 2:11 - Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma.
Basicamente o conflito surge da ruptura, da divisão. Na unidade temos a paz, mas tão logo surge uma segunda opinião, uma outra maneira de pensar, se estabelece o confronto e a guerra.
Um dia, Jerusalém será a sede do governo do Messias, a Jerusalém celestial será o lugar da habitação de Deus com o homem. Haverá paz no relacionamento do homem com Deus; haverá perfeita paz, porque seremos uma só cidade, unida de forma plena ao nosso Senhor.Em João 14 diz que o Verbo tabernaculou entre nós. No futuro ele vai morar em definitivo com o homem.
Isaías 2:4 - Ele julgará entre muitos povos, e corrigirá muitas nações; estes converterão as suas espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
A Jerusalém terrena vive em guerra com os irmãos ao redor, com Ismael. A razão é porque a guerra está em seu coração rebelde contra o Messias; está também no coração das nações vizinhas, igualmente rebelde contra o Messias.
Antes que o homem pecasse, ele era um espírito que possuía uma alma e habitava um corpo; éramos uma alma vivente em perfeita comunhão com nosso Pai. Quando uma outra cabeça pensante entrou na história trazendo pensamentos divergentes, houve o rompimento da comunhão perfeita com Deus e entre o casal e posteriormente entre seus filhos, se instalando a inimizade e a guerra em todas as suas dimensões. Embora essa guerra tenha brotado inicialmente no coração de Adão e Eva ela se estendeu a toda a humanidade através das gerações. Eles pecaram e perderam a paz.
Como Igreja nós somos corpo de Cristo, somos o exército do Senhor e também a Noiva do Cordeiro.Todas essas figuras falam de andar junto, de unidade.
I Coríntios 12:27 - Ora, vois sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.
Salmo 144:1 - Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha, e os dedos para a guerra...
Salmo 18:34,37 - Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um arco de bronze. Persegui os meus inimigos e os alcancei, e só voltei depois de haver dado cabo deles.
Apocalipse 21:9d,10 - Vem mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha, e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia da parte de Deus,...
As guerras têm se sucedido e vão continuar até que venha o Príncipe da Paz (Isaías 9:6).
Mateus 24:6 - E certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim.
O sinal de que o fim se aproxima é quando a paz é anunciada. Uma falsa paz é oferecida pelo Anti-Cristo, assim como Satanás nos oferece diariamente falsas promessas de paz (Jeremias 6:14 e I Tessalonicenses 5:1-3).
No entanto a verdadeira paz é Jesus Cristo quem nos dá. II a Timóteo 3:12 diz que: “ Todos quantos quiserem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”.
Em Isaías 28:18 lemos que o diabo tem uma falsa paz a oferecer ao povo de Deus, mas essa aliança com a morte, será anulada. Existe uma nova aliança de paz no sangue do Cordeiro. O diabo tenta fazer acordos de falsa paz e quando aceitamos, ele se assenta no trono de nossas vidas, ou tenta fazê-lo e, de repente, vem a destruição. Não há paz no conforto e segurança econômica, nos bens materiais, nos relacionamentos, no poder ou na fama. Só há paz em Jesus Cristo porque ela independe das circunstâncias terrenas que nos cercam.